Evil escrita por Fenix


Capítulo 7
The Evil




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219197/chapter/7

- Carol, mas que maluquice é essa? Você não pode estar falando sério – Diz Felipe.

Carol e Felipe se encaram por alguns segundos, Ana olha para os lados aflita, Carol leva seu olhar para Bruna.

- O que nós temos que fazer? – Ela pergunta.

- Vamos levar o corpo dele para o altar – Diz Bruna.

Carol caminha até o corpo de Jonathan, naquele instante Ana corre até ela e bate em sua mão, fazendo-a soltá-lo.

- O QUE VOCÊ VAI FAZER? – Grita Ana.

- VOU TENTAR TIRAR A GENTE DAQUI! – Carol fica nervosa.

- DE QUE JEITO CAROL...? FAZENDO UM BONECO VUDU DELE? – Grita Ana.

Felipe se aproxima.

- Carol, a gente não pode fazer isso.

Ela vira-se para ele.

- Ele já morreu, ta legal? E nós vamos morrer também se não fizermos nada – Diz Carol.

- Isso é errado – Diz Ana, voltando a chorar.

- Será que vocês não entenderam a situação? – Diz Carol.

- Eu não vou deixar – Diz Ana.

Felipe as encara, Bruna fica um pouco afastada os observando, Carol olha para Ana e Felipe.

- Existe uma pequena chance disso funcionar – Diz Carol.

Felipe respira funda e olha para o chão, aceitando a ideia. Ana segura a mão de Jonathan chorando, Bruna se aproxima de Ana e põe a mão em seu braço.

- Ana! – Diz Bruna – Me ajude a dar paz para a alma dele!

Ana olha para o lado chorando.

--------------------

Carol e Felipe levam o corpo de Jonathan para a sala do altar, deixando-o ao lado do tronco no centro da sala, eles levantam-se, Bruna pega umas coisas em cima da mesa e vira-se para os outros.

- Pega esse óleo, e passa na testa dele – Diz Bruna, entregando para Carol, ela vai até Felipe – Passe isso nas mãos e nós pés dele.

- O que isso? – Pergunta Felipe.

- Kenviment – Bruna responde – É um pó sagrado – Em seguida caminha até Ana – Vai no altar, acende todas as velas verdes e três vermelhas.

---------------------

Sem chorar, Ana vai acendendo todas as velas verdes, Felipe vai pondo o pó em volta das mãos de Jonathan, enquanto Carol passava o óleo na testa de Jonathan.

- Deus nos ajude, o que estamos fazendo? – Diz Felipe.

- Eu nem sei mais – Responde Carol.

Felipe segura sua mãos que estava sobre o peito de Jonathan, Carol leva seu olhar para Felipe, eles se encaram por alguns segundos até que Bruna, com um vestido branco e algo enrolado debaixo do braço, entra na sala.

Ana olha para trás, em seguida caminha até Felipe, o próprio se levanta assim que Bruna passa pela porta, ela vai até uma mesa e pega uma garrafa de vinho e uma vela vermelha, Bruna se agacha em frente Carol, do outro lado do corpo de Jonathan, Ana estranhando se aproxima ao vê algo enrolado num pano. Bruna põe a garrafa e a vela no chão, ela segura a ponta do pano.

- Vai espetar essas coisas nele? – Pergunta Ana.

Assim que a ela desenrola o pano, revela vários tipos de facões, Ana abre a boca e arregala os olhos, Felipe vira-se para o lado aflito, Bruna olha para Carol.

- Eu não quero participar disso – Diz Ana.

Bruna olha para frente sem dizer absolutamente nada, Felipe estica a mão para Ana.

- Ok, vamos lá para o sofá – Ele diz.

Ana segura sua mão, os dois vão para sala, Carol os segue com seu olhar, assim que eles saem, ela olha para Bruna. Ana senta no sofá agoniada, Felipe lhe observa.

Bruna derrama um pouco de vinho no pé do tronco, Carol analisa cada movimento, ela olha para Bruna um pouco aflita e nervosa, Bruna encosta a vela no vinho, pegando fogo ao redor do tronco.

- Você ta legal? – Felipe pergunta para Ana.

- Não! – Responde Ana.

Felipe senta ao seu lado e lhe abraça.

Bruna olha para Carol.

- Faça tudo que eu fizer – Ela diz.

Carol confirma com a cabeça, Bruna toma um gole de vinho e cospe tudo no rosto de Jonathan, Carol expressa uma repulsa por isso, ela respira fundo, Bruna lhe entrega a garrafa, Carol toma um gole e cospe tudo no rosto de Jonathan.

Bruna passa a recitar algumas palavras vudu, Carol lhe encara. Freddy caminha em direção a casa. Felipe ouve algo do lado de fora, ele vira-se para janela que estava um pouco distante.

Bruna recita olhando para Carol, Carol por sua vez tentava repetir o que Bruna estava dizendo. Felipe olha para sala do altar e observa as duas recitando palavras vudu, ao olhar para Ana, ela lhe observava. De repente ouve um barulho de algo sendo arrastado, ele olha para a janela.

- O que foi isso? – Pergunta Ana, assustada, sem se levantar sofá.

Carol e Bruna vão falando mais de pressa e alto, Ana se levanta do sofá.

- Que isso? – Ela pergunta.

Felipe corre até a janela e observa o reboque de costas para a casa, sendo ligado. Carol olha para os braços de Jonathan, que estava tremendo levemente.

- Freddy... Freddy... FREDDY... FREDDY – Grita Bruna.

O reboque da a partida, Felipe segue a corrente que levava até debaixo da casa.

- Droga! – Ele diz.

A corrente que estava amarrada na coluna que sustentava a varanda é quebrada, Felipe e Ana caem se costas no chão, aquela parte da casa vai sendo puxada para longe.

- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH – Eles gritam, sem conseguir ficarem em pé, com aquela parte em movimento.

Carol olha para a sala e ouvi os gritos, a metade da casa sede, as colunas vão caindo em direção a Carol e Bruna, Carol se joga para trás.

- AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH – Grita Ana, desesperada.

O reboque para, Felipe e Ana consegue se levantar rapidamente.

- Ai meu deus – Diz Ana.

- Levanta – Diz Felipe.

O reboque vai dando a volta, Felipe abraça a Ana e os dois ficam encostados no canto da parede, Felipe avista seu carro, ele olha para o reboque, que abre a porta e Freddy sai do veículo.

- VAMOS EMBORA, CORRE – Grita Felipe, empurrando Ana.

Ele segura sua mão, os dois saem correndo rapidamente dali.

Carol está caída no chão, encostada na parede, ela vai se levantando devagar. Freddy caminha em direção a sala do altar que não havia mais parede. Carol olha para Bruna caída no chão e uma coluna de madeira em cima das pernas dela.

- Ai meu deus, Bruna! – Diz Carol, ao vê-la, em seguida corre até ela – Ta muito machucada?

Carol tenta tirar a coluna de cima das pernas de Bruna.

- Ai, me ajuda – Diz Bruna, ela tenta empurrar a coluna.

Freddy sobe na varanda, Bruna olha para trás e o avista.

- AI MEU DEUS, BRUNA – Grita Carol, desesperada.

- MEU DEUS NÃO – Grita Bruna, ela olha para os lados rapidamente, até que encontra as facas – ME DA A FACA, ME DA A FACA, RÁPIDO!

Freddy caminha em direção a elas. Carol corre até as facas e entra uma para Bruna, que logo em seguida enfia a faca no joelho de Jonathan, Freddy da um grito e agacha-se no chão, Carol tentava tirar a coluna de cima de Bruna, porém fica observando Freddy.

- Ta funcionando, faz de novo – Diz Carol – De novo, anda logo, faz de novo!

Bruna enfia a faca no outro joelho de Jonathan, Freddy vai se arrastando com os braços até elas.

- BRUNAA – Grita Carol, angustiada.

Bruna retira a faca e enfia novamente no joelho, Freddy da um grito e continua a se aproxima.

- Ai meu deus – Diz Carol.

Bruna mexe a faca ainda dentro do joelho de Jonathan, Carol rapidamente se afasta de Bruna e encosta-se a parede.

- Não, não, não, não, não, não – Diz Bruna, chorando, vendo Freddy bem próximo.

Ele segura a faca e a puxa para cima, fazendo Bruna soltá-la, Freddy se levanta.

- BRUNA NÃO – Grita Carol.

- CAROOOOOOOOOOL – Grita Bruna.

Freddy corta a garganta de Bruna.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO – Grita Carol, chorando.

Bruna cai para trás com as mãos na garganta, seu rosto cai para o lado de olhos fechados.

Freddy olha para Carol, ela arregala os olhos, rapidamente pega o colar que estava no chão, correndo, passa ao lado de Freddy, que tenta agarrá-la, Carol chega ao final da varanda, ela olha para trás e observa Freddy se aproximar.

- CAROL, VEM – Grita Ana, ao lado de Felipe no bugre.

- CAROL - Grita Felipe.

Ela olha para Felipe e vai descendo os destroços de pressa.

- RÁPIDO, VEM, VEM – Gritam os dois.

Freddy chega ao final da varanda.

- SOBE, ANDA LOGO – Grita Felipe.

- VEM LOGO, VEM – Grita Ana.

Carol sobe no bugre.

- BORA – Grita Carol.

- VAI, ANDA LOGO – Grita Ana.

Felipe arranca com o carro dali.

Eles chegam na estrada de terra, Felipe dirigi em alta velocidade, Carol está no banco de trás.

- Ele está vindo ai? – Pergunta Felipe, aflito.

Carol olha para trás, não era possível enxergar com toda aquela neblina.

- Não da pra vê – Ele olha para frente.

Ana olha para o lado e de repente avista o reboque na pista ao lado.

- Ai meu deus! – Diz Ana.

- MAS QUE MERDA – Grita Felipe – ELE NÃO DEIXA A GENTE EM PAZ!

- ACELERA, CORRE, CORREEE – Grita Ana.

Felipe avista uma agulha, juntando as duas pistas.

- Ai, merda! – Diz Felipe.

Ao passarem, o reboque bate contra o bugre.

- AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Gritam Ana e Carol.

Felipe continua na estrada, o reboque fica ao lado deles.

- ACELERA FELIPE, ACELERA – Grita Carol.

Ana encara Freddy dentro do reboque.

- MAIS RÁPIDO, MAIS RÁPIDO – Grita Carol.

Freddy põe a corrente para o lado de fora.

- Ai meu deus – Diz Ana, ela se levanta para ir ao banco de trás.

De repente a corrente se envolve em sua garganta, Freddy a puxa.

- ANAAA – Grita Carol.

- ANA! – Grita Felipe.

Ana segura-se na porta do reboque e Carol segura seus pés.

- NÃOOOO – Grita Carol.

- ME AJUDA – Grita Ana.

O reboque se afasta um pouco, Felipe o acompanha, Carol não solta os pés de Ana.

- PARA O CARRO – Grita Carol, para Felipe.

- ME PUXAAAA – Grita Ana.

Por mais que Carol tentasse, não conseguia puxá-la para dentro do bugre. Um pouco mais a frente havia uma agulha dividindo a pista, no meio havia uma árvore com vários galhos grossos apontados para frente.

- CALMA, A GENTE VAI SALVAR VOCÊ – Grita Carol.

Ana arregala os olhos ao avista os galhos.

- ANA! – Grita Felipe, arregala os olhos.

- NÃO, NÃO, NÃO, NÃO – Grita Ana.

Eles vão se aproximando de pressa.

- ANA, SEGURA FIRME – Grita Carol.

- NÃO, NÃO, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO – Grita Ana.

Seu corpo atravessa o galho mais grosso, Felipe para o carro, eles olham para trás e observam Ana, com o galho atravessando sua barriga, e suas tripas ao longo do galho, seu rosto estava respingado com sangue.

- Ai meu deus... Meu deus – Carol põe a mão na boca e começa a chorar.

O reboque da a ré e vai na direção dos dois.

- O que ele está fazendo? – Pergunta Carol.

Felipe arranca com o bugre.

O corpo de Ana está atravessado no galho, de sua boca escorria um pouco de sangue.

-------------------

A estrada está bloqueada por uma árvore.

- Mas que droga! – Diz Felipe, ele olha para trás.

Carol está em choque ao seu lado.

- Todos mortos – Ela diz – Estão todos mortos... Não vamos conseguir!

- Não,não,não, Carol – Diz Felipe, ele pega sua mão – Presta atenção – Ela olha pra ele – Nós temos que continuar fugindo, nós vamos sair dessa, você e eu, juntos... E eu vou com você pra Nova Iorque, dane-se essa cidade.

O reboque se aproxima.

- Droga! – Diz Felipe – ANDA, SAI DO CARRO, SAI!

Ele passa por cima do tronco, Carol da a volta no bugre, Felipe lhe ajuda a passar, eles correm se afastando, rapidamente entram no pântano. Freddy desce do reboque, da um salto por cima do tronco e corre atrás de Carol e Felipe.

Com dificuldade de correr com a água no joelho, Carol e Felipe iam o mais rápido que podiam, ele estava sempre segurando sua mão.

- Vamos, vem... Vem – Diz Felipe, ofegante.

Eles já estavam exaustos, Carol olha para trás e não avista nada.

- Acelera, vamos – Diz Felipe.

Eles se agacham pondo as mãos nos joelhos, ofegantes e bastante exaustos, Carol olha para o lado assustada, não havia ninguém, ao olhar para trás observa Freddy um pouco distante, Felipe e Carol correm para trás da árvore.

Eles observam Freddy procurando-os.

- E agora? – Carol sussurra.

- Eu não sei – Responde Felipe, com tonto de sussurro.

Freddy olha para a árvore, ele caminha em sua direção, até que mergulha na água sem fazer barulho, no instante em que se viram, não a vistam ninguém.

- Cadê ele? – Pergunta Carol.

- Sumiu – Responde Felipe, assustado.

- Aonde ele foi?

- Eu não to vendo.

Eles olham para os lados, até que Carol começa a correr e puxa Felipe.

- Vem, vamos sair daqui – Diz Carol.

Eles vão o mais rápido o possível, até que de repente Felipe cai dentro d’agua, Carol se vira assustada, ela arregala os olhos com medo.

- FELIPE! – Grita Carol.

Ele se levanta rapidamente.

- Tudo bem, tudo bem, eu to bem – Ele diz, ofegante.

Eles se viram e dão mais alguns passos. Freddy surge da água em frente Carol, ela da um grito e pula para o lado, no instante em que Freddy ataca com o pé-de-cabra.

- AAAHHH – Grita Carol.

Felipe se agacha no momento em que Freddy lhe ataca por cima, ele corre até Freddy e o empurra, caindo os dois no chão.

- CORRE CAROL! – Grita Felipe.

Ela olha para ele assustada.

- CORRE!

Carol se vira e começa a correr para longe dali, Felipe se levanta rapidamente e corre para longe de Freddy, que por sua vez afunda na água.

Literalmente toda molhada, Carol tira uma folhagem que vinha em sua frente e chega ao cemitério, ela se vira e observa o lago calmo, assim da uns passos em direção ao nada.

- Felipe! – Carol o chama.

Felipe está correndo pelo pântano e encosta-se em uma árvore, seus olhos estão arregalados e o próprio estava em pânico, ele encara o nevoeiro em sua frente, Felipe olha rapidamente para os lados, não havia barulho algum, a água estava serena, atrás dele, Freddy surge da água com um olhar mortal e segurando seu pé-de-cabra.

- Felipe?... Felipe?!... Felipe... – Diz Carol, ela já começa a chorar.

Ela ouve um grito, logo tampa a boca e fecha os olhos. Ao abrir, observa o lugar calmo.

- Droga! – Diz Carol, rapidamente sai da água e corre por entre os túmulos.

Ela cai no chão, olha para trás e não avista ninguém, logo se levanta e continua a correr, ofegante, ela vai até uma boa parte do cemitério, de repente ouve o grito de Freddy, Carol vira-se rapidamente assustada, ela ouve seus passos, então olha para o lado e não o avista, em seguida ouve o pé-de-cabra se arrastado em algo, Carol fica em pânico olhando para os lados, com a escuridão e o nevoeiro, era difícil enxergar muito longe, ao virar-se, avista um mausoléu com a porta aberta, ela olha para trás e avista uma sombra, na tentativa de salvar-se, Carol corre em direção a porta.

Ao passar, ela depara-se com uma escada de acesso a uma sala, Carol para de correr e olha para trás, ao virar-se para frente, vai descendo a escada cautelosamente. No momento em que entra na sala, depara-se com um altar em frente, porém um pouco distante, Carol da uns passos para frente e observa as velas e algumas cruzes na parede em cima do altar, olhando para o lado, avista algo aparente com um tumulo, na parede em cima, havia com sangue, duas cobras.

Aflita, vai se aproximando devagar, conforme ia caminhando, avistava machas de sangue na borda, ao se aproxima e olhar para baixo, era um pouco fundo, Carol sente uma repulsa com o olhar.

- Meu deus – Diz Carol, com respiração constante.

Todos os corpos das vítimas estão jogados ali, Ranny, Brandon, Caren e Gabriel.

- Ai não – Murmura Carol.

Carol vira-se e corre em direção a escada, então avista a sombra se aproximando, Carol olha para o lado e para frente sem saber o que fazer, a sombra vai se aproximando, ela corre até o tumulo e encara os corpos, logo ouve os passos descendo a escada, Carol olha para trás, no instante em que olha para frente, entra rapidamente no tumulo, ela puxa o corpo de Ranny para o lado, deita no chão e põe o corpo em cima dela, Carol esconde seu rosto para baixo.

Freddy se aproxima com o corpo de Felipe no ombro, ele joga o corpo no tumulo, Carol abre os olhos com o barulho, logo seus olhos se enchem de lágrimas, Carol não se contem e começa a chorar baixinho, o corpo de Felipe está bem a sua frente, ela começa a se tremer.

Freddy caminha até o altar e acende uma vela vermelha. Carol encara Felipe chorando muito, até que ele abre os olhos devagar, Carol surpresa suspira alto, Freddy olha para trás e pega uma chave-de-fenda que estava em cima do altar. Felipe e Carol trocam olhares assustados, Freddy caminha em direção ao tumulo, Carol arregala os olhos ao notar que Freddy se aproximava, em seguida esconde seu rosto, Felipe fica em choque ao vê-la viva.

Freddy chega ao tumulo e observa os corpos, Felipe fica de olhos abertos olhando para Carol, Freddy se inclina para dentro e segura o pé de Carol, ela abre os olhos em pânico e chorando muito, Felipe olha para baixo no canto do olho e depois para Carol, ele murmura alto, Carol arregala os olhos sem acreditar, ela não podia fazer nada, Freddy olha para Felipe e solta o pé de Carol. Ela por sua vez olha para Felipe, então nega com a cabeça, ele murmura de novo para salvá-la, Carol chora horrores, Freddy segura Felipe pelo ombro e o puxa para cima, ele arregala os olhos, sem tirar sua atenção de Carol, ela o segue com os olhos.

Eles trocam seus últimos olhares até que Freddy enfia a chave-de-fenda na lateral da cabeça de Felipe, ele o solta e deixa o corpo cair em frente Carol, ela fecha os olhos chorando muito pela perda.

Freddy volta ao altar, assim que chega tira seu colete, que revela seu corpo com marcas, algo se mexia por baixo de sua pele. Carol olha para cima e não o avista, devagar e sendo bastante cautelosa, Carol sai de trás do corpo de Ranny e fica agachada olhando para Felipe, ela ouve a respiração de Freddy e olha para o lado.

Freddy levanta os braços 180º. Carol olha para Felipe, segura a chave-de-fenda e a remove de sua cabeça, ela o encara seriamente e olha para cima. Carol vai saindo do tumulo devagar, ela o observa de costas, ao tirar o colar de ossos do bolso, ela caminha em direção a Freddy, com a mão tendo chave-de-fenda levantada. Com um olhar frio, a cada passo seu coração vai acelerando, Carol se prepara para apunhala-lo, até que nota algo se mexendo por debaixo de sua pele, um olho aparece lhe avistando.

No instante em que Carol ia lhe atacar, Freddy segura seu punho, sem virar para trás, ele puxa seu braço para frente e faz Carol bater de costas no altar.

- AAH – Grita Carol, com a pancada.

Eles se encaram por milésimos segundos.

- VAI PRO INFERNO! – Grita Carol, ao tentar ataca-lo.

Freddy segura seu punho e a faz soltar a chave-de-fenda, Carol rapidamente se agacha e deixa Freddy quebrar todas as garrafas do altar com um soco, ela tenta correr, porém fica encurralada na parede, Freddy grita em sua direção, Carol pega um castiçal com velas e o ataca, Freddy segura o castiçal e a joga para o lado, as chamas se alastram em seu braço.

Carol é lançada no chão e desliza até bater na parede, Freddy fica em frente a ela, Carol arregala os olhos, ao levar seu olhar para o chão, avista uma garrafa de vinho, sem parar para pensar, logo pega a garrafa e a joga em Freddy, que alastra toda a chama em seu corpo, ele da um grito demoníaco e uns passos para trás. Carol levanta-se rapidamente, pega outro castiçal que tinha ao seu lado e empurra Freddy até um vão que tinha no chão, porém antes que caísse, ele segura seu punho, os dois caem no vão fundo que havia no chão.

- AAAAAAAHHHHHH – Grita Carol.

Rapidamente ela se levanta e encolhe-se na parede, ao levar seu olhar pra o lado, avista uma porta de grade, Carol olha para cima e não havia escada, o vão era muito fundo, Freddy se levanta com o fogo apagado de seu corpo, Carol o encara. Ele da uns passos para ataca-la, porém Carol puxa a porta e  dividi o vão, ela encosta-se na parede para que Freddy não pudesse pegá-la.

Ela levanta a mão segurando o colar em direção a Freddy, ele rapidamente se afasta, e devagar vai se curvando diante de Carol, ela o faz ajoelhar, então desce o braço e o observa, ela fica um pouco assustada, de repente arregala os olhos vê avistar 4 cobras saindo do corpo de Freddy.

- Ai meu deus! – Diz Carol, horrorizada.

As cobras vão se enroscando na grade, Carol estica o braço com o colar, a cobra lhe avança, no exato momento que Carol trás seu braço para trás rapidamente, ela avista uma parte da parede quebrada, Carol rapidamente apoia seu pé ali e o outro na outra parede, assim consegue segurar no topo e puxar seu corpo para fora dali, por sorte a cobra não pega seu pé.

Carol cai no chão e se levanta rapidamente, assim se aproxima do vão e observa as cobras subirem pela porta, ela olha para o colar e o joga no chão do vão, as cobras se enroscam em volta dele. Carol olha para frente e observa um pedaço de concreto encostado, ela inclina-se para frente e passa a puxá-lo para baixo.

Freddy olha para cima dando um grito, Carol fazia toda a força que podia, mas era muito pesado, as cobras olham para cima e vão rapidamente até a grade,  uma cobra quase lhe morde no pescoço, o concreto cai tampando o vão e Carol cai de costas não chão.

Ela fica encarando o concreto e ouvindo os gritos de Freddy, ofegante, ela olha para os lados e depois para o vão, então respira fundo com uma expressão de alívio, ela vira-se e observa o desenho das cobras na parede e o tumulo onde tinham os corpos de seus amigos, segurando o choro, Carol sai correndo dali.

Ao sair do mausoléu, o sol já tinha saído, a névoa já não estava mais lá, o lugar estava um pouco ventoso e calmo.

No vão, se ouve um barulho, de repente o concreto se racha ao meio.

Do outro lado do pântano, um pouco longe do cemitério, Carol caminha exausta, com seu corpo e traje sujos de sangue , ela para de andar quando avista o reboque do Freddy, assim fica encarando-o por alguns segundos, até que caminha até ele vagorosamente.

Chegando, a porta estava aberta e não havia ninguém ali dentro, Carol fica em frente a porta, ela avista o pé-de-cabra sujo de sangue, deitado no banco. Então respira fundo, um pouco chocada, Carol olha para o lado com um olhar vidrado, analisando o sangue de Ana respingado na lateral do veículo. Os olhos de Carol se enchem de lágrimas, uma escorre pelo seu rosto, de repente um grito demoníaco é ouvido, Carol se vira rapidamente.

Ela observa o local calmo e sereno.

- Ai, Deus! – Diz Carol, aflita.

Outro grito, o som estava mais perto.

- Ai, droga – Carol entra rapidamente no reboque e procura a chave, ela olha para cima, depois tenta achar no porta-luvas – As chaves, cadê as chaves?... Ai meu deus...

Carol observa o botão para ligar, ela aperta.

- Pega, pega, pega... Vamos lá – O carro não estava pegando – Qual é? Vamos... Pega logo, pega...

O reboque da a partida, Carol tenta engatar a marcha que não estava entrando.

- Vamos logo, engata... Engata – Carol força desesperadamente – Vamos logo, engata, engata.

Ela pisa na embreagem e consegue engatar a marcha, ela da ré e se afasta um pouco, até que chega uma curva, Carol para e tenta engatar novamente a marcha.

Ela sente um pouco de dificuldade, de repente um grito muito próximo, Carol olha para o lado com uma expressão apavorada, não havia ninguém ali, ela volta a olhar para frente e tentar engatar a marcha.

- Vamos logo – Diz Carol – Engata... Engata – Ela olha para o lado e não tinha ninguém – Que droga... Engata...

Carol olha para o lado e Freddy aparece de repente.

- AAAAAAHHHHHHHHHH – Grita Carol, indo para o banco do lado rapidamente, assim que Freddy tenta lhe segurar.

Ela deita no banco e Freddy entra metade do corpo pela janela, Carol o chuta no rosto e o faz cair para trás, ela rapidamente abre a porta e cai do outro lado, desesperada, corre por entre os arbustos. Freddy pega o pé-de-cabra no banco e corre atrás de Carol.

A própria esconde-se atrás de uma moita, ficando de costas para a folhagem. Freddy se aproxima e passa em frente a moita onde Carol está, ela escuta seus passos e põe a mão na boca, Freddy para de andar de repente, ele olha para o lado e caminha calmamente até um arbusto, Carol avança para sair de trás da moita, até que pisa e quebra um galho no chão, ela para e arregala os olhos, Freddy para de andar ao ouvir o estalo, Carol olha para o lado.

Freddy vira-se e encara a moita onde Carol estava, ela o avista por entre as folhagens. Freddy observa a moita se balançar um pouco, ele corre até ela e com muita raiva lhe ataca com o pé-de-cabra, porém não havia ninguém ali atrás.

Ele fica ereto ao ouvir o barulho de seu reboque, ao ir para o lado, ele observa uns arbustos, que são derrubados pelo reboque que ia em alta velocidade, em sua direção, Carol acelera o máximo possível, então esmaga Freddy contra um tronco grosso de árvore, os braços de Freddy são lançados para o lado, apenas o tronco fica em cima do capô.

Carol fica chorando com a cabeça no volante, ao levantar a cabeça observa Freddy morto em sua frente, Carol ofegante arregala os olhos, o sangue havia respingado no para-brisa e se espalhou rapidamente pelo capô do carro, a cintura estava dilacerada, Carol o observa e agoniada, então sai do reboque e se afasta, sem tirar os olhos de Freddy, Carol observa o sangue respingado no chão e o braço de Freddy caído entre dois galhos, uma de suas pernas estava caída no chão.

Carol vai se afastando sem tirar seus olhos de Freddy, até que vira-se e afasta-se correndo.

O tronco de Freddy está caído no capô do carro, de repente sua carne passa a se mover, até que duas cobras vão saindo de dentro dele.

THE END.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Evil" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.