Quando A Caça Vira O Caçador escrita por Padalecki, Samuel Sobral


Capítulo 19
Dezoito - Mason


Notas iniciais do capítulo

Hey, hunters! Capítulo novo do Mason, que também já é a apresentação de um novo personagem! Esse capítulo foi completamente regado às músicas da trilha sonora do filme Homem de Aço (porque são demais *-*), então eu recomendo que procurem no Google e escutem enquanto leem.

~Sam



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Meus dedos começaram a sangrar.

Durante as semanas de treinamento que passaram, meu pai disse que aquilo aconteceria se eu ficasse segurando a corda de um arco bom por muito tempo. Na hora, eu não acreditei – era só uma corda esticada, certoBem, eu estava enganado. O aço flexível que meu pai chamava de Teia cortava as pontas dos meus dedos, deixando-os escorregadios. 

Mas, mesmo com a dificuldade e a dor de ficar naquela posição, eu a mantive.

A flecha alojada no meio do arco estava apontada para um lobisomem. Estávamos na minha sala de estar, ambos sentados em poltronas, um de frente para o outro. Tentei oferecer biscoitos, mas me arrependi na mesma hora. O cara me lançou um olhar mortal que provavelmente fez algumas das células dos meus olhos morrerem de medo.

Eu não conseguia conversar. Ele não estava com vontade. E estávamos nesse jogo silencioso e dolorido há uma hora. 

Acima das escadas, silêncio. Eu achava que poderia ouvir se meu pai e Megan estivessem trabalhando nos ferimentos de Jenny, mas não estava ouvindo. Ou eles estava trabalhando com cautela extrema... Ou só estavam rezando. Comecei a hiperventilar de novo. Detive os pulmões e reestabeleci minha respiração. 

Tentei esquecer que ela estava morrendo. Tentei esquecer que eu não estava lá para ajudá-la. Respirei fundo... E me foquei no garoto à minha frente. Lembrei que ele a tinha mordido. E que, se ela não sobrevivesse, eu o mataria. Eu estava bem confortável com a ideia. Pelo menos, para pagar pelo erro de tê-la deixado sozinha, eu a vingaria. 

Os olhos dele eram extremamente vermelhos, destacando-se na luz cinzenta das lâmpadas fluorescentes da sala. As bordas de suas íris eram de um amarelo vulcânico, fazendo com que olhar para seus olhos fosse algo impossível de não fazer. Tirando os olhos, ele poderia facilmente se passar por um garoto normal – cabelos pretos, pele bronzeada, tipo físico de um nadador. Deveria ter uns dezessete anos. Tinha uma carranca imutável direcionada para a ponta prateada da minha flecha. 

Ele estava usando minhas roupas, o que era muito estranho. Uma camiseta verde com estampa do logotipo dos lanternas verdes e jeans curtos demais. Considerando que o achamos sem roupa, ele deveria estar agradecido. 

Seu nome era Luccas. Pelo menos, foi assim que ele se apresentou. Não tinha sobrenome, o que, de acordo com o que eu aprendi, fazia dele um lobo sem alcateia. Um ninguém no mundo das trevas. Era de impressionar que estivesse vivo sendo tão novo.

Megan Clein desceu as escadas lentamente, fazendo com que Luccas e eu nos virássemos para ela. Seu rosto exibia um misto de humor soturno e aceitação, numa tentativa de esconder os sentimentos do lobisomem. Meu pai vinha logo atrás. Seu olhar me dizia que estava tudo bem, mas que eu não deveria forçar a barra. Assenti de leve, me levantando. Meus braços ainda seguravam a flecha na direção de Luccas

– Ela está bem – Megan disse, tirando fios soltos do cabelo escuro do rosto. – Viva, pelo menos. O vírus não conseguiu se espalhar o suficiente para matá-la. Ou... Transformá-la. 

Todos olharam para Luccas, que apenas baixou a cabeça.

– Eu... – Tentei encontrar o olhar de Megan. – Eu posso vê-la?

Um segundo de olhares trocados entre os dois adultos. 

– Sim, pode – Disse meu pai, colocando a mão no ombro de Megan. Ela colocou os dedos sobre os do Robert. – Quando ela acordar, nos chame. Estaremos aqui... – Um olhar frio para o lobo. – Interrogando nosso novo amigo. 

Meu pai disse a palavra "amigo" como se quisesse dizer "criminoso de alta periculosidade". Eu olhei para ele, compreendendo a frase, e depois mandei meu melhor olhar de "vai ficar tudo bem" para Megan, que também assentiu. Então olhei para Luccas por um segundo, só para deixar claro que ele ainda não estava inocentado, e desarmei a flecha.

Soltei o arco no sofá, num ato desmedido, e andei rapidamente escada acima, tentando não parecer frenético. Entrei pela porta aberta de meu quarto, procurando-a com afinco. Respirei fundo. 

Ela estava linda.

Eu já tinha visto ela dormir antes, mas, naquela ocasião, com seu rosto sereno e um começo de sorriso nos lábios, eu me derreti por completo. A ausência de sangue em suas roupas – um blusão da Liga da Justiça e uma calça de moletom do Batman, que por acaso eram meus – aumentava ainda mais o bem-estar daquela cena, contrastando com a quantidade absurda de sangue que escorria de sua barriga há uma hora atrás, quando chegamos em casa. Seus cabelos loiros tinham um tom brilhante, e suas bochechas levemente coradas inspiravam um suspiro.

Andei até ela, largando a aljava no chão com um baque surdo. Passei por Rigle, no pé da cama, que velava por Jenny desde que chegamos, mantendo seu hábito de zelar pelos mais fracos. Ele ergueu as orelhas, mas eu comandei para que ele continuasse ali. Puxei a cadeira da minha escrivaninha e, ignorando a dor nas juntas e nos dedos e os arranhões espalhados sistematicamente por cada membro do meu corpo que ardiam sem cessar, me sentei e esperei.

Mantive meus olhos nela pelo que pareceu uma eternidade. Memorizei e rememorei cada parte de seu rosto. Arrisquei mexer em seu cabelo, ajeitar seus lençóis. Não conseguia ficar parado. Sabia que não poderia fazer nada agora, mas mesmo assim tinha horror a me sentir inútil novamente. 

Então, depois do que poderiam ter sido milênios, ela acordou. Mesmo com seu olhar assustado, não parei de afagar sua mão esquerda. Ela precisou de alguns segundos para se situar, então perceber o que estava acontecendo.

 O que...?– Ela tentou perguntar, mas, assim que se sentou, piscou os olhos para reprimir a vertigem.

– Shh. Fiz, calmamente. Você está bem agora.

Ela arquejou, então passou as mãos pela cintura, na área em que fora mordida.

 Talvez nem tanto.

Não consegui reprimir uma risada.

– Mas o suficiente – Rebati. – O suficiente, Jenny.

Ela me encarou. A expressão de culpa em seu rosto me fez perceber que ela tinha notado o quanto eu havia ficado preocupado.

– Desculpe – Ela disse. – Por ter sido idiota o suficiente para ser cercada e nem perceber.

– Você não teve culpa – Falei. Provavelmente teria jogado a culpa em cima de mim mesmo, mas percebi que, àquela altura do campeonato, isso  não serviria de nada. – Foram aqueles lobos.

Ela limpou as têmporas, como se lembrando do que acontecera na floresta.

 Eles...– Ela parecia se esforçar para não chorar. – Eles me morderam, não foi?

Assenti.

Como reação à afirmação, Jennyfer arregalou os olhos e se afastou como podia de mim, arquejando de dor a cada movimento que fazia.

 Relaxa, ok? Disse eu, passando as mãos pelos cabelos. Você não vai se transformar.

Ela parecia irredutível quanto a essa certeza.

 Como pode ter certeza? – Insistiu ela. Ah, meu Deus, eu vou virar uma cadela! 

Ela disse aquilo com seriedade, mas eu comecei a gargalhar. Jenny me lançou um olhar raivoso.

 Qual é a graça, idiota?

Limpei as lágrimas que se formaram em meus olhos, segurando o riso.

– Você é uma caçadora, Jenny – Expliquei. – Seu sangue luta contra qualquer doença, como é o caso da maldição de um lobisomem. Sem falar que não tem lua cheia hoje, enfraquecendo o vírus. O máximo que uma mordida dessas poderia fazer era matar você. – Me aproximei. – Mas você é forte, Jenny. Forte demais para morrer assim. 

Ela ficou paralisada, me encarando, os olhos marejados. Então um sorriso se espalhou por seu rosto lentamente, como as ondas quebrando na praia. Seus olhos ganharam um brilho inestimável de alegria, e eu sorri de volta. Estávamos prestes a ter uma crise histérica de gargalhadas nervosas quando um rosnado alto, o som de algo feito de cerâmica se quebrando e um grito irritado de meu pai para alguém se proteger fez com que nos virássemos para a porta, apurando os ouvidos. 

Houve mais barulhos. Eu me levantei, seguido por Jenny. Ela mancava, e provavelmente se apoiaria em mim se não fosse tão orgulhosa, mas eu resisti ao impulso de mandá-la ficar. Independentemente do que estivesse acontecendo lá em baixo, eu não a deixaria sozinha.

Atravessamos a porta assim que eu peguei minha aljava, amarrando-a em minha coxa esquerda. Peguei uma flecha de fumaça, ou pelo menos eu acreditava que era. Durante meu treinamento, eu aprendi a identificá-las pela consistência das cerdas no final da haste da flecha. Quanto mais crespa, mais mortal. Aquela em especial era bastante macia, demonstrando sua ausência de fatalidade. 

Andamos pelo corredor, os barulhos cada vez mais altos fazendo com que nosencolhêssemos enquanto andávamos. Meus músculos ficaram tensos enquanto eu ficava consciente do perigo escada abaixo e da frágil Jenny atrás de mim. Meu polegar desenhava círculos ao redor da ponta redonda e sensível a impacto da flecha. Respirei fundo, preparando um giro rápido e um salto da escada para o chão. Fechei os olhos, fazendo uma reza meio sem jeito. Eu tinha aprendido que aquilo podia ser bastante útil, de alguma forma. 

Suspirei de novo, amaldiçoando o medo que travava meus músculos. Eu estava demorando demais. Fazendo um gesto para Jenny esperar, apertei a ponta da flecha e a arremessei escada abaixo. O som parecido com o que o ar escapando por um pito faz encheu o lugar. Catei a próxima flecha, de cerdas mais duras, e saltei para o andar de baixo tampando a respiração. Eu descobri que, a despeito de meus antigos problemas respiratórios, eu podia prender a respiração por muito tempo. 

Assim que o impacto foi absorvido por meus pés, agucei a visão através da fumaça laranja e intoxicante, percebendo formas confusas tentando se localizar. Agarrei a primeira forma ao alcance, reconhecendo meu pai. Depois de tossir e arregalar os olhos, ele sorriu para mim. Depois de dar tempo suficiente para que ele prendesse a respiração também, avançamos pela fumaça até esbarrarmos em Megan, que já sabia o que estava acontecendo. Ficamos de costas um para o outro, atentos, até que uma terceira forma delineou-se à distância. Senti os músculos das minhas costas se retesando inconscientemente à menção do perigo iminente. 

Preparei a flecha, sentindo a ponta acariciar a unha do polegar. Os olhos da forma brilharam enquanto ela se tornava um garoto musculoso em posição de ataque. A fumaça se dissipou. Pude ver Luccas com mais clareza. Ele estava irritado. 

– O que está acontecendo aqui? – Perguntei, tentando soar confiante. Brandi a flecha de prata–Responda, Luccas!

– Seus amigos aí – Ele apontou o dedo para meu pai e Megan. – Eles tentaram extrair informações do jeito difícil. Não gosto quando me forçam a fazer algo. 

–Não faríamos isso se você colaborasse– Respondeu meu pai. A fumaça já estava quase completamente dissipada, fazendo-me relaxar um pouco. Minha visão não seria capaz de perder nada agora. 

– Eu teria colaborado, respondendo o que vocês precisam saber para não terem de me matar. – Rebatou o amaldiçoado. – "Quem são seus pais" e "Quem você era antes de ser humano" não estão nesse pacote. 

– Ele está certo – Falei. 

Pude sentir a tranquilidade retornando à sala. Meu pai relaxou a postura, e, seguindo a deixa, minha mãe e Luccas também. Meu pai suspirou. 

– Tudo bem – Assentiu ele. – Está com sorte, garoto. Você me pareceu bastante convincente. Não vamos matá-lo. – Ele fez uma pausa, trocando olhares com Megan. – Vamos agradecê-lo. 

– Pelo quê? – Soltei. Tudo bem, não queria ele morto friamente, mas também não queria que ele se tornasse um bom amigo da família. 

– Luccas salvou minha filha, Mason – Explicou Megan.

– Quase arrancando o estômago dela? – Insisti, erguendo uma sobrancelha.

– Não foi bem assim – Protestou Luccas.

– Então como foi? – Perguntou Jenny, mancando escada abaixo.

Praticamente corri para ajudá-la a descer os últimos degraus. Sentir seu braço quente envolvendo meu pescoço era tão bom. Fazia-me lembrar que ela ainda estava ali. Que eu não tinha falhado.

– Vamos – Repetiu Jennyfer, enquanto eu a depositava com cuidado no sofá recém-arranhado. –Fale, menino-lobo. Me dê um bom motivo para ter me mordido.

Eu encarei Luccas. Ele ainda olhava para Jenny, observando algo em seu rosto com aparente fascínio. Pigarreei, e ele se virou para mim. Uma expressão corada se formou em seu rosto enquanto ele se empertigava.

– Na noite em questão eu estava caçando– Contou. – Por mais que eu seja um amaldiçoado sem família, os outros lobos permitem que eu me uma a eles nas caçadas noturnas desde que eu... Divida uma parte.

– Você já fez isso antes? – Foi a primeira pergunta que se formou em minha mente. 

Luccas me olhou como se eu de repente fosse mais velho e mais capaz de julgá-lo.

– Infelizmente – Assentiu. – Na floresta, não existem McDonald's. Ou comemos o que podemos... – Ele engoliu em seco. – Ou passamos uma eternidade com fome. Eu não posso morrer, mas também não estou disposto a sentir isso por todo o tempo.

Houve alguns segundos de silêncio pesado.

– Eu estava cobrindo a área leste – Continuou Luccas– Pensei testar seguindo um cervo ou algo assim, porque era muito barulhento. 

Sorri para Jenny, e ele fez uma careta.

– Quando cheguei e vi a garota... – Ele trocou um olhar que eu identifiquei como um pedido de desculpas com Jenny. Desejei nunca tê-la visto. Eu tinha soado o alarme. Avisei que tinha encontrado comida. Meus "companheiros" iriam pegar pesado caso fosse outro alarme falso. Eu... Eu tive que morder você, Jenny. Para provar que você era minha. 

Não gostei de como aquela frase tinha soado. Mas, ao que parece, eu fui o único com essa reação.

– Eles entenderam a mensagem muito mal – Falou o lobo. –Tentaram pegar você à força. Eu os impedi... E te trouxe até seus pais. 

– Muito... – Jenny estava engasgada de emoção. – Muito obrigada, Luccas

O garoto deu de ombros, sorrindo um pouco. Um misto de orgulho e humildade banhava seus olhos inflamados. 

– Eu também agradeço – Falei. – Agora pode voltar, Luccas. Assumimos daqui.

Todos se viraram para me encarar, e houve mais alguns segundos de silêncio desconfortável. 

– Ele não tem como voltar, filho – Meu pai disse, pegando em meu ombro. – Desafiou seus superiores. Se a vida dele já era difícil, agora está muito pior. A floresta seria seu túmulo.

– Não podemos entregá-lo para a morte depois de tudo o que ele fez, Mason – Reforçou Megan. 

– May, ele salvou minha vida – Repetiu Jenny. – Deveríamos deixá-lo aqui até que... Ele encontre um lugar melhor.

– Que lugar melhor? – Indaguei. – A floresta é o único lugar melhor para a espécie dele.

Senti o ar mudar como se eu tivesse acabado de insultar Jesus na cara do meu pai.

– Eu sei que vai contra tudo o que ensinamos – Enunciou Robert lentamente. – Mas os caçadores não são mal agradecidos. Independentemente de para quem devemos um favor, nós o pagamos. Sem falar que... – Ele olhou para Megan, e ela balançou a cabeça em negativa. Meu pai suspirou. – Houve exceções. Monstros que nos ajudaram. Não é tão preto no branco, Mason. Essa é a lição que Luccas irá passar. Ele vai morar conosco. E até... Ajudar, quem sabe.

Luccas não demonstrou negativa. 

– Isso é – Falou Megan. – Se ele quiser ficar.

Luccas sorriu.

– Claro que quero – Ele estava sem jeito. – Quero dizer, esse é um favor e tanto. E... – Ele se virou para mim. – Não vou incomodar tanto. Tudo bem?

Ele estendeu a mão. Parte de mim – a parte impulsiva e ciumenta– queria ignorá-lo. A sensação de fazê-lo se insinuava em meus sentidos. Mas eu contornei o Mason idiota e consegui agir como um homem pela primeira vez. Apertei a mão de Luccas.

– Isso é o que vamos ver – Falei, sorrindo.

O clima melhorou. Todos sorriram. 

– Ótimo – Meu pai bateu as mãos.  Megan vai acomodá-lo.

– Por que eu? – Perguntou ela.

– Porque o único quarto vago na casa é um arsenal. – Justificou Robert. – Ele salvou Jenny, mas não é o cara mais confiável do mundo.

Luccas se encolheu. A mãe de Jenny suspirou, vencida.

– Ok – Ela chamou Luccas– Vamos, querido. Espero que não tenha alergia a feno. – Então, enquanto levantava Jenny do sofá, ela se virou para meu pai. – Você me paga, Hyles

A resposta foi um dar de ombros debochado. Megan passou pela porta, com Luccas ajudando-a a levar Jenny. Foi minha vez de suspirar. 

– Temos um novo amigo cão – Comentei.

Meu pai riu baixo.

– Ele ainda pode te ouvir – Disse ele.

Gemi alto, largando a aljava no chão. Fui até a cozinha, pegando uma garrafa de leite e alguns biscoitos do armário. Eu estava com fome depois de uma noite como aquelas, repleta de lobisomens e certezas de que tinha feito besteira. 

Meu pai foi para trás do balcão, preparando o café. Os pratos se acumulavam na pia, mas ele pescou uma xícara mais ou menos limpa. Estávamos meio sem tempo para afazeres domésticos ultimamente. 

– Acho que as coisas estão melhorando – Meu pai comentou. 

Grunhi qualquer coisa por baixo dos goles de leite. Jenny chegando tão perto da morte que poderia beijá-la. Monstros nos odiando na floresta inteira. E, para completar, estávamos abrigando alguém que as piores da terra queriam ver morto. Eu não queria saber o que piorando queria dizer para meu pai.

– Quero dizer, temos um lobisomem do nosso lado, e Jenny está viva. – Explicou Rob. – O treinamento está indo bem. E eles ainda não atacaram para valer. Isso é bom.

– É – Dei de ombros. – Talvez isso seja legal.

Meu pai bebeu um pouco de café.

– Já que tudo está indo tão bem – Robert disse, quase sorrindo. – Eu fico com seu turno de vigilância amanhã, tudo bem?

– Ótimo – Eu queria muito dormir. 

– E você faz uma faxina na casa – Completou ele, indo embora da cozinha antes que eu pudesse contestar. 

Gemi alto mais uma vez.

– Retiro o que disse!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do Luccas? Melhor: o que acham do rumo que a história está tomando?



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