Capitulo 1

A cabeça de Aro não parava, ele queria sua filha junto de si, ele mandou que a procurassem, mas até agora nada, nenhuma noticia. Ele se sentia frustrado, de mãos atadas.

– senhor! – gritou o vampiro que tinha viajado para encontrar a menina. Aro se virou para ele. – eu a encontrei...

Bella estava lá, na casa herdada de seu tio Charlie que havia morrido quando ela tinha apenas treze anos. Ela descia despreocupadamente esperando encontrar algo para saciar sua fome. Mas ao abrir a geladeira...

– é a coisa tá difícil... – ela disse vendo que não tinha nada além de um pouco de geléia, passou o resto de geleia em um pão, depois de comer ela pegou a mochila surrada e saiu. Era obvio que ela odiava ir pra escola e ainda ter que trabalhar na loja dos Newtons, mas ela tinha que estudar se não como seria seu futuro? Esperava que fosse melhor que o presente.

Aro olhava o vampiro a sua frente atônito, se ele pudesse chorar estaria se afogando em lagrimas agora.

– onde? – ele se conteve.

– em uma cidadezinha chamada Forks, nos estados unidos. – o vampiro explicou.

Aro começou a mandar que todos se preparassem para viajar.

Bella chegou ao ponto do ônibus, o qual chegou rapidamente. Ela se sentou ao lado de Ângela uma colega que como ela também não era de falar muito. Elas entraram na escola com o silencio confortável que só Ângela lhe proporcionava.

– está dormindo melhor? – Ângela perguntou inocentemente.

– mais ou menos. – Bella respondeu Ângela lhe sorriu e foi para o seu lugar na sala.

No castelo Volturi estava uma loucura, Aro mandava todos se apressarem, mas eles dependiam de humanos já que era verão na Itália e eles não podiam sair e a noite demorava a chegar. Aro andava de um lado para o outro sem saber o que fazer, ele tinha medo que sua filha sumisse de onde estava.

Bella agora saia da escola, rumo à loja dos Newtons. Quando ela chegou lá à senhora Newton estava encostada no balcão e parecia impaciente.

– até que enfim. – ela exclamou ao ver Bella. – Mike vai vir para lhe ajudar, não roube nada nesse meio tempo. – ela disse em tom de ameaça. Bella apenas assentiu, mas sua vontade era de lhe enfiar a mão na cara. A mulher saiu apressadamente do local, lançando um olhar significativo para Bella, que nem deu atenção.

– é cada coisa que eu tenho que aguentar... – Bella resmungou.

Depois de alguns minutos Mike chegou, ele lançou suas costumeiras cantadas para Bella, que desviou delas com muita educação. Ela passou o resto do dia atendendo montanhistas que contavam historias mentirosas, crianças que iriam acampar com seus pais, casais que iriam escapar da rotina entre outras coisas.

Enquanto isso no aeroporto de Volterra, a guarda Volturi se dividia em dois aviões para chegarem a Forks o mais rápido possível.

Bella chegou em casa, tomou banho, vestiu uma roupa quente e foi direto dormir, já que não tinha nada para comer.

(...)

Bella se via em uma espécie de batalha, ela estava ao lado de um garoto de aproximadamente quatorze anos que se encontrava escondido. Ele não via ela, eles estavam em uma cabana ou algo do tipo. O garoto estava aflito, parecia esperar por alguém. Depois de alguns minutos uma mulher de cabelos castanhos avermelhados, entrou na cabana.

– Charlie... – ela sussurrou. – leve ela para um lugar que eles não a achem... – ela soluçou. – eu amo você minha menina... – ela olhou para um pacotinho, agora nos braços do menino. Em poucos minutos homens de olhos vermelhos entraram na cabana pegando a mulher bonita pelos braços, ela gritava para que o garoto corresse e assim ele fez, correu para fora sem olhar para trás, os homens pareciam concentrados demais na mulher para ir atrás do menino.

(...)

Bella acordou gritando, os gritos da mulher ainda ecoavam em sua mente olhando pela janela o céu estava como sempre, cinza, Bella olhou para o relógio e se viu com tempo para demorar um pouco mais. Ela tomou coragem para entrar na água fria de seu chuveiro, saiu do banheiro com o queixo batendo e tremendo de frio. Ela se vestiu rapidamente e desceu, entrou na cozinha olhou o local e suspirou, ela engoliu o choro que veio como um nó em sua garganta então sem nada pra fazer, apenas se sentou no sofá e esperou dar a hora dela ir para o colégio.

Os lideres Volturi e sua guarda se encontravam na floresta, na divisa de Forks com outro estado. Os lobos apareceram para falar com eles. Aro olhou para o maior.

– eu queria pedir a permissão de vocês para entrarmos em seu território...

Um lobo saiu da formação e olhou para Aro.

– porque permitiríamos isso? – Edward traduziu o pensamento do lobo negro.

– porque eu preciso ver uma pessoa. Dou-lhes minha palavra que não vamos nos alimentar em seu território. – o lobo negro afastou-se para falar com os outros.

Os lobos estavam indecisos, não sabiam se podiam confiar neles, se permitiam ou se mandavam eles saírem daqui e não perturbar mais.

– você não pode permitir isso Sam! – gritou Leah na cabeça dele. Todos falavam ao mesmo tempo.

– PAREM! – gritou o menino Seth. – acho que deveríamos escutar os motivos do cara para tomar uma decisão. – ele falou tudo direcionado a Sam.

– então assim será, vamos escutar o sanguessuga. – disse o alfa.

Os vampiros esperavam impacientemente por uma decisão Aro estava ansioso.

– nos diga o motivo. – Edward traduziu.

– eu tenho uma pessoa muito importante para mim preciso ver ela, talvez vocês a conheçam, ela se chama Isabella. – o nome saiu como música dos lábios do vampiro.

Seth ficou estático, era o nome daquela menina frágil e sofrida, da sua amiga..

– o que ele quer com ela? – Seth perguntou a Sam.

– pergunte você se quer tanto saber. – Leah disse amargamente.

Sam olhou atravessado para Leah e incitou Seth a perguntar. O Lobo cor de areia se virou para Aro de cenho franzido, Aro não entendeu o seu silencio.

– o que você quer com ela? – Edward traduziu.

– ela... É minha filha... – o vampiro disse. O lobo só olhava descrente. – você deve ter percebido que o cheiro dela é diferente não é? – ele perguntou e viu a expressão do garoto cair.

– é... – Edward falou.

– Isabella é uma druida, uma espécie de bruxa que descobre os poderes gradativamente. – o lobo olhou para os outros, que observavam tudo estáticos.

Seth saiu de perto dos vampiros e foi de encontro a sua matilha. Todos estavam assimilando as coisas que o vampiro tinha acabado de falar.

– vamos dar uma chance... Mas vamos ficar por perto. – disse Sam a matilha.

Ele pensava na garota se fosse verdade a menina iria ter sorte. Aro esperava ansiosamente pela resposta dos lobos. O garoto voltou e lhe olhou.

– vamos dar uma chance... Mas vamos ficar perto. – Edward disse o que o alfa com voz de aviso pensou.

– não se preocupem, ficaremos o tempo que for preciso somente para que eu possa conhecer ela. – ele disse pensativo. Eles correram para um lado e os lobos para o outro. Conseguiram uma casa fora da cidade perto da floresta.

Bella estava no pequeno mercado que havia perto de sua casa, era final do mês e ela tinha acabado de receber o salario. Ela pegou pão, leite entre outras coisas, ela não se permitia a nenhum luxo sempre foi tudo muito calculado. Seguindo depois para casa com as poucas compras.

Depois de ter colocado tudo em seus lugares na cozinha, foi organizar as contas que tinha a pagar, ela tem noção de que não pode gastar então não tem contas altas ou alguma coisa do tipo. Suas despesas são somente o básico para sobreviver só tinha contas de luz, gás e água.

Aro estava na espreita observando Bella. Ela estava concentrada no que estava fazendo, parece com minha mãe, ele pensou.

– não brinca que eu só vou ficar com isso? – ouvir a voz dela lhe fez sorrir. Ela estava com problemas.

– vamos entrar senhor? – perguntou Felix.

– não. Vamos esperar ate amanhã. – Aro disse sem tirar os olhos da janela.

– ela é uma menina bonita. – Marcus comentou.

– acho que deveríamos dar uma olhada enquanto ela dorme. – Caius sugeriu.

Aro assentiu, eles ficaram por algumas horas até ela ir dormir. Eles entraram pela porta de trás, Aro foi direto para a cozinha enquanto Demetri olhava a geladeira.

– não deveria ter comida aqui? – ele perguntou retoricamente.

– sim, mas ao que parece ela não tem dinheiro para qualquer luxo. – explicou Marcus. Aro viu que Edward olhava para um porta-retratos. Ele foi para o lado para ver também. Lá tinha o homem que lhe lembrava o irmão de sua amada, Charlie. Eles ouviram alguém falar, Marcus arregalou os olhos.

– ela está acordada... – Aro falou.

– não... A respiração dela está diferente demais. – disse Marcus. Eles subiram rapidamente, e lá encontraram a menina, ela chorava no sono, respirando rápido e sussurrava “não... não faz isso”.

– ela está tendo um pesadelo. – Caius constatou o fato. Aro se virou para Edward que olhava a menina frustrado. Ele apenas balançou a cabeça negativamente Aro se surpreendeu, mas nada falou. Depois de algumas horas eles se prepararam para ir embora. Aro se aproximou da menina e lhe afagou os cabelos surpreendendo a todos.

– logo você saberá de mim. – ele sussurrou.

Eles voltaram para a casa. Aro se isolou para pensar em sua filha, Marcus e Caius depois de algum tempo foram falar com o irmão.

– você, por um grande acaso acha que ela vai nos aceitar assim? – Caius perguntou para Aro.

– Caius! – Marcus o repreendeu.

– Caius! – imitou seu irmão - nada Marcus, eu apoiei você nisso, mas vocês realmente acham que ela vai levar tudo isso facilmente? – Caius falava alterado.

– não. – Aro disse simplesmente meio cabisbaixo.

– mas não custa tentar. – disse Marcus otimista, o animando fazendo com que Caius balançasse negativamente a cabeça.