Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 13
Capítulo XII - Revelações, e eu, sendo idiota.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! u-u Tá ai o capítulo, espero que gostem. Boa leitura.



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Patch parou com o carro em frente a casa da fazenda, e eu desci sem ao menos olhar para ele. Para começar como eu aceitei sair com ele? Eu estava com tanta raiva de mim mesma que tinha vontade de bater minha cabeça contra a parede.

Antes de eu conseguir fechar a porta da sala, Patch a segurou e entrou atrás de mim e se encostou à porta.

- O que? Sai, agora!

- Nora, eu tenho que te explicar...

- Não! VOCÊ MATOU UM HOMEM, PATCH! – Eu berrei e depois abaixei a cabeça, assustada com o próprio tom de minha voz.

- Eu não o matei, na verdade, ele já deve estar acordado. – Patch falou com uma voz calma. Indignada, eu abri a boca para gritar mais uma vez, mas ele fez um gesto para que eu me calasse. E continuou:

- Se você quer que eu te explique tudo, tem que ficar calma. OK? Sente-se. – Indicou o sofá e eu me sentei, ele se sentou bem na ponta da poltrona, ficando de frente para mim.

- Tá, agora só falta você me falar que é um vampiro.

- Não, eu sou um anjo, caído, mas ainda sou.

Eu fiquei imóvel, ele só podia estar brincando comigo.

- Fala sério, Patch. Vai ter que arrumar uma desculpa melhor.

- Eu estou falando sério, Nora. Vai ter que acreditar em mim. – Patch estava com uma expressão séria no rosto.

- Tá, legal... Digamos que você seja um anjo caído, por que aqueles caras estavam atrás de você?

- Você sabe o que são Nefilins?

- Sei, sei. Metade humanos e metade anjos.

- Quase isso. Aqueles caras eram Nefilins.

- Patch, você tem noção do que está pedindo para eu acreditar? Isso é impossível, anjos, nefilins... – Passei a mão em meus cabelos e os puxei para trás, eu estava suando frio de nervosa.

- Anjo, você tem que acreditar em mim.

- Prove.

Ele olhou para outro lado da sala e respirou fundo, depois se levantou e subiu a camisa na parte das costas. As cicatrizes ainda estavam lá, vermelhas e meio roxas.

- Minhas asas costumavam ficar ai.

Fitei as feridas, boquiaberta. Isso simplesmente não podia estar acontecendo. Levantei-me e estendi a mão para tocá-las, mas Patch abaixou a camisa e segurou minha mão.

- Não vai querer fazer isso...

- Por que você caiu?

- Por uma humana, longa história.

- Eu quero saber. Você quer que eu acredite, então quero saber de tudo. – Eu cruzei os braços e esperei por uma resposta.

- Faz muito tempo, eu a vi dos céus e me encantei. Eu era um arcanjo, um dos anjos mais poderosos. Mas não resisti á tentação de descer á terra para tê-la em meus braços, por pelo menos uma vez. E foi só uma vez mesmo. – Ele bufou e se virou para encarar a parede.

- O que aconteceu?

- Eu tinha ficado com ela, e estava subindo para os céus de novo. Os arcanjos me pagaram no caminho e arrancaram minhas asas.

- E por que fizeram isso?

- Porque o relacionamento de Anjos com Humanos é proibido. Se um anjo e um humano fizerem sexo, uma linhagem de nefilins vai nascer. E como deve saber, os Nefilins e os Anjos sempre andaram em pé de guerra.

- Mas porque aqueles... nefilins, vieram para cima de você falando que os arcanjos não gostariam de nos ver juntos? E aquela história de “fugir” do trabalho?

- Porque uma guerra entre os Anjos e os Nefilins se aproxima, Nora. E os arcanjos me querem de volta, ando os evitando á alguns anos. Quanto mais anjos, mais poder.

- Mas, você ainda tem algum “poder”?

- Alguns, nada comparado aos que eu tinha antes...

- E por que você não quer voltar a ser um arcanjo? Parece bem melhor...

- Não é! – Patch alterou á voz pela primeira vez desde que nos conhecemos, respirou algumas vezes, e se voltou para mim. – Nora... Você não sabe como é lá. Aqui na terra é bem melhor, posso fazer o que eu quero, quando eu quero. E o melhor, não tenho que seguir ordens.

- Eu... Eu tenho que beber água. – Fui para a cozinha e enchi um copo com água, que eu tomei em apenas alguns goles. Ainda estava suando, tampei meu rosto com minhas mãos. Aquilo não estava acontecendo, não estava acontecendo.

Patch tirou minhas mãos de meu rosto, e eu o olhei atentamente. Ele parecia estar falando sério, sobre tudo.

Desde pequena eu era ateia, nunca acreditara em anjos, demônios ou em Deus. E agora, não tinha a mínima idéia de no quê eu devia acreditar.

- Você disse que o Nefilim ainda estava vivo, como?

- As pragas infelizmente são imortais. – Ele disse com um tom de enojado, quase o mesmo tom que tinha usado quando falara de Scott.

- Espera ai, Scott...?

- Sim.

- A Talitha também?!

- Sim, e por isso quero que pare de andar com eles, entendeu?

- Não! Eles são meus amigos, nem devem saber o que são.

- Scott sabe, ele até faz parte de um dos exércitos de Nefilins.

- Não pode o acusar assim, eles acabaram de voltar. E você não tem como saber.

- Eu tenho vigiado eles. Posso ser um caído, mas ainda vou estar na guerra.

Não respondi, estava ocupada demais imaginando Talitha como uma nefilim, não podia ser. Aquilo tudo era surreal demais. Patch ainda segurava minhas mãos, ele as apertou de leve e eu olhei para seu rosto.

- Quero sabe se vai ficar comigo, Nora. Agora que você já sabe o que eu sou e o que vem junto comigo.

- Junto com você? Quero dizer, morte, aventuras de quase morte, nefilins que querem te matar e arcanjos idiotas?

- É, mais ou menos. Mas não vou deixar que alguém te machuque, vou te proteger, sempre.

- Tenho mais uma pergunta.

- Você não respondeu a minha, mas diga.

- Por que eu? Eu sou só uma humana insignificante.

- Você é muito mais do que isso, Nora. Você tem um pouco de sangue Nefilim.

- Eu tenho o que?

- Um pouco de sangue Nefilim.

- Então, você não deveria ter nojo de mim ou coisa do tipo? Já que os anjos e os nefilins brigam o tempo todo.

- Como eu já disse, Nora. Não me importo com o que eles dizem, e você é diferente dos outros.

- Isso não pode estar acontecendo comigo.

- Mas está, e eu quero saber. Vai querer ficar comigo depois de tudo o que eu te contei e de tudo que aconteceu?

Eu odiava confessar aquilo, ainda mais depois de tudo, mas eu gostava de Patch. Quem não iria gostar daquele jeito malvadão dele, do jeito sexy e carinhoso que ele tinha? Mas eu não sabia se poderia me aprofundar mais nesse mundo dele.

Dentro de mim, tinha uma batalha entre minha consciência e meu coração. A consciência dizia que aquilo era loucura e que eu sairia muito machucada se continuasse com ele.

E meu coração, sendo idiota outra vez, dizia que eu o amava e que ele iria me proteger, de todos e qualquer coisa que tentasse me ferir.

- Sim. – Eu disse finalmente.



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Notas finais do capítulo

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