Everytime I Look For You escrita por LunacyFringe


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoinhas *--*
Bom, antes de tudo eu tenho que agradecer a Vivick pela magnifica recomendação! Eu fiquei muito feliz com o seu review, e quando eu vi a recomendação quase pulei de emoção! AUUAHS Muuuuito obrigada flor, de coração ♥
Tenho que agradecer também pelos reviews gente, eu fico tão feliz com eles *-*
Bom, acho que é isso!
Boa leitura ;)



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Frank POV

O sábado na casa do Ray passou tranquilo, como sempre. Muito vídeo game, refrigerantes, brigas e risadas. Lyn foi embora no sábado mesmo, à noite, pois tinha um jantar de família para ir, assim como Jared, que foi embora com ela, pois seu irmão, que mora em New York e faz faculdade lá, havia vindo para New Jersey para passar o final de semana.  

E então o domingo chegou nublado e frio, assim como o humor do Mikey.

É isso mesmo. O Mikey!

– Little Way, que cara é essa? O que aconteceu? – Ray perguntou no tom mais curioso. Sentou-se no sofá com duas xícaras de café em mãos, entregando uma delas para mim.

– Pelo que eu saiba essa é a única cara que eu tenho, Toro. – Falou encarando a televisão, nem mesmo se dava ao trabalho de piscar.

– Mikey, o que aconteceu? – Foi a vez de Gerard perguntar.

– Ah cara, a menina que eu saí sexta à noite disse que não quer sair comigo de novo, disse que ficou sabendo algumas coisas a meu respeito e que é melhor não sairmos novamente. E aquela Alicia não para de me ligar. Tive que desligar meu telefone! – Bufou chateado.

– Quem é a garota que você queria pegar? – Berguntei, tentando tirar as mãos de Gerard da minha xícara de café. – Para Gee! – exclamei um pouco irritado.

– Dá um pouquinho, Frank! – tentou de novo.

– Vai servir pra você! – dei um tapa em sua mão.

– Frankie...! – fez biquinho.

– Meu Deus... – entreguei a xícara para ele. – Eu vou servir para mim. – falei me levantando e indo em direção à cozinha. – Mas então Mikey, quem é a menina?

– Ela se chama Joan Calvert e... – não completou a frase, pois foi interrompido por Ray e sua risada extremamente escandalosa.

– Você nunca vai pegar essa garota, nem mesmo sei como conseguiu sair com ela! – Disse o cabeludo. – Ela é a menina mais inteligente, rica e impopular daquela escola. Como conseguiu falar com ela?

– Ela estava lendo uma HQ do Batman, e eu usava minha camiseta Batman e Robin Hurry, ai eu resolvi puxar assunto, achei a menina legal e a chamei para sair. Depois de uma semana insistindo ela aceitou, saiu comigo e agora disse que não quer mais. – Revirou os olhos.

– Ela nunca mais vai querer sair com você. – voltei para sala me sentando no sofá novamente, e dessa vez com uma xícara cheia de café. – Você já não tem uma fama digna naquela escola, e ela é demais pra você. – não resisti e acabei rindo da cara de bunda que ele fez.

– Ela vai sair comigo de novo, Iero, nunca se esqueça dessas palavras. Ela vai. – seu rosto estava sério demais, então foi aí que percebi que Mikey não brincava. Apontava o dedo na minha cara dando ênfase no “vai”.

–Ui, então tá né, já que você diz. – Ray deu de ombros. – Boa sorte.

– Coloca na pia pra mim. – Gerard abriu minha mão, me entregando a xícara.

– ARGH GERARD, PARA DE SER FOLGADO! LEVANTA ESSA BUNDA GORDA E VAI COLOCAR NA COZINHA! – falei um tom acima do normal o encarando bravo.

– Tá bom, não precisa gritar comigo. E não fique olhando para minha bunda extremamente sexy. – se levantou rebolando de forma exagerada e indo em direção à cozinha.

– Por Deus... – coloquei a mão no rosto.

~~ • • • ~~

Segunda-feira

– EU GRITO O QUANTO EU QUISER, E DAÍ QUE O FRANK ‘TÁ DORMINDO?! A CASA É MINHA E EU GRITO O QUANTO EU QUISER! – Era plena segunda feira, e acordei com os gritos do meu pai ecoando pelos meus ouvidos. Olhei para o relógio e marcavam 6hrs32min.

– A CASA É NOSSA, SOU EU QUEM PAGO TODAS AS CONTAS! EU QUEM LEVO ESSA FAMILÍA NAS COSTAS, PAGO ATÉ AS PORCARIAS QUE VOCÊ INSISTE EM INGERIR TODOS OS DIAS! – agora foi a vez de minha mãe, ela gritava em seu tom mais raivoso.

– AGORA VAI JOGAR NA MINHA CARA QUE EU NÃO PASSO DE UM INÚTIL?É ISSO MESMO?!

– INÚTIL. É ISSO MESMO QUE VOCÊ É! UM INÚTIL! VOCÊ SÓ SABE BEBER E SE METER EM PROBLEMAS! – Levantei da cama indo em direção ao guarda-roupa. Vesti um casaco e sai do quarto.

Caminhei até a escada, me sentando na ponta dela. Meu pai estava em frente à porta, escorado na mesma, e minha mãe estava na porta da cozinha, de costas para mim. Abracei meu corpo quando senti uma brisa fria me tocar. O outono estava acabando o que era visível pelo escasso das folhas das árvores.

– MULHER, NÃO FALE ASSIM COMIGO OU VOCÊ VAI VER! – o velho gritou de volta, se aproximando da minha mãe. Levantei.

– Nem pense nisso. – Falei sério, descendo as escadas. Minha mãe me olhou assustada.

– Filho, já acordou? – Levou a mão à boca, nervosa.

– Seu velho bêbado e desgraçado, não se atreva a encostar um dedo na minha mãe. – Apontei para ele.

– Foi você que ensinou essas coisas para o Frank, não foi?! – Avançou novamente. – Você fica colocando meu filho contra mim. – Abracei minha mãe enquanto ele se aproximava, mas invés de vir para a cozinha, ele tentou subir as escadas. – Eu não quero mais olhar na cara de vocês, seus ingratos! – Foi em direção ao quarto dele.

– Você está bem? – Perguntei à minha mãe, soltando-a.

– Sim, estou, sinto muito por isso. – Passou a mão no rosto. – Vá colocar uma roupa, eu vou fazer o café. Você vai se atrasar para a escola.

– Okay... – Suspirei.

Subi até o meu quarto, me vesti e me arrumei, descendo logo em seguida para comer alguma coisa. Minha mãe havia cortado um pedaço de bolo e servido uma xícara de café para mim, então fiz minha alimentação matinal e fui para a sala, onde mamãe estava sentada, encarando um porta-retratos. Na foto estava eu, ela e o meu pai, felizes como nunca. Eu devia ter uns sete anos na época.

– Mãe? – A chamei, segurando em seu ombro.

– Bons tempos, não? Éramos tão felizes. Nessa época eu pensava em te dar um irmãozinho. – Sorriu, passando a mão na barriga. – Mas agradeço a Deus que isso não tenha acontecido. – Largou a foto e levantou do sofá. – Anos depois seu pai virou um monstro, e eu não aguentaria ver mais um filho sofrendo. – Parou na minha frente, passando a mão em meu rosto. – Eu sinto muito, Frank. Eu nunca quis que isso acontecesse. Eu odeio ter que fazer você passar por essas coisas.

– Mãe, a culpa não é sua, assim como não é minha. A culpa é somente dele, ele é um fraco. – Arrumei meu casaco, colocando o capuz. – Não se preocupe comigo, eu aguento. Vou para a escola, cuidado com ele. – Beijei sua bochecha e sai de casa, deixando uma mãe triste para trás.

Apressei meus passos caminhando rápido até a escola. No exato momento que cheguei uma chuva fina e gélida começou a cair. Corri até a minha sala, olhando para todos os lados tentando encontrar algum dos meninos. Cheguei à sala sem encontrar nenhum delos pelo caminho, porém quando entrei na sala de aula, Gerard já estava lá.

– Bom dia Frank. – me cumprimentou sorridente, enquanto eu passava por ele.

– Só se for para você. – Sentei na minha classe. – Cadê o Ray?

– Não pôde vir hoje, passei na casa dele e a senhora Toro disse que ele está com muita dor de cabeça e então resolveu deixá-lo em casa.

– Gente preguiçosa. – Revirei os olhos.

Gerard ia falar algo, mas foi interrompido pela professora que entrou na sala toda sorridente, desejando um bom dia. A professora Anne, de artes, está sempre feliz.

– Artes não... – Bufei, colocando a mão no rosto.

A tortura finalmente acabou, e com ela veio o intervalo. Saí da sala seguido de Gerard e Lyn, que conversavam animadamente, o que ajudava a piorar meu humor.

Quando estou de mau humor, pessoas felizes só fazem com que ele fique cada vez pior.

– E você Frank, vai desenhar o quê? – Lyn perguntou para mim.

– Hã? – Dispersei de meus devaneios e os encarei.

– Anne pediu para que fizéssemos um trabalho que retrate algo do nosso cotidiano, o que você vai fazer? – Sorriu.

– Vou desenhar um homem quebrando uma casa, bem do meu dia-a-dia isso. – Sorri falsamente.

– Nossa, Frank, resolva seus problemas, não desconte nas outras pessoas. – Gerard falou me olhando sério.

– Não estou descontando em ninguém, e primeiramente, eu não falei com você. – Enterrei minhas mãos no bolso e passei a caminhar rápido, indo para fora do prédio da escola.

– FRANKIE! – ouvi Gerard gritar.

Caminhei até a minha árvore, sentindo a chuva escassa batendo em meu rosto. Me escorei na árvore, vendo Gerard vir em minha direção, bufando.

– Pra quê falar com a Lyn daquele jeito? Nós não temos culpa de nada Frank! – Me olhou, bravo apontando o dedo na minha cara.

– Ah, ficou bravinho porque mexi com a sua namoradinha? – Falei em tom de deboche.

– Não, Frank, não é isso. Você trata a todos mal, só aquele tal de Jared que você trata como se ele fosse sagrado. – Revirou os olhos. – Eu não te fiz nada Frank, você não tem o direito, ou motivos, para fazer isso!

– Gerard, você...

– Eu nada Frank! Quer saber, cansei de você e essa sua mania de sempre brigar comigo! Porra, você é um babaca! Eu nunca fiz nada pra você!

– Piu. – Falei.

– O quê?! – Me olhou confuso, passando a mão no rosto retirando o excesso da água causado pela chuva.

– Piu! – Sorri.

– Isso não tem graça.

– Agora você sabe o quanto isso é ruim! – Cruzei os braços. – Piu!

– ARGH , FRANK! Você ainda vai terminar sozinho! Você afasta todo mundo! Vai ficar só o Jared ao seu lado, aquele babaca, assim como você!

– Vou estar em ótima companhia então.

– Vai, claro, com vocês se comendo o dia inteiro, seu sonho né?! – Virou de costas para mim, colocando a mão na cintura.

– Bom, pode ser, afinal se ele transar como beija, eu vou ser uma pessoa muito sortuda!

– O que...? – Virou para mim.

– Ficou surdo agora? Você queria que eu escolhesse entre vocês dois, não é? Então, eu experimentei o Jay, e garanto que não preciso experimentar você pra saber quem é melhor.

– Você... Você... Fez isso mesmo? – Se aproximou. – Com o Jared?

– Fiz Gerard, quer que eu desenhe?

– Eu não acredito nisso... – Virou de novo, caminhando em direção à escola.

– Pois pode acreditar, e eu continuo preferindo ele, então vai embora e me deixa sozinho. – Passei a mão no rosto, tirando o excesso de água. – Merda de chuva... – Abaixei a cabeça.

Senti algo me empurrar, me fazendo bater com as costas na árvore e grunhir de dor. Quando eu ia xingar o filho da puta, senti a pessoa me beijar.

Abri os olhos, assustado, dando de cara com Gerard de olhos fechados, selando seus lábios nos meus com força. Senti minhas pernas vacilarem no mesmo instante. Coloquei minhas mãos em seus ombros, tentando empurrá-lo, porém ele colocou as mãos em minha cintura, colando nossos corpos.

Nesse momento eu já nem sentia minhas pernas.

– Para Frank... – Separou o beijo, tirando minhas mãos dos seus ombros. – Para com isso...

Suspirei, mordendo meu lábio inferior. Gerard colocou meus braços em volta de seu pescoço, e eu tratei que abraça-lo por ali. Selou nossos lábios novamente, colocando as mãos na minha cintura. Sua língua pediu passagem, na qual eu concedi no mesmo instante, iniciando um beijo calmo.

Não sei ao certo quanto tempo ficamos assim, abraçados num beijo calmo e intenso, mas eu já não sentia nada além de Gerard e a chuva molhando o meu rosto.

Acordei do “transe” e empurrei-o, assustado. Gerard me encarou sério por um tempo, antes de arquear uma sobrancelha e sorrir de canto.

– Para quem prefere o Jared, você gostou bastante né? – Um sorriso cínico se alargou nos seus lábios.

– Argh Gerard! Porque você fez isso? – Eu sentia minhas bochechas mais quentes que o normal de quando eu ficava com vergonha.

– O Jared é melhor o caralho! – Me empurrou de novo, me prendendo entre ele e a árvore como naquela noite na cozinha do Ray. – Agora olha pra minha cara e diz que ele é melhor, Frank.

– Para de ser infantil, Gerard. – Tentei sair, mas ele me prensou mais contra a árvore. – Gee, para com isso! – Desisti, jogando minha cabeça em seu ombro e me escondendo ali. – Tá chovendo, meus pais brigaram hoje de manhã e eu estou de mau humor. Por favor, me deixa sair daqui.

Ele suspirou e ficou quieto por alguns segundos, mas depois me envolveu em um abraço e deitou sua cabeça sobre a minha.

– Desculpa, não sabia que havia brigado com seus pais. – Afagou meus cabelos.

– Eu acordei com eles brigando no andar de baixo. – Devolvi o abraço.

– Não precisa brigar com a gente, nós somos seus amigos Frank, estamos aqui pra ajudar você.

– Eu... Me desculpe, okay? E eu estou melhor agora. – Me ajeitei em seu ombro, fechando os olhos.

– Vamos lá pra dentro? Antes que, além de mau humorado e triste, você fique doente. – Assenti e o soltei, enterrando as mãos no bolso do casaco e começando a caminhar.

– Agora me diz, eu sou melhor que o Jay né? – Perguntou sorrindo de canto novamente.

– Ai Gerard, como você é babaca. – Sorri, correndo pra dentro da escola, seguido de Gerard.

Corri até encontrar a nossa sala, e me escorei na porta da mesma para esperar Gerard. Ele chegou algum tempo depois, desviando de algumas pessoas.

– Me diz Frank! – Riu, mordendo o lábio inferior. Devolvi o gesto.

– Você nunca vai saber, Gerard. – Entrei na sala.

Você nunca vai saber que foi muito melhor que o Jared.


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Notas finais do capítulo

Eu caprichei nesse capitulo, vai dizer?! UAHSUAHSUAHS
Gostaram meus amores? *-*
Até o próximo ;)
BJO BJO BJO