Kidou voltou ao refeitório, encontrando bem menos gente lá. Continuou sua busca por todo o alojamento, que nem era tão grande assim, encontrando, por fim, o alvo de sua busca sozinho no terraço.

– Era você.
– Não sei do que está falando - Deu de ombros, cínico
– Não tente me enganar, eu sei que você era o Pinguim de ontem. Por que?!
– As roupas de Coringa estavam em falta.
– Não quero saber da sua fantasia. Por que não disse logo que era você?
– Eu disse, muitas vezes. "Não sou o Sakuma", "sou o Fudou", "preste atenção Kidou-kun". Coisas assim que você não reparou.
– Você sabia quem eu era desde o começo?
– Não foi muito difícil te reconhecer. Olhos ocultos, capa, os dreads mal disfarçados.
– Seu...
– Por que está tão irritado? - Disse se aproximando - Preferia ter beijado um outro pinguim?

Fudou já estava bem perto, Kidou pôs um dos braços diante da boca e recuou dois passos.

– Arrependido?
– C-calado.
– Bem, você não tem o direito de se zangar, quem avançou em mim foi você. - Continuava em frente.
– E você devia ter me impedido!
– Não quis.

Os dois continuaram andando até que Kidou foi encurralado em uma parede. Não tinha como escapar agora.

– E-então por que fugiu depois?
– Não era eu quem você queria naquela hora.

Kidou virou o rosto. Irritado, Fudou deu um jeito de puxar seu óculos pra cima, obrigando Kidou a voltar a encará-lo.

– Ou será que era?
– Aquela hora... Eu queria aquele que estava sob a fantasia.
– Mesmo que não fosse quem esperava?
– Eu esperava beijar a pessoa que ficou comigo durante a festa. Não ter sido a pessoa que eu esperava foi uma surpresa, mas posso dizer que - passou os braços pelo pescoço de Fudou - foi melhor que o esperado.
– Oh, mesmo? - Dizia cínico, envolvendo a cintura de Kidou com um dos braço; o mantinha o outro na parede, cercando a cabeça de Kidou - Que tal uma revanche, Bat-chan?

Mais nada foi dito, apenas continuaram o que começou naquele jogo.