POV Bella

Imunda, eu me sinto imunda, me sinto um lixo.

Não tenho mais vontade de contar quanto tempo estou aqui, não tenho mais
vontade de viver... Deitada nesse colchão estou eu, ouço alguém bater na porta.

Será que vieram me salvar? Com poucas forças, viro e observo quando o monstro foi abrir a porta. Não era meu salvador, era uma loira, trazendo algo na mão, pelo cheiro percebi que era comida.

— Oi minha loira gostosa. – Ele disse.

— Benzinho, temos visitas. Ah, eu trouxe uma coisa para ela comer. – Quando ela olhou em minha direção, tive a impressão que já a conhecia de algum lugar.

— Tanya, minha gostosa, ela é forte, não precisa dessa comida. Não é minha boneca? – Seu olhar se direcionou a mim, desviei no mesmo tempo. – Parece que alguém está com raivinha. – Riu ele.

[...]

POV Edward

Estou com um mal pressentimento, Bella não atende minhas ligações desde ontem, será que ela está com raiva de mim por não a ter buscado? De qualquer jeito é melhor ligar mais uma vez. Caixa postal, que droga! Meu celular tocou.

— Alô? Bella?

— Não, sou eu Renée, por acaso a Bella está com você? – Bem que eu queria...

— Não, por que? Ela não está em casa?

— Não, não está aqui em casa. Oh meu Deus, será que aconteceu alguma coisa com ela?— Sua voz estava preocupada, o que me preocupou também.

— Renée, eu já estou indo pra aí, fique calma. – Desliguei o telefone, desmarquei as consultas e sai correndo do trabalho.

[...]

Cheguei em frente a casa dela e toquei a campanhia, quem abriu foi o Charlie.

— Olá Sr. Swan, Renée disse que a Bella não voltou pra casa ontem.

— É, pode entrar. – Entrei e a Sra. Swan estava no telefone falando com alguém, enquanto a pequena Nessie brincava.

— Eu tentei ligar para ela, mas não atendia. – Falei.

— Estou indo fazer uma busca. – Charlie disse, seus olhos perderam o foco, parece que ele se lembrou de algo ou alguém. – Não pode ter sido ele, aquele cafajeste, vou pegar ele.

— Quem? Quem a pegou? – Vou matar o canalha.

— Edward, outra hora eu te explico. Você vai me ajudar a procurá-la?

— Vou, claro. – Eu vou encontrar o meu amor e matar a pessoa que a sequestrou.

[...]

Já está escurecendo e nada, estamos
procurando-a há mais de 4 horas.

— Bella! Bella, meu amor, você pode me ouvir? – Gritei, mas parece que não adiantou. O grupo de busca também estava nos ajudando.

— Edward, a gente termina de procura-la amanhã, está escurecendo e pode ser perigoso, por aqui tem muitos animais. – Queria continuar a procura, mas o cansaço e a fome não me deixavam prosseguir.

— Você pode dormir na minha casa e a amanhã de manhã nós começamos novamente. – Concordei. Fomos embora, nenhum minuto parei de pensar nela. Vou achá-la, nem que seja a última coisa que eu faça.

[...]

POV Bella

Ouvi alguém me chamar, mas acho que foi só a minha imaginação. Destruída, por dentro e por fora.

— Nossa princesa, como você está com uma cara de cansada, por que será? – Seu riso foi sarcástico.

— Por favor, me deixe ir. – Nem sei quantas vezes eu já implorei, porém, não ia desistir, não tão cedo...

— Pra que? Aqui você não está bem melhor? Lá fora ninguém gosta de você, mas eu sim, e muito.

— Eu tenho minha mãe, meu pai e minha irmã, eles precisam de mim. – Tentei mais uma vez.

— Você esqueceu do seu namoradinho, qual é o nome dele mesmo? Edwin... Edward! Isso, Edward. Não se preocupe, ele vai te ver novamente… No seu enterro! – Ele gargalhou, eu já seu que vou morrer, mas seu eu pudesse vê-lo novamente, iria morrer feliz.

Não tinha mais lágrimas para chorar, secaram todas. Não tinha mais forças nem para levantar. O que eu mais queria, era um
sinal de esperança, um sinal para que aquele não fosse o meu fim...

(Continua...)