A Maldição Do Viúva Negra escrita por Lucy


Capítulo 6
Capítulo 5 - A Chave é o Amor


Notas iniciais do capítulo

ai está pessoal =)
bem, estou tentando por um pouco de humor, me digam se estou indo bem, oky?



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P.O.V (pirata)

O navio encostou na praia,  causando espanto em alguns seres que estavam na praia, que correram desesperados. Descemos, eu não estava afim de andar com aqueles dois, então tive uma ideia:

--- ei, idiotas--- chamei sem olha-los.

--- eu não sou um idiota!!--- gritou o pirralho e eu esperei o irmão repreender.

--- xiu!--- disse Davi e eu agradeci.

--- deem uma volta na cidade. Daqui a duas horas, me encontrem aqui.--- falei e eles concordaram. Sai andando cidade a dentro.

Bem, pelo o que já percebi, estamos na dimensão dos elfos. Criaturas magras e altas, de pele azul clara, olhos roxos e orelhas pontudas. De acordo com a placa, aquela era a ilha Lorrita, uma ilha com costumes imperiais (gente, é estilo narnia, não sei como explicar) que viviam em uma hierarquia muito grande.

Fui andando normalmente, todos me olhavam, mas pela primeira vez, não com medo, e sim com curiosidade. Mas não queria olhares em cima de mim. Entrei em um bar, ele era parecido com o ultimo que entrei, a diferença era que os homens pareciam muito mais civilizados. Entrei no banheiro e usei a magia da maldição e aparece uma capa com capuz cor de madeira. Eu o vesti rapidamente, puxei a capuz e sai imediatamente do local.

Continuei andando e encontrei o que parecia ser um circo. Havia varias barracas com jogos e que vendiam comida. Alguns homens andavam em pernas de pau junto a multidão de elfos que entrava e saiam, crianças choramingavam pedindo para participar de algum jogo ou para comprar algo, lá no fundo havia uma grande  “barraca” onde provavelmente seria o show principal durante a noite.

Caminhei no meio das pessoas sem ser notada.  Notei uma multidão no fundo, que batia palmas e gritavam um “how how” no ritmo de uma musica que eu ouvia baixo. Fui chegando mais próximo e me enfiando na multidão. Quando finalmente atravessei o paredão, havia uma mulher, com aparência de cigana dançando.

A mulher usava um vestido de tecido fino vermelho, a saia era repleta de babados e a manga era frufru, pingentes de ouro pendurados na ponta dos babados e a saia era aberta na lateral até a metade da cocha, mostrando a perna da mulher. Ela usava por cima do vestido um corset de couro preto. Seu cabelo ia até a cintura, negro e bem cacheado, mas não com volume, cachos bem feitos e definidos, seus olhos eram incrivelmente verdes e usava uma correntinha que vinha de trás do cabelo até um pequeno pingente com uma pedrinha que ficava na testa. Usava varias pulseiras e colares e dançava batendo castanholas de acordo com o ritmo da musica.

Fiquei olhando a cigana dançar, não por ela, mas pela musica, que me era familiar... até que a mulher me olhou nos olhos e parou de dançar. Seus olhos demonstravam espanto e horror, isso assustou até a mim. Ela correu e entrou na cabana.

Todos gritavam indignados, queria vê-la dançar. Eu estava indignada, queria saber o porquê de sua reação.

Entrei na cabana dela, e ela estava de pé, me olhando fixamente nos olhos, sua posição era relaxada. Olhei em volta. O lugar era pequeno e escuro, tinha uma mesa redonda bem no meio da cabana, ela era coberta por uma toalha azul, e sobre ela havia cartas. Nas pequenas prateleiras na parede, haviam livros, incenso aceso e outras caixas com mais cartas que nunca foram usadas.

--- Eu sei o que queres--- disse ela, seus olhos verdes não desviavam dos meus.

--- então diga!--- desafiei

--- a chave para o fim da sua maldição--- disse ela, estava certa.

--- mas sei que nunca conseguirei, terei que viver com ela por toda a minha vida--- disse eu, tentando segurar uma única lagrima que teimava em sair.

--- não,não--- disse ela--- há uma saída.

--- mentira--- disse eu me virando, porta a fora. Aquilo era conversa de cigana.

--- o amor!--- gritou ela, antes que eu saísse.--- o amor!

--- grande diferença!--- me virei, com raiva, estava perdendo a paciência com a cigana.--- amor? Onde vou conseguir amor? Todos temem a mim! A grande capitã do Viúva Negra!--- falei alto, mostrando superioridade.--- você também deveria temer a mim, sabia?

--- você já tem a chave--- disse ela.--- Davi é o nome dela! O amor!

--- o que está insinuando?--- disse eu, puxando a espada e pondo em seu pescoço, que cigana mais imprudente!

--- estou lhe dizendo o que queres--- disse a mulher.

--- Você está dizendo que eu e o Davi somos um casal?--- perguntei me segurando para não mata-la.

--- estou lhe dizendo o que queres--- repetiu a mulher.

--- qual seu nome?--- perguntei.

--- Perola

--- Você vai comigo para o meu navio!--- segurei seu braço com força, para puxa-la cabana a fora. Ela resistiu.

--- Cuidado!--- disse ela--- sou uma feiticeira! Posso lhe lançar uma maldição!

--- grande diferença--- respondi mau-educada.--- já tenho uma que terei que carregar pelo resto da vida. Uma a mais não fará diferença.--- e voltei a puxar.

A cigana era forte, mas não tão forte quanto uma pirata treinada como eu. Puxei-a cabana a fora. Ela gritava e varias pessoas e elfos se acumularam em minha volta. Irritada, abaixei o capuz revelando quem eu era e puxei a espada, ameaçando a todos.

--- quem se meter no meu caminho, morre--- falei seria e irritada.Todos me olharam com medo e saíram do caminho.

Puxando a mulher, que agora não resistia tanto, fui até o navio e a coloquei em um cômodo que não era utilizado para nada. Era vazio, sujo e escuro.

--- você, conte o que sabe!--- mandei jogando-a com violência no chão.

--- não posso falar tudo --- disse ela. --- muita coisa você só pode descobrir com o tempo

--- FALE!--- disse eu

--- o que você podia saber, você já sabe!--- disse ela para mim. O ódio assumia meu corpo.

--- VOCE TOCA EM  UM ASSUNTO DELICADO PARA MIM,E AGORA NÃO QUER FALAR?--- gritei, segurando as lagrimas.--- FALE!!!!

--- E-e-eu não posso...--- disse ela, e uma voz aparece na porta.

--- Quem é essa? O que você está fazendo com ela?--- Davi, que raiva...

Eu sai dali. Agora as lagrimas saíram com força, segurei elas por tanto tempo, agora eu não consigo mais. Eu realmente chorava, como nunca chorei em tantos anos...

Passando pela parte externa do navio, ouvi um barulho no canto, onde havia alguns barris. Passei a mão no rosto rapidamente, enxugando as lagrimas, e me virei. Então um dos barris criou pernas, andou um pouco e depois se encolheu. Estranhei. Caminhei até o barril e o levantei, então um homem de cabelos até os ombros, negro, olhos verdes, roupas de ciganas desgastadas, com pulseiras masculinas de artesanato, me olhava. Ele deu um “xauzinho” com a mão para mim.

--- oi --- disse ele, sorrindo.

--- o que você está fazendo aqui?--- perguntei, irritada.

--- sabe a macumbeira dançarina que você colocou lá em cima?--- disse ele normalmente.--- é minha amiga, vim busca-la.

--- e como pretende resgata-la sem nenhuma espada para uma luta?--- perguntei, e ele colocou a mão no bolso.

--- bem, pensei em troca-la por isso--- ele mostrou uma erva, que tirou do bolso--- é uma erva muito boa, te deixa relaxadona... tipo assim.--- ele se levantou a começou a imitar um bêbado que só fazia “paz e amor” com a mão. Conheço bem essa erva.--- mas pensando bem...--- ele olhou para cima e pós o dedo indicador na sobre os lábios.--- acho que ela não vale essa erva.--- concluiu ele--- xauzinho e beijos flor!

Ele caminhou como um bêbado na direção onde antes tinha a rampa para descer. Ao ver que o Navio já estava em auto mar, se virou quase caindo.

--- como vou embora?--- perguntou

--- se quiser eu te jogo no mar--- disse eu , cruzando os braços. Esse cara é louco.

--- não obrigada.--- ele foi andando, navio a dentro, gritando “Perola! Perola!”.


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Notas finais do capítulo

bjossssssssss