They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 4
Capítulo 3: Someone In The Dark


Notas iniciais do capítulo

Well, aqui tem mais um ^---^
Espero que gostem... E, como eu disse, o próximo chap é quando eu acho que realmente começa... o começo da ação xD
Bem, como sempre eu digo... Não esperem uma história curta de mim xD...
...
..
.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/221762/chapter/4

“Quando alguém sai da escuridão para lhe encontrar...; E toca uma centelha espalhando luz por tudo” – Someone In The Dark, Michael Jackson

A caminhada estava muito boa. As campinas daquele mundo eram lindas. Talvez quase mais lindas que as campinas de Asgard. Mas, o mais lindo era um lago, um grande lago. Era azul em um tom profundo, e a imensidão dele era mas do que o horizonte. Poderia se comparar a um grande oceano, pois não parecia ter um fim, mas não havia uma onda sequer.

— O grande Lago! — Exclamou o Rei. — Mas não ouse entrar na água, há seres que os puxam para a profundidade. São eles que tememos, eles não saem durante o dia.

— Falando em dia. — Deparou-se Loki. — Quando o dia acaba aqui?

— Bem, a próxima vez que as trevas vão beijar a terra será em dois dias. Mas fique tranquilo meu Jovem, não há o que temer, estamos a uma semana nos preparando. Desde o último ataque melhoramos muito nossas defesas.

— Podem ficar tranquilos, comigo aqui esse bichos vão correr de medo. — Exclamou Thor coçando a cabeça bobamente.

— Bem, fico feliz, Filho de Odin. — Disse o Rei, sorrindo de modo constrangido.

Eles apressaram os passos, devido ao rei que mandava-os caminhar assim, tão depressa. Agora que Loki estava menos estressado, brincava com a própria asa, ela era macia, principalmente quando tocava em seu corpo.

— Eu estou com frio. — Disse Loki ao homenzinho. — Será que na cidade de vocês teria algum lugar para eu comprar uma roupa com furos?

— Sr. Odinson. — Falou o Rei. — Não insulte a hospitalidade do meu povo. Quando chegar no castelo terá as melhores roupas que tivermos disponíveis. E os melhores aposentos também.

— Ah! Obrigado. — Respondeu o moreno, com sua pele alva corando.

Depois de quase três horas mais caminhando, os três chegaram a uma grande área de grama, uma grande área mesmo. Aonde caberia uma grande cidade. Era até estranho ver aquilo, pois as árvores altas rodeavam a enorme clareira, que deveria se estender por quilómetros ao horizonte.

— É aqui... O seu castelo? — Perguntou Thor, lentamente, com uma certa graça na voz.

— É claro, não vêem? — O homem riu-se loucamente, provando que ele era um total louco.

— O.K. — Disse Loki, acenando positivamente. — Eu adorei... É bem Natural...

— Não precisam fingir, Jovens, eu não estou louco. O portão tampa a cidade, ele nos deixa protegidos.

Então com a mesma lança que havia feito tudo que fez, tocou-a no nada. Instantaneamente o lugar aonde a lança havia tocado foi ganhando vida. Demorou alguns segundos até que um enorme portão de madeira ganha-se forma. Ele era totalmente entalhado, e deveria ter mais ou menos o tamanho de uns quatro Thors.

Depois que alguns homenzinhos no topo reconheceu o Rei, o grande portão foi imediatamente aberto. Loki foi o primeiro a ver dentro, era tão, bonitinho. Havia uma estradinha que levava até o fim do lugar, que era cercado por um muro de madeira do tamanho do portão, no fim daquele grande lugar se encontrava um grande castelo, claro, nada comparado ao grande castelo de Asgard.

Aos lados da grande estrada ao castelo, havia pequenas ramificações que davam para casinha simetricamente feitas. As casinhas tinham a altura de Thor, ou um pouquinho mais altas.

Eles começaram a andar dentro da vila. Todos os pequenos cidadãos olhavam curiosos. A grande maioria era mulher, mas ainda sim havia vários homens, e mais ainda crianças. Algumas correram para perto do rei, brincando com ele, então correram até Loki, também brincando com ele. O moreno não tinha idéia de como reagir, então brincou um pouco, mas logo os ignorou.

— Por que eles não brincam comigo? — Perguntou Thor, em uma engraçada expressão de emburrado.

— Talvez porque eles têm medo de você. — Respondeu Loki, sorrindo.

Thor sorriu para o irmão de forma automática, os sorrisos de Loki eram raros, mas eram verdadeiramente puros. O Deus do Trovão percebia o quão graciosas eram as asas do irmão, elas se mexiam desengonçadamente, e Loki nem parecia notar.

Depois de andar mais de meia hora, eles finalmente chegam ao castelo dos Loops. O castelo era lindo, ao menos por fora. Este era feito com um tipo de rocha muito bem polida, que refletia a luz do forte sol daquele mundo.

Havia uma grande porta de madeira na frente do castelo, não tão grande como o portão de entrada do reino dos pequeninos, mas mesmo assim grande. A porta tinha lindos detalhes no que parecia ser ouro. Loki e Thor observavam tudo maravilhados, pois o castelo contava com cada mínimo detalhe bem feito. Até mesmo, depois de repararem melhor, cada cubo da pedra bem polida que revestia o lugar, tinham desenhos, e todos os desenhos pareciam ser diferentes, cada qual parecendo interpretar uma história diferente.

A grande porta foi aberta assim que o rei pousou sua mão sobre ela. Foi aberta com tão bela leveza, que parecia ser feita de papel. Mas assim que viram a grossura não acreditaram, a porta teria quase o tamanho do Rei em espessura, e pelo que parecia era feita de madeira maciça.

Não entendendo, os dois resolveram nem perguntar, aquele mundo era realmente estranho. Seria uma boa história para contar aos pais, pensava o loiro.

Eles cruzavam um grande corredor, havia estátuas de outros homenzinhos. O teto tinha pequenas frestas que pareciam ser de vidro, e iluminavam minunciosamente o grande corredor. O piso e as paredes também eram feitos daquela pedra polida do lado de fora, só que no lado de dentro as pedras eram ainda mais bem polidas, dando para ver-se com perfeição. Loki olhou para uma das paredes aonde a luz do sol entrava intensa, e conseguiu ver suas costas. Era bem estranho ver aquelas asas saindo de suas costas, mas, eram até engraçadas... Fofinhas. Ele teve que concordar que achou aquele pensamento sobre si mesmo muito estranho.

Depois de cruzarem o corredor com as estátuas, mais uma grande porta separava o outro cômodo. Mas esta era realmente pequena, pequena de modo que Thor teve que se curvar um pouco para passar.

Aquele definitivamente era o salão do trono. Desde a portinha havia um longo tapete camurça da cor vermelho vinho. No final do tapete, havia uma escadinha que subia alguns degraus até um grande trono. Quer dizer, grande demais para o homenzinho, mas algo que deixaria Thor desconfortável. O cômodo era lindo, tinha um grande lustre que parecia ser feito de diamantes, enquanto as paredes era de pedras polidas de tamanho colossal, com desenhos enormes.

— Spiiiiire! — Gritou o Rei, fazendo a voz soar pelo castelo inteiro.

Poucos segundos depois um homenzinho de rosto jovem entrou por uma porta lateral. Esse conseguia ser menor do que o Rei, e usava uma roupa multicolorida que dava-lhe um toque de humor, embora a expressão do jovem Loop era de total impaciência. O jovem flutuava alguns centímetros do chão, apesar de sua asa ser minúscula.

— Voltou, Vossa Majestade. — Disse o servo. — No que posso o servir?

— Arrume dois quartos para esses grandões e roupas cheirosinhas do tamanho desse de asas. — Pediu o Rei de forma descontraída, não se importando que aquele era seu servo e ele era o Rei.

— Será impossível. Só há um quarto. — Disse o servo, pousando no chão. — Os Lordes de Terras longínquas vieram para comemorar o Amanhecer, de modo que estamos lotados, pelo menos até depois do Amanhecer...

— Bem, espero que não se importem, Senhores Odinsons. — Pediu o Rei, fazendo um rosto de decepção. — Infelizmente chegaram na época mais cheia do ano. Amanhã mesmo haverá milhares de pessoas na vila. E o castelo estará lotado...

— Não nos importamos. — Disse Thor. — Não vamos ficar muito tempo, um quarto basta para nós.

Loki acenou concordando, apesar de estar com algo entalado na garganta, não queria voltar... Tinha medo... Tinha medo do que o seu pai poderia fazer com ele... Havia cometido vários erros, mas o mais grave havia sido o de traição. Com certeza. Nunca havia visto tamanha decepção antes nos olhos do pai.

O servente levou-os até o quarto aonde ficariam. O teto do lugar era baixo demais para Thor, de certo modo que tinha de ficar curvado. Haviam corredores imensos, e várias escadarias. Os corredores eram largos, mas eram baixos, isso facilitava ninguém trombar com os grandes Asgardianos.

— Nossa falta muito? — Reclamou Thor, realmente já haviam subido como uns vinte lances de escada.

— Não muito. — Disse o servente. Continuando a andar sem parar. — Ficarão no último andar, é o única quarto... Ninguém gosta de ficar lá. Quando está escuro dá medo... Mas, para vocês será ótimo... O teto é bem alto lá.

Continuaram a andar em silencio. Quase dez minutos depois, finalmente chegaram a um último lance de escadas. Podia-se perceber isso porque vinha uma grande quantidade de luz vindo do corredor que subia-se. Rapidamente chegaram ao quarto no último andar.

O servente abriu a porta com uma chave de ouro, era quadrada, e não precisava de algum movimento mecânico para abrir, apenas precisava aproximá-la da fechadura.

Eles entraram rapidamente no cômodo. Era realmente grande, o principal era o teto, aonde Thor pode finalmente esticar as costas. Na verdade não era um quarto como todos os outros. Era uma torre.

Loki se aproximou da grande janela panorâmica, que tinha um vidro que parecia ser de safira, tão bem esculpida que nem parecia-se deformar a imagem da natureza. Agora ele podia ver como estavam longe da recepção do castelo. A entrada do castelo ficava distante, enquanto havia uma grande construção até a torre aonde estavam. A torre era com certeza o lugar mais alto da cidade de pequeninos.

— Bem. — Começou o servente. — Providenciaremos roupas do seu tamanho, Sr. Loki. E, o jantar sempre é servido qualquer hora que tenham fome. Desse modo, sintam-se a vontade.

— Tudo bem. — Respondeu Loki, ainda admirando a extensão do lugar.

O servente fez uma vênia e saiu do quarto, deixando a chave do quarto na escrivaninha. Thor foi até a porta e a encostou.

— Maninho, acho que vou tomar um sono. Esse lugar me deixou cansado. — Disse Thor, esticando os musculosos braços.

— Tudo bem. — Falou Loki, não prestando muita atenção no irmão. — Mas, você dorme no sofá alí. — Loki apontou ao pequeno sofá. — Enquanto eu durmo na cama.

— O que? — Thor riu-se. — Eu nem consigo sentar nesse sofá minúsculo. Eu vou dormir na cama!

O loiro pulou na cama e afundou a cabeça em um dos travesseiros. Com aquilo seria impossível o Deus do Fogo tirá-lo dali. O jeito seria, ou ele dormir no sofá minúsculo e que parecia desconfortável, ou ele se acomodar em um terço da grande cama de casal, sim, porque seu irmão era muito espaçoso e ocupava mais da metade da cama.

Quando era pequeno sempre ia dormir com o irmão. Mas, depois de crescerem nunca mais havia ido dormir com ele, talvez fosse por vergonha, do que sentia, mas mesmo assim era consideravelmente bom o suficiente em fingir, em conseguir desviar seus sentimentos.

O moreno foi ao banheiro que tinha no quarto. Era um uma portinha de madeira, de sua altura, pequena o bastante para ter que se abaixar um pouco. O banheiro era grande, considerado ao tamanho das pessoas que o usavam. Tinha uma grande tina banheira feita daquela pedra polida que revestia grande parte do castelo, além é claro de vários detalhes em ouro. Tinha apenas uma janelinha de madeira com o mesmo vidro de safira do quarto.

O moreno decidiu tomar um banho, estava com frio e esperava que a água fosse cálida. E era, assim que se despiu e entrou na água sentiu-se confortável, pois a água tinha a temperatura ideal.

O Deus saiu da água e se enrolou na toalha. Ele abriu um pouco a portinha e olhou se o servente havia trazido para ele a roupa que daria para colocar suas asas. Realmente o homenzinho havia trazido, pois havia uma pilha de roupas em cima de uma mesinha.

Loki se aproximou da mesinha e pegou uma roupa íntima e prontamente se vestiu. Desse modo poderia terminar de se secar sem ser flagrado nu pelo irmão, algo que seria realmente embaraçoso. Suas asas haviam ficado molhadas, e as plumas pesavam. Ele com uma sensação de que fazia por impulso, abriu as asas e as chacoalhou. Uma grande quantidade de água escorreu para o chão, assim ele sentiu que um grande peso havia caído de si.

O Deus do Fogo colocou a calça de um material gelado e que se agarrava a pele, era branca, basicamente todas as roupas trazidas a ele eram brancas. O moreno teve que provar em média oito das diversas camisas que havia sido trazido à ele para finalmente se sentir confortável em uma. Era um blusão, que passava bem para baixo da sua cintura. O blusão entrava de modo engraçado, mas mesmo assim suas asas não ficavam presas. O Deus se olhou em um grande espelho, havia ficado parecido a uma figura de um anjo, ele com certeza era tudo, menos um anjo. Para ele, ao menos...

Depois de se vestir, deitou-se ao lado do irmão, com a barriga para cima, ele encarava o teto, que naquele quarto era alto. Mas ele não conseguiu ficar daquele modo por muito tempo, pois sentiu uma das asas formigando, então não teve jeito, teve que tentar dormir de barriga para baixo, e foi difícil adormecer, pois odiava dormir daquele modo. Mas enfim adormeceu.

oOo

Loki acordou incomodado, sentia algo o beliscando. Não teve como não acordar. Mas não estava sendo beliscado. Alguém estava puxando suas asas, ou melhor, seu irmão estava brincando com as suas asas.

— Thor! — Pediu o moreno. — Por favor Irmão, pare! Isso dói!

— Tudo bem. É que são engraçadinhas... — O irmão mais velho sorriu bobamente.

— Eu vou falar o que é engraçadinho, você em forma de lagartixa implorando para eu o transformar em humano novamente.

— Tudo bem! Eu parei, eu parei. — Falou o mais velho, esticando os braços, tão brutamente que quase fez o irmão cair da cama. — Desculpe. — Sorriu com o rosto pesado de um pós-sono.

Loki balançou a cabeça, nervoso, seu irmão era realmente espaçoso. Então se deparou com o grandão levantou-se.

— Ali é o banheiro? — Perguntou Thor olhando na direção da portinha.

— Sim, é. — O Deus do Fogo respondeu. — Mas pode ficar tranquilo, por dentro é maior do que aparenta.

Thor pegou uma das toalhas que havia em cima da mesa e se abaixando atravessou a portinha. Realmente, o banheiro era maior do que aparentava.

O grandão só esperava que a água não fosse fria, pois odiava água fria, principalmente logo após acordar. Thor despiu-se, logo entrou na grande banheira feito daquela pedra polida.

Loki deu um sorriso perverso do que queria fazer. Fazia tempo que não fazia nada interessante, então, aquele deveria ser o momento perfeito para aprontar alguma das suas.

O moreno foi até a porta do banheiro e colocou uma mão nela e outra na parede. Ah! Aquilo seria Tão divertido... Há tanto tempo ansiava por testar um novo feitiço. Então, sussurrou umas palavras em uma velha linguagem de magia. Ele sentiu a palma das mãos congelando, logo a porta e a parede foram ficando azul. Lá dentro já deveria estar bem frio...

— AHRRRRG! — Thor gritou do lado de dentro.

Loki resolveu sair de perto da porta, e realmente, logo em seguida ela veio para baixo. Thor saiu gelado de dentro banheiro, com pedacinhos de gelo congelado em seu corpo.

— Loki Odinson! — Gritou o mais velho, cobrindo a parte da frente com sua capa e tremendo de frio.

O loiro correu até o irmão, pegou a mão dele e colocou em seu peito.

— Me esquente AGORA! — Gritou.

Loki se constrangeu com aquele momento, mas, para nada ficar mais estranho deixou a energia sair de seu corpo, e o Deus do Fogo liberou o calor no irmão, que rapidamente foi voltando a cor habitual.

O Deus do Fogo não sabia se ria ou ficava embaraçado, tocar o peito do irmão, naquela forma direta, naturalmente seria normal entre irmãos, mas o contato que faziam era embaraçoso, embora ele tivesse certeza que para o mais velho aquilo não era nada mais do que fraternal. Por muitos anos sempre atuou daquela forma, e não seria aquele contato que o faria mudar.

Assim que viu que Thor estava quente o suficiente, Loki retirou a mão do mais velho, não conseguindo não ficar corado, mas ao mesmo tempo se controlou e conseguiu ficar pálido novamente. Para quebrar a tensão de seu constrangimento, o mais novo começou a rir da cara do mais velho.

— Isso NÃO tem graça nenhuma! — Falou Thor, voltando ao seu banho, abanando a cabeça. Assim que entrou, gritou ao irmão: — Aqueça aqui também!

Loki foi de maneira automática a porta e colocou sua mão nela, depois de alguns minutos viu que lá dentro já deveria estar quente o suficiente, então tirou a mão da parede e pulou na cama.

Os pensamentos vinham a mil em sua cabeça. Por quê!? Pelos Deuses! Por que tinha que ter pensamentos daquele tipo!?

Sem perceber, pequenas lágrimas bem contidas escorriam pelo seu rosto. Aquele sentimento era tão, frustrante... Era tão frustrante que, as vezes preferia que Thor nunca tivesse vindo buscá-lo, preferia ficar a eternidade sozinho, amando a si mesmo, sendo Egocêntrico. Agora, teria que passar a eternidade, sofrendo consigo mesmo... Vendo seu irmão... Longe.

— O que está pensando? — Falou uma voz forte, e depois sentiu alguém sentando ao seu lado.

— Nada, nada. — Loki respondeu com um riso. — Apenas como eu quase te congelei.

— Isso não teve graça! — Thor começou sério, mas no fim começou a rir junto ao irmão. — Eu quase congelei. Você é um irmão muito mal! Os mais velhos é que deveriam ser maus!

Loki abanou a cabeça, em parte concordando.

— As vezes não é bem assim.

— Como assim? — O maior parou de rir, e olhou ao outro. — Eu não me pareço com um irmão mais velho?

— Nossa, que seriedade Thor. — Loki abanou a cabeça. — É que foi tolo pular atrás de mim.

Thor deitou-se de barriga para cima, ainda estava sem a parte de cima da armadura, a marca da mão de Loki se encontrava em seu peito, demarcando a parte que havia sido esquentada demais.

— Pelo contrário, eu seria o pior irmão do mundo. — As Safiras de Thor olharam nas esmeraldas de Loki diretamente. — Eu fiz o que qualquer irmão mais velho faria e...

Um barulho alto soou por todos os cantos do castelo, e provavelmente da vila. Era como um gongo. Os irmão se levantaram. Thor levantou a mão e Mjölnir veio voando rapidamente até ele. O resto da roupa que lhe faltava também voou até ele, a parte de cima da roupa se encaixou perfeitamente enquanto a grade que se prendia em seu braço o rodeou e se fixou sobre o pano da roupa. No final a armadura ficou completa, e ele ficou em uma posição heróica.

— Não exagere Thor. — Disse Loki, vendo todo o drama que ele se fazia para colocar ‘A Roupa de Herói’ como sempre dizia.

O servo bateu na porta, e Loki a abriu. O pequenino se assustou com a posição de Thor, mas logo continuou.

— Está anoitecendo! Está anoitecendo!

— Que bom! — Disse Loki, tentando acompanhar a mesma aflição do pequeno servente.

— Nada bom, nada bom. — Respondeu instantaneamente o moreno. — Os Servos da Escuridão estão voltando...

Aquilo fez Loki se arrepiar. Não o que estava vindo, mas como ele disse. Falou com um tom sombrio, amedrontador.

— E o que querem que façamos? Matemos eles? — Thor tomou frente, olhando ao pequenino de forma inquisidora. — Eu posso fazer isto!

— Com todo o respeito, grande filho de Odin. Não seja tolo. — O pequeno olhou para a janela, vendo o lindo sol escurecer lentamente, mas mantendo a mesma posição. — Os Servos da Escuridão não podem ser mortos com armas normais. Apenas com a luz. — Dito isto, olhou para o irmão de Thor. — Com Fogo.

Thor ficou desapontado, tinha que ser Loki que enfrentaria tal perigo?

— É claro que não será necessário, nossas defesas estão mais rígidas do que tudo... — Continuou a falar o pequenino. — Mas, se precisarmos... Nos ajudaria. Grande Deus do Fogo?

— É claro! Claro que sim, desde que seu Rei me ensine a usar isto. — O moreno fez suas asas baterem.

— Naturalmente. Nas primeiras horas do amanhecer ele o ensinará. Não se preocupe.

Thor e Loki saíram do castelo, acompanhando o passo ligeiro do pequeno homenzinho, e logo mais com o Rei junto a eles, que a partir da sala do trono passou a liderar os dois grandes Deuses de Asgard.

Loki olhou atentamente enquanto o grande sol daquele planeta perdia seu brilho. Em realidade, não era um anoitecer, era um Eclipse! Por isso demorava tanto para o planeta escurecer. É porque na verdade ele nunca anoitecia!

O moreno poderia falar o motivo de uma vez a cada tantos dias tudo ficar escuro, mas decidiu não fazer, aquilo dava empolgação aquele povo, empolgação do tipo que eles esperavam aflitos pela chegada de um amanhecer.

Eles tinham grande dificuldades para acender uma fogueira, de modo que Loki por generosidade apenas tocou com a mão em uma das grande toras de madeira, fazendo que a luz se espalhasse por todo o lugar ao redor da entrado do castelo.

Os homenzinhos agradeceram à Loki com milhares de Vênia. E um informal “Valeu” por parte das crianças. O fogo queimava, então finalmente depois do último raio do sol tudo estava escuro, e o silencio era mortal.

Um agudo e agonizante grito foi ouvido ao longe, muito longe, mas ainda sim forte o suficiente para deixar todos com muito medo. Praticamente todos da cidade vinham em direção ao castelo, amedrontados, ansiando por proteção do bom e velho amigo Fogo.

Thor tocava no Mjölnir, caso precisasse, seria apenas um pequeno empurrão, e tudo estaria acabado... Não deixaria que nada acontecesse aos pequenos, nem ao seu irmão. Principalmente.

O Moreno estava bem mais preparado que o Loiro, enquanto o loiro apenas tinha o Mjölnir, Loki já havia estudado todos os locais aonde poderia iluminar com o fogo, sem machucar ninguém. Já havia também separado uma magia especial, que sempre quis tentar, mas nunca tivera a chance...

Alguns momentos depois, algumas pessoas ao longe da cidade gritaram. Os aldeões que estavam perto vieram correndo, fazendo os outros que estavam ainda mais perto da fogueira quase cair dentro dela.

— Eles invadiram a vila! Conseguiram nos achar! — Gritou um homem, correndo.

Loki estava apreensivo, enquanto Thor segurava o Mjölnir em uma postura heróica. O corpo estava fixo no chão, aguardando uma batalha. Enquanto Loki tinha apenas uma postura simples e as mãos preparadas para o ataque eminente. De certo modo, também ansiava uma batalha, queria sentir-se útil em algo.

Depois de alguns segundos, um homem pequenino vinha caminhando, em direção ao resto dos habitantes. Uma garotinha tentou correr até ele, mas a mãe a impediu, com os olhos cheios de lágrima.

Atrás do homenzinho vinha uma criatura estranha. Era como Loki, na verdade, era idêntico a Loki, mas, as asas eram negras, e o corpo emanava o que parecia ser um espectro de tons negros, como uma chama negra.

Loki olhou para Thor, e este estava perplexo.

— O que...? — Loki começou a falar, mas o Rei dos Loops falou antes de qualquer comentário.

— Ele... Adquiriu sua forma... Isto é muito raro.

Thor olhou para Loki depois do comentário do Rei. Ele olhou para o irmão, a criatura era realmente parecido com o seu irmão, mas, era de uma forma má, a criatura era obscura e parecia ter malícia na alma. Aquilo deixava Thor nervoso, porque aquele ser ousava tomar a forma de Loki!?

Sem pensar, o Deus do trovão arremessou o Mjölnir na criatura. A arma cruzou pela fogueira, voou por cima de cabeças e finalmente chegou à criatura. Thor havia sorrido, seria impossível errar, mas... Algo aconteceu, algo realmente muito raro, em um momento, seus olhos se embaçaram, e o que parecia ser a criatura, era seu irmão, que estava lá, atrás do homenzinho-zumbi. E seu irmão havia sido atingido pela sua arma.

— NÃO! — Gritou o loiro, sua voz atravessando todo o lugar como trovão.

— Thor?! Está louco?! — O loiro dirigiu o seu olhar ao seu lado, e ali estava seu irmão, tão bem quanto nunca esteve, vestindo-se belamente como um Deus-Anjo.

— Eu... — Ele olhou a própria mão, ainda segurava o Mjölnir, enquanto a criatura aproximava, andando de forma sinistra.

— Deus do Fogo, por favor, faça algo. — Pediu o Rei, temendo. — Logo começaremos a ficar loucos, como aconteceu com aquele lá na frente.

Quando ele fez esta referencia, falou sobre o homenzinho-zumbi, que caminhava lentamente na frente da Criatura-Loki.

As mãos de Loki começaram a brilhar, e Loki olhou-o com curiosidade. Logo, o brilho nas mãos começaram a se espalhar pelo braço de Loki, deixando-o como uma estrela. Aquele momento, mais do que tudo o Deus-do-Fogo parecia como um anjo, um lindo anjo. Thor gostaria de falar aquilo, mas, simplesmente achou que nunca deveria comentar.

Loki estava tonto, sentia-se tonto, aquele tipo de magia era muito forte, e usava o seu recurso exclusivo de energia. O ser olhou para o brilho no corpo de Loki com medo, então parou de andar, provavelmente pensando se o melhor era recuar.

Um sorriso apareceu nos lábios de Loki, aquele tipo de magia era realmente mágico. Ele conseguia sentir os sentimentos de todos no local, admiração de Thor... Alívio do Rei dos Loops, e esperança de todos. E... O ser a sua frente sentia medo.

O garoto estendeu a mão para frente e atirou um raio de luz, um raio de luz denso que fez todo o lugar brilhar. A criatura não resistiu ao feixe de luz repentino e foi sugada para fora de um corpo, assim como o homenzinho, que perdeu sua escuridão e voltou a ser um ser normal.

Loki parou com aquele feitiço, que lhe estava sugando demasiada energia. E, assim que o fez, apenas manteve a claridade o suficiente para que a criatura que havia sumido não voltasse. O ser que havia ficado, e veio deslizando rapidamente até perto da multidão. Loki voltou a sentir receio, mas quando o novo ser, que brilhava se aproximou, todos viram que ele não parecia ser mal, então se tranquilizaram. O ser era pálido, possuía um cabelo com de cobre e agora não se parecia com Loki, ele realmente parecia ser um autêntico anjo.

— Muito obrigado por me libertar, Loki, filho de Odin. — Disse o Ser. — Eu sou um Tibek. E vou ajudar essa raça a se livrar das criaturas do mau... Devo ir... Minha missão tem que ser concluída... E eu devo ir.

Sem esperar resposta, o ser que recebia luz sumiu, como se virasse pó. Loki acenou compulsivamente, então seu brilho se perdeu.

As pessoas ficaram em silêncio por um bom tempo, mas então começaram a comemorar. A gritaria foi geral, e Loki olhou para o irmão, que sorria abertamente. O mais velho aproximou-se do mais novo e lhe deu um abraço de quebrar os ossos.

— Você foi muito bom! — Disse o mais velho, sorrindo de maneira tão... Thor, de sempre.

Aquele abraço tinha sido um abraço de preocupação. Aquilo que ele havia visto... Era tão abominável para ele... Atingir seu irmão era como... Ele não podia falar, pois era muito abominável. Apesar de tudo que Loki havia feito, mas com um motivo, é claro, ele conseguia entender. Mas, ele nunca iria machucar seu irmão. Nunca. Então, aquele abraço havia significado muito para o loiro, era uma aliança que havia feito consigo mesmo, nunca machucaria seu irmão.

— Ei, Thor. — Disse Loki, quebrando o abraço.

— Desculpe...

— Você quase quebrou meus ossos. — Disse Loki, lançando-lhe um dos sorrisos raros que ele dava as pessoas, raras pessoas.

— Desculpe. — O maior coçou a cabeça, então olhou para o Rei, que se elevava na multidão com suas asinhas.

— Shhhh! — Pediu o rei, pedindo para as pessoas fazerem silêncio. — Obrigado. — Disse quando todos ficaram calados. — Bem, devemos agradecer a Loki, o Deus do Fogo. Ele foi o nosso grande salvador... Sem ele seria bem difícil... — O rei sorriu ao Deus de cabelos negros. — Bem, ele conseguiu algo que nunca conseguimos, conseguiu transformar uma daquelas criaturas em algo bom... E, pelo que parece a nova criatura ficou bem contente com isso... Quem sabe não nos ajudará... — As pessoas aplaudiram com felicidade. — Bem, agora. Aguardemos o amanhecer...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eaiii, o que acharam? xD - Devo continuar? ;)
Kisses! =D, Escrevendo mais... =_)