Teenage Dream - Sonho Adolescente escrita por Ana Fernandes


Capítulo 5
Capítulo 4 - Detenção


Notas iniciais do capítulo

Mais um! :)
Boa leitura!



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ANTES:

– Equipe 1: Anne, Elizabeth, Lucy e Katerine. - Disse os nomes em ordem alfabética, não falou o meu. - A atividade será individual, ou seja, vocês não terão nenhum bobinho para se virar por vocês! - Como? Entendi o que eu acho que entendi? Ele estava me chamando de boba, e botando no masculino para disfarçar?

Os alunos viraram-se para me olhar, sabiam que não ficaria calada. E as tapadas, em vez de negar a suposição dele, não... Ficaram de boca fechada, encolhidas, esperando por minha resposta, e essa não tardou a vir.

– Você não está realmente achando que em meu RG está escrito Jacob Black, não é, Professor? - Falei com todo meu cinismo. Uma lufada de ar geral foi escutada no ambiente, os alunos ficaram sem reação ao passo que ele levantava o rosto da lista com os nomes da minha equipe e, olhava furioso diretamente eu meus olhos. Sempre fui corajosa, mas, naquele momento senti que seria melhor ter ficado calada!

Capítulo 4 - Detenção
Renesmee PV:

– Está falando comigo, senhorita? - Não seu gostoso, eu estou falando com a burra da sala - (lê-se Lilly), pensei.

– Com quem acha? O único bobinho aqui, - Fiz aspas com dos dedos. - é você! Acha mesmo que não entendi sua indireta? - Ele fez cara de raiva, muita raiva... Tinha um ar de perigo, estava lindo.

– Pelo que vejo a senhorita não aprendeu a educação dada por sua mãe! Pois eu aposto que ela tentou lhe dar! - Olhei-o de soslaio.

– Por acaso liga para ela? Pois ela pensava que eram amigos, mas os amigos não deixam os outros esperando plantados ao lado do telefone por uma misera ligação e quer saber? - Ele estava com a sobrancelha arqueada, olhando-me intensamente. - Bobo foi seu pai, quando lhe fez! - Fui pegando minhas coisas da carteira, levantei-me e sai porta a fora mas, não sem antes ser parada por sua mão quente, em meu braço.

– Detenção... Após todas as aulas dessa semana, senhorita! - Era o que me faltava, a vadia ruiva começou rir da minha cara. Bitch!

*********

Não voltei para a sala, fiquei no pátio esperando que todas aulas acabassem... No intervalo as meninas disseram que ele se irritou tanto que os 2,0 pontos viraram 1,0, e das equipes que só conseguiram cinco décimos foram descréditados 2,0 pontos. Tudo porque Lilly, resolveu dizer que estava certo em me colocar na detenção, que o colégio precisa de homens como ele. Vaca, puxa saco!

Quando o sinal tocou pela ultima vez, olhei para meu relógio e vi que eram 12:00 PM. A detenção começa a partir das 13:00 horas em qualquer colégio, então eu ainda esperaria mais.

Vinte e cinco minutos depois que o ultimo sinal havia tocado, o colégio estava tão vazio que ouvia as cigarras. Sentada num quiosque no pátio do Forks High School, olhei para o céu vendo que o tempo estava ficando bem feio. Lamentei no mesmo instante por não ter trazido guarda-chuva, teria de esperar na casa do vô Charlie pelo momento que Bella saísse de casa para me buscar.

Senti olhos me fitando e abaixei a cabeça vendo um homem alto e com a cara mais irritada que de costume, olhando-me profundamente. Não entendi o motivo de estar ali e fiz cara de paisagem, ele por sua vez levantou o pulso esquerdo, consultou seu relógio e olhou novamente para mim batendo o indicador direito no próprio relógio.

Olhei o meu e disse: - Que é? São 12:25 ainda, a detenção começa às 13:00 horas.

– Senhorita, sua detenção comigo começou a 25 minutos atrás, que serão adicionados ao final da sua detenção de hoje!

– Se você estiver louco... - Provoquei.... Em alto e bom tom.

– Mais 25... Cinqüenta minutos! - O fuzilei com os olhos e bem baixinho xinguei sua mãe.

– Duas horas, senhorita Cullen! - Deu as costas e saiu, levantei do banco e comecei a segui-lo. Chegando a sala que no turno da tarde ficava vazia, sentei-me na bancada de costume e assisti o professor gostoso Black, fechar a porta e andar até a mim. Parou na minha frente e inclinou o corpo em minha direção.

– Pensei que sua mãe tivesse lhe dado mais educação, com certeza ela não xingaria a mãe de um professor. - Isso não é de sua conta. Olhei-o desafiadora, desejando ter pronunciado aquelas palavras.

– É... Toda minha família sabe que sua admiração por minha mãe sempre foi maior que a, necessária! - Sua boca ficou torta num sorriso de lado.

– Ela deve merecer toda essa admiração. - Rebateu ele, sarcástico. - Sempre foi uma mulher incrível... - Estava dando em cima de minha mãe, para mim?

– Papai também acha, não foi a toa que casou-se com ela e na primeira oportunidade me fez! - Claro que deve ter imaginado minha mãe tendo seus filhos. Esse seria meu golpe de misericórdia, para acabar logo com esse joguinho!

– Muito mal feita. - Sussurrou ele, DESGRAÇADO!

– O que disse? - Estava morrendo de vontade de xingá-lo, mas preferi engolir a raiva que sentia, nunca admitiria para ele, mas aquelas palavra doeram.

– Abra o livro na página 225, um texto de três páginas e uma atividade. Quero copiado e entregue junto a atividade respondida! - Não protestei, poderia receber um texto maior... Miserável, queria sair logo de sua presença, ele realmente deu em cima de minha mãe e depois desfez de mim... muito mal feita... GAY! Eu sou linda, todos os caras do colégio babam por mim, todos me querem, a província inteira de Forks me quer!
Xucro!

Abri o livro na página, abri meu caderno e tentei desligar-me de seu olhar sobre mim, mas era quase impossível. O som de sua respiração me deixava inquieta. Mesmo ofendida, queria sentar em seu colo e entregar-me ali, na mesa onde estava recostado.

Respirei fundo, contei até dez e pus toda a minha força de vontade em concentrar-me. Depois de uns minutos já conseguia transcrever o texto para meu caderno sem suspirar ou me arrepiar por sua presença. As vezes perdia a concentração, levantava os olhos e encontrava duas pérolas negras encarando-me, tentava disfarçar ao máximo, mas em minha cara deveria estar escrito: ME COMA, em letras garrafais. Ele tinha um olhar tão quente! Demônio!

Uma hora e meia depois...
Jacob P.V

– Rum-rum, professor? Senhor Black? - Ouvi sua voz. Irritei-me por ser pego de surpresa, minha mente não estava aqui.

– O que quer? - Fui seco, ela encolheu-se na carteira para depois tomar mais uma vez, aquela postura de garota problema.

– Eu estou com uma dúvida e se for um bom professor, vai me ajudar para que possa lhe entregar atividade respondida corretamente! - Falou irritada, apontando seu pequeno indicador para mim.

– Já copiou todo o texto? - Quanto tempo passei divagando?

– Sim, estou na quinta pergunta. Faltam mais sete e termino. - Olhei para o relógio e haviam se passado mais de uma hora.

– Qual a dúvida? - Aproximei-me dela e vi que já tinha copiado bastante, seus dedos estavam vermelhos.

– Probabilidade... A probabilidade de nascer um puro da geração F3, a partir do cruzamento de plantas da geração F2. - Era uma questão de Biologia do terceiro ano, mas provavelmente ela ainda não havia trabalhado este assunto. - Eu reli o texto todo, mas não há nada nele falando sobre isso, estou confusa... - Ela baixou os olhos, estava detestando pedir minha ajuda.

– Não a responda, está questão é de um assunto futuro que você dará em Biologia, nem deveria estar nesta atividade.

– É claro... É visível a competência de um professor que não sabe as atividades que passa para seus alunos! - Ficou vermelha de raiva, com certeza estava indignada por pedir minha ajuda e descobrir que não deveria responder a questão que a fez recorrer.

– Olhe bem o que fala senhorita, posso lhe passar mais dois textos desse! - Bufou irônica e voltou a escrever no caderno, pulando para a próxima questão. - Termine logo!

– Gay! - Sussurrou, mas pude ouvir claramente.

– O que disse, senhorita? - Olhou-me corada.

– SEI... disse que sei, que o senhor quer ir para casa. - Mentirosa! Abaixou cabeça e voltou a escrever, rindo!

– Olhe bem o que diz, Reneesme. Suas próximas detenções podem ser pior. - Parou de rir.

Trinta minutos depois...

– Professor? - Ouvi sua voz, busquei seus olhos, mas ela evitava.

– Sim? - Estava levantando-se da carteira e vindo em minha direção. Ainda assim não olhou em meus olhos.

– Aqui. - Entregou-me a atividade com todo o texto copiado e todas as questões respondidas.

Ouvi dar um mixoxo para o meu empenho em achar erros ali. Ao entregar o caderno de volta pude verificar que seus dedos estavam extremamente vermelhos devido a força que usou para escrever, mas não me arrependi de ter passado atividade a ela, poderia ter feito pior.

Pegou suas coisas e saiu porta a fora, apressada, olhei no relógio e vi que eram quase três horas. O Céu estava tão escuro pela chuva forte que caia, parecia já ter anoitecido, ela teria que ir para casa de seu avô esperar que alguém fosse buscá-la.

Peguei minhas coisas e sai, fechando a porta da sala, me dirigindo ao estacionamento, coloquei minha pasta no banco do carona e pus o carro em movimento, em direção a La Push.

– Filha da P... Porra! - Dois minutos após sair do colégio vi um longo cabelo vermelho indo na mesma direção que a minha, o que ela estava fazendo naquela chuva, com o dia já escuro andando na beira da estrada? DROGA! Pensei irritado.

Diminui a aceleração e a segui lentamente, mas não percebeu, estava com os fones de ouvido, se fosse um estuprador que a visse... Melhor não pensar! Após um tempo, percebeu que havia um carro atrás dela e virou-se para ver qual. Parei o carro e desci, a chuva estava forte e se não tivesse a encontrado, ela iria de casa para o pronto socorro com uma pneumonia!
Tirou os fones do ouvido e olhou-me como se quisesse saber o que estava acontecendo, segurei-a pelo braço e reboquei-a para o carro.

– O que é? Vai me levar para o colégio de novo? A detenção não acabou por hoje? - Estava fria, molhada pela chuva que caia. Tratei de fechar porta e ir para o lado do motorista!

– Onde você mora? - Perguntei rápido querendo levá-la logo para casa, precisava de um banho quente.

– Não interessa, quero sair deste carro agora, AGORA!

– Deveria te deixar andar sozinha pela 110 neste temporal, mas como Bella não ficaria feliz em saber que sua pirralha andou até em casa nessa chuva, farei o favor de te levar lá!

– Ohh, Senhor. Eu mereço! - Sibilou baixinho e olhou nos meus olhos. - Até parece que liga para sua amizade com minha mãe. - Deveria jogá-la porta a fora do carro com ele ainda em movimento. A quem ela puxou esse gênio?

Começou a remexer-se no banco, pareceu incomodada. - Que porra é essa aqui? - A coloquei sentada em cima da minha pasta. Droga! - A tá, é a porcaria da sua pasta!

– Onde você mora? - Perguntei tentando não me irritar com sua petulância.

– Na primeira esquerda, antes da entrada da casa dos meus avós, a uns 20 minutos daqui.

– Coloque o sinto! - Disse, e ela... Tratou de colocá-lo lentamente. Aquela garotinha realmente queria me provocar! Acelerei o carro pela 110, a levaria logo para casa. Sabia que, matar crianças ainda era crime hediondo!

CONTINUA!


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Notas finais do capítulo

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