Witch escrita por MFreeak


Capítulo 14
Capítulo 13: A Mila que eu não conhecia


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri. Mais um capítulo que vcs vão adorar!!!!!
PS: Leiam com atenção



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A casa da Mila era muito bonitinha.

Era grande e de cor amarela, havia várias janelas e uma varanda linda. O que mais me chamou atenção foi o vasto quintal, verde e cheio de flores lindas e cheirosas que dava - se para sentir o cheiro de longe.

Sabe quando agente chega no cinema, e está passando o filme que agente mataria pra ver? e agente consegue chegar bem á tempo de comprar um ingresso e ainda fica com um lugar incrível para ver o filme?

Foi isso que senti quando cheguei á casa de Mila, uma sensação gostosa de... lar.

Era sábado de manhã. Mila estava com uma camiseta amarelo-forte com alguns colares de pequenas pedras brilhantes, tinha um laço na cabeça laranja claro e usava mini short jeans.

Quando entramos na casa a avó de Mila estava no fogão básico cozinhando comida, ela tinha algumas ervas penduradas na parede, alho, e outros. Haviam dispensas rústicas, uma geladeira com imãzinhos decorados, prendendo alguns lembretes em papéis coloridos.

- Vóvó! Essa é a Nicole. Nicole, a vóvó!!

Ela disse com um largo sorriso.

Quando a avó da Mila se virou eu... Meu Deus.... Quer ser minha avó?

Ela era linda para a idade dela, ela não parecia tão velha. Agora que a olhei direito, percebi o quanto seu cabelo era reluzente e bonito, era castanho claro com mechas bem claras, mas que se adequavam á cor de um jeito incrível. Ela possuía lábios finos, sua pele não tinham muitas rugas - nenhuma verruga, como eu fantasiava - seu nariz era fino e delicado e seus olhos eram castanhos claros lindos, ela tinha o rosto e o corpo de uma mulher de 40 anos. Ela era magra, mas não do tipo esquelética, do tipo normal. Ela usava uma blusa vinho com flores pretas estampada, um colar com um pentagrama e um outro colar com o símbolo de uma coruja prateada e uma lua minguante. Uma calça comprida cor verde musgo, bem escuro.

Ela colocou as coisas em cima da pia e veio ate mim e estendeu a mão.

- Prazer Nicole, sou Guinevere.

- Muito prazer

-Tudo bem, vou levar ela pra cohecer a casa. Ok?

- Claro Mila.

A voz dela era realmente jovial.

Mila me mostrou a sala que tinha dois sofás beges com estampas floridas e acolhedoras. Uma televisão grande e alguns quadros ilustrando a natureza, um que me chamou a atenção eram de uma menina loira com um vestido brancos, segurando a mão de uma mulher loira de vestido vermelho, a mesma segurando a mão de uma mulher idosa com um vestido preto e de cabelos brancos. E no topo da cabeça de cada uma havia uma lua diferente em um céu com camadas diferentes. A mais nova com uma lua crescente em cima de sua cabeça com uma parte do céu azulado claro, a mulher com a lua cheia em cima de sua cabeça com o céu azul escuro azul escuro estrelado, a mulher idosa com a lua minguante em sua cabeça e o céu escuro, preto sem estrelas.

Mila me levou e mostrou o banheiro, que ri muito com a empolgação dela, e o quarto dela.

- Esse é o meu quarto!

O quarto dela era lindo, as paredes eram de um amarelo claro alegre, um abajur violeta, um computador branco com uma capa de caveiras roxas e pretas. Uma grande uma bancada grande na parede com almofadas e do lado dela uma Janela enorme de vidro. Lá onde ela sentou e ficou vendo minha reação com um sorriso de exibir os dentes. A cama era forrada com um lençól de veludo vermelho e travesseiros de várias cores pastéis. Na parede da cama havia um catador de sonhos com penas e pedrinhas brilhantes lindas. Nas paredes o quarto haviam quadros pintados retratando fadas incrívelmentes realistas. Na bancada do computador havia uma pequena estátua de porcelana de uma fada dançando, ela tinha cabelos loiros e vestido verde claro, com asas que começavam brancas, depois amarelas, depois laranja, depois vermelho flamejante nas pontas. Na cabeçeira da cama haviam duas tocas, uma de um panda súper fofo, e outro do Finn do desenho Hora De Aventura. Lancei um sorriso pra ela quando eu vi. E na parede havia uma televisão grande de 40 polegadas.

A aparência do quarto da Mila era de diverssão e cores. A família dela deve ter muito dinheiro.

- Minha nossa! Seu quarto é muito lindo.

- Ah Valeu! Minha vó e eu somos... -- ela deu uma pausa inesperada. - bom.. bem resolvidas.

E de repente, com todas as cores, todas as fotos e com essa atmosfera de farra e jovialidade. Senti um pitada de tristeza no ar.

- Mila... Posso te fazer uma pergunta?

Fiquei preocupada de fazer a pergunta que estava pensando. Ela levantou a cabeça e olhou pra mim sem expressão.

- Claro. Pergunta qualqueeeeer coisa.

Ela deu um sorriso tentando disfarçar um sentimento que eu não sabia qual era.

Me aproximei perto dela, e sentei perto dela. Sentamos do mesmo jeito, com a cabeça encostada na janela com os braços nas coxas de frente uma pra outra.

Dei um longo suspiro e soltei.

- Mila... Onde estão seus pais?

Ela continuou com o rosto sem expressão.

- Eles... - pela primeira vez, vi Mila não emitir um resquíçio sequer de felicidade. Com um suspiro, ela continuou - eles, bom, morreram quando eu era bem pequena.

- Ai meu Deus. - Eu fiquei tão magoada com isso - Mila me perdoa. Eu nãoo sabi...

- Relaxa - ela deu um sorriso - já superei.

- Ai mas mesmo assim me perdoa por favor.

- Hum.. - ela deu um sorriso de novo - quer uma prova disso?

Fiquei surpresa, ainda podia sentir que ela não gostava de lembrar, mas achei que se ela falar comigo ia se sentir um pouco melhor, embora tivesse aconteido á muito tempo.

- Bom... se não se importar!

- Hum... não amiga, claro que não, ás vezes eu sinto que é melhor falar.

- Claro - fiquei um pouco feliz em saber que ajudaria Mila.

Ela deu um suspiro.

- Foi quando eu tinha 4 anos. Eu, minha mãe e meu pai morávamos num apartamento em San Diego. O nome do meu pai era Christopher Willians Fontine, o da minha mãe Era Aphrodite Alex Valiente.

Ela se levantou foi até as gavetas na bancada e pegou uma foto em ótimo estado. E voltou a sentar do mesmo jeito de antes.

- Aqui estão eles.

Ela me deu uma a foto. Havia um homem, o pai dela, ele era claro, de cabelos castanhos e olhos castanhos claros reluzentes, usava uma camisa social. A mãe dela, era uma mulher incrivelmente linda, ela possuía cabelos loiros, mas percebía - se que na verdade não era natural, que íam até a nuca, os olhos verdes e uma regata verde. No meio deles, vi uma menininha, com as bochechinhas rosadas e cabelo vermelho vinho. Mila era a criancinha mais fofa que eu já tinha visto na vida, ela usava um vestidinho amarelo e uma coroa de flores e galhos. Os três sorriam, eram tão lindos juntos. No fundo haviam árvores e muitas flores.

- Eu puxei o cabelo da minha mãe, ela não era loira acredite. Ela deu um riso.

- E os olhos do pai. - Disse apreciando a foto.

- Emfim, naquele dia, eu tinha combinado com uma amiguinha da época, pra irmos na praia. As praias de San Diego não são lá essas coisas, mas ficar longe da barulhada dos carros e buzinas de engarrafamentos, e ir pra um lugar onde só se ouve o som da natureza é ótimo. Eu e os meus pais combinamos, já estava tudo certo... Mas... meu pai era médico e teve uma chamada de emergência de um paciente que tinha dado uma recaída. E teve que ir lá de urgência. Meu pai era muito divertido, sempre brincava comigo, minha mãe era mais parada, mas... era boa mãe. Emfim, ele foi pro hospital e eu fiquei muito triste, mas minha mãe disse que ia me levar pra praia com a... Drita, éh, esse era o nome da minha colega. Quando foi bem de tardinha, nós fomos encontrar a Drita e os pais dela na praia. Nós brincamos por uma hora na praia. Aí... minha mãe recebeu uma ligação do meu pai. Ele tinha que pegar a carteira mas, esqueçeu a chave no carro.  - Mila franziu as sobrancelhas. - Ah.. Cara! Isso foi um motivo tão idiota pra isso aconteçer. Então ele ligou pra minha mãe pra pedir a chava dela pra abrir a maldita porta. Mas quando o sol tava se pondo eu senti uma coisa estranha. Um frio na barriga, e uma vontade tão grande de ficar na praia que era algo.... sobrenatural. Eu sabia que meu pai não podia esperar. Então fiquei com a mãe e o pai da Drita. Mas aí. O gás de algum apartamentoao lado tinha estourado, e começou a pegar fogo em tudo. A explosão arrancou a porta do apartamento do lado e estourou a janela. Quando eu ouvi algumas pessoas gritando. Eu olhei pra nossa casa. E o prédio tava pegando fogo. A mãe da Drita me protegeu e ficou comigo, ela ligou pros bombeiros. Pareçe que o elevador tinha parado. Mas a minha mãe subiu as escadas e deu de cara com o nosso apartamento pegando fogo, ela pegou o meu pai que estava agachado tentando fugir e tentaram ir pra baixo. Mas o teto desabou e fechou o caminho deles. Eu fiz uma pequena prece na hora, minha avó dizia.. diz, que as fadas são amigas das bruxas e que elas nos protegem, era assim - Mila começou a chorar, mas continuou falando. - ''Fadas amigas, protegam minha família, que o fogo malvado não queime meu pais.'' - ela chorou mais ainda. - Eu era tão burra, eu devia ter feito um encantamento melhor, uma visualização melhor sei lá. 

- Não Mila, para, não faz isso.

Ela deu um suspiro fraco entre soluços e continuou.

Eu repeti aquilo. várias vezes. Mas quando chegou a madrugada, o fogo ja havia apagado, com a ajuda dos bombeiros. E... o corpo dos meus pais havia sido tirado dos destroços. E por incrível que pareça, meus pais não estavam queimados, não tinham nenhum arranhão, mas haviam morrido asfixiados.

- Nossa Mila eu sinto muito. Disse abraçando ela.

- Hah - Ela deu um sorriso - eu também. Depois daquilo, vim morar com a minha avó aqui em Salém.

- Oh - Levei ela até o banheiro do quarto dela, peguei o papel higienico e ajudei ela a limpar o rosto.

- Hum. Valeu. Vou te contar uma coisa que você vai ficar surpresa.

- Sério? - Fui com ela de volta pra cama e deitei com ela. - O Que?

- Quando me mudei pra cá, a minha primeira amiga, amiga amiga mesmo... Era a Sarah.

Até arregalei os olhos.

- O que? Sério?

- Sim, e... ela era diferente. Não, ela era muuuito diferente.

- Como assim?

Ela levantou da cama foi pra estante e colocou o braço inteiro dentro da gaveta grande, parecia estar pegando alguma coisa bem lá no fundo. Ela pegou uma foto pequena.

- Aqui. - Ela deitou de volta na cama e me deu a foto.

Na foto haviam duas meninas, uma menina na esquerda tinha cabelos vermehos reluzentes com uma camiseta laranja e uma bermuda amarela. Tinha o rosto de uma menininha e 6 anos, era a Mila. Do lado dela tinha a Sarah... Eu não podia acreditar em como ela havia mudado. A Sarah tinha o rosto de uma menina de 7 anos, ela sorria de um jeito que eu nunca havia visto, ela tinha o cabelo preto solto e um arco laranja-claro na cabeça, uma vestidinho branco com rosas vermelhas estampando. Enquanto Mila a abraçava, Sarah segurava seus ombros de um jeito tão meigo.

Percebi outra coisa, na foto, os olhos da Sarah eram castanhos, nem castanho-claro nem castanho-escuro, era... normal. O que aconteceu com os olhos dela agora, que mais parecem baldes de piche vistos de cima.

- Ela era a pessoa mais meiga e animada que eu conhecia.

- E o que a fez mudar - Perguntei super curiosa

- Quando eu tinha 9 anos, e ela 10, eu viajei com minha avó para a casa da minha tia, por parte de pai, fiquei lá por um mês e quando voltei, ela estava diferente, mais agressiva, com raiva de tudo e de todos, triste de vez em quando. Até o olhar dela estava diferente. Os olhos da Sarah eram castanhos lindos, mas depois ela me disse que comprou lentes de contato pretas e não parava de usar.

- Espera! Lentes de contato?

- Sim.

Que estranho.

- Desde disso nunca mais á vi gostar de ninguém, bom, só quando queria alguma coisa. Nem a via mais sorrir, ela só ria quando alguém estava no buraco, ou de deboche e tal.

- Puxa vida.

Ficamos conversando sobre outras coisas e outros assuntos, fizemos cupcakes de baunilha e morango, que por acaso Mila faz cupcakes incríveis, era ótimo como Mila deixava tudo alegre e divertido. Depois de algumas horas fomos dormir.

''...Ainda podia ouvir os gritos na floresta. Estava no corpo de meu familiar, Lunar me emprestou seu corpo para caminhar e me esconder dos guardas. Mas até de gatos eles tem medo. Ao chegar em meu lugar favorito de toda a floresta, perto ao mar do oeste, pronunciei as palavras sagradas para as bruxas, malditas para os homens, e ganhei meu corpo de volta, deitei para recuperar as forças e vi o pôr do sol. O vento oeste bate em meu rosto pela segunda vez neste corpo, tão úmido e gelado que percebi que desta vez eu não vou sobreviver. Mas farei de tudo, para o resultado ser o contrário. Sentia um presença. Alguma alma amedrontada e agressiva vinha ao meu encontro.

- Ela está aqui - gritou o guarda que me viu. 

Ao perceber que estavam vindo para me cercar, me defendi de maneira horrenda. Abri o círculo de fogo, queimando tudo que está dentro dele. Decidi cumprir meu destino, eu cedi áo corpo, e aos alertas do universo. O círculo era grande, mais ou menos 3 á 4 metros. Queimando algumas árvores grama e plantas, sentia o fogo arder minha frágil carne mortal. O Meu sangue fervia, minha alma ardia, e meu corpo explodia pela língua do fogo mortal...''

Acordei sentindo calor, e assustada como nunca antes, olhei pro lado e vi Mila dormindo como uma linda criança. E resolvi fazer o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem reviews, é muito importante pra mim (: KKKK sério pf!



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