Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 2
Open Book


Notas iniciais do capítulo

Olá sweethearts! Algumas explicações: A capa é com a nossa querida Alexandra (eu a pus porque eu acho ela linda e seus olhos ~baba~, mas na fic eu descrevo ela loira, como a Annabeth que nós lemos na saga, ok?
PS tbm: sem querer enquanto eu adicionava os avisos lá, eu coloquei "zoofilia", GENTE, MEUS AMORES, ENGANO MEU OK? FOI SEM QUERER, NÃO TEM NENHUMA IMPUREZA ENVOLVENDO ANIMAIS NESSA FANFICION, OK? u.u
Bom, amores, é só isso mesmo, espero que estejam gostando, deixando reviews, e comentem com os seus amiguinhos, ok? ~campanha Chasing Cars haushaushaushaus~
XOXO



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   Seus lábios formaram sem som nenhum “Percy”, em súplica. Pude ver uma lágrima manchando seu rosto. Meu coração afundou, era como se fosse esfaqueado, uma, duas, três vezes, um nó se formou em minha garganta e senti meus pulsos cerrarem. Eu só a tinha visto chorar uma vez em toda a minha vida e agora um idiota nojento à quem eu chamava de amigo era o motivo de suas lágrimas, não pude mais ficar calado.

   -Ethan, solte-a. – ordenei com a voz firme. 

   Ele se virou, tirando as mãos dela. Um sorriso zombateiro e sarcástico, cheio de veneno brotou em seu rosto. Ele andou em minha direção, com os braços abertos prontos para me envolver em um abraço.

   - Percy. – ele riu, fazendo com que minhas mãos formigassem inquietas. - Feliz aniversário peixinho!- se aproximou mais, ficando à um metro, pronto para me abraçar, como havia previsto. Ele me abraçou fortemente, não sendo correspondido. – Qual é Percy? Não gostou do presente?

   Eu estava completamente paralisado, ou parecia, porque dentro de mim milhares de pensamentos nasciam, meu sangue bombeava mais rápido do que deveria, meus músculos se contraiam tentando não disparar um soco naquela cara repugnante. Ele me olhou como se ainda esperasse uma resposta.

   Minha resposta foi um soco em seu rosto, o mais forte que consegui. Ele desequilibrou para o lado, levando a mão à maçã do rosto, onde agora havia um corte. Senti meu pulso latejar e soube que mais tarde doeria bastante, mas valeu à pena. Ele me fitou furioso, os olhos chiando, e avançou bufando. Não recuei, mas agradeci mentalmente à Nico e Luke que saíram de trás de mim e o seguraram. Ele se debatia com força, mas eram dois contra um, não havia como se soltar. Um filete se sangue escorria até seu maxilar. Eu soube que ele me bateria até a morte agora se pudesse.

    - Você é louco Perseu Jackson? Eu te arranjo uma gostosa dessas, como presente de aniversário e você me soca, sem mais nem menos?

   - Primeiro, nunca mais fale assim dela, entendeu? Segundo, sem mais nem menos? Que tipo de pessoa é você, Ethan? Sabe-se lá o que você seria capaz de obrigá-la a fazer se eu não tivesse chegado antes... E eu ainda sou o louco?- retruquei jorrando minha raiva.

   - Quer saber? Você não está raciocinando bem Percy. Depois nós conversamos, eu sei que você irá me agradecer mais tarde. – ele disse com aquele sorriso asqueroso novamente. Eu apenas o ignorei indo até a garota.

   Suas pupilas tremiam indo de um lado para o outro, repletas de medo. Ela abaixou os olhos quando eu me aproximei o suficiente para alcançar suas mãos amarradas. Ele se encolheu ao meu toque. Murmurei um “não vou te machucar” tão baixo que só ela poderia ouvir. Desamarrei o nó feito nas cordas e vi seus pulsos libertos, um tanto avermelhados. Segurei com delicadeza o seu braço esquerdo e disse, desta vez mais alto:

   - Vem, vamos embora Annabeth.

   Dei uma ultima olhada em Luke e Nico e assenti com a cabeça, dizendo em silêncio que poderiam soltar o garoto, ele não viria atrás de nós agora. Eles o soltaram, enquanto Ethan arrumava sua camisa amassada de tanto rebater-se, Nico gesticulou que mais tarde ligaria, e Luke acenou despedindo-se.

   Quando me virei vi Annabeth à passos rápidos na minha frente. Corri até ela ficando ao seu lado sem dizer nada, afinal, o que eu diria depois disso? Apenas a acompanhei até chegarmos à rua. A claridade incomodou nossos olhos, fazendo-me piscar repetidamente. Apesar de ainda estarmos no meio da tarde, naquele beco parecia madrugada. Vi Annabeth pronta para se virar na direção oposta à minha e seguir seu caminho, mas segurei seu braço, virando-a. Pela primeira vez encarei seus olhos, e um choque correu por minha espinha, senti os finos pelos dos meus braços eriçarem. Sustentei seu olhar, querendo que ela nunca desviasse, mas como eu já disse, tudo parece estar dando errado esse ano, ela encarou os próprios pés.

   - Não vou deixar você ir sozinha pra casa, o caminho é perigoso. E pelo o que me lembro ainda somos vizinhos, certo? – ri meio sem humor, lembrando que eu nunca havia me esquecido totalmente desse fato.

    Abri a porta do meu carro e dei passagem para que ela entrasse, meio receosa, ela o fez, sentando-se no banco do passageiro. Contornei o carro rapidamente e repeti seu movimento. Não demorei a arrancar com velocidade da Rua 9. Olhei de canto para a garota ao meu lado e percebi que ela havia tirado de sua mochila o celular e agora ouvia música nos fones de ouvido, completamente absorta vendo as coisas passando rápido como um vulto no lado de fora. Tentei imaginar o que ela estaria pensando, mas desisti, era impossível. Talvez eu nunca chegasse a entender o que se passava naquela cabeça. Era como um livro aberto que você em vão tenta adivinhar o que ocorrerá nas próximas páginas, sempre sendo surpreso.

   Considerei começar uma conversa, mas seu olhar estava vago, muito distante dali. Balancei a cabeça ligeiramente tentando livrar-me daqueles pensamentos e me concentrar na avenida. Já próximo de casa recordei-me de uma cafeteria ótima, bem pacata e agradável ali perto que eu costumava freqüentar, ma de uns tempos para cá caíra em esquecimento. Acelerei, passando direto do quarteirão no qual eu deveria ter entrado. Sem desviar meus olhos da avenida senti o olhar interrogativo de Annabeth sobre mim. Sorri de lado e perguntei:

   - Seu suco favorito ainda é o de morango com hortelã? – terminei agora olhando-a de soslaio e a vi assentindo timidamente. Voltou seu olhar á janela e eu contive um sorriso bobo.

   Logo estávamos na frente da fachada de cores pastéis. Saímos em silêncio e eu abri a porta permitindo Annabeth passar. Notei como os seus cabelos loiros dançavam contras as suas costas de forma tão graciosa como uma coreografia de balé. Ela sentou-se em uma mesa quadrada com um banco de couro de cada lado, como naquelas lanchonetes de Manhattan, encarando as próprias unhas com um controlado nervosismo, enquanto eu ia ao balcão fazer os pedidos. Quem a olhasse agora diria que ela era uma típica riquinha da Califórnia, fútil, que não queria nada da vida além de coisas materiais. Mas eu, talvez o único descartando sua própria família, a conhecia o suficiente para entender que ela estava profundamente desconfortável, e que parte desse desconforto era minha culpa.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? *--* DEIXEM REVIEWS PLEASE, SORRY, MAS EU SOU MOVIDA A REVIEWS, SO...
Logo logo vem o proximo minhas Afrodites, sugarcubes que eu amo muitoo s3