Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 11
Lar das Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês minhas fadinhas lindas? Bem, peço minhas sinceras desculpas pela demora, mas é q tava em 4° bimestre e tive provas e blá-blá-blá, mas agora estou de férias, ou seija, mais tempo p postar (eu acho). Bem, eu adorei escrever esse cap, e espero que vocês também gostem de lê-lo. Bem, só mais uma coisinha, p quem gosta de Naruto, eu escrevi uma one-shot sobre o casal InoxSai, se chama INSPIRAÇÃO, vão lá dra uma olhadinha... Tenham uma boa leitura!^^



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Natsu e o barão caíram no chão em um estrondo, e o rosado sentiu o peso de seu cliente sobre si de um jeito que não o deixou respirar. Natsu foi ficando perigosamente colorido: roxo, cor de rosa e por fim vermelho, até que Hiro percebeu constrangido que estava sufocando seu “salvador” e saiu de cima do rosado, que respirou profundamente antes de se levantar do chão.

—Me desculpe por meu comportamento inapropriado... —Falou o homem ainda envergonhado, mas com um aceno de mão, o DragonSlayer, mostrou eu estava tudo bem.

—Bem, eu vim de Magnólia atender o seu pedido. —Falou o garoto exibindo um sorriso confiante.

—Graças a Deus meu jovem!Sinto-me bem mais seguro agora!—Exclamou o barão Hiro que parecia realmente feliz com a presença do mago ali, o acabou por semear uma duvida latente na mente do Dragneel.

—Er... Posso perguntar uma coisa?—Começou Natsu, observando seu cliente acender um grosso charuto.

—Sinta-se a vontade, Natsu-san. —Respondeu o barão antes de colocar o charuto entre os lábios.

—Por quê?—Indagou o rosado com a simplicidade de uma criança.

—Por que o quê?—Questionou Hiro, um pouco confuso.

—No trabalho fala que o senhor deseja proteção contra alguns viajantes, parece ser algo simples, mas sem ofensa, o senhor parece amedrontado.

Um breve silêncio se manteve no ar, junto da fumaça que o homem lentamente soltava pela boca, que ocultava a sua fisionomia, o que deixou o DragonSlayer inseguro, sem saber se havia ofendido seu cliente. Logo, o som da risada do barão Hiro preencheu o ar e a fumaça esbranquiçada se dissipou, revelando o rosto surpreso de Hiro.

—Você realmente é observador, Natsu-san!—Exclamou o barão, mas logo o sorriso surpreso dele desapareceu, revelando uma face temerosa. —Sabe... Eu estou mesmo amedrontado, esses viajantes são diferentes de outros que já passaram por aqui antes...

—Como assim?

—Não sei te explicar! Eles andam com capas longas e escuras, sempre ao por do sol, mas o mais estranho é que nunca apresentam nenhuma sujeira em suas vestes para serem trabalhadores e/ou mochileiros. Além do mais, vivem olhando para a vila, parecem fantasmas!—Confessou o homem sacudindo a cabeça, assustado.

Já o garoto estava sério, em sua cabeça as engrenagens giravam a todo vapor e seus instintos diziam que ali, havia algo suspeito, e o mago certamente ficaria de olho nessas pessoas. Ele estava tão concentrado nas próprias especulações que nem prestou atenção no que seu cliente dizia.

—Eles sempre aparecem ao por do sol?—Indagou o Dragneel, interrompendo o barão Hiro, mas o mesmo não se importou e respondeu:

—Sim, sempre ao por do sol.

—Ficarei de olho neles, obrigado pelas informações. —Agradeceu Natsu. —Com licença...

—Ei, espere!—Chamou Biro e o rosado se virou para o homem. —Mais tarde, eu e Natsume podemos levar você para conhecer o lugar e nossa vila, o que acha?

—Certo obrigado. —O rosado sorriu e saiu do escritório do barão.

Algumas horas mais tarde, as três pessoas e um exceed caminhavam pelas ruas da famosa, turística e rica vila que era Tulipano d'oro, onde só as pessoas de maior poder aquisitivo moravam. O barão Hiro cumprimentava a todos com um sorriso, acenos e até apertos de mão, e servia de guia turistico para o DragonSlayer e para Happy. Já Natsume tentava manter algum dialogo com o garoto que durasse mais do que seis minutos. Quando a albina soube que eles iriam sair, ela passou horas tentado se arrumar de um modo mais feminino, prendera os cabelos prateados em uma trança elegante e até passou um leve brilho labial, sem contar que agora brincos delicados decoravam suas orelhas, mas toda essa produção foi em vão, já que o mago estava abobado demais com a vila para prestar atenção na criada.

Mas a jovem aproveitou para conversar com o gatinho azul que achara tão fofinho, e como Happy adora ser paparicado, acabou por ficar conversando com a moça durante boa parte do “guia turistico”. Natsu parecia uma criança, seus olhos pareceu dobrar de tamanho e brilhavam feito estrelas, nunca estivera em um lugar tão requintado e bonito, o rosado perguntava sobre tudo para o Hiro que respondia prontamente. Passaram o dia fora de casa e quando estava de tardezinha, os quatro voltaram para casa, o barão estava cansado, o exceed dormia profundamente nos braços de Natsume que tinha o estômago reclamando de fome, mas o DragonSlayer era o único que ainda preservava a animação de antes.

O garoto olhava para as mansões que eram vizinhas do barão Hiro e em meio as glamurosas e imponentes casas, uma se destacava, uma que o mago nem havia prestado atenção. A casa parecia um castelo, e certamente era a maior de todas ali na vila, foi construida em cima de uma colina e por isso dava a impressão de que era superior ás outras. O mago estreitou o olhar sobre a construção, tentando enxergar os detalhes da bela mansão. Não havia nenhuma luz acesa e nenhum sinal de vida ali, e o que um dia fora um belo jardim agora era tomado pelas ervas daninhas, assim como as paredes que também começavam a desbotar.

A fachada estava perigosamente rachada e parecia que iria cair a qualquer momento. E... estranhamente aquele lugar não era estranha para o Dragneel...

—Ah, aquela casa é linda não é?—Perguntou Hiro retóricamente ao lado de Natsu que até agora não havia percebido a presença do barão ao seu lado, mas manteve-se em silencio. —Hoje ninguém mora nela, é um disperdício deixá-la abandonada desse jeito...

—Então porquê ninguém a reforma?—Perguntou o rosado sem desgrudar o olhar da casa.

—Toda a familia que vivia ali já morreu. —Respondeu o homem com uma tristeza quase pálpavel. —Os Heartfilia era uma familia linda e tranquila...

De súbito parecia que alguém havia dado uma rasteira no DragonSlayer que por instantes perdeu o ar e não conseguia respirar devido á incredulidade. O sangue era bombeado com violencia por suas veias e a cabeça do garoto parecia um balão que iria explodir a qualquer instante devido á pressão.

—Heart...filia?—Sussurrou o mago tentando se recompor.

—Sim, eu e Jude éramos sócios e amigos. Layla e Jude tiveram uma linda unigênita, a Lucy, uma menina adorável e muito perspicaz, sempre me visitavam. Mas... Quando ela ainda era apenas uma criança, Layla morreu e Jude como sempre foi uma pessoa muito realista e até robótico ás vezes, acabou por deixar a pequenina de lado para se focar somente na empresa e este foi seu pior erro.Quando jovem, a Lucy fugiu de casa, cheguei a vê-la depois uma vez, mas foi embora depois de brigar com o pai e nunca mais a vi, soube que desapareceu em uma ilha, e nesse tempo Jude faleceu. Uma situação trágica...

Parecia que o destino havia lhe pregado uma peça maldosa e cruel, o garoto quase podia ouvir o som da risada diabólica das irmãs do destino rindo de sua desgraça. O mago se isolara de Magnólia para se distanciar da dor que a falta de Lucy lhe causava e de repente puf! Ele está simplesmente na vila em que a loira nasceu e cresceu!

—Vou dar mais uma volta, espero que não se importem. — Anunciou o Dragneel, frio e sem esperar a resposta de seus anfitriões, saiu andando a passos largos.

Natsu não sabia o porquê de sua vontade de ir para aquela casa, na verdade parecia que seus instintos o forçavam a caminhar até lá, enquanto seu coração insistia desesperadamente para não fazê-lo. Antes que pudesse se decidir no que fazer, o rosado já havia chegado no terreno que outrora fora dos Heartfilia. Estava tão diferente da outra vez que foi para lá, um sorriso nostálgico e entristecido se desenhou na face do DragonSlayer. Natsu se lembrava de quando viu o bilhete da Heartfilia falando que voltaria para casa, e foi naquele dia que descobriu que tinha medo de perdê-la e tal medo o guiou até aquela casa, onde foi buscar sua companheira. Olhou para a entrada da casa e lembrou-se de como ficara aliviado ao ver a maga ali, parada, como se o esperasse. Podia se lembrar dos sorrisos e até das frases que ela mais usava, a gargalhada dela ainda era fresca em sua mente, Lucy era um fantasma que o mago não queria exorcizar nunca de sua mente.

Lamentou pela casa parecer ter saído de um filme de terror, o jardim estava destruído, as flores mortas e os arbustos estavam secos. A casa estava silenciosa demais, parecia um túmulo, o que causava violentos arrepios em Natsu que mesmo que hesitante entrou na casa. A porta estava quebrada, mas o rosado conseguiu abri-la com facilidade, o saguão da casa estava escuro e tinha madeiras pregadas nas janelas, além disso, o Dragneel viu os ratos correrem assustados para o lado oposto, se acomodando na escuridão que estava abundante do lugar.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? Tomates ou Recomendações? Céus, eu amei escrever esse desencontro entre o Natsu e a Rei, os dois são bem orgulhosos e cabeça oca, acredito que vão virar belos inimigos XD