Capítulo 20 - Primeira vez

POV Annabelle

Três anos se passaram desde o ocorrido com Apolo na escola. Como eu tinha imaginado, no dia seguinte eu fui bombardeada de perguntas. Annabeth e Percy concordavam com as meias verdades que eu falava.

Estava com dezoito anos e meu namoro com Apolo ainda estava firme. Não vou dizer que ele não tinha me traído, muito pelo contrário, ele tinha me traído inúmeras vezes nesses três anos. Eu não me importava muito, enquanto ele não pegasse alguém que eu conhecia e continuasse me contando quando me traísse, por mim estava razoavelmente bem.

Já estávamos no final de maio, a formatura seria na primeira semana de junho, dali duas semanas.

Annabeth tinha saído com Percy às oito da manhã e provavelmente não voltaria hoje para casa, era mais provável que ela passasse a noite na casa de Percy do que viesse para cá.

Já passava muito do meio-dia quando a campainha tocou, eu ainda estava debaixo das cobertas na minha cama. Minha vontade era deixar a maldita campainha tocando, mas como poderia ser alguma coisa importante, me levantei da cama, peguei o robe e coloquei sobre a camisola preta que eu vestia.

Quando abri a porta, dei de cara com Apolo.

– O que faz aqui? - eu perguntei dando espaço para ele entrar.

– Está sozinha? - ele perguntou entrando no apartamento, assenti. - Onde Annabeth está?

– Ela saiu com o Percy. - eu respondi trazendo-o para a sala.

– E por que você não foi com eles? - ele se sentou no sofá e me puxou para seu colo. Ele não gostava quando eu ficava sozinha no apartamento.

– E ficar segurando vela? Prefiro ficar em casa. - respondi. - O que veio fazer aqui? - eu perguntei novamente.

– Não posso visitar a minha namorada? - ele arqueou a sombrancelha.

– Apenas estranhei a hora. - dei de ombros. - O que quer fazer?

– Me diga você.

– Eu ainda não almocei. Me ajuda a preparar alguma coisa?

– Tem para mim também? - ele perguntou me seguindo até a cozinha.

– Claro! - eu ri divertida.

– Não quer se trocar antes? - ele perguntou olhando para minhas pernas e depois para meus seios, que estavam cobertos pelo tecido fino da camisola, que sinceramente, era curta.

– Você se importa?

– Não. - ele mentiu na cara dura engolindo em seco.

Preparamos dois lanches naturais. Pão integral, alface, tomate, pepino, um pouco de maionese e o meu estava pronto. O de Apolo, tinha uma variedade de recheio que me dava náuseas só de ver.

– Não é tão ruim, Anna. - ele falou fazendo careta. Ele tinha misturado, mostarda, ketchup e maionese. Alface, tomate, pepino, um pedaço da carne de ontem, que Sally tinha dado para mim almoçar hoje e mais várias coisas que encontramos na geladeira.

– Joga isso, Apolo. - eu fiz careta ao ver ele dando outra mordida no lanche-monstro, ele não esperou eu falar outra vez. Me levantei e preparei um lanche igual ao meu para ele.

Depois que terminamos de comer, ficamos conversando na cozinha mesmo, lavei os pratos e copos que tínhamos sujado e ele guardou para mim.

– O que quer fazer agora? - eu perguntei quando fomos para a sala, já era quase cinco horas.

– Filme? - ele deu a idéia. Dei de ombros, tinha uma estante com filmes na sala, mas eu não tinha assistido nenhum até hoje, em três anos morando aqui. - Qual? - ele perguntou olhando para os DVD's.

– Escolha você. - eu dei de ombros e ele ficou na sala olhando os filmes enquanto eu fui para o quarto buscar uma coberta, eu estava com frio, ficar com uma camisola de seda com o ar ligado, era para morrer, mas Apolo reclamava que estava com calor. Quando voltei para a sala, ele já tinha escolhido um filme.

– Immortals? - eu perguntei olhando para a capa do DVD que ele tinha nas mãos.

– Não gosta?

– Nada contra. - dei de ombros. Tinha escutado Annabeth falando sobre esse filme com Percy, semana passada.

– Quer escolher outro? neguei com a cabeça e ele colocou o DVD para rodar e veio se sentar comigo. Ou melhor, quando eu fui me sentar, ele impediu se sentando primeiro, me puxando para o meio de suas pernas logo em seguida fazendo com que eu ficasse apoiada em seu peito. Suas mãos estavam na minha cintura.

– Está com frio? - ele perguntou quando tocou minha pele gelada. Assenti. Ele puxou uma coberta que eu tinha pego antes e nos cobriu ali.

Mesmo sendo um filme de ação, eu dormi. Estava tão confortável nos braços dele que eu não consegui ficar acordada.

Acordei com Apolo distribuindo beijos quentes pelo meu pescoço. O filme já tinha terminado e do lado de fora da janela já estava escuro.

– Que horas são? - eu perguntei sonolenta.

– Quase oito. - ele respondeu com a voz rouca e apertando minha cintura delicadamente.

Vou ser sincera, eu estava com dezoito, quase dezenove anos agora, com três anos de namoro e ainda era virgem. Meus hormônios estavam a flor da pele e eu várias vezes tinha impedido Apolo de prosseguir para um segundo estágio. Aquele único aperto, sua voz rouca e seus lábios em meu pescoço me acenderam, eu me arrepiei quando ele mordiscou o lóbulo de minha orelha, ele percebeu isso.

Ele abandonou os beijos suaves em meu pescoço e passou a morder e chupar minha pele, provavelmente eu ficaria marcada depois. Eu estava com as costas apoiadas no peito dele, joguei a cabeça para trás, deitando-a em seu ombro quando ele ergueu a barra de minha camisola, suas mãos entrando pelo tecido e entrando em contato com minha pele.

Ele subiu a mão devagar me testando. Era sempre por ali que eu pedia para ele parar, mas não hoje, ele apertou meus seios por cima do sutiã e eu gemi. Ele puxou meu rosto para o seu e seus lábios tomaram os meus possessivamente.

– Annabelle, você quer mesmo isso? Se continuarmos você não será capaz de me parar. - ele falou com a voz mais rouca ainda em meu ouvido.

– Eu quero. - respondi tentando encará-lo, buscava sua boca com a minha.

– Não se apresse, minha querida. Eu tinha prometido para você que quando a hora chegasse, eu faria com que fosse inesquecível. - ele lembrou uma antiga promessa. - Vamos para seu quarto. - ele me pegou no colo com facilidade, passei os braços ao redor de seu pescoço. Ele apagou todas as luzes da casa antes de irmos para meu quarto.

POV Apolo

Abri a porta de seu quarto e fechei logo depois de passar, coloquei ela na cama e desamarrei o robe que ela vestia por cima da camisola. Essa garota sabia como me enlouquecer. Joguei o robe sobre a mesa dela e segurei seu rosto com a mão esquerda e a beijei, um beijo calmo, sem pressa, apenas afirmava o quanto nós nos amávamos. Ela enterrou os dedos em meus cabelos puxando-me para mais perto, minha mão passou para sua nuca e aprofundei mais ainda o beijo. Enlacei sua cintura e me sentei na cama com ela sobre meu colo, me afastei dela quando o ar faltou para nós dois. Ela arfava e suspirou quando eu comecei a beijar seu pescoço.

Ela provavelmente já tinha percebido o volume de minha calça, mas não demonstrou. Tirei sua camisola, deixando-a apenas com as roupas íntimas.

Meus olhos provavelmente escureceram ao vê-la seminua na minha frente. Voltei a beijá-la, e joguei o peso de meu corpo sobre o seu, forçando-a deitar na cama. Desci os beijos, por seu pescoço e colo, apertei seus seios ainda escondidos pelo sutiã.

Suas mãos delicadas correram por minha camiseta abrindo os botões com rapidez, ela passou o dedo por minha barriga definida, e eu não pude deixar de estremecer. Ela empurrou a camiseta por meus ombros, se livrando da peça da mesma forma que eu tinha me livrado de sua camisola.

Permiti que ela ficasse sobre mim. Ela tinha uma perna de cada lado de meu corpo e sorriu para mim, seus olhos estavam escuros. ela passou as mãos por meu tórax e foi descendo, sua boca fez o mesmo caminho que suas mãos. Ela voltou a subir e mordeu meu pescoço, para logo depois chupar, eu também ficaria marcado.

– Minha vez. - fiquei por cima dela novamente. - Agora não tem mais volta, Annabelle. - falei quando abri o fecho de seu sutiã e me livrei dele. - Perfeita. - parei olhando seu corpo, a única peça que ainda a cobria, era a calcinha.

POV Annabelle

– Perfeita. - ele parou para olhar meu corpo, a única peça que ainda cobria meu corpo era a calcinha.

Dessa vez ele não ficou em meu pescoço. Ele desceu os beijos até meus seios e deu atenção para cada um antes de continuar com a trilha de beijos, indo cada vez mais baixo. Ele puxou a calcinha com o dente. Eu arfei e travei ao sentir sua respiração tão próxima à minha intimidade. Apolo percebeu e voltou a subir, ele acariciou meu rosto e me beijou de forma enlouquecedora. Eu relaxei o sufiente para que ele pudesse se livrar da última peça sem nenhum trabalho, eu travei ao me ver sem nada.

– Relaxe, Anna. - ele se afastou um pouco e passou os dedos por meu rosto afastando alguns fios de cabelo que teimavam em vir para meu rosto. - Posso continuar? - ele pediu.

– Estou em desvantagem! - reclamei. Ele ainda estava de calça e cueca.

– Vá em frente. - ele saiu de cima de mim. - Ou prefere que eu mesmo tire?

Me levantei e passei as mãos por seu corpo definido, em um momento de ousadia, passei a mão sobre o volume de sua calça e Apolo gemeu quando eu apertei de leve. Dei um sorriso debochado para ele e me deitei novamente.

– Vou deixar você mesmo tirar. - ele bufou e se livrou rapidamente da calça, ficando apenas de box preta.

Ele voltou a deitar sobre mim e me beijou calmamente para depois descer pelo meu corpo. Por onde seus lábios passavam parecia que minha pele entrava em chamas. Então ele chegou na minha intimidade. Fechei as pernas na mesma hora, ele foi paciente e não forçou abrir minhas pernas, eu mesma abri. Ele passou a ponta da língua levemente pela minha intimidade e eu gemi alto.

Ele trabalhou ali com a língua por algum tempo, estava realmente entregue a ele agora, ele também percebeu isso e se levantou novamente se livrando de sua última peça de roupa.

Ele não precisou falar nada. Abri as pernas em um convite mudo que ele aceitou se encaixando entre elas e deitando-se sobre mim grudando seus lábios nos meus. Sabia que ele estava tentando me distrair enquanto forçava minha entrada.

– Apolo... - eu gemi baixinho.

– Me avise se doer muito. - ele pediu. Eu mordi o lábio inferior reprimindo um grito e enterrei minhas unhas em seu ombro quando ele me penetrou completamente. - Anna, abra os olhos. - ele pediu passando a mão em meu rosto limpando a lágrima que tinha escapado de meus olhos.

Olhando em seus olhos, eu pude ver como ele se controlova para não me machucar, ele não se mexia, ele esperava por mim, esperava que eu me acostumasse com a sensação antes de começar a se movimentar.

A dor desapareceu completamente sendo substituída pelo prazer e desejo. Comecei a me mexer e ele logo encontrou um ritmo que satisfazia a nós dois.

– Apolo... - eu gemia seu nome e ele o meu. Seu corpo se encaixava ao meu de uma forma incrível.

– Anna, eu não vou aguentar por muito tempo. - ele falou entre uma estocada e outra.

– Eu também não.

Não demorou para chegarmos juntos ao clímax. Eu sentia meu corpo tremendo e sentia o líquido de Apolo em mim. Meu corpo amoleceu logo depois, Apolo saiu de dentro de mim e eu me senti incompleta, parecia que faltava algo agora. Ele deitou sua cabeça entre meus seios até que sua respiração voltasse ao normal, coloquei a mão sobre sua cabeça e fechei os olhos por um momento.

Eu me sentia tão leve e tão... completa de certa forma.

– Anna. - ele me chamou baixinho, beijando meu mamilo direito, arrepiei com isso. - Tudo bem? - ele perguntou passando a mão por meu rosto preocupado, eu não entendia com o que ele se preocupava. - Eu não consegui me controlar direito, eu te machuquei?

– Não, você foi perfeito. - eu sorri para ele puxando-o para mim, ele me beijou carinhosamente. - Aonde vamos? - perguntei quando ele me pegou no colo.

– Vamos tomar um banho e depois você vai dormir nos meus braços. - ele falou me carregando para o banheiro.

– Sim, senhor. - ele riu comigo.

Aquele momento tinha sido perfeito, eu só não sabia que essa felicidade que estava no ar acabaria dentro de uma semana.

Aqui vai um pedacinho do próximo capítulo:

"...- Pelos deuses! Vocês querem me dizer o que estão escondendo de mim? - eu perguntei, não aguentava aquele olhar estranho de todos sobre mim.

– Anna... - Annabeth começou torcendo as mãos no colo.

– Fale logo de uma vez, Annabeth. - eu falei irritada com aquele drama todo."

"...- Deixe a Annabelle para lá. Fique comigo. - ela sussurrou para ele.

– Claro, querida. - ele respondeu. Eu bati a porta ao sair dali.

Annabeth e Percy estavam apoiados na parede arfando, eles tinham corrido atrás de mim.

– Eu vou embora. - falei para os dois e entrei em uma sombra. Fechei os olhos e quando voltei a abrir, estava em meu quarto no apartamento."

"...- Anna, precisamos conversar. - ele falou tentando dar um passo na direção dela.

– Não. Vá ficar com a Striker. - sua voz era cortante e sarcástica."

"...- Annabelle. - eu a chamei descendo as escadas atrás dela. - Você tem certeza disso? - perguntei quando ela olhou para mim.

– Sim. - a dor passou por seus olhos quando ela respondeu.

– Apolo, ele te ama.

– Não. - ela negou. - Eu era apenas mais uma para ele. - e deu as costas para mim.

– Ele não vai desistir de você, criança.

– Então ele me esperará pela eternidade. - ela falou olhando para mim por cima do ombro. - Adeus, Sr.D. - ela entrou em uma sombra e desapareceu."