Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 8
Gritos do silêncio...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês minhas fadinhas? Estou até com vergonha de ter demorado tanto p postar, mas é q meu pc deu pau e estou tentando fazer uma repostagem de outra fanfic minha... Desculpa! o/ Gente fiz esse cap inspirado numa leitora minha que tem o nome de Levy Mcgarden, e assim escrevi com um pouco de Gajeel e Levy *-*, espero que gostem, aliás esse cap tem a letra d uma musica q caiu como uma luva (é Skillet: Lucy) Sabe até o nome combina! kkkk Na fic essa letra represa os sentimentos da guilda em relação a Lucy, principalmente do natsu e da Levy



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Três meses depois...

Hey Lucy, eu me lembro do seu nome.

Deixei uma dúzia de rosas no seu túmulo hoje.

Estou no gramado de joelhos, limpando as folhas,

Eu só vim aqui para conversar um pouco.

Eu tenho algumas coisas que eu preciso dizer.

                O silêncio com ar de enterro pairou sobre a guilda mais forte de Magnólia, todos encravam os dois arrogantes soldados do conselho mágico. Ninguém acreditava no que eles haviam dito, até a poderosa Titânia parecia abalada, enquanto Makarov estava cabisbaixo com a notícia. Quantos gritos será que cabem dentro de um silêncio?...Essa pergunta se encaixava perfeitamente no momento... E a primeira a expressar em palavras o seu silencio gritante foi Levy:

                —Não!—Gritou se aproximando dos homens do conselho, um deles revirou os olhos dramaticamente enquanto o outro olhou para a Mcgarden com desdém se perguntando quantos anos a azulada tinha para ter aquela estatura tão... Microscópica. —Você não podem fa...

                Um dos soldados suspirou alto, interrompendo a queixa da maga da escrita, repetindo com indiferença a frase que tanto chocara a guilda mais poderosa de Magnólia.

                —Senhorita. —Falou a palavra com sarcasmo quase palpável em sua voz arrogante. —A maior parte dos soldados do conselho mágico está a serviço das buscas de Lucy Heartfilia, mas não encontramos nada, portanto a única saída lógica é cancelar as buscas.

                —Mas... Mas... —Gaguejou a garota, seus olhos começaram a ficar marejados de lágrimas teimosas que queriam sai a todo custo. —A-A Lucy-chan... Ela...

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu trocaria todo o mundo para ver aquele pedacinho do Céu olhando

De volta pra mim.

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu tenho que viver com as escolhas que eu fiz,

E eu não posso viver comigo hoje.

                —Se tivéssemos o mínimo de sorte teríamos encontrado pelo menos os ossos dessa tal de Lucy Heartfilia... —Murmurou o outro com um sorriso maléfico nos lábios secos, infelizmente por causa do silêncio espectral que reinava na Fairy Tail, o comentário maldoso ricocheteou nos ouvidos dos magos presentes, partindo o coração de alguns e despertando fúria em outros... E foi então que a guilda viu algo que nunca esperariam ver na vida: Levy se descontrolou.

                Tomada pela dor e pela raiva que borbulhavam em seu sangue, a Mcgarden agarrou a gola da roupa do soldado que teceu o comentário, e o puxou para baixo, para que o mesmo a fitasse da mesma altura.

                —Maldito... —Sussurrou a azulada, entre dentes, sua face estava vermelha pela raiva, porém o homem não pareceu se intimidar e com uma expressão de puro desdém, falou:

                —Solte-me agora, maga insolente, ou será presa por desacato a autoridade e...

                —Dane-se!—Vociferou a maga da escrita quase que espumando de cólera. —Escute aqui seu...

                —Chega Levy!—Gritou uma voz grave e autoritária, vinda do lado oposto da Fairy Tail.

                Todos fixaram seu olhar na figura que interrompera a discussão, qualquer um reconheceria aquela cabeleira rosa de longe, era o radiante Natsu, mas hoje, ele não estava nada radiante, na verdade parecia que uma áurea carregada o acompanhava, seu cabelo rosado cobria boa parte de seu semblante sombrio, e em passos largos, o rosado chegou até a garota que tremia de raiva, sem largar o soldado.  Sem nem ao menos fitar os inconvenientes soldados, o Dragneel se dirigiu a Levy sussurrando calmamente, quase que suplicante.

                —Chega Levy... Por favor, Chega...

Hey Lucy, lembrei-me do seu aniversário.

Eles disseram que iriam parar um pouco de falar seu nome.

Eu sei que eu faria tudo diferente se eu tivesse a chance.

Mas tudo que eu tenho são essas rosas para dar ,

E eles não podem me ajudar a fazer as pazes.

                A Mcgarden piscou uma, duas, três vezes até finalmente perceber o que estava realmente fazendo, ela se sentia envergonhada e ao mesmo tempo inconsolável. Antes que fizesse algo, mãos quentes tocaram as suas e lentamente seus frágeis dedos soltaram os soldados que ao se ver livre das “garras” da azulada, arrumou sua blusa e lançou um olhar superior para ambos os magos a sua frente. Estática, a maga da escrita percebeu que mesmo depois de soltar o soldado, Natsu permanecera com suas mãos nas dela, deixando Levy corada por alguns segundos.

                A azulada e o rosado nunca foram muito íntimos, mas a Mcgarden se sentia bem com ele ali, era como um irmão mais velho, um protetor, logo a maga repreendeu esse seu pensamento, vendo uma ligação entre a proteção do Dragneel com a sua fragilidade.

                —Ei, vocês!—Falou o mago, sua voz permanecia baixa, a raiva transparecia claramente sobre ela.

                —O quer pirralho?—Perguntou um dos soldados, visivelmente impaciente e assim que ouviu a pergunta, o DragonSlayer levantou a cabeça, fitando os homens tão irritantes que estavam na sua frente.

                Os olhos dos soldados se arregalaram de espanto ao cruzarem o olhar com aqueles olhos que mais pareciam duas fendas de puro horror. A pele do garoto parecia que tinha enrugado, mas quem observasse novamente, veria que aquilo eram escamas de um dragão, de um dragão feroz e furioso, e tal visão fizeram os homens engolirem a seco.

                —Da próxima vez que aparecerem aqui... —Ameaçou, falando cada palavra sem pressa. —Não vai ser ela que vai matá-los. —Falou apontando para Levy com o queixo.

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu trocaria todo o mundo para ver aquele pedacinho do Céu olhando

De volta pra mim.

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu tenho que viver com as escolhas que eu fiz,

E eu não posso viver comigo hoje.

Temerosos e a passos largos, ambos os soldados se distanciaram da guilda, um deles quase chorava de pavor enquanto o outro fazia o sinal da cruz repetidas vezes sobre o peito, crendo que havia visto o próprio demônio há pouco... Logo, os soldados sumiram de vista por entre as ruas de Magnolia e a azulada começou a soluçar de forma dolorosa, envergonhada e destruída por dentro; para que ninguém visse seu sofrimento, a Mcgarden saiu correndo para fora da Fairy Tail o mais rápido que suas pernas agüentavam e em seguida foi a vez de Natsu ir embora, não correndo como a maga, mas andando a passos pesados assim como veio, como se o rosado carregasse algo pesado sobre as costas e era verdade, ele carregava o peso de uma promessa quebrada...

Aqui estamos nós,

Agora você está em meus braços.

Eu nunca quis nada tanto antes.

Aqui estamos nós,

Para um novo começo

Viver a vida que poderíamos ter tido.

                O silêncio na Fairy tail permaneceu, não que ninguém tinha coragem de falar, muito pelo contrário, mas ninguém sabia O QUÊ falar. Em uma mesa mais afastada, Jet e Droy se olhavam e ás vezes murmuravam sobre qual dos dois iria atrás de Levy, sofrendo do mesmo problema que o restante da guilda. Gajeel olhava aquela cena com desprezo “Covardes”, pensou o Redfox enquanto revirava os olhos. Depois de poucos segundos, o moreno suspirou e disse para os membros da equipe Shadow Gear:

                —Eu vou.

Eu e Lucy andando de mãos dadas,

Eu e Lucy nunca queremos terminar.

Apenas outro momento nos seus olhos

Eu vejo você em outra vida

No céu, onde nunca vamos dizer adeus

                Quando saiu da guilda, o mago olhou ao redor, a procurando, e sem encontrá-la, começou a caminhar durante uma hora e quando já estava quase desistindo de procurar Levy ele ouviu um som baixo e abafado, e o DragonSlayer demorou muito tempo para perceber que aquele som era de alguém chorando. Com uma curiosidade quase que infantil, Gajeel se aproximou da origem do som e arregalou os olhos ao ver a azulada ali, sentada atrás de uma arvore, com as mãos no rosto.

                Seu cabelo exótico cobria sua face e seu pequeno corpo tremia conforme os soluços que dava. Por alguns instantes, Gajeel sentiu toda a sua prepotência e confiança de antes se esvair de seu corpo e mente, e por um momento sentiu pena de Levy, ela parecia tão frágil, como um vidro trincado, pronto para desmoronar a qualquer contato... A boca de Gajeel se abria e fechava, mas as palavras não lhe vinham à mente, insatisfeito consigo mesmo, o moreno suspirou alto, capturando assim, sem querer a atenção da azulada. Ao ver o mago a Mcgarden passou a mão pelo rosto repetidas vezes, numa tentativa inútil de fingir que não estava chorando.

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu trocaria todo o mundo para ver aquele pedacinho do Céu olhando

De volta pra mim.

Agora que tudo acabou,

Eu só quero abraçá-la.

Eu tenho que viver com as escolhas que eu fiz,

E eu não posso viver comigo hoje.

                —O... O que você e-stá... fazendo aqui?— Perguntou Levy, tentando não voltar a chorar.

                “Boa pergunta, sabichona...” pensou ele enquanto se sentava ao lado da garota que estranhou sua atitude.

                —Eu... — Falou umedecendo os lábios, hesitante. —Também não sei o que eu estou fazendo aqui... —Falou por fim olhando para a copa da arvore em que estava.

                —Eu quero ficar sozinha, Gajeel. —Falou a Mcgarden subitamente e de forma fria, atraindo a atenção de Gajeel.

                —A solidão não vai te ajudar. —Retrucou, sério, fitando Levy.

                —E o que poderia me ajudar?!—Gritou voltando a ficar irritada. —Você não sabe de nada, Gajeel! Não sabe como foi encenar como eu encenei com a Lucy e por ironia ou maldição do destino acabar amando a Lucy como se fosse uma irmã!—Exclamou enterrando ambas as mãos no cabelo. —Não sabe como é trair sua irmã assim! Como é sentir o peso da culpa sobre a sua cabeça toda vez que vai dormir, se perguntando se ela está sentindo frio, ou se ela está se alimentando ou... Se ela está viva!—Vociferou com os olhos marejados e percebendo que estava perdendo o controle de suas próprias emoções, a azulada fechou os olhos e suspirou antes de continuar a falar, só que dessa vez mais calma, mas não menos arrasada. —Lucy não é uma garota comum, ela é especial para mim, ela foi minha única amiga de verdade, sabe?—Disse deixando que mais uma fina e dolorosa lágrima rolasse. —Ela deve me odiar a essa altura, não a culpo por isso, mas... Eu só desejo que ela esteja bem... Só isso... —Sussurrou se entregando ás lagrimas novamente.

Aqui estamos nós, agora você está em meus braços.

Aqui estamos nós para um novo começo

Tenho que viver com as escolhas que fiz

E eu não posso viver comigo hoje.

                Até agora o moreno só ouvira, tentado compreender os sentimentos de Levy, que pareciam uma bomba relógio, pronta para surtar a qualquer momento, tendo como combustível um misto de medo, preocupação e culpa. Nessa hora, o DragonSlayer invejou o poder de otimismo de Natsu, bastava ele sorrir no meio do caos,que tudo ficaria bem, mas ele não era o rosado, não podia simplesmente sorrir e dizer alguma frase de otimismo. Sem perceber, o olhar dele se fixou nas mãos alvas da garota que agarravam a grama com força, e as feições de Gajeel se endureceram um pouco ao se lembrar do Dragneel segurando as mãos dela, apesar dele saber que nada acontecia entre os dois magos, uma sensação estranha o invadiu na hora, era como se ele borbulhasse por dentro e naquele momento, o moreno teve vontade de separar o “Salamandra” de Levy para que ELE a protegesse, porem o orgulho o conteve.

                —Eu não cheguei a conhecê-la há tanto tempo como você... —Falou o mago ainda encarando as mãos da garota, hesitando se poderia pegá-las ou não, e felizmente ou infelizmente preferiu ficar com a segunda opção. —Mas você é a amiga dela, deveria acreditar que ela está bem. —Disse calmamente e Levy levantou a cabeça olhando para o DragonSlayer. —Apesar de ela ser meio estranha na maioria das vezes, a Heartfilia é forte e esperta, ela está viva e bem. Nós vamos continuar procurando por ela, certo?—Perguntou encarando a azulada e antes da resposta ser dita, Gajeel prosseguiu. —Não vou mentir: o que aconteceu foi realmente grave, mas acredito que ela vai voltar e você também deveria acreditar... —Disse começando a se levantar. —Aliás... —Disse baixinho, se aproximando da Mcgarden. —Você não precisa ficar sozinha, eu estou aqui com você. —Sussurrou pegando uma lágrima com o polegar, o contato de seu dedo áspero com a pele de seda da garota, fez com que ambos se sentissem diferentes, como se algo especial tivesse acontecido ali.

Eu e Lucy andando de mãos dadas,

Eu e Lucy nunca queremos terminar.

Tenho que viver com as escolhas que fiz

E eu não posso viver comigo hoje.

                Antes que algo pudesse acontecer, o moreno deu as costas para a maga e quando iria dar o primeiro passo para ir embora, ele sentiu algo contra si, e viu finos e delicados braços enlaçarem sua cintura de forma desajeitada, porem confiante. O DragonSlayer engoliu a seco, ainda processando o fato: Levy o abraçara. Mesmo que ele estivesse de costas para ela, o rapaz se sentia no paraíso, gostava da energia que parecia transbordar dela, aquilo o deixava bem, bem até demais... Já não tinha mais motivos para sentir ciúmes de Natsu, afinal ele só segurara suas mãos, enquanto ele recebia um forte abraço que nunca mais esqueceria.

                 Já Levy, não sabia o que fazer, não sabia se deveria soltá-lo ou se continuava a abraçá-lo, fora um ato impulsivo e incrivelmente, ela, um pessoa tão racional não se arrependera, e algo dentro de si afirmava de forma incessante: Ela era realmente gostava da companhia dele, gostaria de tê-lo sempre perto de si, como um anjo, o seu anjo guardião...

Hey Lucy, lembrei-me do seu nome.


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Notas finais do capítulo

Reviews?*-*



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