Mentiras dos garotos escrita por JuliaTenorio


Capítulo 6
Capítulo seis - Blake Walker


Notas iniciais do capítulo

Oi bebês dinossauros! Sem querer ser a maior pé no saco aqui, ok?
Esse capitulo está com fortes emoções, se preparem e não me batam, eu já apanho muito dos meus amigos diariamente para isso.



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Capitulo seis

Blake

A praia estava deserta a essa hora da manhã, era apenas um dia de domingo e parecia que todos moradores de Tampa haviam resolvido sair da cidade, afinal, havia Miame bem ali do lado.

-Cara, você bem que podia me dar uma folga! Eu to morrendo aqui!

Gritou Math cansado há uns três metros atrás de mim, estávamos correndo na praia, um velho hábito meu para dias como domingo. Dias em que meu pai resolvia me ligar, dias em que minha mãe fazia jantares irritantes para a sociedade, dias em que Haley ia para a casa de uma de suas amiguinhas.

-Como você acha que eu fiquei com esse corpo, Math? Acelera!

Incentivei, mas Math parecia nenhum pouco incentivado. Ele só bufou e correu mais rápido, me alcançando.

-Já sou titular no time de basquete e faço academia três vezes na semana, nada contra exercícios – ele disse passando na minha frente – mas correr em um domingo já é demais.

Balancei a cabeça, Math odiava quando eu o incluía nos meus planos incomuns. Entrar em uma floresta, fazer rapel, corrida pela praia, bang jump, bem, ele simplesmente achava bem mais divertido passar seu domingo no Buch Garden.

-Eu poderia estar indo ao Buch Garden agora.

Ele disse, confirmando minhas suspeitas. Eu ri, parando para beber água.

-Ah certo – disse – Buch Garden, quero ver qual vai ser a garota  que um dia você vai levar para lá.

-Uma garota que aguente cinco horas de montanhas russas alucinantes tanto quando eu.

-Uma maluca? - ri – Acho que a Juliet está no top dez dessa categoria.

Ele fechou a cara, como se tanto quanto eu não aguentasse a ideia de escutar o nome da bruxa, se bem que ela andava bem comportadinha ultimamente, sem fazer nenhum feitiço até.

-A Juliet não tem nada a ver com isso.

-É mesmo, esqueci que a categoria original dela é psicopata.

Ri, mas fui o único, tanto pela praia estar vazia, tanto por Math não achar graça na minha piada.

-Ah, vamos lá, não fique aí como uma mulherzinha. Foi engraçado!

E comecei a correr, esperando ele me alcançar. Ri quando Math gritou mais uma vez que ia ter um ataque do coração e esperei-o para pegarmos um taxi, de onde havíamos saído era até perto de casa, mas depois de toda essa distancia percorrida, Math teria mesmo um ataque do coração se eu o obrigasse a voltar.

O taxi nos deixou na frente do condomínio, por que cara, eu sou meio que um imbecil que sai de casa só com dez pratas, ou seja, o taxista ainda foi bem legal em nos deixar na frente do condomínio. Mesmo que ele tenha passado a ida inteira falando da festa de casamento da sua filha, que pelo visto não tinha sido nem tão boa assim na minha concepção. Não vamos esquecer o favor que Math me fez de ficar conversando com ele, como se fossem amigos há anos.

-Eu não acredito que eu vou ter que andar até a sua casa.

-Acredite – disse começando a andar – Você devia ter aproveitado que estava todo amigo do taxista e pedido para ele nos deixar em casa.

Math me olhou surpreso, pelo visto ele não tinha nem pensado na possibilidade.

-De qualquer jeito, eu não sei negociar.

Ele deu de ombros e seguimos falando bobagens o resto do caminho, eu ia direto para casa, tomar uma ducha, passar um perfume, assistir algum jogo de basquete que estivesse passando na TV, quando Math resolveu mudar meus planos. Estávamos conversando tanto que nem percebi que já tínhamos passado minha casa, estávamos na rua de trás e praticamente na frente da casa da bruxa.

-Não, fala sério! Você podia escolher outro dia para dar encima da bruxa?

Math revirou os olhos, logo depois de resmungar o apelido que eu dera a Juliet com desgosto. Cara, ele estava super afim da Juliet! Como alguém pode ficar afim daquela garota? Não que ela seja feia, sabe, por que bem, até eu pegava ela, mas sabe, é a Juliet. A megera indomada, a bruxa do 71, a maluca que morra na rua de trás...

-Faz assim, só pergunta se a Penny está lá e a gente dá o fora, ok?

Bufei contrariado, mas no final assenti seguindo ele. A porta da casa de Juliet estava aberta e de lá podíamos ver toda a sala ornamentada com aquelas coisas frescas que minha mãe tanto gosta, mas diferente da minha casa a de Juliet tinha um toque mais feminino, plantas por todas as partes e cores vivas, mas tudo na perfeita elegância.

Sério, não acredito que eu to comentando sobre a casa daquela garota.

-Acho que ela não está em casa.

Disse pronto para dar a volta.

-Claro que ela tá, a porta tá aberta, vamos entrar.

Entramos na casa, não parecia haver ninguém e eu me segurei para não chamar a Penny e me esconder atrás dela, para Juliet não me olhar com aquele olhar de víbora e mandar uma maldição em mim, tipo a daquele filme que Penny me fez assistir em que toda a mulher que o cara ficava achava o amor da sua vida depois de transar com ele.

Math não parecia tão incomodado, subimos a escada onde já podíamos escutar uma conversa abafada, ou melhor, gritos abafados pela parede.

-Ai! Você quer arrancar minha pele?

-Se você não ficar quieta eu vou arrancar mesmo.

Disse uma voz fina, mas não muito diferente da primeira. Nem precisei identificar a voz para saber que quem estava reclamando era a Juliet.

-Ai!

Math levantou uma sobrancelha para mim, se perguntando que tipo de sessão de tortura estava acontecendo ali.

-Que droga Kathy! Nunca mais deixo você fazer minhas unhas!

Ela exclamou quando aparecemos a porta do quarto sem nos notar, pelo visto nenhuma bruxaria estava acontecendo ali, era apenas a irmã de Juliet fazendo suas unhas, a garota esquelética levantou os olhos para a gente, piscando confusa.

-Oi.

Ela disse meio tímida e Math acenou para ela. Ganhando a atenção de Juliet.

-O que Diabos vocês estão fazendo na minha casa?

Ela perguntou colocando o cabelo atrás da orelha, uma ação que não combinava nada com o momento, por que veja bem, quando uma garota coloca o cabelo atrás da orelha é bem sexy e ter Juliet gritando com a gente com toda a certeza não é nada sexy.

-O Blake veio perguntar se a Penny estava aqui.

Babaca, ele vai mesmo me usar como arma para dar em cima da Bruxa?

-Ela foi embora hoje cedo, papai foi deixá-la em casa antes de ir para o hospital.

-É, agora podem dar o fora daqui.

Disse Juliet depois de sua irmã ser gentil e nos avisar.

-Pensei que quisesse ser nossa amiga, Campbell.

Opa, opa, isso pegou ela desarmada. Juliet suspirou e soltou um pequeno sorriso.

-Verdade, mas vocês não esperam que eu ofereça leite e biscoitos para vocês, esperam?

-Eu estou satisfeito com uma coca-cola.

Eu disse sorrindo e Juliet revirou os olhos se virando para a irmã.

-Eu mesma termino minhas unhas Kathy – ela pegou o alicate que estava na mão da irmã e se voltou para nós – Venham, vou pedir para Frida fazer alguma coisa para vocês.

Seguimos Juliet pela escada, deixando a irmã dela, Kathy, no quarto. Revirei os olhos quando vi que Math não parava de olhar para a parte de trás de Juliet, bem, nem eu podia negar que ela tinha um corpo de pedir a Deus, mas claro, Penny está em primeiro lugar.

O que é isso? Eu estou começando a pensar em Juliet como algo sensual? Eu deveria, tipo, chamá-la de bruxa e dizer que ela era tão feia quanto uma e não ficar dizendo e a garota é a maior gata.

Agora com toda a certeza eu posso pegar meu atestado medico de insanidade mental.

-Frida, meu amor, prepara alguma coisa para os meninos, por favor?

Ela pediu quando chegamos à cozinha, beijando a bochecha de uma mulher de pelo menos noventa quilos.

-Oh Juliet! Você nunca trás meninos aqui! Isso é tão... Minha menininha está crescendo, namorando rapazes, meu Deus! Estou tão velha! Qual desses é seu namorado?

-Frida!

Juliet exclamou corando. Epa, não sabia que Juliet Campbell corava de vez em quando, ela é tão branca quanto papel.

-Sim, meu anjo? Qual deles?

-Nenhum deles é meu namorado, Frida! – ela exclamou tentando conter as bochechas vermelhas, Math ria ao meu lado tentando não dizer nenhuma besteira – Blake é o namorado da Penny, sabe.

A mulher me olhou curiosa e depois passou os olhos para Math.

-E o outro rapazinho?

-Eu sou o...

-Ele não é nada! – exclamou Juliet nos empurrando para fora da cozinha – Nada! Agora, só prepare alguma coisa para a gente comer, ok?

Depois de sairmos da cozinha, Juliet se jogou no sofá.

-Era melhor sairmos dali antes que ela falasse mais alguma besteira.

-Como o fato de você estar tão desesperada e por isso não conseguir nenhum namorado?

Perguntei me sentando ao seu lado e Math sentando do outro. Ela olhou para mim irritada e depois ligou a TV.

-Não preciso de garoto nenhum.

-E vai terminar seus dias como uma velha encalhada, vendo sua irmã casar e ter filhos e você ficar sozinha...

-Eu preciso de um homem, não de um garoto.

Ela disse se sentando direito e mudando de canal, olhei para Math que fitava o outro lado da sala, parecendo pensativo. Olhei para a TV para ver que passava aquele programa ridículo da Sidney Choo, que parecia querer a pulso ser melhor que o da Oprah.

-Olá queridos telespectadores! Hoje vamos apresentar o “olha o que ele fez!” um dos quadros do programa onde alguma garota linda nos conta o que seu garoto fez!

-Eu não acredito que você assiste isso.

Math disse olhando com nojo para a TV, porque, sinceramente, esse programa é tão ridículo quando as garotas que assistem a ele.

-É ridículo, eu sei, mas gosto de criticar.

-Coloca criticar nisso.

Falei, puxando o controle da mão dela e mudando de canal.

-QUEM TE DEU ESSA LIBERDADE?!

E logo depois uma confusão de cabelos negros pulou encima de mim, tentando arrancar o controle da minha mão, a parte ruim é que Juliet era bem forte para uma garota magricela de dezessete anos.

-Me solta, sua louca!

-Me devolve o controle!

-Math!

Gritei desesperado, por que há essa hora a gente já tinha caído no chão e ela estava sentada em cima de mim, me dando chutes, tapas, beliscões e todo tipo de ação violenta que viesse a sua mente.

Suspirei aliviado quando Math a tirou de cima de mim, segurando Juliet pela cintura, mesmo que ela tivesse uma expressão assassina no rosto.

-Você quer me matar?

Eu sei que esse é, tipo, o maior sonho dela. Mas precisava ser tão violenta?

-Eu queria assistir o programa, seu idiota!

-Cara, como você pode ser tão forte? É toda magricela e dá um chute desse tipo, não parece muito real.

Por que ela devia estar fazendo feitiços e não me agredindo fisicamente. Vou terminar ligando para o disque denuncia, se bem que apanhar de mulher não deve ser um dos crimes que mais acontecem ali.

-Eu faço boxer duas vezes na semana.

Explicado.

Ela parecia mais calma até, mas Math segurava ela pela cintura do mesmo jeito, vocês diriam que é precaução, eu diria que ele estava se aproveitando dela mesmo.

-Me solta, McGreen! – ela gritou empurrando ele – E não passe a mão na minha bunda de novo.

Eu disse que ele estava tentando se aproveitar. Math deu de ombros e foi nesse momento que duas pessoas, que mais pareciam uma só, entraram pela porta já fechada da casa de Juliet. Duas pessoas que estavam em um amasso tão intenso que me fez desejar estar com Penny e me fez desejar mais ainda estar com ela quando eu reconheci o casal e quase vomitei o tapete da sala de Juliet.

-Mãe?

-Pai?

œ

-Vocês poderiam ter avisado.

Foi o que eu disse quando nossos pais, a minha e o da Juliet, nos obrigaram a sentar no sofá, chamaram a irmã raquítica de Juliet e deixaram Math ficar de bobeira ali também, sabe como é, ele já é da família de qualquer jeito.

-Vocês poderiam não estar saindo, isso sim – disse Juliet - Ver vocês aos beijos... Isso foi nojento.

-Querida, íamos contar. Estávamos esperando apenas a hora certa para falar sobre o casamento.

-CASAMENTO?

Gritamos eu e Juliet ao mesmo tempo, nos levantando. Não que eu tivesse algum problema em ver minha mãe se casando com outro homem e ainda mais um homem que não era tão canalha como meu próprio pai, eu estaria até feliz por ela, sabe? Estaria, se esse homem não tivesse a infelicidade de ser o pai da louca da Juliet.

Cara, já basta ela ser melhor amiga da minha namorada, eu agora ia ter ela como irmã postiça? Ai já é pedir demais.

-Math querido, você pode acalmar seu amigo?

Minha mãe pediu como se Math fosse meu terapeuta, por que a mesma não tinha paciência para lidar comigo.

-É, calma cara. É a felicidade da sua mãe.

-E a minha infelicidade.

Disse Juliet irritada, cruzando os braços.

-Juliet...

-Não, pai! Eu não quero uma mãe! Você não acha que eu já estou velha demais para precisar de uma?

-Poxa Jules, pare de drama.

Disse Kathy que pelo visto parecia bem mais legal do que a própria irmã. Como o Mario e o Luigi, o Mario sempre foi a estrela do jogo, mas eu sempre preferi o Luigi.

-Não é drama, só estou avisando – ela olhou para minha mãe de um jeito que eu quase tive pena da mesma – Eu não estou de acordo com isso, se houver um casamento, eu fujo de casa.

E saiu correndo pelas escadas, minha mãe olhou alarmada para o Sr. Campbell que apenas deu um sorriso desconcertado.

-Ela estava só brincando, só brincando.


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Notas finais do capítulo

E ai? Essa é minha pergunta de sempre né, pokemon? É que eu não gosto de falar, isso me cansa e ser legal também. Espera, eu sou legal! Só que não a maior parte do tempo. Bem, é isso aí. Não vou falar mais nada e me comprometer aqui. Quer dizer, só mais uma coisa, calma Julia, podem me adicionar lá no Face meus Pokémon, tem lá no meu perfil, gosto de pensar que eu estou perto dos meus leitores, ahhh, venham conversar comigo seus lindos!



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