Vortex escrita por Dayse Aoi


Capítulo 5
Capítulo 5 - Cuidar


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sinto as pedradas e dessa vez nem corro delas (zoa)
Milhões de desculpas pela demora, mas enfim eu estou cansada de ficar enchendo as notas iniciais de desculpas minhas (isso ta chato já)
Bom, definitivamente eu irei postar os capts de uma semana e meia em diante se eu não conseguir postar antes PROMETO! não passo mais disso, e se eu pecar podem me abandonar leitores fantasmas e Aline...
Vamos ao que interessa...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222159/chapter/5

~ Cuidar ~

As coisas estão estranhas desde que te conheci, e eu não queria que fosse assim, mas acabei me apaixonando e agora não consigo deixar de pensar em você, pode até ser loucura minha, mas eu te quero e não vou abrir mão disso...

Li e reli esta mensagem mais de dez vezes até tomar coragem de envia-la, eu não poderia simplesmente chegar e falar tudo que sinto sabendo da enorme possibilidade de ser rejeitado.

Quando foi que me tornei uma pessoa insegura?

Se eu pudesse escolher de quem gostar ele seria a ultima pessoa no mundo, não que ele seja uma pessoa cheia de defeitos, muito pelo contrário. Afinal quem sou eu para apontar seus defeitos?

Akira é simplesmente lindo, tem uma personalidade forte, sabe ser simpático quando é preciso e é afiado com quem o importuna, não mede esforços com palavras e absurdamente sexy e estiloso.

Tem um lado totalmente frágil e melancólico que praticamente implora por atenção, é orgulhoso, extrovertido, na verdade ele é igual a mim, um bipolar.

Faz cinco meses que o conheço, esse tempo foi o bastante pra que eu me apaixonasse, admito que isso foi repentino me peguei observando suas manias e seu comportamento, me aproximei como pude e hoje somos amigos, foi o máximo que consegui , mas eu não quero ser só um amigo.

Parece impossível, pois ele é hétero e tem namorada e ele parece gostar muito da Clara ela é fofa, um amor de pessoa. Eu não sei... Ter ele só como amigo me incomoda, às vezes fico o olhando por tanto tempo que quando dou por mim ele está me perguntando se eu estou com algum problema, me falta coragem e sei que se eu disser algo posso perder a única coisa que tenho dele, a sua amizade.

Ouvi o toque celular avisando que havia chagado uma mensagem, como me esqueci de deixar no silencioso todos olharam pra mim e eu não sabia onde enfiar a cara, tirei o celular do bolso e era ele, sim não sou burro de mandar uma mensagem do meu próprio número, usei outro já que não havia passado ele a ninguém.

“Quem é vc? Que brincadeira é essa?”

- Vontade de dizer não falta meu querido. – disse pra mim mesmo.

- Esta ficando louco Kai? – perguntou Uruha com um sorriso sapeca.

- Estou sim, e essa loucura tem nome. – sorri abertamente, para o outro que semicerrou os olhos ainda com seu típico sorriso.

- E será que eu posso saber quem é o dono da sua loucura?

- Acho que está na hora de você saber nee! Te conto quando sairmos daqui.

- Ok. – ele voltou sua atenção para o professor e eu peguei o celular para respondê-lo

“Você vai descobrir algum dia”

Guardei o celular novamente e voltei minha atenção para a explicação.

oOo

- Bom acho que você iria me contar quem é o tal ladrão desses seus adoráveis sorrisos. – disse Uruha num tom divertido.

- Bom... Acho que vai ser uma surpresa pra você, ou se eu não for tão esperto quanto penso você só vai dizer à frase que adora me falar “eu sabia”. – fiz aspas no ar o vendo sorrir novamente.

- Ta chega de me enrolar que eu fiquei três horas esperando pra saber quem é, vai me diz! – me balançou pelos ombros igual a uma criança manhosa.

- Ok, então para... – respirei fundo. – O nome dele é... Na verdade... Ai caralho é mais complicado do que eu pensei!

- Fala porra! – disse num tom mais alto.

- Kou não me deixa mais nervoso! – rimos novamente. – É seu irmão! – disse por fim e na hora seu sorriso morreu.

- Meu irmão? Mas o Taka, você sabe que ele...

- Não Kou. – cortei. – Não é o Taka. – ele ficou um tempo fitando o nada e logo caiu numa gargalhada.

- Eu não acredito Uke, o Aki é o ser mais hétero da face da terra, desiste logo meu amigo não quero te ver sofrendo. – ele praticamente gritava e ria ao mesmo tempo.

- Fala baixo filho da puta! E dai que ele é hétero, até onde sei o Yuu também era. - só tocando no nome do Yuu pra acalmar os ânimos desse puto.

- Não Kai é diferente, o Aoi já era bixesual ele só não tinha contado pra todos, mas voltando pro seu caso, não quero te desanimar Kai, mas você e o Aki são amigos ele não te negar mesmo sabendo da sua opção sexual só que ele é hétero e tem namorada, e ai o que você vai fazer?

Kou tinha razão, ele sempre tem razão, mas eu não posso fazer nada se eu amo o Aki.

- Eu não sei Kou, eu... Eu gosto dele de verdade, e que ninguém venha me dizendo que é convivência por eu sei que não, por enquanto vou deixar as coisas como estão e se essa situação sair do controle eu vou saber me por no meu lugar, conheço o sentimento da rejeição.

- Ah Kai, isso não me deixa nada contente, eu quero muito que seja feliz não quero que você fique como da ultima vez, e o que é pior se algo de ruim acontecer em meio a isso eu vou me sentir muito culpado.

- Nem pense nisso Kou, não vamos ser pessimistas ok! Eu não pretendo estragar a minha vida levado a do seu irmão junto, Aki não merece.

- Nenhum dos dois merecem... Bom Kai eu gosto da Clara e acho ela uma pessoa muito legal, mas se rolar possibilidades eu ajudo numa boa! - riu de forma sapeca.

- Você é maldito Kou.

- Não sou não, é que eu adoro ver essas covinhas não correria o risco de perdê-las. – piscou me fazendo rir novamente.

- To com vontade de te morder!

- Ah sim, morda e depois se explique com o Yuu.

- Quer saber... A vontade de te morder passou

oOo

Cheguei em casa joguei meu celular de qualquer jeito na cama e fui tomar um banho, antes de abrir o chuveiro escutei o celular tocar algumas vezes mas o ignorei, não estou com saco pra ninguém hoje.

Sim eu mudo meu comportamento do nada, às vezes até eu me assusto comigo mesmo.

Mas fala sério, não é pecado algum eu querer algumas horas sozinho pra ao menos tentar colocar meus pensamentos em ordem, o que nem sempre da certo, pois acabo pensando muito no Aki, quer dizer, eu estou sempre pensando nesse puto é impossível passar um minuto sem se lembrar dele.

Eu fico me perguntando...

Por que eu fui me apaixonar pelo Aki?

Bom, aqui estou eu parado em frente ao espelho, e fazendo essa mesma pergunta e nem sei quanto tempo faz só mesmo um idiota igual a mim pra se apaixonar por um garoto de dezesseis anos, sabendo dos problemas que eu terei se algum dia se eu tiver algo a mais com ele.

Afinal, por que estou fazendo planos?

Essa historia ta cada dia me deixando pior...

Sai do banheiro só com minha boxer preta, já que a noite estava quente, me joguei de qualquer jeito na cama pegando meu celular logo vi três chamadas do Aki no mesmo, e como isso está obvio liguei pra ele sem ao menos pensar duas vezes.

- Alô! – bom, posso dizer que senti um toque de indiferença em seu tom.

- Oi, Aki precisa de algo?

- Não, nada acho que deve estar ocupado pra mim. – sim ele está indiferente, queria que esse ciúmes não fosse apenas ciúmes de amigo.

- Qual é Aki, e desde quando eu estou ocupado pra você?

- Não sei nee!

- É não sabe mesmo, agora vamos, me diz o que acontece.

- Na verdade eu queria pedir pra você me deixar dormir ai...

- Aqui? Mas e seus pais? Eles...

- Eu briguei de novo com meu pai, olha se for incomodo ta ok, eu vou embora...

- Não espera, para de ser idiota! Onde você está?

- Na frente do seu apartamento.

- E por que não subiu?

- Por que você não me atendia.

- Ta ok, meu porteiro serve pra que? Já sabe que você pode subir sem autorização, anda sobe.

Se eu acho incomodo ele se mostrar tão dependente às vezes? De forma alguma, eu adoro poder cuidar do Aki.

Sei que parece egoísta da minha parte, mas ele bem que poderia brigar com os pais todos os dias não?

Ri do meu pensamento e ouvi a campainha ser tocada, fui atender a porta sem esperar nenhuma surpresa é claro.

- Boa noite mocinho! – disse irônico.

- Boa noite. – disse de cabeça baixa. – Desculpe incomodar Kai.

- Entra antes que e deixe você ai no corredor por ficar falando merda toda hora affs! – ele deu um sorriso fechado e entrou.

- Bom agora me conta o que aconteceu. – disse apontando para o sofá.

- Sabe, acho que não dá pra te contar. – disse ainda num tom sério, mas com uma cara sacana.

- Qual é, vai me esconder às coisas agora?

- Não... É que eu não costumo conversar com um homem de cueca sabe? – riu, e só assim me lembrei de que ainda estava só com minha boxer.

- A vai te fuder Akira! – senti minhas bochechas corarem e com certeza estão vermelhas. – Vou colocar um short.

oOo

- Sabe Aki... Eu acho que você deveria se segurar um pouco, você já aguentou até aqui, que diferença vai fazer dois anos a mais?

- Você tem razão Kai, mas eu sempre ajo por impulso, não consigo pensar antes...

- Eu te entendo. – olhei de canto o vedo encolher-se abraçando as pernas. – Você quer que eu fale com o Kou?

- Não adianta, ele já falou sobre me levar pra morar com ele, mas meu pai nunca deixaria, e o Taka ainda está lá, ele me ajuda bastante...

- Eu vejo o quanto você está cansado, sabe... Fico incomodado em não poder fazer nada pra ajudar.

- Sua amizade me ajuda bastante Kai, e não fique se preocupando comigo ok? Eu sou só um adolescente depressivo e rebelde. – sorrio.

- Ta ok garoto depressivo e rebelde, tenho que dormir agora por que tenho que sair cedo amanhã, ou melhor hoje nee!

- Já arrumei o outro quarto pra você, se precisar de algo pode chamar ok?

- Ok super Kai! – esse sorriso sapeca me mata! Ta ok parei...

- Oyasumi Aki-chan! – disse me levantando do sofá.

- Oyasumi Kai-chan...

Pode até ser estranho, mas acho que o Aki precisa de um pai, e acho que ele procura isso em nós, não que isso seja incomodo, eu já disse e repito que adoro poder ao menos cuidar dele, e saber que eu sou uma de suas opções.

Bom não é como quero mais ao menos o tenho por perto...

oOo

- As chaves idiota! – falei pra mim mesmo ao perceber que estava esquecendo as chaves, voltei me deparando com o Aki parado no meio do corredor.

- Ohayo Reita! – disse com um sorriso mais do que anormal ao ver a cara sonolenta dele.

- Ohayo Kai-chan... Já está de saída?

- Sim, estou muito atrasado e tenho prova, mas está precisando de algo? Se estiver me diga... Ah e eu tinha até me esquecido de perguntar se você ia pra escola.

- Não se preocupe Kai, eu não tenho aula hoje, vai ter reunião de professores, mas não quero que se atrase mais... – seu tom estava mais baixo do que o comum.

- Aki se está se sentindo bem? – me aproximei e por reflexo o segurei antes que ele fosse ao chão.

- Droga! – praguejei.

Levei-o até me quarto que estava mais próximo e o coloquei deitado em minha cama, levei minha mão até sua testa e assim vi o quanto ele está quente, talvez seja febre.

- Akira, Aki... o balancei devagar o vendo abrir os olhos lentamente.

- Itai... – murmurou baixinho.

- Onde dói? – ele levou as mão até a cabeça, e eu o segui começando massagear a mesma.

- Quanto tempo faz que está com dor Aki?

- Desde a hora em que eu cheguei...

- Como sou burro por não ter percebido! – reclamei mais para mim do que para si. – Devia ter me dito Aki.

- Não queria te incomodar mais... – sua cara de choro estava me agoniando. – Estou com frio.

- Olha eu vou ter que tirar sua blusa de frio ok. – ele assentiu fracamente, tirei a peça e o cobri com meu edredom. – Eu vou pegar o termômetro, espera um pouco.

Peguei o objeto que guardava numa gaveta no banheiro e voltei para o quarto, me sentei ao seu lado vendo o quanto ele se encolhia de baixo do edredom, coloquei o termômetro em baixo de sua axila e não demorou muito até que a temperatura subisse a trinta e nove graus e meio.

Fiquei muito assustado com o resultado.

- Aki eu preciso ligar pra alguém da sua casa, você precisa ir a um hospital e vai precisar de um familiar.

- Não, por favor Kai, não chama ninguém... – junto com sua expressão de dor vinham as lágrimas.

- Mas Aki, eu preciso te levar a um...

- Não por favor, por favor Kai...

- Ta bom... Eu vou cuidar de você, mas se você não melhorar em mais ou menos duas horas eu vou ser obrigado a te levar pra um hospital. – ele assentiu com o olhos fechados.

Ele tomou um comprimido pra dor, ficou por um tempo tremendo em baixo da coberta enquanto segurava minha mão, depois adormeceu, e aquela respiração pesada e descompassada se tornou uma respiração serena.

Fiquei por minutos velando o seu sono e acabei dormindo sentado ainda segurando sua mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Devem estar pensando...
Demorou tanto tempo só pra postar essa porra de capt, é eu sei desculpem-me novamente kkk'
As coisas andam meio clichê e pretendo não continuar assim okay!!!
Bom é isso aeeE, quem for me deixar review me digam o que acharam, críticas também ajudam kkk'
Aline eu sei que tu vai aparecer pra me dar uns chingos legais (to me preparando psicologicamente) espero que tenha gostadooO!!!
BjoooO PROMETO não sumir assim maism okay!!! ^^