Ghost Of You escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 3
O3. Sofiagomite Crônica.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com conotações sexuais.
Enjoy :)



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Fechei os olhos, cedendo aos sonhos com Sofia. Os sonhos em que ela estava comigo, nós ríamos juntos como dois idiotas que nem na vida real, a diferença era que no final de cada risada ela me puxava para perto e me beijava de leve, dizendo em sussurros que me amava. Ela me chamava de ma’boy, meu garoto, e eu a chamava de shawty. Eu estava tendo sonhos com ela, a minha deusa, minha melhor amiga.

Eu sonhava com a minha Sofia Marie Gomez.


Enquanto eu dormia sentado no chão do corredor daquela emergência, minha mãe apareceu com Lenny. Ela não quis me acordar, e Lenny me ergueu no colo, comigo ainda dormindo, com extrema facilidade e delicadeza para que eu não acordasse (sinceramente? Não sei como ele consegue me levantar como se eu fosse papel) e me carregou para o carro, que estava num lugar separado e protegido dos poucos fotógrafos que já haviam descoberto onde Sofia estava. Quando eu acordei, estava de noite, eu não sabia que dia era, e estava no meu quarto. De começo nem sabia aonde estava direito, por que via tudo completamente embaçado.

Me joguei deitado na cama de novo, e peguei meu celular que estava no criado mudo ao lado da minha cama. Um dia depois do ocorrido com Sofia, eram onze e quinze. Eu dormi de cinco da manhã até onze e quinze da noite. Isso daria... 18 horas de sono. Uau. Eu durmo muito. Me levantei da cama, cambaleando, ainda um pouco zonzo por ter acabado de acordar (eu me sentia meio Bela(o) Adormecida depois de 100 anos dormindo), desci as escadas e fui para a cozinha. Eu estava literalmente morrendo de fome.

Peguei pão e alguma coisa no armário da cozinha com fadiga, me arrastando até o balcão central e fazendo um sanduíche de qualquer-coisa. Eu comi o sanduíche em pouco tempo, acho que coloquei Nutella e Doritos naquele pão, foram as únicas coisas que reconheci, bebi um pouco de suco e fui tomar um banho. Andei até o banheiro do meu quarto e me despi lentamente. Nem olhei pra mim mesmo no espelho. Pra falar a verdade, a coisa que eu mais odiava era me ver sem camisa no espelho. Eu me perguntava como eu podia ser tão magro e sem músculo... Mas ao mesmo tempo parecer gordo.

Virei de costas para o espelho e tomei um banho rápido de ducha quente. Assim que terminei o banho, envolvi minha cintura com uma toalha e coloquei a primeira cueca e o primeiro conjunto de moletom que me apareceu, e voltei para a cama. Eram quase meia noite. Eu não podia fazer nada àquela hora. Eu tentei pelo menos cochilar, mas meus olhos não se fechavam. Por nada. Peguei meu celular, então, e comecei a olhar minhas fotos. Pra me deixar pior, eu tinha muitas fotos de Sofia. Eu, tipo, coloquei Sofia Gomez no Google Imagens pra fotos grandes e salvei uma por uma. Tirando as fotos pessoais.

Eu parei pra analisar uma, que, tipo, eu ainda tinha acabado de conhecer Sofia, ainda era o fã doido (não que eu ainda não seja, mas... sabe, eu desmaiei ao conhecê-la), e estávamos eu, Sofia, e Jack (que eu carreguei junto pra não pagar muito mico) numa festa de Sofia, sabe, de família. Eu carreguei Jack junto para que eu não fizesse muita besteira em público, ainda mais naquelas circunstâncias de estar retardado com a presença de Sofia. A foto era tão antiga que eu nem tinha um celular bom ainda. Bem, eu nem tinha tido tempo de pensar em comprar um.


Sorri, ao lembrar só daquele dia. É, eu paguei mico. Por causa de Jack, que era a minha garantia de não fazer besteira, ironia? Acho que não. Concidência? Também acho que não. Um tempo depois de ter tirado aquela foto, aquele filho da mãe sem vergonha tentou atacar de cupido e me empurrou para perto de Sofia, esbarrei bem forte nela, ela perdeu o equilíbrio, me levou junto, e nós dois desabamos na piscina mega-ultra-mega-power-totalmente gelada por causa da temperatura de quase inverno de Nova York. Eu não preciso dizer que eu depois quis vingança para Jack. Duas semanas depois, no Canadá, quem caiu na piscina gelada foi ele. Por mais estranho que seja, nós dois não paramos nem sequer de nos falarmos.

Fui passando as fotos. Sofia, Sofia, Sofia, eu, eu, Sofia, mais um bilhão de fotos de Sofia. Não sei por quê eu lembrei do dia que eu arrumei briga com Taylor Lautner por causa de Sofia. Sei lá, minhas melhores amigas do Canadá podem babar por ele, minha quase-irmã Taylor pode estar totalmente apaixonada por ele, ele pode ser engraçado e ter o poder de me torcer ao meio em uma fração de segundo, mas eu não gosto dele. Não gosto dele por que eu vi Sofia totalmente apaixonada por ele (como todas as garotas do mundo), ele pedindo-a em namoro, quando na verdade eu queria namorá-la, eu o vi destratá-la e agir mal com ela, e ela totalmente iludida por ele. Quando ele terminou com Sofia, ela chorou abraçada a mim e a Sara por horas.

No dia seguinte, eu ganhei um olho roxo por enfrentar aquele lobisomem de dois metros e meio de altura. Sofia achou fofinho, e eu acabei levando uma bronca da minha mãe pela minha... Coragem indevida, e levei um beijo na bochecha de Sofia. Ela disse pra mim naquele dia que tinha tido a comprovação de que eu era um amigo verdadeiro.

Amigo.

Aquela palavra martelou em minha cabeça por dias. O olho roxo tinha sumido, mas aquela palavra simplesmente não sumiu da minha mente. Amigo.

- If I was you boyfriend... – Murmurei para mim mesmo. – I’d never let you go… Keep you on my arm, girl, you’ll never be alone… Don’t wanna be just a friend… There’s Jast a thing I want… Say that I’m your boyfriend, I’d never let you go… Never let you go…

Uma música se montava na minha mente. Sorri, fechando os olhos e deixando a música se montar. Foi uma pena, ficou bem interessante, mas eu dormi e esqueci quase tudo, só lembrei daquela parte. Mas ficou legal. Uma das primeiras músicas dedicadas à Sofia.

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Quando eu acordei pra valer, eram sete e meia da manhã. Eu suspirei bem baixo, e me ergui. Quando fui coçar o olho, a porta do meu quarto se abriu. Era minha mãe, ela iria me acordar para tomar café, eu acho. Nem sei como acordei sozinho às sete. Eu só sei que acordei.

- Bom dia, chérie. – Minha mãe me disse. Ela tem mania de francês.

- Bom dia. – Eu respondi, me sentando direito na cama. Baixei a cabeça e passei a mão pelos olhos, suspirando.

- Você está bem? – Ela me perguntou, chegando mais perto. Só de eu acordar por vontade própria ás sete e meia já mostra que eu não estava bem. E eu não estava mesmo. Acho que eu estava deprimido, sei lá. – Bebê... Eu sei que você está com medo de perder Sofia, ela é sua amiga...

- Eu sei, mas... Uma belieber, mãe. – Eu ergui o olhar.

- O quê? – Ela perguntou.

- Uma belieber esfaqueou Sofia, dizendo que fazia aquilo por que era melhor pra mim... – Eu disse. – Uma belieber... Eu... Eu não acredito que quem fez aquilo com Sofia... era uma fã minha, e o fez por causa de mim... Eu sou o culpado dela estar daquele jeito... Eu devia estar lá, não ela... Ela não merece... – Baixei o olhar, com a vontade de soluçar já vindo.

- Chérie... – Minha mãe se sentou ao meu lado, e me abraçou. – Você não pode se condenar... Você não é a razão disso... Foi uma garota dissimulada que achou que, tentando matar uma ótima garota, respeitosa, fiel, caridosa, iria conseguir algo. Bem, ela conseguiu.

- O quê? – Perguntei.

- Ódio eterno dos dreamers, incluindo você, e prisão perpétua. – Minha mãe disse. – Sabe... estava conversando com Scooter sobre você. Digo... Claro e evidente que você não está num momento bom...

- É sobre as apresentações? – Perguntei. Eu tinha uma sequência de quase dez shows em duas semanas, mais alguns um e outro, essa rotina, durante um mês e meio. Tudo nos Estados Unidos, por Nevada, Califórnia, Miami e Nova York.

- Ele disse que, se você não estiver bem, ele adia ou cancela tudo por essa semana e mais um tempinho. – Minha mãe disse.

- Eu vou fazer tudo, mãe. – Falei. – Não vou largar isso. Não vou decepcionar meus fãs.

- Eles vão entender se você disser que não está bem. – Minha mãe suspirou.

- Algumas nem entendem que eu tenho amigas. – Eu me levantei, caminhando para a porta, de costas para minha mãe. – E que eu me apaixonei por uma. – Soltei, para mim mesmo. Mas, eu não sou bom em ser sutil.

- Você o quê? – Minha mãe ouviu o que eu disse parcialmente.

- Nada. – Me ergui de repente, num susto.

- Se apaixonou. – Ela decifrou o que eu tinha dito. – Você... está apaixonado?

Baixei o olhar, e parei de andar. Assenti.

- Pela... Sofia? – Ela chutou. Assenti de novo.

- Desculpe por não ter contado antes. Eu... ia me declarar depois daquele show, daí, se ela aceitasse namorar comigo, eu... Eu ia contar. – Contei meu plano a ela. Eu tinha mais um final para aquele plano: ela não aceitaria, diria que eu só era um amiguinho, e eu entraria em depressão profunda por perder o amor da minha vida, e a veria sair de novo com Taylor lobo-depilado Lautner.

Ok, eu exagerei no Taylor lobo-depilado. Talvez eu tenha ciúmes dele com Sofia, não sei, só acho. Sem ser irônico, não sei mesmo. Eu nunca soube o que eu sentia e o que pensava em relação à meu estado com Sofia, com ela tudo é diferente de tudo que eu já havia passado na minha vida. Eram sentimentos novos de um jeito novo em situações totalmente inusitadas. Naquela tarde eu tive um momento mais confuso ainda. Quando eram dez e meia eu estava chegando novamente no hospital. Já haviam paparazzis lá, e eu tive um pequeno problema para entrar no hospital, mas consegui. Eu soube que Sofia havia tido outra recaída, e seu estado de coma havia se intensificado ainda mais, o que fez meu coração doer.

Eu não consegui ficar muito tempo lá, quando eram meio dia e meia eu já estava em casa. Minha mãe havia saído para fazer as compras da casa com Lenny, e eu a assegurei de que não morreria ficando sozinho em casa por algumas horas.

Eu não morri, mas aconteceu algo tão tenso quanto.

Começou quando eu estava começando a me convencer de querer ir tomar banho. Eu não sei, não sei porquê aquela garota não sai da minha cabeça. Enquanto eu caminhava para o banheiro, depois de ter me convencido a entrar na água fria (mesmo canadense, eu não gosto de tomar banho frio), eu pensava nela. Um simples pensamento do sorriso claro e leve da minha amada fez minha mente tomar rumos totalmente segundamente intencionados. Eu comecei, sem nem perceber, a imaginá-la no banheiro comigo, tomando banho juntos. Quando percebi a besteira que pensava, eu não parei. Eu me deixei levar. Eu não queria não imaginar nós dois nos beijando loucamente.

Cheguei no banheiro e tirei uma parte da roupa, ficando só de cueca de costas para o espelho, os pensamentos de nós dois nus debaixo do chuveiro nos banhando rolando. Quando fui me abaixar, eu só senti alguém me puxar pelos ombros, jogar-me contra a parede e me beijar. Eu não sabia quem era, ou o quê era, eu só sabia que era bom. Me rendi ao beijo. Só sabia que era uma garota que me beijava por suas mãos delicadas em meu rosto. A garota começou a beijar-me no pescoço, eu sentia sua respiração bater contra minha nuca e me arrepiava.

- Não consegue resistir? – Eu abri os olhos num susto quando reconheci aquele tom meigo, forçadamente sensual, a voz da garota soando em meus ouvidos como uma melodia angelical de violinos extremamente afinados num intervalo dos beijos que ela me dava. Aquela voz. Era de Sofia.

- S-Sofia? – Gaguejei. Ela ergueu o rosto, e eu pude ver sua face, seus olhos fechadinhos, não tanto quanto os japoneses, mas só um pouco, seus cabelos negros, sua pele clara, seus olhos castanhos e os lábios finos em seu rosto delicadamente contornado, como se feito por anjos.

- Sentiu minha falta? – Ela perguntou. Assenti, ainda surpreso, e ela juntou nossos lábios de novo. Pegou minhas mãos e levou a seus seios, induzindo-me a acariciá-la, e ela? Eu senti suas mãos pequenas entrarem em minha cueca, e ela começar a me acariciar ali. Parei de beijá-la para gemer, e a conduzi para a outra ponta do banheiro, tirando seu casaco rosa e arrancando dela seu sutiã claro, deixando-a nua da cintura para cima. Ela se livrou rapidamente da única roupa que eu vestia, assim como eu me livrei da calça e da roupa íntima dela em segundos, minha mão como fogo em seu corpo, acariciando-a e beijando-a, vendo-a daquele jeito, nua. Nua só para mim. Entramos no Box, nos separando, eu aproveitando para olhá-la de cima a baixo, ela olhando meu corpo também. Eu me sentia diferente, estranho, sei lá, daí olhei para baixo e vi que meu membro estava ereto.

Corri ao encontro de Sofia, que já havia ligado o chuveiro, e praticamente joguei-a contra a parede do Box, murmurando em seu ouvido que a amava, acariciando suas coxas e seios. Ela beijava meu pescoço, e eu sentia nossos corpos molhados se chocando.

- Deixa eu... Deixa eu entrar em você, Sofy... – Eu murmurei.

- Pode fazer o que quiser. – Sofia respondeu. Peguei-a pelas pernas e a ergui, pronto para penetrá-la, apertando os olhos. Gritei, mas não foi por ter entrado em Sofia. Eu nem a sentia em meus braços mais.

Abri os olhos. Havia uma poça de um líquido estranho no chão, e minha mão estava em meu membro. Nada de Sofia. Era só eu ali. Eu havia tido uma alucinação com Sofia e chegado ao orgasmo sozinho pensando nela. Aquilo era realmente doentio. Eu estava doente, doente, doente dela, por ela estar naquela situação eu estava deprimido e tinha fantasias com ela no banho, eu estava doente. Com uma doença chamada Sofia Marie Gomez. Eu tinha Sofiagomite Crônica. Eu sei, o nome é estranho, eu inventei agora, mas, enfim. Eu estava doente de Sofia.

E o pior: era bom. E eu gostava.



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Notas finais do capítulo

Merece comentários?
Aviso: eu não vou postar com muita frequência nas próximas semanas, é que... Eu me ferrei em Matemática (só nessa, a de sempre) e é isso aí, tenho que estudar demais e deixar de ser uma vagabunda ficwriter dreamer-belieber lovatic xD
>>>>PARA OS LEITORES ANTIGOS
Antes eu estava com uma crise de inferioridade e tals, queria deixar a história assim mesmo pra ser deletada, mas aí eu postei um capítulo novo depois de muito tempo e vocês continuaram comigo, e eu amei isso e quis continuar, por isso tive de mudar os nomes da Sel, Jus & cia para esses nomes! Amo vocês :)



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