Elena sempre foi muito curiosa, estava impaciente porque não tinha nada para fazer, a não ser, estudar. Porém já tinha feito isso o dia todo. Então, Lupe sugeriu que ela fosse passear um pouco, só não sabia que ao invés de sair de casa, quis conhecer as dependências da mansão. Saiu procurando álbuns de fotografias, nada melhor do que ver como eram quando crianças e também conhecer a senhora da casa.

Achou uma sala bem iluminada com a última parede de madeira pintada de verniz, onde havia vários quadros pintados da família, inclusive da Sra. Salvatore. Encontrou um computador com um rico banco de dados, de várias décadas, 20, 30, 40, 50.

Um noticiário da década de 50 chamou-lhe atenção, era de um assassinato na mansão Salvatore. A informação que o jornal forneceu foi que a vitima era tio de Stefan e Damon Salvatore. Ela congelou a imagem e deu um zoom até o rosto do rapaz. Era idêntico ao Stefan nos dias atuais.

Querendo saber ainda mais foi apalpando a madeira até que percebeu algo oco, como se fosse parede falsa. Elena não entendia, até que sem intenção moveu um quadro, que automaticamente fez uma porta se abrir.

Quanto mais ela bisbilhotava, mais despertava a curiosidade de achar, mexer e descobrir várias coisas. Desceu as escadas passando pela porta e encontrou outra sala, desta vez, escura e com quatro frízeres. Não se segurou e sem perceber abriu um dos frízeres e ficou ainda mais perplexa com que encontrou.

– Você é um tanto curiosa, como todas as meninas da sua idade. – Surpreendeu-a Damon.

– Você já chegou? O que vocês são? Porque escondem aqui? Eu posso estar sonhando. Isso não pode acontecer. Pode? – Questionou-o Elena.

– Quantas perguntas! Uma de cada vez, está bem? Pode sim acontecer, a prova sou eu e o que está bem na sua frente. Eu e meu irmão não morávamos sempre em Falls. Nascemos aqui, mas fomos obrigados a sair da cidade e viver viajando pelo mundo, pois era muito arriscado enfrentar as consequências. Também não viajamos juntos, o Stefan migrava de cidade em cidade na escuridão, se escondendo, fingindo estar sozinho. Eu não, sempre gostei de festas e não seria legal desperdiçar toda a bebida que eles fornecem. Agora vou te fazer uma pergunta.

– Certo!

– Como chegou aqui?

– Eu amo histórias, estava procurando retratos da família até encontrar esta sala. Mas você ainda não me disse quem ou o que você é.

– É o que você está pensando, vamos lá Elena, encaixe as provas, você viu os frízeres cheios de bolsas de sangue e aquele banco de dados de tudo que passamos.

Damon ficou meio surpreso Elena deveria se assustar ou algo parecido. Deveria ter medo dele, entretanto ela simplesmente agiu como se fosse uma jornalista curiosa. Sua curiosidade foi tamanha que o pedido que fez ao Damon o surpreendeu mais ainda.

Seu pedido foi para que ele mostrasse seus dentes e se transformar ou algo relativo, até aquele momento ela não conhecia um vampiro. Aliás, não sabia da existência de vampiros. Na verdade, quase ninguém sabia que existiam.

Mesmo que Elena tivesse pedido por isso ela temia que quando ele se transformasse, a atacasse. Pois não tinha ninguém em casa, exceto os empregados.

Damon não se preocupou em talvez atacá-la, pois já sabia se controlar, senão seria impossível a convivência com os humanos. Seus olhos ficaram vermelhos e cheios de veias e seus dentes simplesmente cresceram. A menina temia, mas tentou não transparecer, tentativas em vão, pois ele podia sentir as emoções das pessoas. E ele sabia que ela estava com medo, mesmo assim se transformou para satisfazê-la. Parecia que agora ele se importava com o que ela pensava.

Depois de voltar ao normal, Damon sabia que as perguntas não iriam acabar. E ele por incrível que pareça estava disposto a responder a todas elas. Elena se trancou em seu quarto, por segurança, como se adiantasse, pois se ele quisesse fazer algo com ela, teria feito há muito tempo.

Após uma noite de revelações, o vampiro precisava de um ar puro e resolveu ir a mais uma festinha. Passou na casa de Vicki e levou-a para sua diversão. A noitada foi no cemitério, perto da igreja queimada com soldados civis. Os dois dançaram a noite inteira e beberam até não entender mais o que estavam fazendo. Somente seguiram os extintos da natureza.

Acordaram pela manhã dentro das ruínas da igreja, totalmente sem roupas. Havia acontecido algo entre os dois?