The Lost Princess escrita por Lana6Willa


Capítulo 3
Capítulo 2 - Estagnação


Notas iniciais do capítulo

E aí está a famosa casa com a porta vermelha... Novamente, 3º capítulo só com reviews!



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"[...]Eis que alcancei o outono de meu pensamento,

E agora o ancinho e a pá se fazem necessários

Para outra vez compor o solo lamacento,

Onde profundas covas se abrem como ossários."(As flores do mal, Charles Baudelaire)

Rhaenys caminhava pela casa com a porta vermelha, com Daenerys em seus braços. A camponesa que haviam arranjado para ser sua ama-de-leite a repreendera, dizendo que ela ia acabar derrubando sua tia no chão. Mas a camponesa estava mais interessada em cuidar de seu próprio filho ao invés de servir aos Targaryen, e logo parou de reclamar. Rhaenys percorria a casa com olhos críticos, dizendo a si mesma que não era loucura falar com a recém-nascida Daenerys enquanto andava.

_Viu, Dany, essa é nossa nova casa. Não se compara a Fortaleza Vermelha, mas é bonita. E tem uma porta vermelha. É uma de nossas cores. Vermelho como o sangue e Negro como uma superfície consumida pelo fogo. Poderás brincar aqui, minha criança linda. E olhe que bela a vista daquela janela! Na Fortaleza Vermelha...

E assim, de uma maneira ou de outra, acabava lembrando de casa. E como não podia sair, já que muitos, inclusive o Ursurpador, achavam que ela estava morta, a casa tornou-se para ela uma prisão.

Só tinha três anos, mas falava com tal autoridade e eloquência em sua voz infantil que ninguém hesitava em obedecê-la. Até mesmo suas feições irradiavam sua realeza. Seu rosto era um oval delicado, de onde projetava-se seu nariz perfeitamente retilíneo. O tom de violeta em seus olhos era claro, cor de lavanda, pálido como sua pele macia, e a arqueadura de suas sobrancelhas parecia iluminá-lo ainda mais.

Viserys possuía traços severos e angulosos, que inspirava obediência, mas não demonstrava nada que fizesse com que as pessoas gostassem de lhe obedecer. Não como Rhaenys. A princesinha parecia saber sorrir ou chorar na hora certa, dava ordens sensatas, sempre disposta a explicar os motivos de seu comando. Ela piscava seus belos olhos e as pessoas caíam a seus pés. Já Viserys era mimado e temperamental, e sua sobrinha frequentemente tinha de tirá-lo de algum tipo de confusão.

Daenerys tinha ganhado peso e cor. Era agora um bebê saudável, que chorava pouco, com olhos vívidos e curiosos absorvendo cada detalhe que podia. Já haviam crescido mais fios prateados em sua cabeça.

Sor Willem Darry tinha levado-os até aquela casa quando o Ursurpador ordenara suas mortes. Era somente isso o que eles sabiam. E que todos achavam que Rhaenys estava morta.

"Pobre Milla." Suspirou quando soube. Milla era parecida com ela o suficiente para que alguém pudesse confundir as duas.

O tempo passava e os três cresciam, às vezes tão sutilmente que surpreendiam-se ao verem seus próprios reflexos. Danny crescia a olhos bem vistos. Seus cabelos cresciam, seu tronco, braços e pernas se alongavam e ela ensaiava seus primeiros passos. Viserys estava mais alto a cada dia, e já tinha alguns músculos delgados sob a pele delicada, de tanto praticar sozinho com espadas de madeira que Sor Willem tinha lhe conseguido. Rhaenys passava os dias na biblioteca da casa, aprendendo tudo o que podia sobre Westeros, sobre sua casa. Estudava sua árvore genealógica, conhecendo o nome de todos os Targaryen que já haviam existido. Estudava as lendas dos perigos ao norte da Muralha, os costumes em todos os Sete Reinos, as casas maiores e algumas das menores. E estudava em sua mente as notícias que chegavam a seus ouvidos. O Ursurpador ainda era o rei, e estava casado com uma Lannister. Aqueles malditos leões. E quando não estava na biblioteca, estava cuidando de Daenerys, ou desenhando, embora só desenhasse uma coisa. Dragões. Dragões de todas as cores, em posições ameaçadoras, fortes, poderosos. E muitas vezes surgia um dragão negro de olhos vermelhos, com três cabeças.

E à noite, quando chovia, mesmo que fosse o mais delicado chuvisco, Viserys se refugiava em seu quarto. Ele estava maior, em breve se tornaria um homem, mas naqueles momentos em que a água daía dos céus, Rhaenys via a criança assustada que havia dentro dele, A criança cujos pais, tios e avós tinham sido cruelmente roubados, a criança que fora brutalmente arrancada de seu lar, que ouvira a mãe berrar de dor até a morte. A criança de futuro incerto, que teria de lutar pelo direito de governar que sua família lhe conferira.

Rhaenys passava a mão por seus cabelos e por suas costas, enquanto ele abraçava sua cintura, em busca de conforto.

O tempo passou mais uma vez. Daenerys era agora uma bela mocinha de 9 anos, no limite entre a infância e o começo da adolescência. Viserys tinha se tornado um belo rapaz, alto forte e esguio em seus 14 anos. E Rhaenys era a jovem dama que todos sabiam que ela se tornaria. Era apenas uns poucos centímetros mais baixa que o tio, seus cabelos eram lisos e finos, e desciam até sua cintura. Nos últimos anos, as maçãs de seu rosto haviam se pronunciado, tornando seu rosto orgulhoso e impiedoso. Seus olhos eram menores e mais claros que os de seus tios, o que faria qualquer um temer entrar em seu caminho. Seu corpo tornara-se curvilíneo e forte, revelando o legado de sua mãe, Elia Martell. Um dragão com todo o poder do Sol.

No começo, ela se ressentia dos novos moldes de seu corpo. Não era mais tão magra e esguia quanto Dany e Viserys, seu sangue não era puramente Targaryen, como o deles, e agora seu corpo a traía.

E Viserys, que já não a visitava tão frequentemente como antes, cessou completamente suas visitas. Um dia, cansada do tratamento de silêncio que ele lhe dispensava, foi ela que invadiu o quarto dele.

Viserys lançou-lhe um olhar dos pés a cabeça, demorando-se ligeiramente em seu decote, mas ela não reparou. Empurrou-o contra a parede - literalmente - e despejou sobre ele todas as suas queixas, em uma voz que parecia um pouco um grito sussurrado.

_Olhe aqui, eu sei que meu sangue não é tão puro quanto o seu, sei que sou metade Martell, mas isso não lhe dá nenhum motivo para me ignorar dessa maneira! - ela iria dizer muito mais, se ele não houvesse segurado seu rosto e posto os lábios sobre os dela.

Nenhum dos dois tinha beijado antes, mas a Viserys não tinha passado despercebido as ancas largas e os seios já fartos de sua sobrinha. Ele tinha admirado à distância seus sorrisos e aqueles olhos, ousados e perigosos. Não conseguia mais dormir a seu lado sem que seu corpo o implorasse para tocá-la, explorá-la. Já evitava aparecer em seu quarto, em uma débil tentativa de cresceu rapidamente, e logo as mãos de Viserys exploravam sua cintura e puxavam levemente seu robe para baixo.mostrar que não era mais o garotinho assustado que ela conhecera. Tê-la ali, tão perto dele, com a mão em seu peito e sentindo seu hálito tão próximo, ele não pôde mais resistir. Pôs as mãos em seu rosto macio e avançou para seus lábios.

A intensidade do beijo cresceu rapidamente, e logo as mãos de Viserys exploravam sua cintura e puxavam levemente seu robe para baixo.

Rhaenys deleitava-se com o sabor dos lábios de Viserys enquanto o conduzia até a cama, deslizando suas mãos pelo seu corpo, sentindo os músculos em seus braços, e seus seios roçando em seu peito. Os robes foram jogados no chão, e os dois mergulharam um no outro, a inocência de seus tempos de criança definitivamente esquecida.



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