Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 27
De volta ao mundo real... Mais ou menos


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês meus amadinhos? ^-^ Bem, dessa vez eu vim mais cedo, mas confesso q dava p vir + cedo ainda, mas é q to aproveitando as férias p fazer outras coisas também que eu não tinha tempo de fazer antes, como tocar teclado, ver meus doramas e escrever meus originais c + frequência... Espero q gostem desse cap e q o entendam xD



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A viagem de volta foi cansativa para todos, e não havia um mago que não estivesse no mínimo, exausto com a batalha que tiveram que travar dentro do castelo de areia. Laxus ainda estava um pouco zonzo, Lissana estava sendo carregada por seu irmão mais velho, dormindo serenamente e Bickslow se apoiava em Gajeel para conseguir andar. Mas apesar do silencio e da exaustão, todos estavam aliviados e felizes por terem Lucy com eles novamente e a todo instante, todos olhavam para a loira, para ver se ela estava respirando ou simplesmente pelo fato de que ter a Haertfilia com eles, parecia um sonho... A garota passou o caminho todo desmaiada, sem dar sinais de que acordaria tão cedo, mas todos estavam atentos a qualquer movimentação de Lucy, mas todo aquele cuidado foi em vão, já que a loira nem se moveu até chegarem a guilda, onde foi alojada num quartinho improvisado, mas aconchegante.

Só no dia seguinte é que a Heartfilia acordou, e mesmo abatida e debilitada, a garota tentou se sentar, mas sua cabeça latejou e com uma expressão de dor, ela se deitou novamente, tentando imaginar onde é que estava afinal.

—É melhor você não se mover muito...—Disse uma voz conhecida, que fez com que Lucy estremecesse.

Lentamente e hesitante, até um pouco assustada, a loira virou o rosto, encarando Natsu, que estava apoiado no batente da porta, a observando intensamente com seus olhos castanhos. Alguns instantes eles ficaram assim, um encarando o outro, instantes que pareceram durar séculos, mas não foi algo desconfortável, era como um reencontro, um silencioso encontro entre ambos.

—Como você está se sentindo?—Perguntou o rosado, se aproximando da cama da Heartfilia, e a mesma se afastou, se enrolando debaixo dos cobertores, como se o Dragneel fosse um monstro.

Natsu suspirou, se sentindo frustrado, afinal, não era assim que o rosado imaginava reencontrar Lucy, capturada, como um animal que todos tinham que zelar para que não fugisse. O Dragneel se sentou na beirada da cama e a loira quase se jogou para fora da mesma, se afastando o máximo possível.

—Sabe, eu estou feliz que você esteja aqui.—Disse o DragonSlayer, tentando começar uma conversa.—Na verdade, todo mundo está feliz que você esteja aqui...

Ao ouvir aquilo, a Heartfilia levantou a cabeça e fuzilou o garoto com os olhos, o que o fez engolir a seco e imaginar o que ele teria dito de tão errado para despertar tal fúria da garota.

—Imagino o quanto vocês estão felizes por me terem aqui...—Ela ironizou.Essa foi a primeira fez que ele ouvira a voz de Lucy depois de tanto tempo distantes um do outro, e nos sonhos utópicos de Natsu, a loira pularia em seus braços como se estivesse morrendo de saudade, a sua voz seria como músicas aos seus ouvidos, mas agora, o que Natsu via? O rosado via uma Heartfilia assustada e raivosa, nada parecida com a que aparecia em seus sonhos, agradecida por ter sido salva e sua voz, alvo de devoção do Dragneel, agora era algo cortante, ferindo o coração dele...—Será que vocês não querem o meu poder, já que ele despertou?

—Chega Lucy!—Gritou Natsu, sua voz ecoando pelo quarto, fazendo com que Lucy engolisse a seco, assustada com a súbita mudança de humor do rosado.—Que tal você calar a sua boca e descansar, pelamor de Deus, como você é idiota! Ninguém aqui quer o seu poder patético, aquilo é amedrontador e por favor, nem que seja por uma causa maior, nunca o use novamente.—Disse o Dragneel se levantando da cama, se distanciando até a porta, chegando até o batente da mesma.— Você, alguma vez, nem que seja por algum instante, durante segundos, já cogitou a idéia de que talvez existe algum motivo importante para que você não descobrisse o seu poder? Já pensou que algo ruim pudesse acontecer se você usasse o seu Atherion?

—Mas Cacius me assegurou que...—Retrucou a Heartfilia, automaticamente, para a fúria do DragonSlayer, que socou a parede, fazendo a mesma rachar com o impacto.

—Cacius, Cacius e mais Cacius...—Murmurou o garoto, de cabeça baixa, sua voz tremulava de fúria e pingava veneno.—Cacius disse, Cacius apontou, Cacius comeu...—Repetia, cada vez mais raivoso.—Me responda uma coisa, Lucy, seu amado Cacius está aqui agora?

Aquilo atingiu Lucy como um soco na boca do estomago e a loira não soube o que responder, e era essa a brecha que o rosado esperava para gritar a verdade nua e crua:

—O seu Cacius não está aqui, sabe por que? Por que aquele ordinário é uma sanguessuga, ele é o único que quer te usar como uma arma! Se fosse seu mestre de verdade, ele nunca deixaria você para trás, abandonada, como se fosse um cartucho vazio de uma arma.

Aquelas palavras, ditas de modo tão rude e rápido pelo Dragneel, atordoaram a Heartfilia, que se sentia presa entre duas opiniões distintas, em que uma defendia que Cacius era seu mentor e que ele só queria lhe ajudar, mesmo que por métodos estranhos, mas por outro lado, a dúvida agora já estava semeada em seu coração e pulsava tão freneticamente quanto o sangue em seu corpo.

O silencio da garota, e sua expressão confusa, impulsionou que o DragonSlayer a continuar a desabafar tudo o que havia guardado durante esses meses todos.

—Você não sabe como eu odeio esse cara, e odeio mais ainda o fato de que você o obedece como se fosse um maldito cachorrinho. Quando eu encontrá-lo, juro que eu irei fazê-lo sofrer muito antes de morrer cruelmente, da próxima vez, eu não serei piedoso, você vai ver...

Ao acabar de dizer aquilo, ele saiu do cômodo, pisando fundo, bufando, como um verdadeiro dragão furioso, deixando para trás, uma garota chocada.

Ela teve vontade de gritar o nome dele, na esperança de que Natsu voltasse, queria poder abraçá-lo e chorar em seu ombro, mas ao mesmo tempo, se sentia patética fazendo isso, se sentindo fraca ao se imaginar em tal situação.

Mas era tão natural quanto a lei da gravidade, ela se sentia fraca perto dele, na verdade não era fraqueza, era bem-estar, estar perto dele era como usar uma droga viciante e até mesmo a sua voz, aquela porcaria de voz tinha um efeito aterrador, um efeito há muito esquecido, mas que agora voltara com a mesma força de antes, como se um gigante tivesse despertado em seu peito.

Mesmo hesitante, Lucy se aconchegou na cama, se encolhendo para ficar mais confortável e em meio aquele quarto silencioso e solitário, a loira se colocou a pensar sobre o que havia acontecido nas últimas horas, quando ainda estava naquela experiência temporal, na campainha de Cacius.

Lucy lembrava-se de tudo como se fosse tivesse realmente vivido aquele deja-vu bizarro, mas mesmo assim, a mente da loira continuava enevoada, com aquela sensação esquisita de que tudo fora um sonho.

Mas tudo agora fazia sentido, se encaixava perfeitamente como um quebra cabeças e as dúvidas que antes assolavam a sua mente estavam finalmente respondidas...

FlashBack:

“—Lucy Heartfilia, vai ficar um nome muito bonito também.—Respondeu a loira e ambas sorriram.

A Heartfilia se sentia quase que hipnotizada por aquela cena linda em que a sua amada mãe ria, e aquela imagem se manteve congelad, como uma fotografia ou como um filme que havia sido pausado, gravando eternamente a alegria de Layla.

—O que houve com ela?—Sussurrou a garota, sem desviar seus olhos da mulher que lhe deu a luz.

O loiro ao seu lado teve que fazer um esforço para entender o que sua discípula havia dito, mas mesmo assim respondeu com a voz monótona, como o deu um daqueles locutores de documentários:

—Bem, depois disso, na manhã seguinte, Jude Heartfilia veio buscar Layla e você e assim começou o grande império de riqueza de sua família...

—Não, eu não estava falando sobre isso...— Ela murmurou.—Eu quero saber sobre como minha mãe morreu, do que ela morreu...

Seu mestre se manteve em silencio durante alguns segundos, como se estivesse filtrando a informação recebida e/ou escolhendo as palavras certas para explicar o inexplicável.

—Bem, digamos que a sua família carrega um fardo...—Disse Cacius, começando devagar.

—Como assim, um fardo? Tipo, alguma obrigação ou...

— Uma maldição, como diria os mais velhos.—Interrompeu o loiro, fazendo com que um frio percorresse a espinha de Lucy.

Ele se manteve em silencio por mais alguns segundos, talvez para fazer uma pausa de suspense, ou simplesmente esperando se a loira fosse dizer algo, o que não aconteceu, então o rapaz prosseguiu com sua explicação:

—Sua família é poderosa e seria a única a conter coisas igualmente poderosas, como... Dragões.

—Dragões não existem mais.—Retrucou a Heartfilia, desviando seu olhar para Cacius.

—Agradeça a sua mamãe por isso.—Disparou o loiro, sério, o que fez o sangue da garota ferver em suas veias.

—Minha mãe está morta.—Ela rosnou, mas sua fúria nem amedrontou Cacius que ousou exibir um sorrisinho de lado, achando graça na ingenuidade de Lucy.

—Desde quando espíritos morrem?— Perguntou o loiro, deixando a dúvida no ar.

—Eu sei que espíritos não morrem mas... Eu vi!—Insistiu a loira, confusa.— Eu assisti a minha mãe definhar, doente, presa a uma cama e...

—Morrer?—Completou o rapaz, irônico.— Você por acaso lembra-se do funeral de Layla, lembra-se do enterro, do caixão ou do corpo inerte e sem vida?

—Aonde você quer chegar?—Sussurrou a Heartfilia, afundando as suas mão por entre seu cabelo desgrenhado.

Ao contrário da garota, seu mestre estava bem relaxado e respondeu tranqüilamente:

—O que eu quero dizer retoma a primeira e a principal regra sobre espíritos, ou seja, Layla Heartfilia está viva.

Ao ouvir aquilo, a garota ficou perplexa, seus olhos castanhos se arregalaram e ela ofegou, como se não conseguisse respirar direito.

—Onde ela está?—Ela indagou, sua voz estava tremula devido a surpresa.

—Calma Lucy, eu já vou chegar nessa parte...—Ele tentou tranqüilizá-la, sem muito sucesso, já que Lucy descontrolada, e sem pensar nas conseqüências, avançou até Cacius e o segurou pelo colarinho, sussurrando:

—Onde a minha mãe está?

O loiro manteve sua compostura, mas seus olhos claros a fuzilavam e sua expressão estava severa e rigorosa, como se em sua mente, estivesse pensando em inúmeras táticas de tortura para domar a Heartfilia.

Mas, o rapaz respirou fundo, sua fúria não o levaria a lugar algum, tudo o que ele precisava fazer era engolir a seco e ser paciente.

Estava tão perto de concluir seu centenário plano que seria trágico colocar tudo a perder por causa de sua vaidade e ignorância.

Então lentamente, Cacius pegou as mãos da garota e as afastou de si, exibindo um sorriso falso e amarelo.

—Querida vamos com calma, sei que você me deseja, mas não precisa ser tão feroz assim.— Zombou o loiro, e então, ela se envergonhou e se afastou um pouco.— Bem, desde o principio da Terra, os dragões assolavam o mundo, eram seres primitivos e violentos, sem nenhum raciocínio, movidos simplesmente pela vontade selvagem de destruição... Eram caóticos e causavam grande destruição na Terra, o que acabava também, influenciando o equilíbrio da Terra dos Espíritos. Então, o Rei dos Espíritos daquela época, um ancestral bem longínquo do nosso Rei atual os aprisionou num portal, onde ficaram por milhares de anos, mas com o passar do tempo, o selo enfraqueceu e as feras enfurecidas estavam cada vez mais próxima da liberdade. E foi então que, em um ato de bravura, Akane Heartfilia, a rainha dos espíritos daquela época se sacrificou, usando sua magia para selar o portal, e assim, selando também o destino dos Heartfilia. Isso foi se repetindo de gerações e gerações, se nascesse uma mulher Heartfilia, essa deveria se casar logo para ter descendentes por que...

—Morreria para selar o portal...—Completou Lucy, sua voz estava baixa, quase como um sussurro, tentando absorver toda aquela gama de informações totalmente novas e temerosas.

—Bem, eu não disse morrer, e sim sacrificar sua magia...—Relembrou Cacius, cuidadosamente.

—Mas a minha mãe, eu não me lembro de nada disso de portais e tal...

O loiro levantou a mão, como se pedisse que a loira se silenciasse, e foi o que a Heartfilia fez, obediente ao seu mestre.

Sem dizer nada, ele dedilhou no ar, como se tocasse em uma harpa invisível, mas o nada pareceu tremular ao contato, como se fosse água, e as ondas se propagaram, dissolvendo a imagem de antes e a substituindo por outra lembrança perdida, onde Layla estava na cama, rodeada de almofadas e travesseiros de diversos tamanhos.

O quarto era escuro, tendo apenas a luz solar entrando pela grande varanda, iluminando um pouco o grandioso quarto.

E ali, sentada, usando uma folgada camisola, a loira, já doente, parecia frágil e pequena, definhando a cada dia, em uma tortura lenta e cruel.

—Sabe por que Layla está assim?—Perguntou Cacius, o loiro sabia que Lucy não saberia responder, na verdade aquela era quase uma pergunta retórica. Mas mesmo assim, a loira negou freneticamente com a cabeça, como uma criancinha.— Esse é o castigo. Layla não queria se sacrificar a nada, não queria ter que assumir um fardo tão horrível como ficar longe de você e de seu pai. A raça humana era fascinante e mesmo tendo passado anos e mais anos junto dela, a tristonha e ousada princesa dos espíritos nunca poderia se tornar um deles, nunca poderia deixar de lado uma obrigação milenar e de importância primordial, por causa de assuntos tão... Egoístas como sentimentos.—O rapaz disse a última frase com uma expressão de represália, como se menosprezasse ou até não entendesse o porque Layla relutar tanto em aceitar seu destino, como se ser mãe e esposa fosse algo efêmero e romântico demais para ser realidade, como uma brincadeira de criança.

—Mas, Layla, insistindo em sua existência humana junto de você, de seu pai e de tudo o que ela amava, acabou adoecendo.—Disse apontando para a loira que tinha olheiras abaixo dos olhos e expressão abatida.—Não era uma doença comum ou uma simples frescura, essa “doença” sugava as energias, tanto espirituais, mágicas e físicas para o portal, era como se...

—Ele exigisse a presença dela, a puxando pouco a pouco...—Completou a Heartfilia, para satisfação de seu mestre, que notara que sua discípula entendera aonde ele quis chegar.

Antes que pudesse descrever como, a imagem à frente deles mudou, o quarto silencioso e doentio tomou a forma de uma caverna claustrofóbica e abafada.

A garota estreitou os olhos, tentando enxergar, sem muito sucesso, até que de súbito, sua mãe passou por entre seu corpo enevoado, a assustando um pouco, mas foi ignorada por Cacius, que continuou com a sua extensa e complexa explicação:

—Mas no final de tudo, Layla não pôde lutar contra seu destino, afinal, se sacrificando ela também manteria você e seu pai a salvo. Assim, ela saiu de casa e foi até o portal.

Lucy manteve seu olhar fixo em sua mãe, que mesmo estando bem mais magra e pálida, ainda mantinha a dignidade e o brilho no olhar.

A mulher estava vestida ricamente, seu cabelo mediano estava trançado por uma fina, mas elegante fita de ouro, seu vestido era longo e Lucy se admirava em como ela conseguia andar sem tropeçar na barra do mesmo. Como o vestido era de um ombro só, no melhor estilo greco-romano, a alça do ombro estava cravejada das mais brilhantes e belas pedras preciosas, e agora Layla fazia jus a sua posição de Princesa dos Espíritos. Lentamente, como se estivesse caminhando em uma marcha fúnebre, a loira se aproximou de uma gigantesca porta de bronze que a garota não havia visto até então.

Eram portas duplas, seladas apenas por uma grandiosa e opaca pedra esverdeada, talvez uma esmeralda.

Ambas as portas eram gigantescas e com inúmeros desenhos quase surreais entalhados.

Lucy até tentou entender do que se tratava aquelas imagens, e chegou a perguntar ao loiro ao seu lado:

—O que significa aquelas imagens?—A loira sussurrou, temendo que sua mãe a ouvisse, o que era impossível já que nada daquilo era real.

O rapaz negou com cabeça e respondeu:

—Aquilo são milênios de história, tanto terrestre quando metafísicas, vai ser impossível te explicar tudo com clareza e ainda nessa vida...

Sem mais perguntas, a Heartfilia voltou a observar a mais velha, que ao se aproximar da grandiosa porta, tocou na gigantesca pedra, que mesmo sendo opaca reluziu malignamente e seu brilho aumentou cada vez mais, até o ponto em que seu brilho se tornou cegante e os dois não tiveram outra escolha além de fecharem seus olhos.

E ao abri-los novamente, Layla já não estava mais lá. Tudo estava como antes, como se ninguém tivesse visitado aquela caverna inóspita.

Lucy estava boquiaberta com o que havia acabado de ver, a ali Cacius viu a chance de poder falar o que queria.

—A sua mãe não está morta...—Sussurrou ao pé do ouvido da loira, que estava de cabeça baixa, como em estado de choque.—Ela só está atrás daquelas portas... Você quer vê-la novamente? Basta você querer...

De súbito, sob a influencia daquelas palavras, a Heartfilia levantou a cabeça e caminhou até a porta.

Até então, o loiro estava tranqüilo, assistindo sua pupila, que de repente, desferiu um violento soco contra as portas de bronze, fazendo com que até o próprio rapaz, que estava tranqüilo, tivesse um pulo de susto.

As portas, soltaram um som metálico e rouco, parecendo com o som de um navio que afundava no mar.

Descontrolada, a garota voltou a socar as portas, e incrivelmente suas mãos não se feriam, ao contrario das ornamentadas portas que começaram a ficarem deformadas.

Cacius correu até sua discípula, tentando afastá-la de lá, sem sucesso, já que a mesma o empurrou para longe.

O loiro se ajoelhou no chão, sentindo que estava perdendo as forças para manter a ordem e o controle daquela projeção temporal, o quer seria bem perigoso.

Ele sentiu a cabeça latejar a cada soco que Lucy dava, e o suor começou a minar de sua testa por causa de seu esforço de tentar manter tudo em ordem.

Espasmos sacudiam seu corpo violentamente, assim como a caverna, que tremia como se estivesse desmoronando, mas nada fazia com que a loira parasse de tentar abrir aquelas portas.

Mais cedo o mais tarde, o pior aconteceu, a Heartfilia atingiu um golpe na grandiosa esmeralda que servia como cadeado.

A mesma trincou lenta e tortuosamente se despedaçou, para o desespero do rapaz que gritou um sonoro “Não!” mas que foi abafado pelo estrondo que a porta fez ao se abrir bruscamente.

A luminosidade voltou da mesma forma cegante, mas dessa vez, a garota não se assustou, na verdade, ela estava maravilhada com a possibilidade de ver, de tocar e de conversar com sua mãe novamente, depois de tantos anos... Lá dentro do portal, nem tão perto e nem tão longe, Lucy conseguiu distinguir uma silhueta em meio aquela luz, e com lágrimas nos olhos, a loira julgou se sua adorada mãe e correu até ela.

Ou pelo menos tentou... Pois quando a Heartfilia chegou perto do portal, uma grandiosa fera saiu do mesmo, causando uma grande ventania com seu bater se asas frenético, empurrando a garota para trás, longe do portal.

Assustada, ela reconheceu que aquilo nada mais era do que um dragão, um feroz e animalesco dragão.

Antes que pudesse fazer algo, dezenas fugiram para fora do portal, voando e soltando rugidos que faziam a caverna tremer violentamente.

Todos a encararam como se fosse um rato, uma presa qualquer para aplacar a fome de milhares de anos.

Um deles tentou capturá-la com sua grandiosa pata, mas Lucy conseguiu se esquivar e pôs-se a correr o mais rápido que podia.

Mas era complicado, havia centenas de monstros atrás de si, e o ambiente em que estavam não era propício para uma batalha.

Além de que ser pequenina perto daquelas feras não era muito vantajoso. Enquanto a loira tentava criar ou pelo menos achar uma rota de fuga, um dos dragões conseguiu a segurar com a cauda e a fez cair no chão, não podendo mais fugir de seus perseguidores.

Neste momento, Lucy sentiu seu coração bater descompassado e não se importou em chorar como se fosse uma criança.

—Por favor,... Se afaste de mim seu monstro!

De repente, um dragão se sobressaiu dos demais, era maior, suas escamas vermelhas pareciam ardentes e seus olhos pareciam estar mais fixos do que os outros.

Com um misto de medo e raiva, Lucy reconheceu aquele monstro como Igneel e gritou, sem acreditar que estava enxergando tudo aquilo:

—Eu... Vejo... Dragões... —Balbuciou, mas gradativamente, o seu medo foi tomando lugar a raiva, já que por culpa daquelas feras, a loira havia perdido a oportunidade de rever sua mãe...— Igneel, seu maldito! Suma daqui, seu desgraçado, é tudo sua culpa! Seu dragão diabólico! Eu vou te matar!

De súbito, a Heartfilia sentiu uma força estrondosa dominar seu corpo. Como se uma injeção de adrenalina fosse injetada em sua veia, impulsionada em sua corrente sanguínea.

A garota se sentiu poderosa, sem temor e capaz de fazer tudo o que quisesse, e então, falou:

—Demônios e dragões, que morram nas profundezas do inferno, que é de onde nunca deveriam ter saído!— Em suas mãos, uma bola de energia pulsou, ela não sabia como ou de onde ela havia tirado aquilo, mas pouco se importava, o que importava era que a garota tinha em mãos uma arma poderosa, e que não tinha medo de usar.

Em um gesto suave, ela lançou sua esfera contra os dragões que tanto a amedrontavam.

Mas antes de ver o sucesso de seu violento e suave ataque, a sua cabeça latejou em uma dor tão lancinante que a mesma não suportou e gritou, soltou um grito doloroso e horrível, para logo depois, perder a sua consciência em meio ao caos daquela projeção temporal...”


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Notas finais do capítulo

E aí? o/ Mereço review ;-)? Recomendações ;-D? Ou tomates T.T?
:*



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