-Yuri? -perguntei me sentando, Tiérry se sentou e me abraçou.

-Que lindo esse amor não é mesmo? -perguntou ele batendo palmas- E Você disse que não era nada não é mesmo Sophie?

-Yuri eu posso explicar... 

-Você não tem que explicar nada a ele meu anjo. -disse Tiérry se levantando e me levantando junto, ele me manteve atrás dele- Ele não é nada seu.

-Sou amigo dela. -ele disse cuspindo as palavras- Seria muito mais se não tivesse chegado um novato metido a besta na minha vida. 

-Acalme-se cara, eu não quero brigar. -disse Tiérry- O Que você quer?

-Eu quero o amor da Sophie.

Aquilo de alguma forma me fez me sentir péssima, eu olhei para Tiérry que mantinha os dentes trincados  Ele parecia nervoso, ou irritado apenas. Eu mal convivera com ele, e eu ja conhecia cada expressão dele.

-Yuri, por favor... é uma longa história, não é preciso briga, por favor não vá fazer nenhuma besteira... 

-Eu tenho tempo para ouvir. -ele disse- O que está acontecendo? 

-Eu e Tiérry nos conhecemos no casamento do meu pai com minha madrasta nojenta, eu estava mal e ele melhorou meu dia o suficiente, mas então perdemos contato. -eu não ia dizer que Tiérry havia me largado na festa, ia ser pior- E desde aquele dia ele me encantou e agora nos reencontramos, parece que foi algo de primeira vista Yuri, não fique chateado... só aconteceu. 

Yuri olhava de mim para Tiérry e vice-versa com nojo, ou com medo, talvez até com raiva. Eu estava ficando com medo, mas então Yuri se afastou uns passos para traz e Tiérry me abraçou pela cintura me deixando do seu lado.

-Você vai ver Sophie, vocês vão ver... -ele olhava para nós enquanto se afastava- Você me iludiu, eu pensei que tinha chances com você... 

-Você nunca ia querer algo sério comigo. Fica com todas as garotas, acha que eu não sei? -era verdade, minhas próprias amigas haviam passado por ele.

-Você é a unica garota que eu realmente quis algo verdadeiro Sophie, e você ia aceitar, mas ele apareceu... -ele fitava Tiérry com ódio- Você vai sofrer cara, muito. 

Yuri se afastou e saiu correndo pela mata e desapareceu. 

Eu estava morrendo de medo de ir embora, medo de perder Tiérry de novo, e ele parecia apreensivo também. Apenas me beijou veementemente e me guiou até o prédio do dormitório dele sem me desgrudar nem um pouco de seus braços fortes e do seu corpo. 

Quando cheguei no quarto dele ele me deitou na cama e me cobriu com a colcha enquanto fechava e trancava a janela, ele deixou apenas a luz do abajur da escrivaninha acesa e se deitou ao meu lado me abraçando, estava apenas de calça e o peito nu colado no meu corpo.

Eu estava amedrontada com tudo aquilo.

E Agora?