Mentiras dos garotos escrita por JuliaTenorio


Capítulo 7
Capítulo sete - Juliet Campbell


Notas iniciais do capítulo

Gente, não abandonei vocês não, viu? Demorei uma semana a mais, eu sei :( Mas é que... Eu e criatividade não fazemos parte do mesmo mundo. Não se esqueçam de olhar lá embaixo, meus pokemons!



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Capitulo sete

Juliet

-Você não vai me comprar.

Eu disse fitando o A5 Sportback vermelho reluzente parado na nossa garagem, papai estava tão feliz que parecia que ele tinha comprado o carro para ele mesmo.

-Não quero comprar você, Jules.

Ah não, claro que não.

-Ah e me dar um carro de presente não é querer me comprar, papai?

-Você mesma disse que queria um carro quando me deu uma lista de razões para ganhar um.

“E?” Levantei uma sobrancelha, na minha cabeça meu pai tinha muito medo de me dar um carro, por que sabia que eu tinha grandes chances de chegar bêbada em casa com o capô totalmente amassado só para deixá-lo irritado. E agora ele me veem com essa de me dar um carro logo quando eu estava sendo um saco com ele por causa desse casamento ridículo?

É claro que eu não ia cair nessa.

-Aceitar seu casamento não era uma delas.

-Só... Aceite o carro.

Ele pediu cansado. Era o começo da manhã e eu já estava completamente pronta para ir para a aula, estava até adiantada! Por que Penny fez o favor de me ligar ontem e dizer que não ia poder me buscar, ou seja, eu iria ter que pegar o ônibus com Kathy, que ainda estava lá em cima se ajeitando.

-Ótimo – disse pegando a chave do A5 Sportback – Vou avisar a Kathy que se ela quiser alguma coisa, é só contestar seu casamento.

Ele revirou os olhos e entrei no A5 Sportback, tentando me acostumar com o cheiro de carro novo, o New Beatle de Penny sempre tinha aquele cheiro de Chanel Nº 5.

Suspirei, eu sei que eu devia aceitar aquele casamento, mas não quero que ele case com uma desfrutável que é amiga do Tio George e muito menos com uma mulher que é mãe do Blake! A tal Morgana parecia a maior víbora, eu não gostei dela, nenhum pouco.

Olhei-me no retrovisor depois de buzinar para Kathy descer, eu estava levemente maquiada, meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e eu usava uma calça jeans rasgada nos joelhos e uma blusa do Jerry, de Tom & Jerry, por cima de uma blusa branca de manga comprida, para ir até a escola eu parecia até aceitável.

 -Nossa Jules! Amei esse carro! Agora você pode me levar para qualquer festa que eu quiser.

Disse Kathy entrando entusiasmada no meu carro, ela tocava tudo que via pela frente como se não pudesse acreditar que era verdade.

-Eu tenho cara de babá, Kathy?

-Ah, por favor, Jules! Você pode me levar para as festas com você, juro que não volto bêbada.

Revirei os olhos, ligando o carro e dando macha ré.

-Jules! – Kathy gritou – Eu sou muito jovem para morrer.

Bufei irritada e coloquei o carro para frente, dando partida e dirigindo pelo condomínio, não fazia assim tanto tempo que papai havia me colocado na aula de direção e eu havia ganhado a carteira de motorista, mas depois de quase quebrar o carro dele, bem, era um ato meio perigoso me deixar com as mãos ao volante.

-Ufa.

Disse Kathy e logo depois ela estava repassando a maquiagem no rosto. Pensei que estava tudo bem até quase atropelar um mendigo que passava pela rua, arregalei os olhos, com medo de ter feito meu primeiro crime em menos de cinco minutos de direção. Levantei os olhos para o mendigo para ver que não era mendigo nenhum e sim a criatura da luz com cara de sono e um boné do Red Sox.

-McGreen seu idiota! Se estiver a fim de morrer se atire do topo da Cheetah Hunt!

Ele me olhou surpreso e logo depois se aproximou da minha janela.

-Gostei do carro docinho – ele disse com um sorriso sedutor, quer dizer, tipo, que as pessoas achariam sedutor... Ah, vocês entenderam – Aproveita e me leva até o colégio nele.

Kathy acenou animada para ele e eu revirei os olhos.

-O que aconteceu com você?

-O imbecil do Blake me deixou dormindo e foi embora, como se eu pudesse faltar mais uma vez no colégio e não ser expulso do time de basquete.

Ri de Mathews e indiquei a porta de trás, o mandando entrar. Não é como se eu quisesse a compainha dele, mas sabe, o cara havia me dado uma carona naquele dia sórdido e tenebroso sem nem pensar duas vezes, então ser humilde e fazer a mesma coisa por ele não arrancaria meus órgãos nem nada.

E com aquele sorriso dele, bem, Mathews poderia ficar para sempre dentro do meu carro.

Ah, não, eu não acabei de dizer isso!

-Ah, cheiro de carro novo! Há quanto tempo não sinto esse cheiro.

-Claro, seu carro tem cheiro de cuecas, coca cola e batata frita.

Antes mesmo de Mathews me responder, Kathy se virou com um sorrisinho para mim enquanto saiamos do condomínio.

-Isso por que você já esteve muitas vezes no carro de Math para saber, não é?

Primeiro: Dês de quando minha irmã chama a criatura da luz por esse apelido?

Segundo: Por que Diabos eu estou corando? Droga, isso veem acontecendo muito ultimamente.

-Katherine!

Ela só riu, fazendo Mathews me olhar com uma cara de curiosidade e se aproximar para o banco da frente, esticando o cinto de segurança que estava usando.

-Campbell, se você odeia garotos, então você nunca teve um namorado, não é?

-Seja mais obvio, McGreen, talvez alguém não tenha entendido.

Disse com sarcasmo, passando um sinal vermelho. Eu já disse que eu sou uma péssima motorista? Pois é.

-Então você nunca beijou um cara, não é?

Atenção: Temporada de faça Juliet Campbell corar está oficialmente aberta! Vá a Juliet Campbell mais próxima e faça as bochechas brancas e gordinhas dela ficarem no vermelho extremo! Quem conseguir o vermelho mais forte ganha dez pratas!

Depois dessa, esse vai ser meu anuncio na rádio do colégio da escola hoje na hora do intervalo.

-Claro que eu já beijei um cara, seu acéfalo! – gritei quase batendo no carro da frente – Eu odeio garotos, não seus beijos.

-Tá, já entendemos essa parte Jules – disse Kathy – não precisa tentar nos matar em um acidente de carro.

Bufei e olhei Mathews pelo retrovisor, ele deu de ombros, como se sentisse culpado por perguntar.

-Só estava curioso, por que se você não tivesse beijado nenhum cara, eu me voluntariaria para ser o primeiro.

-Tarado.

Agora, com toda a certeza, eu vou avisar as garotas para não darem muita intimidade para Mathews McGreen, você dá uma brecha e em um dia ele passa a mão na sua bunda, no outro já está se voluntariando para te beijar, imagina o que vai acontecer daqui a alguns dias? Noites de sexo selvagem?

Pelo menos ele calou a boca pelo resto da viagem, quer dizer, mais ou menos, calou a boca para mim por que continuou a conversar sobre basquete com Kathy pelo resto do caminho.

Estacionei o carro de mau jeito antes que outra pessoa estacionasse, eu não posso negar, mas bem, nunca fui muito boa com manobras. Abri a porta do carro com força e me virei para ir para a aula, mesmo que faltasse um tempinho para o começo dela. Vi Mathews sair do carro e se posicionar na minha frente, colocando as mãos espalmadas no carro vermelho, me prendendo.

-Tenha uma boa aula, Campbell.

Ele disse me dando um beijo demorado na bochecha. Mathews piscou para Kathy, como se dividissem um segredo e depois sorriu para mim.

-Era só isso? Se for, pode sair da minha frente agora.

-Só mais uma coisinha – ele disse e logo depois tirou o boné do Red Sox da cabeça e colocou na minha. Levantei uma sobrancelha para ele, mas Mathews já tinha ido embora, não me dando chance alguma de devolver o boné a ele.

-Maior clima, ein?

Disse Kathy rindo e me cutucando com o cotovelo, revirei os olhos para ela enquanto andávamos em direção a entrada do Sebastian L.

-Cala a boca, Kathy. E alias, dês de quando você gosta de basquete?

-Por quê? Está com ciúmes?

Olhei com ódio para Kathy. Tipo, até tu Brutus?

-Deixa de bobeira, Katherine!

-Certo, certo, desculpa – ela soltou um sorrisinho – Eu adoro basquete, é um esporte fantástico se você quer saber. Mas acho que você prefere lutas de MMA.

Dei de ombros e antes de poder revidar, senti um braço passando por cima dos meus ombros.

-Juliet! Estava me perguntando onde você estava! E por que está tão vermelha?

Olhei para Pietra, fazia bastante tempo que eu não conversava com ela. Mas Pietra era de uma turma diferente da minha, ela sempre estava com aquelas garotas idiotas que correm sempre atrás dos garotos e mesmo não sendo assim, a pessoa sempre sofre influencia do meio em que vive.

-É o sol, Pit.

-O sol. Sei.

Disse Kathy levantando uma sobrancelha para mim.

-Bem, o que é que seja, nós temos uma super matéria para conseguir!

-Que matéria?

Kathy acenou para nós duas e foi para sua aula, com sorte eu conseguia me livrar de Pietra antes de chegar à aula de estudos sociais.

-O casamento do prefeito de Tampa, parece que vai ser um acontecimento único. Ele disse em uma entrevista que vai revelar uma surpresa e que todos os jornalistas deviam estar lá.

Engoli em seco ao escutar o nome “casamento” e me virei para Pietra com um sorriso de agradecimento, super falso, mas um sorriso.

-Eu... Vou dar um jeito nisso. Agora: aula.

Soltei-me o mais rápido possível de Pietra e entrei correndo dentro da sala de aula, eu sempre gostei de estudos sociais e a Senhorita Marshall sempre foi legal comigo, mesmo com minhas perguntas irritantes. Sentei na minha carteira na frente da sala e vi um risinho da Senhorita Marshall quando todos se calaram para o começo da aula.

-Bonito boné Juliet, mas infelizmente é proibido.

Só sei que minha ultima reação foi corar ao extremo e tirar o boné, logo depois de Blake me olhar estranhamente do outro lado da sala.

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Suspirei vagarosamente enquanto encostava minha cabeça no armário, era troca de aulas, mas eu felizmente tinha horário livre, que eu deveria usar para ir a biblioteca e estudar o assunto para a prova de quinta, o que eu já sabia que não conseguiria fazer. Abri o armário, escondendo o boné do Red Sox. Não que não fosse um boné bonito e tipo, caro, por que era. O problema é que eu simplesmente não vou sair andando por aí com um boné que todo mundo sabe que é da criatura da luz, as pessoas podem começar a achar que eu e ele temos algum relacionamento sórdido que inclui armários de vassouras e a parte de trás de carros, não que eu me importe com a opinião dos outros, por que eu não me importo.

-O que foi? Terminou com seu namorado não existente, Jules?

Virei minha cabeça para ver Penny parada ao meu lado, colocando seus livros dentro do armário. Ela parecia um anjo nos seus saltos de 11 cm e no seu vestido de renda azul.

-Não sabia? Um trator passou por cima da minha cabeça hoje de manhã.

-Um trator? Não sabia, soube só de um boné que você ganhou de presente.

Olhei para ela pelo canto do olho, um tanto irritada.

-Emprestado – suspirei fechando a porta do armário – Mathews já está me irritando com esse assedio todo. Vou começar a por alguns limites nisso.

-Limites, é? Não acho que ele vá respeitar.

-Eu sei que não vai, mas pelo menos eu tentei me impor.

Penny apenas riu, logo depois pegando minha mão e me puxando corredor a fora. Ela tinha aquele sorrisinho no rosto, como se estivesse pronta para propor a você uma digievolução. Certo, parei com o tema nerd aqui.

-Mamãe ganhou convites para uma festa em Orlando e perguntou se vocês querem ir comigo.

-“Vocês” incluem quem?

-Você sabe, sua família. Você, Kathy...

Suspirei, eu já sabia onde ela queria chegar. Com toda a certeza, Blake já havia contado a ela as novas novidades. Não que eu me importasse em ele contar ou não, por que eu sabia que ele contaria e Penny abriria um sorriso enorme no rosto, para ela, não devia haver noticia melhor.

-Olha, já basta minha casa inteira só falar disso. Não preciso que minha melhor amiga também fique me lembrando desse casamento.

-Blake disse que você não havia gostado.

Ela disse crispando os lábios, havíamos parado no meio do corredor enquanto o sinal para a próxima aula tocava.

-Claro que Blake contou para você – olhei para ela irritada – ele agora se acha o informante da minha vida, como se soubesse mais de mim do que você sabe.

-Se você queria que eu soubesse deveria ter me ligado, Jules, não tendo ataques.

Passei a mão pela minha cabeça, suspirando mais uma vez.

-Vou comprar um Frappucino, vai querer alguma coisa?

-Isso é sua desculpa para fugir da discussão? – Penny perguntou, mas logo deu de ombros – Quero Smoothie de morango, sem açúcar.

Assenti para ela, soltando sua mão e saindo do colégio. Era preciso apenas atravessar a rua e dar de cara com uma franquia da Starbucks.


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Notas finais do capítulo

Primeiro de tudo, Anna, sua linda, você quer me matar do coração? Acho que é mesmo a intensão de vocês, assim eu tenho um treco na cabeça por tanta felicidade. Ganhar uma recomendação é melhor que uma digievolução, ok, parei com o papo nerd. Alias, esse capitulo eu dedico para você, por que é bem fofinho *-*
Agora a razão do meu sumiço: além da falta da criatividade, tem aquele pequeno órgão, irregular e irritante que fica batendo por quem não deve e aí, já sabe, a pessoa não consegue mais pensar em nada. Desculpa, Pokémons?
Bem, se quiserem me dar sugestões, tanto para minha vida complicada quanto a historia, estou aberta a sugestões. E não se esqueçam de me contarem como o foi o dia de vocês! Beijocas!



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