Edward E A Lâmpada Mágica escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 5
Criando um príncipe


Notas iniciais do capítulo

Olá :D
Foi mal a demora pessoa, tava dodói do estômago e a tontura era tanto que eu não consegui escrever direito :/ Além do que eu tava deprê, eu e meu pai tentamos adotar uma onça e minha mãe impediu, fiquei sem meu bebê :(
Mas agora eu tô melhor, tô mais animada pq vou poder visitar meu bebê e minha alegria foi tanta que eu consegui terminar o capitulo para a alegria de vocês :D
Capítulo dedicado a Mah pela linda indicação *O* OBRIGADA AMORE!
E obrigada a todos pelos reviews!
KKKKKKKKKK muitas de vocês querem me matar pq o Edward tá atrás da Tanya, mas se acalmem garotas, lembrem-se, a fic é Beward!
GASPARZINHAS E GASPARZINHOS, SEJAM CAMARADAS E DEEM OI!
Espero que gostem do capitulo, aproveitem a leitura :)



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Eu voava alto, às vezes tinha a impressão de estar em queda livre. Eu gritava feito louco, minha garganta já ardia e minhas cordas vocais provavelmente já eram. Não sei quanto tempo fiquei no ar, segundos talvez, só sei que quando finalmente eu senti a terra firme sob os meus pés eu tive que me ajoelhar e beijar o chão.

– Eu te amo, terra linda! Tão firme e nem um pouco assustadora! Nunca mais vou te deixar! – eu falava beijando a areia quente e respirando aliviado por eu não estar mais naquele pesadelo.

Escutei uma gargalhada e olhei para os lados procurando quem ria da minha desgraça. Era Bella, claro, a gênia doida que quase me matou.

– Você está louca mulher? Eu podia ter morrido!

– Ora não seja dramático, foi só uma rápida viagem.

– Viagem? Viagem! Já ouviu falar em carro? Avião? Trem? Taxi? Não dava pra usar nenhum deles não?

– Não seja absurdo Edward, foi apenas uma voadinha. – ela disse sorrindo arteira.

– Ah vá, sério? Uma voadinha? Eu juro que você ainda me paga pelo pânico que eu passei! Eu desejei virar um príncipe, e não ser o superman.

– Isso faz parte do processo, afinal você precisará de um reino e não dava para construir um reino com um grandioso palácio naquela casinha, né? –ela disse fazendo uma cara sarcástica.

– Então a voadinha foi para o quê mesmo? – eu disse me levantando do chão e olhando em volta. – O que estamos fazendo no deserto nesse sol dos infernos?

– A voadinha foi para chegarmos ao seu futuro reino. Estamos em uma parte inabitada do deserto, é aqui que construirei seu palácio. – ela disse estalando os dedos e logo em seguida a terra começou a tremer.

– TERREMOTO! – eu gritei assustado e Bella começou a rir.

– Não seu bobo! – ela disse apontando para algum lugar atrás de mim.

Eu me virei e vi que a areia se abria e algo emergia. Torres e muros foram os primeiros a surgir, e aos poucos um grandioso palácio branco com dourado se formava. Logo depois, em frente ao palácio, uma cidade foi surgindo. As casas eram grandes, indicando que os moradores tinham boas condições de vida, e aos poucos eu vi algumas pessoas na rua. Havia também um mercado, de longe pude ver várias lojinhas. Algumas árvores frutíferas estavam espalhadas pela cidade e vi alguns pequenos jardins floridos com pequenas fontes. Wow! A gênia sabia como fazer um serviço completo.

– Majestade. – uma mulher passou por mim e disse se curvando um pouco.

– Oh, olá. – falei sem jeito e ela sorriu antes de se retirar. – Esse é o meu reino?

– Sim! É uma cidade de médio porte, não quis fazer nada exagerado, mas não há índice de pobreza aqui. Todos os moradores vivem bem, não há mendigos e todos se ajudam por aqui.

– De onde veio essas pessoas?

– São mendigos, pessoas rejeitadas pela sociedade e viúvas abandonadas pela família. Todas essas pessoas tiveram suas memórias alteradas por mim. Elas acham que vieram para cá por conta própria e tiveram a oportunidade de recomeçar que foi oferecida por você. Outro detalhe, você não cobra impostos. Na verdade, não precisa, você têm bastante ouro dentro desse palácio. Criei uma guarda também bastante eficiente, não haverá índice de criminalidade. É a cidade perfeita. – ela falou sorrindo, orgulhosa do que havia feito.

– Nossa, parabéns. Isso o que você fez foi bom e generoso, gostei disso. Realmente é a cidade perfeita. – falei contente com o resultado.

– Obrigada. – Bella falou me dando um grande e lindo sorriso. Já falei que a minha gênia é linda?

– Essas árvores e jardins, não tem perigo de morrerem por estarem no deserto e nesse calor? Afinal elas não são nativas daqui.

– Não, foram feitas por mágica, claro que não vão morrer! – ela disse revirando os olhos.

– Ah, claro que eu ia saber disso. Claro! Afinal eu estou super acostumado com magia.

– Bem, vamos entrar? – ela disse ignorando meu sarcasmo. – Ainda não acabei, tenho que te transformar em um príncipe! – ela falou sorrindo arteira e me arrastando para dentro do palácio.

Assim que ultrapassamos os portões fomos recebidos por vários criados que se curvavam, me chamavam de majestade e perguntavam se eu precisava de alguma coisa.

– Não, não. Estou bem, obrigado. – respondi para todos e eles sorriram e se retiraram.

– Vamos, vou te levar aos seus aposentos. – eu assenti e a segui.

Enquanto eu a acompanhava eu ia reparando na decoração. Era esplêndido! O chão era ladrilhado com cores brancas e beges, os portais eram dourados e, assim como as pilastras de mármore, cheias de adornos e pequenos detalhes. Nas paredes havia várias pinturas, cada uma contando uma história folclórica indiana. Havia também grandes esculturas de marfim e de madeira, algumas eram de deuses outras de elefantes e tigres. Simplesmente lindo.

Chegamos aos meus aposentos, e a decoração era parecida com a do restante do castelo. Eu não gostei, eu tinha outra coisa em mente.

– Sem querer ofender, mas não gostei do meu quarto não.

– Oh, não? Quer que eu mude? Quer outro palácio? Eu posso fazer outro! – Bella falou parecendo desconcertada e chateada.

– Hey, calma! Pensei que não aceitasse devoluções. – falei brincando um pouco.

– Não é devolução, só estou reparando. Fasso isso quando gosto do meu amo. – ela falou corando.

– Então você gosta de mim?

– Não seja convencido, sabe o que eu quis dizer. – ela disse revirando os olhos. – Então, o que quer que eu faça?

– Sabe, eu gostei daquela decoração marroquina que você usou na casa que estávamos antes. Poderia fazer isso no meu quarto? Eu acho que ficaria mais legal.

– Isso é meio estranho, uma decoração marroquina em um palácio indiano, mas você é quem manda! – ela falou sorrindo e estalando os dedos.

No instante seguinte a decoração mudou e assumiu o ar marroquino que eu tanto queria. Estava lindo e perfeito como tudo o que ela fazia, só que na mesma hora me arrependi. Não é por nada não, mas acho que esses véus, luz de velas e cores quentes deixa tudo com um ar sensual. Esse quarto, mais a minha gênia seminua e eu na seca há um mês não ia dar certo.

– Gostou? – ela perguntou se virando para mim e sorrido.

– Er, adorei. – falei não conseguindo tirar os olhos das curvas à mostra da minha gênia. – Essa roupa de odalisca sua, é bem legal. – falei engolindo seco.

– Hum, obrigada, acho. – ela disse me analisando e eu olhei para o lado tentando parar de secar a minha gênia. – Bom, tire a roupa. – ela disse indo se sentar em minha cama.

Eu a olhei confuso e meio assustado, ela ao contrário parecia bem relaxada e me olhava de cima a baixo. Bella cruzou as pernas e inclinou o corpo para trás se apoiando nos cotovelos. A sua barriga retinha ficou mais à vista e o top repuxou um pouco mais os seus seios os deixando mais à mostra. Peraí... ela estava se insinuando para mim? Tipo... será que... foda-se! Eu tô na seca e não sou comprometido.

– Ok, mas assim? Tirar a roupa e pronto? – falei estranhando a falta de romantismo dela. Era muito difícil achar mulheres que fossem tão diretas.

– É. – ela disse dando de ombros e voltando a me analisar. Ou será que ela estava me secando?

– Você faz isso com todos os seus amos?

– Não, você é o primeiro. Quero fazer o serviço completo e deixar tudo perfeito.

– Uau, devo ser especial. – falei rindo e começando a tirar a minha roupa.

– Já disse, eu fui com a sua cara.

– Sorte a minha, porque já tem um tempo que eu não tenho uma mulher. – disse tirando a ultima peça de roupa e ficando nu.

Sorri para ela e me aproximei já começando a ficar excitado com o que me esperava.

– Tempo que você não tem uma mulher? Do que está falando? Você não precisava tirar a roupa de baixo! Oh... nossa... hum... acho que você está... excitado. – ela falou virando o rosto constrangida e corando violentamente.

– Espera aí, do que vocês está falando? – eu falei confuso. Ela não estava se insinuando? Tá com vergonha por quê?

– Ora, estou falando de te transformar em um príncipe perfeito, em tirar as manchas de sol, tirar suas medidas, arrumar seu cabelo, cuidar de você por completo. – ela falou como se fosse óbvio.

– Ah. – eu falei sem graça e cobrindo os meus países baixos. – Entendi, podia ter me avisado que eu não precisava tirar tudo.

– Ora, achei que fosse óbvio! Afinal não podia ser nada de mais. Espera, o que você achou que era?

– Nada, por que eu acharia algo? – falei me amaldiçoando mentalmente por ficar pensando besteiras.

– Certo. – Bella deu de ombros. – Bem, primeiro de tudo eu vou te dar um banho para tirar toda a sujeira e assim eu finalmente saber o que é preciso fazer. Por que vamos combinar, com essa sujeira toda eu não sei o que precisa ser cuidado e o que não precisa. – ela falou indo para o final do quarto onde tinha uma outra porta.

Peraí, ela falou que vai me dar um banho? Depois não quer que eu fique excitado e pensando besteiras.

– Ham, você vai dar banho em mim mesmo? – falei indo para o mesmo caminho que ela foi.

– Bem, vou te ajudar. Alguns lugares precisam ser esfregados com força e você não alcança, como as suas costas. O resto é com você.

– Ah, entendi. – falei analisando o banheiro.

Uau, o banheiro era maior que meu apartamento em Londres. Os azulejos na parede eram verde-esmeralda, havia uma grande janela ao fundo e os vidros eram amarelados, deixando apenas a luz do sol entrar. No centro estava uma gigante banheira redonda que possivelmente cabia umas dez pessoas e nas prateleiras estavam vários potes de vidro com pedras preciosas onde devia ficar alguns óleos e cremes.

– Entra, a água está morna. – ela falou apontando para a grande banheira e jogando um pouco de óleo nela.

– O que é isso que está colocando?

– Essência de Jasmim. – falou simplesmente, voltando a colocar o pequeno pote verde na prateleira.

Não esperei mais e entrei na água soltando um suspiro de contentamento. O mundo podia acabar agora que eu não me importava. Cara, eu estava com saudade de tomar banho! Mergulhei na água morna molhando todo o meu corpo e depois escorei em uma das bordas.

Bella se aproximou com a esponja em uma mão e um vidro vermelho na outra. Molhou a esponja na água e despejou o liquido vermelho que havia no pote nela.

– O que é isso que está pondo?

– É como se fosse um sabonete liquido. – ela disse começando a esfregar as minhas costas.

– O cheiro é bom.

– É de rosas. – eu ri e ela me olhou confusa. – Não gosta?

– Não, eu gosto sim, mas é que é estranho um homem com cheiro de rosas.

– Bom, pelo menos vai tirar o mau cheiro. – ela falou divertida e eu fiz uma careta.

– Estou fedendo tanto assim?

– Você não tem ideia. – ela disse rindo e eu a acompanhei.

Logo depois ela deixou com que eu terminasse o banho sozinho. Quando sai ela estava novamente sentada em minha cama, me esperando. Eu estava apenas com a roupa de baixo, uma cueca larga de linho horrível e desconfortável.

– Sinto falta das minhas boxers. – comentei por alto e vi Bella estalando os dedos.

Na mesma hora a cueca de linho sumiu e uma boxer branca surgiu no lugar. Bem melhor!

– Obrigado.

– Não há de quê. – Bella disse se levantando e vindo em minha direção.

Ela começou a andar em torno de mim me analisando e por fim parou na minha frente. Eu me sentia envergonhado e estranhamente exposto. Tá que eu tinha ficado pelado na frente dela, mas agora era diferente. Ela me analisava e não havia nada de luxúria em seu olhar. O que será que ela está pensando?

– Então, estou aprovado? – perguntei divertido, tentando disfarçar meu desconforto.

– Oh, não, não é isso. É que eu estava pensando, sua pele está manchada pelo sol e eu vou corrigir isso, mas quando eu o fizer você ficará muito branco e indianos não são brancos.

– E isso é um problema?

– Bem, é sim. Afinal você quer conquistar uma princesa indiana se passando por um príncipe indiano.

– Oh, não tinha pensado nisso.

– Sim, teremos que bolar um plano. Mas não vamos pensar nisso agora, melhor terminar o que comecei. – ela disse estalando os dedos.

Na mesma hora comecei a sentir minha pele ardendo, olhei para os meus braços para ver o que estava acontecendo e vi que toda a pigmentação bronzeada da minha pele estava sumindo e ela estava voltando a ser impecavelmente branca. É, eu ia destacar na multidão.

– E agora o cabelo e as unhas. – ela falou estalando os dedos novamente.

Fui em direção ao espelho ver o que ela havia feito e vi que meu cabelo estava cortado, brilhoso e, para variar, rebelde. As minhas unhas estavam aparadas e limpas, tanto as dos pés quanto as das mãos. Higiene! Até que enfim!

– Eu estava precisando disso.

– Concordo.

– Bem, e agora?

– E agora as roupas. – ela falou estalando os dedos novamente.

Um brilho branco ofuscou a minha visão e quando eu finalmente voltei a enxergar direito eu percebi que eu estava usando um Sherwani¹ dourado com um pouco de bordado e uma calça vermelha.

– Uau, isso destacou bastante o seu cabelo.

– Estou me sentindo esquisito nessas roupas.

– É melhor do que as que você usava.

– Isso é.

– Bom, agora que você parece um príncipe e precisamos pensar em uma desculpa plausível para você ser tão branco. – ela disse se sentando em minha cama e eu fui até ela.

– O que tem em mente? – falei deitando em seu colo.

– Bom, estava pensando em dizer que seu pai era indiano mas sua mãe era anglo-saxônica e você acabou puxando à sua mãe. O que acha amo? – ela perguntou acariciando os meus cabelos.

– Acho aceitável, bem justificável. Eles vão engolir. – falei fechando os olhos apreciando o carinho. Era tão bom e tão... íntimo!

– Sabe falar inglês? – perguntei distraído.

–Sim senhor. – ela falou em um perfeito sotaque inglês me fazendo rir.

– Me faz um favor? – falei finalmente voltando a falar em minha língua de origem.

– O que quiser.

– Quando estivermos a sós vamos manter a conversa em inglês. Detesto ter que falar em dravítico o tempo todo.

– Tudo bem. – ela disse rindo. –Amo, posso lhe fazer uma pergunta íntima? – Bella perguntou após alguns minutos de silêncio.

– Claro gênia, pergunte.

– A princesa que você está apaixonado, ela vale a pena tudo o que você está fazendo? – eu abri os olhos e vi que ela me encarava de forma estranha.

A pergunta me pegou de surpresa, eu nunca havia pensado sobre isso realmente. Na verdade, eu nem a conhecia, então porque estava fazendo isso para conquista-la?

– Para falar a verdade eu não sei. Eu não a conheço, apenas sei que foi a única mulher que me atraiu sem muito esforço. Foi atração instantânea, acho que isso significa alguma coisa, não acha?

– Pode ser somente atração. – ela falou e eu fiquei pensativo.

– É, tem razão, mas agora que eu comecei eu vou terminar. Vou tentar conhecê-la, se ela for o que eu espero irei conquistá-la e ir embora com ela. Sabe, não tinha reparado, foi realmente muito impulsivo a minha atitude.

– Talvez estivesse encantado demais para pensar com clareza. – ela disse divertida me dando um de seus lindos sorrisos.

– Talvez, mas acho que já não estou tão encantado assim.

– O quê? Por que diz isso?

– Não sei, parece que...achei algo mais interessante. – falei olhando para ela nos olhos e ela pareceu corar.

Não me aguentei, levei uma mão até seu rosto e acariciei sua bochecha rosada. Eu adorava quando ela corava, ficava tão linda e com um ar de inocência. Levantei um pouco o meu corpo para olhá-la mais de perto e vi que nossas respirações ficaram suspensas. Minha mão foi para os seus cabelos macios e castanhos, mantendo- a firme no lugar. Eu não sabia realmente o que estava fazendo, foi como um impulso, e eu me senti estranhamente conectado a ela. Mas a conexão foi cortada quando Bella olhou para mim com os olhos arregalados.

– O que foi? – perguntei preocupado.

– Droga, esqueci-me de Jasper!

PUTA QUE PARIU! ELE VAI ME MATAR!



Obs:

1 – Sherwani: vestimenta masculina indiana, geralmente usada em ocasiões especiais. É uma espécie de casaco acompanhado por outros itens especiais como joias e turbante. São feitos de tecidos nobres e podem ser bordados com pedras preciosas, com detalhes em ouro e prata.



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Notas finais do capítulo

Reviews? :) Eu tô boazinha agora então o sistema de postagem voltou ao normal. reviews = post mega rápido :)tô aceitando indicações também ^^'