Casais Improváveis escrita por MissTenebrae


Capítulo 10
Especial - Um pouco mais de Dio e Arme


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa.
Eu demorei muutio dessa vez ( mais de um mês!)
Eu não notei que o tempo passou tão rapido assim!
Okok, podem ler, depois vocês me torturam e matam porque eu mereço, além de ter demorado ainda entrego uma coisinha dessas para vocês --
Por favor, me desculpem.



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Sentiu alguém afagando seu cabelo e uma mão passeando pelo seu abdômen assim que recobrou seus sentidos. O calor dos dedos o fazia querer voltar a dormir, tentou se obrigar a isso, um sorriso escapou de seus lábios e no mesmo momento ele tentou disfarçar.

– Muito bonito, senhor Dio, mas pode levantar, eu vi que você já acordou. – A voz mandona fez seu não bem disfarçado sorriso aumentar, ficando impossível de detê-lo.

– Mas eu não quero. – Disse, seu sorriso mudando de extremamente alegre para um mais puxado para o pervertido, e a pequena percebeu essa mudança.

– Meus pêsames, vai levantar mesmo assim. – Retrucou.

– E se eu tiver meios de fazer você me deixar ficar deitado?

Ela sorriu com ele, um sorriso diferente, se divertindo com a brincadeira.

– Não vai conseguir. – Disse, certa do que falava, cruzando os braços.

– Veremos então. – Em um rápido movimento, puxou a cabeça dela, levantando um pouco o próprio corpo, e a beijou. Ela rapidamente ficou satisfeita em retribuir. Segundo após segundo, intensificando a relação entre línguas. Eles estavam muito alegres com aquilo, por ter encontrado a felicidade numa pessoa tão inesperada.

Quando a situação ficou um pouco mais profunda, Arme o afastou com um sorriso no rosto. Ele a olhou se perguntando o que tinha acontecido.

– Como eu disse antes, você não conseguiu. – Vendo que Dio ia começar a reclamar, ela prosseguiu. – E além do mais, Lothus enviou uma mensagem hoje, dizendo para voltarmos o mais rápido o possível, nós estamos demorando de mais nessa missão.

– Eu não quero voltar. – Dio reclamou.

– Nem eu, mas não temos escolha. – Disse acariciando o rosto dela, embora tenha que ficar na ponta dos pés e ele tenha que abaixar um pouco para isso. – Vamos lá.

Pegaram as poucas coisas que tinham levado para a missão e se preparam para partir. Ele passou a mão pela cintura dela, aproximou-a de seu corpo e sorriu.

– Vamos.

– Eu adoro o seu sorriso. – Sussurrou ela.

–------------*----------------*------------------*--------------*

A situação estava indo bem para eles, o malditamente grande monstro estava quase derrotado, e seus pequenos seguidores, quase aniquilados, a missão deles estava preste a ser concluída, de forma extremamente fácil. Talvez fácil de mais. Dio riu vitorioso no momento em que cortou a grande criatura ao meio e deu fim a sua vida.

Depois disso, tudo aconteceu rápido de mais. Dio não se lembra de muita coisa, ele se lembra de ter ficado feliz com a derrota do monstro, se lembra de virar para comemorar com Arme quando viu uma lança vindo em sua direção, direto no coração, se lembra de ter ouvido grito aterrorizado dela:

– NÃO! DIO! NÃO!

E então, sangue.

Ele se lembra de ter ficado com raiva, e ter gritado de agonia, em alguns poucos movimentos acabado com os poucos monstros que haviam restado. Lembra de segurado o pequeno corpo manchado de sangue com cuidado, de ter usado o portal de emergência, de ter gritado por ajuda assim que chegou no QG, de ter visto levarem o corpo da sua pequena para longe dele.

E se lembra de algo quente molhando seu rosto.

E então, escuridão.

–----------*-----------*----------*------------*-----------*

Faz três anos que Arme salvou sua vida, três anos que pessoas e mais pessoas tentaram consola-lo, apesar de não entenderam porque estava tão desolado, três anos que cuidava do corpo dela, esperando que ela enfim retorne para ele, três anos que lhe dava uma poção, preparada por Rey como um presente de consolo, a cada dia para que seu corpo permanecesse o mesmo, o dele estava o mesmo que sempre foi, afinal, asmodianos tinham uma grande expectativa de vida em números humanos, diferente dos próprios.

E faz três anos que ele havia chorado pela primeira e única vez.

O estado de Arme era critico quando tinha chegado, mas com a ajuda de todos da GC, que amavam a maguinha e sentiam certa pena dele, ela estava em estado de coma, com menos riscos, ele nunca desistiu dela.

Ele estava frio, muito mais do que foi antes, não falava mais do que o necessário, e se alguém tentasse puxar conversa, ele apenas lhe lançava um olhar que o fazia calar a boca, a única pessoa com quem era simpático e tinha paciência era Arme, a pequena em coma.

Há muito tempo eles haviam desistido de fazê-lo esquecer disso, pelo menos ele continuava indo às missões, como em honra ao nome dela, não sem antes ter certeza que alguém de confiança ficasse cuidando dela (o que não incluía o bicho rosa dançante, a brutamontes ruiva e nem o druida idiota).

Ele sabia que para as pessoas que olhavam de fora ele devia parecer um tanto quanto louco, mas ele sentia que devia isso à Arme, e não queria desistir dela, não queria aceitar que poderia perde-la.

Esse sentimento era tão estranho e apesar de todos esses anos, de ter passado dia após dia com ele, ainda não o havia entendido.

Era uma coisa estranha para ele sentir algo assim, mas não queria lutar contra.

Entrou na base da GC, voltando de uma missão que durou muito mais do que ele queria que tivesse durado.

– Boa noite, Dio, que bom que voltou bem. – O bicho rosado irritante, digo, Amy apareceu na sua frente sorrindo e acenando.

Ele desviou dela e a dispensou com um: você está atrapalhando o caminho.

– Ele continua estranho. – Comentou Amy.

– E vai ficar assim por um bom tempo, não se lembra do que a Rey falou?

Dio lembrava.

Pouco depois de trazer Arme, e ela ser medicada, Rey analisou Dio e comentou com alguém quando o via seguir mais uma vez para o quarto da baixinha:

– O Dio nunca amou antes, agora que se permitiu a isso, ele não vai desistir tão fácil. Duvido que um dia ele deixe de amá-la ou desista de recupera-la.

Ele ainda se perguntava como ela podia estar tão certa.

– Você não precisa ser mal-educado assim, eles não têm culpa. – Rey apareceu do lado dele, negando com a cabeça, decepcionada.

– Não me lembro de ter pedido sua opinião. – Resmungou.

Ela suspirou, não adiantou nada tentar discutir com ele nesses últimos quatro anos, não ia adiantar nada agora. Ela notou uma sacola na mão dele e perguntou o que era aquilo.

– Não te interessa.

Como o esperado.

Ele seguiu o caminho já bastante conhecido, abriu e depois trancou a porta, sentou-se na sua cadeira ao lado da cama e sorriu para ela.

– Naquela semana que nós enrolamos na missão, eu lembro que você me disse que seu doce humano favorito era um tal de sorvete de creme, eu comprei para você. – Disse, botou o sorvete em cima de um criado mudo e, com cuidado, sentou ela na cama. Como sempre, conferiu seus batimentos cardíacos e sua temperatura. – Seus batimentos estão mais acelerados e você esta mais quente, parecem com o de uma pessoa acordada. – Ele sorriu. – Seria tão bom se você voltasse para mim.

Depois de quatro anos, Dio sentiu novamente aquela sensação de agonia que teve antes de chorar pela primeira vez, mas não permitiu que a tristeza o tomasse, em vez disso pegou o sorvete e deu de pouco em pouco para a adormecida maga.

Há medida que o tempo passava, Dio fazia comentários do tempo que passaram juntos, até que, na metade do pote, ele não conseguiu mais se segurar, deixou o pote no chão e segurou a mão dela com força, a aproximou do seu rosto, e pela segunda vez em seus muitos anos de vida, ele se permitiu chorar.

Passou um bom tempo assim, em seu protesto silencioso contra a falta de reação da menina. Pensou ter sentido um movimento na mão que guardava dentro da sua, mas ignorou, devia ser só algo da sua cabeça.

Mas aconteceu de novo, e se repetiu novamente, ficando cada vez mais forte, ele levantou a cabeça e viu uma tentativa de sorriso no rosto da pequena.

A mão afagou o seu rosto.

Ele sentiu algo quente em seu peito, não sabia o que fazer, esperou tanto por aquele momento, mas não conseguia ter nenhum tipo de reação.

Aos poucos os olhos dela começaram a abrir.

Ela pareceu preocupada.

– D-Di io o-o-qu choando. – Ela parecia uma pequena criança tentando falar pela primeira vez, e ficou frustrada ao não conseguir. Seu braço levantou lentamente até tocar o próprio rosto, sua mão desceu vagarosamente, fazendo o caminho de uma lagrima, seu rosto expressava duvida.

– Senti sua falta. – Foi tudo que ele conseguiu falar.

O esboço de sorriso no rosto dela tomou um pouco de forma, ele abriu um sorriso também.

– A...A... Mô ssu ssorris – Ela gaguejou um pouco, ficou mais frustrada e irritada por não conseguir falar, mas ele entendeu.

Mais para frente, tudo daria certo, afinal, sua pequena estava com ele de novo. Ele deixou seu sorriso aumentar e suas esperanças para um novo futuro tomarem conta de si. Ele se aproximou dela tocando seus lábios com o dela.

– Eu também amo o seu sorriso.



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Notas finais do capítulo

Ficou um pouco dramático, né?
Pelo menos ficou grande ^^
Eu prometo que vou postar mais rápido dessa vez, serio, meu cronograma ta tipo assim:
13 ou 14/11 - Especial - Lass e Rey
15 ou 16 - Especial (muito atrasado) de Halloween
16 ou 18 - Especial para o meu aniversario que ta perto (sim, eu vou me dar um presente u.u)
Eu prometo que vou tentar ao maximo cumprir o cronograma .
Me desculpem de novo.
Mas bem...
Pelo capitulo grande( a única coisa boa dessa vez) eu quero reviews.
Obrigado por lerem ^^
-M.T.