Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 17
Runas part.2


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês meus leitores lindos?^^ Bem, dessa vez eu cheguei + cedo né... Quis escrever um cap maior, mas ñ sabia por onde aumentá-lo, então resolvi deixá-lo assim para ñ demorar +. Boa leitura!^-^



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                Todos ali respiravam o minimo possível, como se algum movimento brusco pudesse arruinar tudo. A tensão tomava conta do ar, enquanto todos observavam esperançosamente os dois magos. Levy havia acabado de se sentar no chão na posição de lótus e runas saiam da palma de suas mãos e se pousavam inutilmente no campo de força, como se fossem figurinhas de uma criança e logo depois se derretiam como se nunca tivessem existido. Freed observou aquilo durante poucos segundos e fechou os olhos com força, franzindo o cenho de concentração, ele estava imóvel, parecendo uma estátua a não ser por seus lábios que murmuravam palavras silenciosas.

                De súbito, seus olhos se abriram e repetidos golpes no ar foram feitos, e assim runas roxas surgiram no solo e “correram” até o campo de força, se fixando no mesmo, como os da azulada, mas o resultado foi diferente, as runas do mago soltavam faíscas e sons semelhantes aos de raios, como se quisessem adentrar no campo de força. E assim as coisas ficaram por alguns minutos, sons eletrizantes e runas voadoras. A Macgarden se esforçou ainda mais e agora o impacto de suas runas faziam maior efeito, mas mesmo assim o campo de força se mantinha como antes, intacta.

                De súbito, um som oco e profundo foi ouvido por todos, mas nada de diferente foi visto. O som se repetiu, dessa vez mais alto e antes que alguém pudesse fazer algo a voz de Makarov se fez presente:

                —O anjo!

Antes que o grisalho pudesse terminar a fala, a estatua de concreto se partiu ruidosamente em duas e caiu para lados opostos, levantando uma nuvem de pó. Felizmente o campo de força começou a falhar e depois de poucos ataques, ele se desfez.

                Como a poeira, o silêncio se manteve no ar por algum tempo, como se agora, ninguém soubesse o que fazer, ou na verdade, ninguém quisesse fazê-lo; profanar um túmulo, mesmo nessas condições não era agradável para ninguém. Natsu sorriu abertamente e se aproximou do túmulo, pronto para tirar a pesada tampa de concreto.

                —Não!—Gritou Freed, colocando a espada entre o rosado e o túmulo.

                —O que foi Freed?—Indagou o Dragneel levemente impaciente.

                —Você não vê?—Perguntou sem tirar os olhos do mago.

O DragonSlayer não entendeu aquela pergunta, porque na verdade não era direcionada a ele.

                —Vejo muito pouco.—Respondeu Levy, ainda no chão.

                —  O que vocês tanto vêem?—Esbarvejou o mago, irritado.

                —Você nunca vai consgeuir abrir isso.—Falou Freed, convicto.

                —Quer apostar?—Desafiou o garoto, inflando o peito, como um pavão.

                —Não seja idiota Natsu.—Repreendeu a azulada.—Tem outras runas aí...—Falou desgostosa.

                —Quem fez isso não foi um amador.—Murmurou o homem.

                —Certo, vamos começar.—Anunciou a maga se levantado com extrema dificuldade, suas pernas tremendo pelo esforço de deixá-la de pé.

                —Deixe comigo, Levy.—Falou Freed, mas a garota negou com a cabeça,mesmo estando visivelmente exausta.—Você fez um bom trabalho, mas agora só um mago de runas pode fazer isso.

                Levy assentiu e se sentou o chão novamente, na verdade, ela quase desabou no chão.

                —Não estou vendo nada de anormal aí...—Resmungou Natsu.

Freed suspirou, como um pai cansado da teimosia do filho.

                —Certo, então vá em frente, tente abrir.— Disse se afastando, deixando o caminho livre para o rosado.

Um sorriso empolgado surgiu na face do garoto que inicialmente pôs as duas mãos na tampa de concreto e empurrou, mas nada aconteceu, a tampa não se moveu. Novamente ele tentou, e tentou e tentou, tentou de todos os jeitos possíveis de tirar aquela tampa dali, mas nada surtia efeito.

                —Enfraqueceu Natsu?—Zombou Gajeel e Natsu rosnou em resposta, irado.

                —Cale a boca!

                —Viu o que eu disse Natsu?—Perguntou Freed, em um irritante tom de “Eu te avisei...”— Existem runas que não deixam que nada abra esse túmulo.

                —O que você pretende fazer então?—Disparou se afastando do túmulo.

                —Destruí-las...

Freed se afastou e fechou os olhos novamente, fez tudo o que fez antes,quando ia destruir o campo de força, mas quando abriu os olhos, não fez golpes no ar. Ele levou a espada até a boca passou a lingua pela lâmina; assim que acabou a lâmina ficou coberta por runas arroxeadas como se o mago tivesse literalmente cuspido as palavras. O homem se aproximou do túmulo e sem hesitar, enfiou a espada no vão da tampa. Automaticamente raios saíram da lâmina e atravessaram a tampa e com um grito determinado, Freed usou a espada como uma alavanca para tirar a tampa e incrivelmente conseguiu. Devido ao esforço, Freed se afastou e se sentou no chão sem nem ao menos olhar o que estava ali dentro.

Erza então se aproximou e ao olhar dentro do túmulo, seus olhos se arregalaram e sua face se tornou mortalmente pálida.

—O que houve, Erza?— Indagou Jet, mas a ruiva não respondeu.

Ali dentro, deveria ter uma ossada, cinzas, restos mortais, enfim,qualquer coisa que um dia poderia ter sido Layla Heartfilia... Mas não, ali não tinha nenhum corpo. Tudo o que tinha ali era uma escultura fiel á falecida, uma estátua de marmore da loira que tinha uma face serena e um leve sorriso na face, como se morte nada mais fosse como um sono profundo e prazeroso.

Ela não tinha mãos, haviam sido quebrados. Suas mãos aparentemente ficavam postas sobre o peito.

                —Isso é estranho...—Murmuro Droy, depois que todos viram o “corpo” da matriarca.

                —Por que alguém faria isso no túmulo da Heartfilia?—Indagou Gray.

                —As mãos dela foram quebradas, aposto que a estatúa não teve essa imperfeição “ de fábrica”...— Concluiu Happy.

                —Talvez tenha sido o tempo...—Sugeriu Bickslow e seus “bebês” concordaram freneticamente.

                —A estátua é feita de mámore, não deve se deteriorar em tão pouco tempo.—Retrucou Evergreen arrumando os óculos.

                —Então alguém quebrou.—Disse Elfman.

                —Mas porquê?—Insistiu Laxus, cruzando os fortes braços.

                —Vai ver ela tinha levado alguma coisa para o túmulo, quem sabe jóias, não sei...—Falou Lisanna, gesticulando com a mãos.—Algo de valor.

                Natsu voltou seu olhar para estátua de marmore e uma leve brisa passou por eles, carregadno um cheiro metálico e azedo, que irritou o rosado que reconheceu aquele cheiro de imediato. O Dragneel olhou para o sobretudo em suas mãos e teve vontade de rasgá-lo enquanto sua mente de Natsu se voltou para a violenta noite em que se encontrara com Rei.

“—Hmft! Idiota. —Retrucou a maga, empinando o nariz, sua áurea arrogante voltando. —Não vou corresponder a uma provocação infantil e ridícula dessas. Não vim aqui para lutar com você, já peguei o que queria pegar.

—O que você veio pegar?—Questionou o DragonSlayer, curioso.

—Isso aqui?—Perguntou ela quase que inocentemente, sacudindo uma mediana pasta bege que tirara da roupa. —Digamos que é um segredinho dos Heartfilia. Já tenho que ir senão vou ter que ouvir bronca!—falou já guardando a pasta em um dos bolsos da roupa.

                Havia outro cheiro ali, um cheiro de sangue, de morte o cheiro que pertencia ao homem que causou tudo aquilo...

—Desgraçado...—Murmurou Natsu.

                —Disse algo, Natsu?—Perguntou Max.

                —Tudo faz sentido agora... Eu lutei contra uma mulher quando vim aqui da outra vez, ela levou uma pasta que era o segredo dos Heartfilia. Se esse segredo é algo tão importante, faria sentido Layla levá-lo “até o túmulo”. Mas não foi a mulher que selou o túmulo, a magia dela não envolvia runas... Foi ELE, o loiro maldito que acusou tudo isso, sinto o cheiro dele aí. A mulher veio até aqui, pegado o documento e o loiro de ver ter feito magia para que ninguém descobrisse.—Murmurou enojado.

                —Faz sentido...—Murmurou Warren.

                —Mas o estranho é que isso não é um túmulo.—Falou Levy.—Não tem nenhum corpo ali dentro.

                —Vai ver que esse túmulo era só uma farsa, para enganar as pessoas que por ventura quisessem pegar o segredo.—Confirmou Gajeel.

                — Esse túmulo não é falso...—Negou o rosado se lembrando que como Lucy ficava quando visitava o túmulo.—Lucy só conhecia a esse, nunca mencionou outro e além disso dava para sentir que ela também acreditava que a mãe estava enterrada aqui, assim como Jude.

                —Mas se ela não está enterrada aqui, onde ela poderia estar?— Indagou Jet.

                —Vai ver que ela nunca foi enterrada...— Murmurou Gray, perplexo com o próprio raciocínio.

                Muito longe daquela vila, Cacius estava em seu escritório, sentado confortávelmente em sua poltrona e com os pés sobre a mesa. Pegou a pasta bege e de dentro tirou o que ele almejava por anos. Era um pesado colar, feito de dimante com uma grande e brilhante pedra dourada pendendo, era uma bela peça. O loiro riu e entrelaçou o colar por entre os dedos, admirando-o, parecia hipnotizado pela peça.

                —Layla, Layla... Você é péssima em guardar segredos... A brincadeira está apenas começando... Próximo passo: Abrir o portão do caos.—Murmurou guardando o colar na pasta.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews o/? Recomendações *-*?
:*



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