Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 1
Encontro Fatal...


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Espero que gostem...



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Um rapaz de cabelos cor de rosa corria a toda velocidade, apesar de ser quente, Natsu começava a sentir frio e seus pés estavam feridos de tanto correr, mas ele não se importava consigo e sim com a garota inconsciente em seus braços, Lucy continuava fria e sua pele possuía uma palidez nada saudável. 
    O garoto grunhiu de raiva, ele mataria aquele maldito que machucou sua companheira. Era para ser um dia comum, Natsu e Lucy voltavam para a guilda, após uma missão bem sucedida. A maga estelar, distribuía sorrisos, estava feliz por ter o dinheiro do aluguel desse mês.
    O dragon slayer caminhava mais a frente e ainda se sentia empolgado com a luta que facilmente vencera e estava estranhamente feliz pela loira estar feliz.
    —Natsu... —Chamou Lucy, parando de andar.
A jovem tinha a expressão séria e visivelmente pensativa, como se tentasse lembrar-se de algo importante.
    —O que foi?—Perguntou o garoto.
    —Er... Eu tenho quantos espíritos mesmo?
    O rosado a fitou, como se não acreditasse que ela estivesse perguntando aquilo, mas falou:
    —Você tem o Loke, o Caprico, o Scorpio...
    —Ah é! Lembrei!—Gritou a moça, voltando a sorrir, mas seu amigo se manteve sério, na verdade ele estava preocupado.
    —Você deveria falar com o velhote... —Aconselhou o rapaz.
    —Por quê?— Indagou a garota inocentemente ou pelo menos fingindo muito bem...
    —Por quê?! Você ainda me pergunta o por quê?!—Gritou o garoto, indignado. —Lucy você está esquecendo demais das coisas!
    Lucy engoliu a seco as palavras de Natsu, “Ele já está percebendo...” pensou a maga. Era verdade, a loira estava realmente se esquecendo das coisas e não somente de compras de mercado e tal, mas...  Lucy esquecia partes de seu passado, como por exemplo: onde vivera, qual o nome de sua mãe e assim por diante, no inicio não se passava de coisas bobinhas e fáceis de ser lembradas, mas com o passar do tempo a jovem vem se esquecendo de coisas atuais também, como por exemplo: Quais chaves ela possui, e até mesmo o nome de algumas pessoas que convivem com ela.
    A moça estava se assustando e apesar de tentar esconder, Natsu já havia percebido, mas não contara para ninguém, nem mesmo para garota. E ele já havia percebido que seus lapsos de memória vinham com maior freqüência depois que Lucy usava Uranio Meterioria e tentava ao máximo poupá-la de usar essa magia. 
    De repente uma espessa nuvem de areia subiu e teve a forma de um redemoinho. Ambos tentaram se proteger como conseguiam, tentando enxergar algo através da misteriosa areia que surgira do nada. De súbito a areia desapareceu da mesma maneira que aparecera, pegando Lucy e Natsu de surpresa; mas o que mais os surpreendeu, havia um homem onde há pouco tempo atrás havia o redemoinho de areia.
    O homem misterioso estava de pé e olhava para os dois seres a sua frente. Ele tinha a mesma idade que Lucy e era até mais alto que Natsu, tinha olhos verdes e uma cicatriz descia por seu rosto indo até seu pescoço. Natsu o fitava com desconfiança e sentia o cheiro de sangue impregnado no rapaz a sua frente, só de olhá-lo ele já se sentia arrepiado, o rosado já havia concluído: Não gostara daquele cara.
    —Quem é você?—Perguntou Natsu, como seu jeito nada delicado de se falar.
    Logo o rapaz se moveu e em sua face surgiu um sorriso quase que perverso enquanto fazia uma reverencia exagerada:
    —Prazer em finalmente conhecê-la, Lucy Heartfilia.
Natsu olhou para Lucy e perguntou:
    —Lucy, você conhece esse cara?
    A garota parecia apreensiva, mas respondeu negativamente com um aceno de cabeça. Lucy se sentia estranha, sua mente ia a mil como um computador procurando algum dado inexistente, a cabeça dela doía e ela sentia uma enorme vontade de sair correndo para longe daquele cara bizarro, mas não sabia o porquê.
    O rapaz olhava para Lucy sem desviar um segundo se quer fazendo a face da garota ficar vermelha de desconforto. E entre ambos, um dragon slayer bufava de raiva pelo cara que olhava para sua companheira.
    —O que quer comigo?—Perguntou Lucy, e o desconhecido respondeu:
    —Eu quero você. —Respondeu o rapaz de forma mais natural possível.
    Neste momento Natsu sentiu como se algo explodisse dentro de si e logo seu corpo entrou em chamas, pronto para uma luta. O “inimigo” começou a andar em sua direção, mas passou pelo mago, andando para algo atrás dele. Natsu se virou a tempo de ver o jovem se aproximar de Lucy, que se mantinha parada.
     O rosado tentou se mover, mas era como se suas pernas estivessem presas ao solo por uma força infinitamente maior do que a gravidade. Então Natsu viu... Aquela cena fez seu coração doer e sua cabeça latejar de uma dor estranhamente nova para ele... O desconhecido tinha a mão em volta da cintura de Lucy e sua outra mão segurava seu rosto com delicadeza, enquanto ele roubava um beijo da maga que ficou em estado de choque, mas ao perceber o que estava acontecendo afastou o homem de perto de si e passou a mão pelos lábios, como se tivesse nojo.
    —Isso... Isso foi cruel. —Murmurou a garota de modo dolorido, como se ele a tivesse batido. —Esse foi... Esse foi o meu primeiro... Beijo.
    Ao ouvir aquelas palavras da amiga, o rosado sentiu vontade de matar aquele infeliz, mas ficou com medo de acabar machucando Lucy por causa da proximidade com o inimigo. Logo o inimigo riu e disse:
    —Ah não diga que eu roubei seu primeiro beijo?! Ah, e como sabe que esse foi seu primeiro beijo? Você não se lembra de seu passado Lucy... Poderíamos ser namorados e você nem se lembrar!
    A loira parecia surpresa e desesperada ao mesmo tempo, e uma grossa lagrima escorreu por seu rosto.
    —Cale a boca!—Gritou a garota. —Você não sabe nada de mim!
    —Sei, oh se sei, Heartfilia, sei mais coisas sobre você do que vocês mesma. —O garoto se aproximou um pouco mais de Lucy e disse: —Sei que você nem deveria estar viva... Uma pessoa como você não deveria existir.
    Natsu soltou um som estranho, parecia como um rosnado ou como um rugido, ele estava ficando irritado e o desconhecido pareceu perceber, pois disse:
    —Foi um prazer te conhecer Lucy. Vou te dar um conselho: não confie em ninguém, se quiser saber sobre o seu passado e o de sua mãe venha falar comigo.
    Antes que alguém pudesse fazer algo, o rapaz desapareceu em mais uma estranha nuvem de areia e momentaneamente Lucy caíra no chão inconsciente.
    —Lucy!—Gritou o dragon slayer pegando a garota no colo.
Com o passar do tempo a loira foi perdendo as forças e Natsu temia que já fosse tarde demais para salva-la.
    Natsu se sentiu aliviado ao ver as belas colinas tão familiares e a enorme placa que falava: “Bem-vindo a Magnólia”. Apesar das dores que estava sentindo, o rosado apertou o passo e foi direito para a guilda. Estava ofegante quando viu as portas da guilda, e com um chute abriu as portas com um forte estrondo chamando a atenção de todos, que provavelmente estavam rindo e bebendo, mas agora olhavam boquiabertos para uma Lucy quase morta e um Natsu exausto.
    —O que houve?—Perguntou Makarov se aproximando de seus dois filhos.
    —A... Lucy... Eu... Voltava... —Falava Natsu tentando buscar oxigênio para seus pulmões.
    —Ok, depois você explicar. —Disse Erza. —Vamos levá-la para o hospital, rápido!
    Erza pegou Lucy no colo com cuidado como se a amiga fosse feita de pano ou de porcelana. Assim, Erza, Makarov e Natsu foram para o hospital com a maga que a cada instante ficava pior. Ao chegarem ao hospital receberam uma triste notícia de um médico renomado:
    —Ela foi vítima de um feitiço, não há nada que possamos fazer a ela.
    Nesse momento Erza prendeu a respiração de tão preocupada que estava com a sua amiga, enquanto Makarov fechava os olhos e começava a rezar pela sua “filha”, já Natsu não teve nenhuma reação, o rosado parecia não acreditar que sua amiga estava... A sorte do destino, ele queria ajudar, mas não fazia ideia de como agir.
    Dentro de si havia um misto de emoções e sensações, como uma reação química explosiva e fatal... Natsu sentia raiva pelo homem que a feriu, sentiu dó de sua amiga, sentia-se envergonhado por não poder ajudá-la, e por fim sentiu medo, medo de não poder fazer nada e de acabar perdendo Lucy para sempre.
    Enquanto todos estavam, preocupados a loira estava se sentindo invadida, invadida por memórias, memórias quais nem se lembrara que tinha. A maga estava afundando em um mar negro e frio que tinha ondas gigantes que a fazia perder as forças e sucumbir no oceano de lembranças.
    De repente a garota se encontrava dentro de um cômodo, parecia ser um quarto, era requintado e muito bem decorado. Pela janela entrava luz solar e os pássaros eram ouvidos cantando ao longe. O que chamou a atenção da Lucy foi o som de alguém tossindo e ela percebeu que o acesso de tosse vinha da cama de dossel no meio do quarto.
    A loira se aproximou e viu uma mulher de cabelos loiros e cabelos castanhos deitada na cama, ela parecia péssima e depois de longos minutos a maga reconheceu que aquela mulher era a sua mãe. De súbito as portas foram abertas com rapidez e de lá entrou uma pequena garotinha de cabelos loiros curtos e olhos castanhos brilhantes.
    A menininha passou correndo pelo quarto e se aproximou de sua mãe e disse empolgada e sorrindo:
    —Mamãe, mamãe! A senhora não sabe o que eu consegui fazer!
    —O que você fez Lucy?—Perguntou Layla se sentando melhor na cama podendo ver a filha de um ângulo melhor.
    —Olha!—Exclamou a garotinha e se concentrando ela juntou as mãos e quando as separou havia o desenho deu uma estrela de cindo pontas nas palmas das mãos da garotinha que sorria satisfeita.
    A mulher se surpreendeu tanto quanto a “Lucy mais velha” que assistia aquela cena em silêncio, tentando se lembrar de quando vivei aquilo... E então Layla disse fechando as mãos da pequena:
    —Nossa, você já conseguiu controlar o Stellis De Sidera?
    A menininha afirmou com aceno de cabeça, mas Layla aconselhou:
    —Nunca use magia na frente do papai, ok?
    —Mas por quê?— Questionou a loirinha soando frustrada.
    —Já conversamos sobre isso, papai não pode saber sobre essas magias e muito menos sobre a existência do vovô, tá bom?


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews?*-*
:*