Nobody [Em remake] escrita por Bruno Tavares Pacheco, Teud


Capítulo 8
Arquivo 8 - Forest of Pain




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O meu primeiro amor... dilacerado... na frente de meus próprios olhos, ainda assim meus músculos não se moveram para salvá-la, só podia observar, enquanto a loucura preenchia o meu ser de temor e uma dor insuportável me tomava.

Mas ainda assim... mesmo sabendo que não havia mais nada a ser feito, mesmo tendo perdido tudo, mesmo que a morte a tivera levado, ainda assim corri em direção a ela em agonia.

–ERIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!! - gritei em desespero

Sangue e dados transbordavam de seu corpo enquanto sua alma e espírito despediam-se. Seu corpo ainda estava quente, minhas lágrimas caíam sobre seu corpo que parecia num eterno sono e o desespero era a única coisa além de uma dor inexplicável em minha mente. "Por que justo agora? Por que?", murmurava sem mais palavras a dizer. Me agarra ao seu corpo como se fosse a última coisa que importava e estava cada vez mais gélido a ponto de todo o resquício de vida desaparecer, mesmo que tudo só fossem dados, mesmo que tudo fosse falso, ainda era tão real, a pele, o cheiro, a sensação de de dor em meu peito, era quase como se eu realmente estivesse no mundo real.

– Ryousuke... – disse Yue tentando me acomodar

– Não! Me deixe! – gritei ainda atordoado – Você... não... não irei perdoa-lo seu bastardo filho de uma puta!!! – difamei o misterioso homem

Tentei alcançar o homem encapuzado, mas o mesmo apenas recuou escapando de meus ataques impacientes e inábeis. Satsuki então agarrou a gola de meu blazer atirando-me para trás.

– Para trás! Isso é perigoso demais para alguém desarmado! - explicou sua ação desajeitada enquanto brandia sua nova lâmina

– Mas esse cara...! – questionei sendo novamente interrompido por Ichiro-sensei

– Parado ai Jack no Ace, como responsável por essa região você me deve explicações! E você também Shibara-san, não queremos mais mortes no recinto. – zombou Ichiro-sensei de forma a me deixar irritado.

– Ah~ – suspirou o homem – Não esperava encontra-lo aqui, se quiser posso dar a você todos os detalhes, mas não agora.

– Isso já deixou de ser algo que você possa lidar. – disse Shaoran tomando a frente junto a Arime e aos outros Delta Hacker, com exceção de Yue que ainda parecia chocada com todos os acontecimentos assim como eu

O estranho encapuzado apenas caiu em uma maligna gargalhada. E então com um sorriso malévolo me olhou com desprezo e disse:

– Não, ainda não é a hora. Shibara Ryosuke... – agora ele estava apontando para mim, em menos de um décimo de segundo estava próximo de mim, havia passado por todos sem ao menos notarem, e com olhar fixo ao meu continuo – Quero que você viva, viva e fique forte para sobreviver as dores que este mundo irá lhe trazer. Transforme sua irá em força, sua vingança em vida e com uma sede de sangue insaciável venha atrás de mim e mostre-me do que é capaz. – agora ele se levantara, eu não sabia o que mais sentir, raiva, ódio, dor, vingança? Afinal o que eu queria? – Então até a próxima, Shi-kun. – disse ele desaparecendo com uma frase familiar deixada para trás.

Todos, ainda assustados com o acontecimento, vieram até mim após fazerem a varredura da sala e a limpeza dos corpos. Com exceção de Eri e meus pais todos foram deletados... E as últimas palavras ainda remoíam em minha cabeça confusa. "Por que ele não me matou? E ainda mais por que... justo ela?" As lágrimas ainda vinham aos meus olhos avermelhados e ardidos só de pensar no que havia ocorrido, agora ao restaurarmos os corpos parecia que ela estava apenas dormindo eternamente, tão bela e frágil...

Havíamos colocado os corpos em cima do altar, logo a frente havia uma janela no alto cuja a luz tocava justamente o corpo de Eri, destacando-a ainda mais. Agora só os Delta Hackers se encontravam no cômodo onde ocorreu o estranho massacre.

– Eri...

– Ei Ryosuke, você está bem?

– Bem?! Você está brincando comigo?! A Eri está morta, ela... ela deu a vida dela para me salvar e você acha que ainda assim está tudo bem! A Eri... era... a Eri era...

– Cale-se – disse Yue emudecendo-me com um tapa – Eu sei... eu sei o que acontece, idiota! – ela também estava chorando, me agarrou pelas golas erguendo-me do chão – Mas o que você pode fazer agora?! Não temos como trazer ela de volta! É tudo culpa minha... se eu não...

– Ainda há uma chance.– disse uma voz irrompendo o salão e a discussão junto a Yue foi silenciada, vinha de uma alta janela.

– Quem diabos é você? – respondi virando-me, ainda com lágrimas escorrendo – E o que quer dizer? Me responda, agora!

– Calma ai esquentadinho. – Ele desceu e vimos seu rosto. – Takeshi Hiei é meu nome, sou um Ás.

– Maldito você é...! – Arime gritou lançando um projétil na direção de Takeshi, talvez um dardo, uma lança ou uma flecha, mas a velocidade havia sido incrível a ponto de não conseguir ver direito.

– Ops... Acho que algo deixou algo cair. Ágil como sempre não é, Shirou-kun? – ele havia desviado, mas como ele não... havia se movido!?

– Acho melhor você falar. – Disse Yue – Tenho certeza que conhece sobre as minhas habilidades.

– Sim. Mas definitivamente você não é o 'monstro' da equipe. – ele olhou para o Yuuto, algo estranho, ainda mais por ele desviar o olhar do ADM.

– Ei! Você ainda não disse, o que quis dizer! – Agora estava totalmente furiosa como um fera selvagem, algo me dizia que eu poderia salvar a Eri mas tudo dependia dele.

– Tá, tá. Na verdade, Eri ainda está viva.

– O que?! – Todos nós estávamos confusos

– O fato é que eu posso rastrear ela, ou pelo menos o que restou. É uma oferta, mas se você aceitar terá que vir comigo.

– Não fa- – Disse Arime mas não tinha outro destino, eu iria aceitar aquilo independente dos riscos envolvidos.

– Eu aceito. Mas se estiver mentindo, eu irei caça-lo até os confins deste mundo, não importa onde se esconda eu vou acha-lo e matarei você.

– É assim que gosto. - Ele abriu um sorriso irônico como se já esperasse essa minha resposta. – Então venha. – Ele abriu um portal. mas logo em seguida Yue puxou meu braço

– Não ainda não. Yuuto transferência pra a esfera do vazio.

– Sim. – No mesmo segundo estávamos em lugar infinito e branco, nele só havia eu, Yue, Arime e o Takeshi.

– Ah... Vocês não confiam em nada, heim?

– Passamos por muitos problemas por causa de ADM's, não podemos mudar nossos métodos de segurança porque um deles se ofereceu a nos 'ajudar'.

– Esperta como sempre. Só faz o favor de segurar o cãozinho ali.

– Eu posso até morder, mas não sou um cachorro. – disse Arime.

– E então agora podemos ir? Yue. – Perguntei, ela sentiu o peso de minhas palavras e como meu sangue fervia com a ansia de salvar a pessoas que eu amo.

– Sim. Yuuto vigie qualquer movimento suspeito e localize as coordenadas do portal.

– Sim. – Veio uma voz do nada.

– Agora você pode abrir aquela sua passagem.

– Tá tá. Não precisa mandar em tudo e todos.
– Novamente se abriu e agora todos passaram a minha frente e eu fui por ultimo.

[Unknow Forest]

– Ai... – Disse me levantando – Que lugar é esse?

– Tokyo, ou o que restou. – Era Takeshi, estava sentado em uma pedra. – Bem pode ir, ela está no centro da floresta.

– Espera, cade todo mundo?

– Não consegui manter os quatro juntos, e acho melhor se apressar, sua namoradinha está sem tempo.

– Mas e você?

– Eu? Não disse que iria ajuda-los, só disse que poderia lhe dar o caminho. – Ele sorriu.

– Seu...

– Nada é tão fácil. Nos vemos depois. – E então ele desapareceu.

Comecei a andar por essa floresta, há espinhos e plantas grandes grossas por todos os lados, acredito que tenha muitas espécies carnívoras aqui, mas isso não vem ao caso.

Apertei o pingente de aniversário dado por Eri contra meu peito e segui adiante apertando o passo.

Cada vez que eu entrava mais e mais parecia que eu podia senti-la e tudo ao meu redor estava escurecendo. A floresta estava se fechando, não havia luz. Até eu achar uma clareira.

Havia alguém lá, meu coração pulsou ao ver esta pessoa. Corria e corria em sua direção. Era a Eri. Mas quando quase alcancei meu objetivo ela olhou na minha direção e um estranho galho, que mais parecia um tentáculo quase me acertou, se não fosse por Arime e sua lança.

–Cuidado, aquela coisa não é mais a Eri.

– O que?!

– Ele tem razão. Temos que acabar com ela, olhe a anomalia que ela causou na cidade, se a deixarmos assim.. – Havia peso nas palavras de Yue, como se não quisessem fazer isso.

Os dois se posicionaram e então partiram em direção ao estranho ser. Yue lutava as mãos, enquanto Arime liberava uma rajada de ataques com a sua lança.

– Parem. Por favor... por favor... parem... PAREM!!

*PAUSA PRO AUTOR PENSAR*


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