Casais Improváveis escrita por MissTenebrae


Capítulo 17
Especial de Férias - Dio e Mari


Notas iniciais do capítulo

He....
Heheheheheeh...
hehehehehehehehhehehehehe....
Opa



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- Ryan, onde você pensa que nós estamos?!

- Na fazenda, ué!

- Ryan, seu boçal, isso daqui tem cara de fazenda?! – Lass gritou apontando para horizonte, onde tudo que se via, era, claramente, uma praia.

- Hum... Eu to vendo umas vacas ali. – Disse apontando para um grupo de garotas. – Um troço todo cabeludo pra lá, que deve ser uma ovelha. – Indicou um senhor tomando sol. – E tem até uma baleia encalhada!

- Ryan, aquilo lá é uma gorda... Digo, uma senhora... Hum... Cheinha, aproveitando a água do mar.

- A é? Para mim parece mais uma baleia.

- E, Ryan... Não tem baleia na fazenda!

- Mas bujão tem, e aquilo lá parece mais um bujão do que uma baleia para mim. - Dio, comentou se aproximando e levando um tapa de Ronan, que tinha acabado de sair do carro, logo em seguida:

- Não fale assim, seu cavalo!

- Viu só? Tem até cavalo! É claro que é uma fazenda!

- Ryan... – Suspiraram os três.                                               

- Oh, gente, porque nós paramos na praia? Não era para irmos para uma fazenda? – Jin se aproximou confuso, sendo seguido por Sieghart, Zero e Lupus.

- Mas nós estamos na fazenda!

- O Ryan errou o caminho. – Declaram os três que estavam lá antes.

- Mas... Como?! O caminho para a fazenda é totalmente ao contrário da praia! Tem que ser totalmente idiota para conseguir errar! – Exclamou Sieghart.

- E você acha que tá falando de quem? – Lupus disse.

- É isso ai! Pega essa, Siegh!  Toma, engole! Bate aí, Lupus! – Ryan pulou em cima de Lupus, comemorando, e deu língua para Siegh.

- Ryan, você sabe que ele estava falando mal de você, né? – Zero perguntou, sem saber por que o garoto estava tão feliz.

- Ah... Tava?

- Anh, esquece. Vamos voltar pro carro, gente, temos que ir à fazenda. – Sieghart chamou-os.

- Eu dirijo dessa vez! – Lupus declarou, pegando as chaves das mãos de Ryan.

- Mas você não tem carteira de motorista. – Jin comentou. - Na verdade, ninguém aqui tem carteira, além do Ryan.

Todos olharam indignados para Ryan, seus olhos claramente dizendo ’ Não acredito’.

- Foi suborno.

- Não, não, o Ryan não é inteligente o bastante para subornar.

- Há!

- Ryan, eles estão falando mal de você, de novo.

Então, todos entraram em apenas um carro, e no momento da partida, Ryan não conseguiu ligar o automóvel.

- Ryan, por favor, pelo amor do santo do senhor do Bonfim e santa Maria e José, fala que o carro não pifou.

- Não foi bem isso... – Todos suspiraram em alivio. – É que a gasolina acabou.

- O que?!

- Você não tinha enchido o taque?!

- É que não tinha dinheiro...

- Mas nós tínhamos juntado o bastante para encher tudo e ainda ia sobrar um pouco?

- É, tinha.

- E o que você fez com o dinheiro, se não comprou a porcaria da gasolina?

- Ah, gastei em jujuba.

- E nem deu para mim! – Ronan ficou revoltado. – Que absurdo!

- Ah, esquece, vamos saindo, cambada.

Do lado de fora, todos tentavam juntar seus últimos trocados para pagar o combustível para, enfim, irem à fazenda.

- Agora que eu to mais calmo, eu me pergunto: como a gente conseguiu por esse bando de homem dentro de um carro só?

- É porque vocês são um monte de palhaços, é claro! – Rey apareceu do nada, rindo da cara deles.

- Rey, não! Eu disse para não ir falar com eles! Não era para eles saberem que nós estávamos aqui. – Arme chegou correndo, não a tempo para impedir sua amiga.

- Ah, eu sei, mas é que eles estavam muito idiotas, eu precisava falar alguma coisa.

- Olha, não curti a piada, viu? – Ronan disse, magoado.

- Eu não entendi alguém me explica. – Ryan pediu para todos, desentendido, mas apenas rolavam os olhos e ignoravam-no.

- Tá, esquece a piada. O que vocês estão fazendo aqui, Rey e Arme? Nós todos não combinamos de nos encontrar na fazenda? – Dio encarou as duas.

- Nada que te interesse, seu inútil. – Rey menosprezou-o como sempre.

- O que você disse?

- É que nós erramos o caminho. – Arme sorriu e lançou um olhar repreendedor para Rey, que apenas girou os olhos.

- Rey! – Lire apareceu correndo. – Nossa, a viagem no seu avião particular foi de mais! Nós precisamos fazer mais is... Opa. – A loira percebeu a presença dos meninos tarde de mais, a roxinha suspirou. – Oi, meninos.

- Erraram o caminho de avião...? Erro bem feio esse, hein? – Lass comentou sarcástico.

- Rey! – Dessa vez, era Amy que chegava, acenando muito animada. – O James disse que nossas malas já estão no hotel que você reservou e que a gente já pode ir botar os biquínis e... – Amy olhou indignada para os meninos. – O que esses idiotas estão fazendo aqui, nós não combinamos de deixar eles irem para aquele lugar chato sozinhos?

- Hum... Aeh? Bom saber. – Sieghart virou-se para os meninos e gritou: - Mudança de planos, cambada, todo mundo indo para o hotel que elas reservaram, vai, vai , pega a mala e vai, vai!

- Anh... Vocês tem certeza disso? Aqui tem mar, sabe, aquele lugar cheio de água... – Dio falou meio incerto.

Rey ouviu, riu internamente e não resistiu a comentar:

- É, Dio, algum problema com isso?

- Não, nenhum. – disse, chamando seus mordomos para pegar suas malas e saiu correndo atrás do resto dos garotos.

- Uhum... Sei...

~*~*~*~*~*^*~*~*~*~*~

- Você tem certeza que não quer ir?

- Tenho sim, podem ir.

- Certeza mesmo?

- Eu já não mandei vocês irem?

- Mas...

- É melhor vocês irem antes que eu jogue vocês lá. E eu vou fazer questão que doa... Muito.

- Tá, Dio, tá bom, oh mau humor. – E assim se foram os meninos, em direção ao mar, nadar, se divertir e ficar fazendo bobeiras enquanto deixam o tadinho do Dio sozinho, ao lado de não sei quantas mil toalhas de praia, sem seus trilhões de celulares, notebooks e tablets ( todos os objetos eletrônicos foram confiscados). Sozinho, sozinho, sozinho, apenas ele, a areia e... A Mari?!

- Ah meu santo Duo, quando foi que você brotou aqui?

- Eu estou aqui há trinta e dois minutos e quarenta e sete segundos a mais que você.

- Ah... Que bom. Porque você está aqui e não lá, com as meninas?

- Eu... Não tenho muito apresso pela água, tenho preferencia a evita-la, penso ser mais favorável.

- Anh... Porque você não tem... apresso pela agua?

- Não consigo realizar a série de movimentos os quais terminam na flutuação e movimento do ser que os realizam.

- Hum... Então você quer dizer que não sabe... Nadar? – Disse surpreso, mais surpreso ficou ainda ao ver que a menina de cabelos azuis havia corado.

- Exatamente. Já tentei seguir todas regras, li todos os manuais, estudei a dinâmica do corpo do ser humano, analisei tudo que acontece ao organismo, mas nunca consegui realizar tal feito.

Dio passou alguns momentos em silencio, tentando digerir tudo que a garota tinha falado.

- Acho que sei qual é o seu erro.

- E qual é?

- Você usa técnica de mais! Nadar é mais... Natural, mais humano, algo automático... Não uma coisa que precise ser profundamente estudada.

- Hum... Com isto o senhor quer dizer que conseguiria ensinar-me a nadar?

- Não.

- Não? E o senhor me daria a honra de saber o motivo pelo qual se nega a entregar-me à resposta que procuro para realizar o feito de flutuar e movimentar-me em ambiente aquático?

- Para que complicar tanto uma frase? Só diz ’ porque não? ’ e tudo fica mais simples.

- Peço-lhe perdão, porém esta é a forma com a qual me uso de artifícios para codificar meus pensamentos com o intuito de que o senhor use seu sistema nervoso para interpretá-los, podendo haver assim um entendimento mutuo, e então poderemos estabelecer um diálogo com o qual teremos a chance de trocar informações.

- Então, com tudo isso, você quis dizer que esse é o jeito que você fala?!

 - Exatamente. Porém, por obsequio, poderia à minha perguntar dar uma resposta?

- Qual foi a pergunta mesmo? Você falou tanto que esqueci o que você perguntou.

- Qual seria o motivo que não o levaria a ensinar-me a realizar a série de movimentos que...

- Ah, tá, tá, sei, porque eu não posso te ensinar a nadar. Bem... Pode-se dizer que eu também não tenho muito apresso pela água.

- E qual seria a razão do porque o senhor não teria apresso pela agua?

- Sabia que é muito cansativo conversar com você? Só fala a porcaria do ’porque não? ’! Assim eu não vou falar nada!

- E porque não?

- Finalmente! Mas não vou falar nada.

- Porque não?

- Por que...

- Dio! – Ele virou a cabeça rapidamente na direção da voz: Lass acenava para ele, segurando uma bola. – Eu sei que você não quer entrar no mar, mas que tal uns joguinhos? – Ele suspirou e se levantou. – É isso ai, gente, o time tá completo agora! Vamos logo!

Enquanto andava lentamente, como se ter que caminhar fosse um castigo, Dio virou-se para trás e viu Mari sozinha em seus devaneios. Ele riu internamente. ’ Eu mal sai e ela já está em outro lugar’ e quando se virou para correr até o lugar onde os meninos estavam gritando para ir mais rápido, ele notou algo que nunca havia visto antes. Que colar era aquele?

~*~*~*~*~*^*~*~*~*~*~

E no meio do jogo, os garotos perceberam que havia algo errado ali.

- Gente, tem algo errado aqui. – Ryan comentou.

- É, nós sabemos, a narradora acabou de falar.

- Desde quando nós temos narradora?

- Desde quando nós ouvimos a voz da narradora?

- Uh, que massa, isso tá parecendo filme de detetive.

- É... Isso tá muito esquisito.

Oh, gente, concentra no problema... Vamos tentar de novo... Os garotos perceberam que havia algo errado ali.

- Aeh... Hum... Vamos ver, o que está errado aqui.

- Sei lá.

- Deve ser a injustiça na divisão dos times, porque eles tem o Lass, que tem reflexos ninja, o Lupus, que tem uma manda a bola como um tiro de bala, e ainda por cima são irmãos, e nós temos que ficar com o Ryan?!

- Ei!

- O que ser irmão dele tem haver com isso?

- Meio-irmão, você quer dizer. E eu não preciso de você, eu sou totalmente incrível, sozinho.

- Cala boca, Lupus.

- Ih, rebelião agora? Olha, suas invejosas, isso tudo ai é recalque.

- Ou, vocês não disseram que os times estavam completos?

- E estão.

- Então, porque tem uma pessoa a mais no time de vocês?

- Hum... Três e quatro, tem um a mais ai.

- Nossa, Ryan, você é um gênio, ainda bem que você aprendeu a contar, se não nós nunca teríamos descoberto, mesmo depois do Siegh ter acabado de dizer isso.

- Obrigado, eu sei que eu sou de mais. – O comentário do ruivo apenas fez Lupus fazer uma cara impaciente antes de decidir deixar para lá, uma vez idiota, sempre idiota.

- É por isso que nós estávamos perdendo!

- Perdendo mesmo, e feio.

- Lupus, fica quieto, por favor?

- Até você, irmãozinho?

- Ah, eu mereço.

- Pessoal, fica quieto por favor, eu to tentando ver quem tá faltando... Jin, que sou eu, Siegh, ali, Ryan, bem parado ali sendo idiota, Dio, com essa cara parece que tá de TPM, Lass e Lupus, que deveriam ter sumido para a gente poder ganhar, e Zero, caladão, mas tá ai. – Jin olhou para todos umas três vezes antes de perguntar: - Sete pessoas, quem está faltando?

(Extra para a tori-chan:

- Ou sobrando... Já ouviu sobre aquela maldição? Há uma pessoa morta e enquanto essa pessoa não sumir, vários acidentes vão acontecer e vamos morrer um a um.

- Com sumir você quer dizer...

- Mandar o morto de volta para a morte.

- Mate o morto.

- Gente, sem paranoia, por favor.)

- Ryan, Zero, Jin, Lass, Lupus, Dio, eu... e mais quem?

A tensão rondava-nos, estavam prestes a descobrir quem havia sumido.

- Não faço ideia.

- Nem eu.

Podia ser alguém que gostasse de lutar com espadas.

- O Siegh tá aqui.

Alguém que o nome começasse com R.

- Ryan, aqui ó, presente nas calças do presidente!

Uma pessoa de olhos azuis.

- O Lass tá do meu lado.

Tá, cansei. Alguém com olhos azuis, que o nome começa com R e gosta de espada, vamos lá, não tá difícil.

- Erre... Azul... Espada... O Ronan!

- Ah, deus, o Ronan sumiu!

Finalmente...

- Mas onde...?

Não tô afim de esperar mais não... Eles então receberam uma dica dos céus e foram procurar perto dos banheiros.

- Ok, brigada ai narradora, vamos, galera.

- Que bando de lerdos, enfim se foram! – Ela pegou um walkie-talkie e ligou-o. – Narradora para Bala de Caramelo, Narradora para Bala de Caramelo.

- Bala de Caramelo na escuta, câmbio.

- Os macacos estão indo atrás da banana, câmbio.

- Perfeito. Falcão, começar operação! Narradora, volte para cá asap, câmbio.

- Certo, câmbio e desligo.

~*~*~*~*~*^*~*~*~*~*~

- Pra onde nós estamos indo mesmo?

- Atrás do Ronan, Ryan.

- Ah... Pra que mesmo?

- Ele sumiu, Ryan.

- E ele está lá correndo perigo para a gente para o nosso jogo e ir atrás dele?

- Só cala a boca e anda, Ryan. – Os dois começaram uma discussão, que foi afetando as pessoas em volta e acabou num montinho, argumentando e gritando uns com os outros.

- Gente, gente! Gente... Oh bonde das barangas! Cala a boca! – O grito de Sieghart fez todos calarem a boca. – ah... O silencio.

- Chamar de baranga, não gostei, achei ofensivo.

- Ah, fique quietos e deem uma olhada ali. – Disse apontando para uma garota.

- Uh...

- Oh lá em casa.

- Até que é gostosa.

- Ai se eu te pego.

E os garotos continuaram a comentar coisas idiotas e a cutucar um ao outro como macacos e rindo como hienas, até que um deles arregalou os olhos e exclamou surpreso:

- Gente, é o Ronan!

Todos param de falar de uma vez, encarando a figura que se aproximava, e, enfim, conseguiram identificar alguns poucos traços do amigo debaixo de toda a maquiagem.

- Estava bom de mais para ser verdade.

- Ele parece muito com uma menina.

- É meio andrógeno, né?

-Ele se depilou?! – Todos exclamaram um ’ai ’ conjunto quando imaginaram a dor do pobre garoto andrógeno. Foi nesse momento que Ronan avistou os garotos e foi correndo na direção deles.

- Jin, Siegh, Lass... Pessoal! – Ele chegou a eles e caiu ajoelhado. – Foi assustador, elas são assustadoras!

-... Elas?

- Sim! Elas me sequestraram e ai... Fizeram coisas horríveis comigo! Foi aterrorizador! E quando eu sai correndo de lá tinham caras assoviando para mim! Homens! – Todos olhavam com pena do garoto, mas se surpreenderam quando ele começou a chorar.

- Nossa, Ronan, não sabia que você era desses... Sabe... Que gosta disso...

- Ryan, não tá vendo que ele foi atacado e obrigado a se vestir assim?

- Ah... Foi? Tem certeza disso? Sei não, viu... - Ryan botou a mão no queixo, fingindo estar pensando. (N/A: Fingindo mesmo, porque ele não sabe pensar ^.^)

- É verdade... Eu sempre o achei meio... Sabe...

- Acho que eu já o vi vestindo uma saia.

- Uma vez eu juro que ele tinha passado batom.

Então, começou-se uma conversa sobre as memorias de cada sobre quando e como o Ronan, de alguém jeito, havia agido de forma feminina. Indignado, Ronan vestido de biquíni e de maquiagem assistia a cena, eles haviam esquecido totalmente da sua presença, e ele achou que seus amigos iriam ajudá-los... O garoto bufou, esperou, até que se cansou e gritou, chamando a atenção deles.

- Que foi, Ronan?

- Ah! Esquece! - Ele saiu de perto deles, muito estressado e prestes a chorar.

- TPM. - Determinou Siegh.

- Aham.

- Com certeza.

- O Ronan tá rebolando ou é impressão minha?

- Tem uns caras se aproximando dele.

- Um deles passou o braço pelo ombro dele.

- Acho que um deles apertou a bunda do Ronan.

Todos observaram a cena em silêncio por mais alguns segundos, quando perceberam que a coisa tinha ficado um pouco mais séria.

- Devemos ajudar?

- É, acho que sim.

- Sabe, devíamos aproveitar que as meninas fizeram isso com o Ronan e aprontar com elas.

- É... Se elas ficarem bravas a gente fala que foi vingança.

- Isso ai!

- Depois que nós demos um jeito naqueles caras, vamos planejar alguma coisa.

- OK!

~*~*~*~*~*^*~*~*~*~*~

- Meninas, essa foi muito boa. – Riu-se Elesis.

- Realmente, foi épico.

- A melhor de todas!

- É claro que foi, fui eu quem planejou. – Declarou Arme, orgulhosa de si mesma.

- Desde quando você ficou tão metida?

- Não sou metida, estou apenas dizendo a verdade.

- Eu quero minha humilde e fofa Arme de volta! – Amy gritou se jogando em cima da roxinha, fazendo as duas cair.

- Realmente, foi muito bom, pena que a Mari não participou.

- E os meninos não fizeram nada! Que idiotas!

- Realmente, não acredito que eles não fizeram na... da... – Lire parou de falar aos poucos, parando junto com todas as outras garotas, e encarou os garotos, que estavam em pé no mar, cada um segurando algumas coisas em suas mãos, e quando perceberam, sua raiva conjunta aumentou, eles seguravam as bolsas das meninas, prontas para abri-las e jogarem tudo ao mar.

- Quem são os idiotas mesmo?

- O que vocês pensam que estão fazendo?!

- Revanche. – Lass apareceu de frente as meninas.

- Vingança... Chame como quiser. – Dio caminhou até o lado dele, fazendo uma pose de chefão de vídeo game.

- Mas foi só o Ronan!

- Vingança nunca deixa de ser divertida. – Ele deu de ombros.

- E são suas coisas, nada de mais. – Lass complementou.

- Olha, tem coisas importantes como dinheiro e documentos naquelas bolsas...

- E maquiagem! Que é muito importante e cara! – Amy acrescentou.

- Sim, Amy, tem isso também. – Lire suspirou. – Então, por favor, solte-as e ...

- Você tem certeza que quer que nós as soltemos? – Gritou Siegh, estendendo uma bolsa amarela e abriu sua mão, mas ao ouvir o grito desesperado da loira, ele sorriu e segurou-a exatamente antes de tocar na água.

- Sabe, Dio, não me surpreende que você esteja fora d’agua...

- Rey, cale a boca. – Dio rosnou.

- Não seria uma tragédia se eles soubessem que...

- Jogue-as ao mar! – Dio gritou e fez um gesto com a mão, no mesmo momento, todos os garotos viraram as bolsas e jogaram tudo que estava dentro na agua.

Antes que todas as garotas tivessem qualquer reação, ouviu-se um grito triste e agoniado:

- Não! – Eles viraram na direção da voz e viram Mari com os olhos lacrimejando, ela caiu de joelhos e eles escutaram soluços. – Não, não!

- O que vocês fizeram?! A Mari não tinha nada haver com tudo isso! – Elesis gritou exaltada.

- Não?

- Não, ela recusou totalmente!

- Desculpa então, só ficar calma, Mari, são só alguns livros que você tinha na bolsa.

Mas Mari pouco prestava atenção, ela se levantou, e mesmo com as pernas bambas ela caminhou até a imensidão azul. Quando seus pés tocaram a água, por um segundo apenas, ela vacilou, mas logo voltou a andar, olhando fixamente para um único ponto.

’ O que diabos ela está fazendo?! ’ Dio pensou enquanto observava a garota, e então viu um pequeno ponto brilhante na direção em que ela caminhava. ’ Aquele não é o colar que ela estava usando mais cedo? Ele está muito longe, em uma parte muito funda, ela não vai... Ah, ela vai sim... Mas ela não sabe nadar! Vai se afogar fácil, fácil... Na verdade, já está se afogando... Não, pera... Eu tenho que fazer alguma coisa... ’

Sem refletir direito, Dio saiu correndo tirando a blusa, e mergulhou na agua.

- Dio! O que pensa que está fazendo?! – Rey gritou.

Ele não ouviu, pouco se importou se a sensação de ter água o rondando completamente o assustava, apenas recorreu as memorias de quando nadava e gostava de ficar submerso em piscinas, passar o dia inteiro em contato com o liquido azul. Não demorou muito para ele alcançar a garota, ele a pegou e retornou ao solo o mais rápido o possível.

Deitou-a na areia e viu seus lábios azuis, aproximou sua mão deles e verificou que ela não respirava, todas as suas reações foram automáticas, coisas aprendidas em diversas aulas de primeiros socorros que sua escola obrigava-o a frequentar.

Primeiro, massagem cardíaca, depois respiração boca a boca. Massagem, respiração, massagem, respiração, massagem, respiração.

Continuou repetindo os movimentos até ela apresentar uma reação, cuspindo água e voltando a respirar.

Dio sentiu-se estranhamente feliz e sorriu.

- Você sobreviveu, muito bem, Mari. – Abaixou-se e beijou sua testa.

Então, não viu mais nada.

~*~*~*~*~*^*~*~*~*~*

- Medo d’agua?

- Exatamente. – Rey concordou com a cabeça. – Quando a gente era criança, ele gostava muito de nadar e ficar o dia inteiro sem fazer nada que não pudesse ser dentro da piscina, e isso me enchia o saco. Ai um dia eu contei uma inocente historinha de terror e puxei seu pé, depois disso, sempre que chegava perto de lugares cheio de agua ele fazia um escândalo.

Todos soltaram risadas muito altas, porém a mais estridente foi a de Lass:

- Eu nunca esperei que... Ele fosse tão... Criança... – Ele dizia em meio gargalhadas e recuperação de folego. – Por isso que ele fez um reboliço quando tivemos aquela ideia e fez tanta questão de que ficasse em terra.

Ninguém tinha percebido que Dio estava acordado e ouvindo tudo, pelo menos, não até ele pular em cima de Lass e tentar estrangula-lo.

- Eu vou te mostrar quem é criança... – Rangeu os dentes.

- Calma, calma, Dio. – Lass o tirou de cima de si, obrigando-o a se sentar. – Você fez um bom trabalho, e tem alguém que quer te agradecer. – Ele apontou na direção de Mari, que se sentou na frente de Dio.

- Eu... Queria agradecer genuinamente pelo motivo...

- Ah... Mari, você é tão complicada. – Suspirou Dio, ele estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas sua boca ficou meio... Ocupada. Dio ouviu todas as provocações e comentários de seus amigos, mas a única que corou foi a menina.

- Obrigada por me salvar, aquele colar é muito importante para mim, é a única lembrança dos meus pais e...

- Tá, tá... Que tal mais do outro agradecimento?

- Dio! Seja mais sentimental!

- Quem? Eu? Só que não, né? – A garota olhou para ele assustada e ele riu. – Só brincando.

Ela suspirou.

- Não foi nada, Mari.

Os dois sorriram e ele lhe acariciou os cabelos.

- Mas que seria legal mais um daqueles ia.

- Dio!

- Ronan, porque você ainda tá vestido de menina?


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Notas finais do capítulo

E enfim, meio ano depois, ela ressurge das cinzas...
Eu!
Para mais explicações, esperem o proximo capitulo de NSB?! é bom que eu já explico tudo de uma vez.
Desculpa,gente.
Mas é né.... Romance que é bom... Nada
Culpa da torinha
Pelo menos eu postei né?
Ou não...
Ai, gente, desculpa...-.-'''''''''''''''



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