Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 2
Hospital...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vocês vão, meus queridos? Peço desculpas pela demora, mas é q eu queria fazer esse cap bem especial e ainda assim acho que poderia ter sido melhor... Ah, eu queria falar q eu tenho uma fic chamada : A UNIGÊNITA, do Percy Jackson, se quiserem vão lá dra uma olhada...^^



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Lucy sentia sua cabeça latejar e o suor escorria por suas costas. A loira esfregava os olhos na esperança infantil e ingênua de sair daquele pesadelo.  A garota puxava o ar pela boca, como se seus pulmões não conseguissem obter mais oxigênio o suficiente para manter seu coração batendo que a essa altura estava descompassado, dando a sensação de desconforto para a maga. Depois a cena mudou novamente, agora ela estava em uma enorme cúpula, a sala tinha 14 tronos, e em forma de “O”, e em cada trono estava sentada uma pessoa e entre elas ela pode reconhecer Aquarius, com sua face entediada de sempre, Áries, sempre corada e com a mão sobre a boca e assim a menina foi reconhecendo todos os 12 espíritos estelares sentados nos tronos, todos em silêncio, mas havia uma energia pesada no ar, àquilo era... Tensão.
    Apesar de Lucy estar ali, todos os espíritos olhavam para outra coisa e curiosa a loira direcionou seu olhar para o centro do salão, onde viu uma pessoa de pé.  A mulher no centro do amplo salão, usava um manto cor de terra, mas esse manto estava sujo e velho, maltratado pelo tempo. Na frente dessa mulher havia o grande e poderoso rei dos Espíritos. O soberano olhava para a pessoa a sua frente com pena e reprovação ao mesmo tempo. O rei suspirou, mas não era de alivio e parecia que ele pegava fôlego para falar e foi o que ele fez:
    —Ainda não acredito que você, sangue do meu sangue, carne de minha carne pode me trair de tal forma!—Esbravejou.
    —Mas... Papai!—Gritou a mulher do manto marrom, sua voz angustiada ecoava no amplo salão.
    —Não me chame de pai!—Esbravejou o rei. —Você me traiu com aquele... “Humano”. —O soberano disse a ultima palavra com desdém.
    —Eu me apaixonei!—Gritou a mulher, se entregando as lagrimas.
    De repente algo quebrou o silêncio perturbador. Lucy se aproximou um pouco da mulher para confirmar suas suspeitas e era verdade, um choro irrompeu o lugar, era o choro de um... Bebê. Preocupada a mulher aconchegou a criança em seu colo e aos poucos o choro parou.
    —Você a fez chorar... —Murmurou a mulher, mas por causa do silêncio absoluto em que o lugar se encontrava, todos ali ouviram a frase.
    —Ela não é minha neta; assim como você não é mais minha filha.
    Lucy se aproximou para ver o rosto da mulher, mas de repente tudo e todos perderam a cor e se desfizeram em grãos de areia, formando dunas e mais dunas de areia ao redor da loira. A maga se sentou e se abraçou com medo, fechando os olhos, desejando acordar daquele pesadelo horrível.
    —Está com medo Lucy?—Perguntou o homem que causara tudo aquilo em frente à garota que ao ouvir a voz dele, estremeceu.
    —O que você quer?—Perguntou a menina, tentando soar ameaçadora, em vão.
    O rapaz riu e passou a mãos pelos cabelos loiros, como se a garota a sua frente fosse uma criança do primário: ingênua e inocente. Logo depois ele se abaixou até ficar da mesma altura dela que assustada se encolheu mais ainda.
    —Você tem medo. —Sussurrou o homem de um modo macabro, olhando fixamente nos olhos castanhos de Lucy. —Você está com medo só porque eu estou te revelando a verdade nua e crua, suas reais lembranças. Outra dica, Heartfilia: Sua querida guilda esconde o seu passado tão bem... E Layla Heartfilia?—Perguntou o rapaz com um sorriso sombrio brotando nos lábios. —Você sabeporque ela morreu, Lucy? Sua querida guilda sabe a verdade dessa pergunta que você se questiona todo dia!
    Na hora Lucy fez a primeira coisa que lhe veio a mente, sua delicada mão estalou violentamente contra o rosto do loiro que inicialmente ficou perplexo, mas depois seus lábios se moveram em um sorriso malicioso e com uma mão ele tocou a marca avermelhada de cinco dedos em sua face.
    —Não me bate que eu me apaixono... —Sussurrou ele com uma voz maliciosa e antes que Lucy pudesse fazer algo ele se levantou com rapidez. —Você está muito... Agitada hoje, Lucy. Vamos fazer assim: Quando quiser saber mais sobre o seu verdadeiro passado, me procure. Aliás, um conselho: Não confie tanto assim nos outros, Fairy tail sabe mais do que você pensa...
    A loira se levantou cambaleando, mas seus joelhos estavam fracos e foi questão de tempo até que cedessem contra a areia, e era nesses momentos que a loira desejava ter o poder que Natsu tinha, a loira gostaria de ter a mesma força física e a força de vontade. A loira nunca perdoaria o homem a sua frente por desonrar o nome da Fairy tail desse jeito!
    —Só espero que sobreviva... —Sussurrou o loiro com um sorriso sarcástico na face malévola e sem forças para fazer mais nenhum movimento, a loira se entregou a escuridão.
    Enquanto isso Natsu olhava a sua companheira desacordada do outro lado de uma espécie de grande janela de vidro.  Ele se sentia um inútil, um irresponsável por deixar que a “Sua” maga se machucasse. O rosado fitou a garota que se matinha do mesmo jeito que antes, na verdade ela parecia estar mais fraca e agora o suor escorria por seu rosto fazendo com que o seu cabelo dourado grudasse em suas bochechas. O garoto viu que horas eram e resolveu seguir o conselho que Erza lhe dera.
    “Neste momento a “Titânia” deve estar se entupindo de bolos de morango na lanchonete desse hospital...” pensou o Dragon Slayer sorrindo um pouco, mas logo esse sorriso murchou com a mesma rapidez que a aparecera. O estômago do mago roncou alto e o garoto suspirou, o menino havia passado o dia todo ali, Makarov havia ido embora há poucas horas, explicando que devia voltar para cuidar da guilda e até para explicar sobre o terrível ocorrido com Lucy.
     Erza também passou o dia todo no hospital, mas saíra a pouco para comer e aconselhou Natsu a fazer o mesmo. Relutante, o rosado se afastou do quarto da amiga e se concentrou em sua audição e assim chegou a ouvir as batidas ritmadas do coração da menina e instantaneamente ele ficou mais tranqüilo e começou a caminhar em direção a lanchonete. Mas depois de poucos segundos, os batimentos cardíacos da Lucy começaram a ficar cada vez mais lentos, apavorando Natsu.
    O garoto voltou correndo, assustado para ver o que havia acontecido. Ao chegar à janela de vidro do quarto da loira, o mago parou e observou os médicos agindo o melhor que podem para manter a maga viva. E mais uma vez o dragon slayer se sentiu um inútil. Os batimentos cardíacos da garota estavam descompassados e ameaçavam parar a cada instante. De repente aconteceu... E Natsu ouviu aquilo que desejou não ouvir: o silêncio. Natsu olhou para sua companheira, ela estava em silêncio, no mais cortante e terrível silêncio.
    O rosado sentiu como se seu mundo estivesse desabando ao seu redor, seus olhos se encheram de lágrimas, mas que não rolaram. Os médicos dentro da sala também estavam perplexos e frustrados, “Como isso aconteceu?”, todos estavam se perguntando, tentando achar alguma resposta lógica inexistente para o fato... O mago não agüentava mais a tristeza e angustia que parecia crescer em seu peito e sussurrou:
    —Lucy... —Aquele sussurro pareceu um desabafo, um chamado, um apelo para que a garota voltasse, voltasse para ele.
    —Lucy!—Gritou o garoto desferindo um soco no vidro que com o impacto do golpe acabou trincando.
    O grito de Natsu fora ouvido por quase todo hospital, era um grito de dor e negação, Natsu se negava a aceitar aquela realidade tão cruel. Enfim, uma grossa e dolorosa lágrima percorreu o rosto do menino que voltou a olhar para Lucy que continuava inconsciente.
    —Por favor... —Sussurrou dragon Slayer, sentindo seu peito se rasgar ao meio, como se fosse feito de papel.
Natsu não agüentaria perde-la, o rosado já havia perdido o seu amado “pai-dragão” e agora não suportaria perder a maga assim desse jeito tão inesperado!
    De repente o rosado ouviu um som, profundo e molhado, o garoto levantou o olhar para dentro da sala, a loira permanecia da mesma maneira fazendo com que o Dragon Slayer sentisse mais vontade de chorar. Ele poderia ter se enganado sobre a origem do som, mas de repente o mesmo som se repetiu, e outra vez e outra e antes que o mago fizesse algo a maga celestial abriu os olhos e afagou como se estivesse se afogando. Os olhos castanhos e apavorados se encontraram com os olhos negros arrasados.
    Nesse momento, Natsu viu uma lágrima surgir no rosto de Lucy e um semi-sorriso que surgiu em sua face parecia ter iluminado e reconstruído o mundo de Natsu que ao ver que a loira estava bem retribuiu o sorriso de um jeito atrapalhado, típico dele, e acenou com a mão, desejando poder abraçá-la forte e saber que com ele, a maga nunca mais se feriria.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
:*