Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 18
Capítulo 18 - Escola


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei...
Peço desculpas à todos...
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214506/chapter/18

Capítulo 18 - Escola

POV Annabelle

Fazia uma semana desde eu voltei para o mundo mortal. Uma semana para me acostumar com as coisas novas, acostumar com o fato de estar morando sozinha com Annabeth em um apartamento, praticamente vizinho ao do de Percy, entre outras palavras, vivíamos sob o alerta de sermos atacados por algum monstro, afinal eu era filha de Hades e Percy filho de Poseidon. Dois filhos de dois dos Três Grandes é algo realmente perigoso, todos nós sabíamos disso.

Apolo vinha todos os dias. No domingo, ele ficou conversando com Percy e Annabeth por quase uma hora e não deixou que eu escutasse.

– O que conversou com Percy e Annabeth? - eu perguntei quando já estava deitada.

– Eu falei para você que pediria para os dois ficarem de olho em você. - ele respondeu.

– Você não fez isso! - eu exclamei.

– Fiz, mas eles se recusaram e eu ainda levei bronca da Annabeth. Aquela menina está cada dia mais parecida com a Athena. - Apolo estremeceu.

– Como se isso te assustasse. - revirei os olhos.

– Meus filhos não ficam tão parecidos comigo.

– Sem comentários, Apolo. - eu ri.

– Não quero ver nenhum garoto em cima de você, Annabelle. - ele falou puxando meu rosto e me encarando.

– Não se preocupe, querido. - eu sorri e dei um beijo em sua bochecha. - Eu sei me cuidar. - ele bufou irritado e me puxou para seu peito.

– Quer que eu vá buscá-la amanhã? - ele perguntou enquanto brincava com meus cabelos.

– Não, eu vou voltar com a Annabeth e com o Percy mesmo. - respondi. - Boa noite, Apolo. - eu bocejei.

– Boa noite, querida. - ele beijou meus cabelos.



– Bom dia, Annabelle, Apolo. - acordei com a voz de Annabeth no quarto.

– Bom dia, Annie. - eu bocejei enquanto ela abria a cortina e a luz do sol entrou no quarto.

– Acorde ele. - ela falou indicando Apolo que ainda estava dormindo pesadamente ao meu lado. - Não podemos nos atrasar. - ela falou saindo do meu quarto.

Resmunguei alguma coisa incompreensível até para mim mesma e comecei a sacudir Apolo para que ele acordasse.

– Apolo, acorde! - me debrucei sobre ele e encostei meus lábios nos dele. - Acorde, dorminhoco. - ele murmurou alguma coisa e me abraçou. - Acorde. - eu o beijei e ele retrubuiu.

– Bom dia, minha querida. - ele riu abrindo os olhos.

– Desgraçado! Você estava acordado!

– Estava, mas é ótimo ser acordado assim por você. - ele se sentou na cama.

Me levantei pegando uma calça jeans escura, uma blusa regata roxa e indo para o banheiro me trocar. Escovei os dentes, lavei meu rosto, troquei de roupa, passei uma maquiagem básica, ou seja, lápis e um gloss e antes de sair do banheiro. Apolo já estava com outra roupa também.

Tirei o anel que meu pai tinha dado para mim de dentro da gaveta e pensei em um colar. Ele se transformou em uma corrente de prata com um pingente de rosa, a rosa era negra, feita a partir de ferro estígio, o mesmo material da espada em que ele se transformava. Minha outra arma, a pulseira prateada que tinha recebido de minha mãe estava em meu pulso, eu nunca a tirava. O anel de ouro que Apolo tinha me dado há três semanas ao me pedir em namoro estava em meu dedo, outra coisa que eu também não tirava. Coloquei uma sandália com um salto baixo, e peguei minha bolsa com os livros e cadernos.

– Precisa se arrumar tanto? - Apolo perguntou sentado na cama me olhando.

– Apolo... - eu revirei os olhos.

– Tudo bem, parei. - eu ergueu as mãos em sinal de rendimento.

Peguei uma jaqueta preta, e coloquei dentro da bolsa, afinal eu era filha de Hades!

– Tenho uma coisa para você. - Apolo falou quando eu fechava a porta do guarda-roupa.

– O que? - eu me virei para ele.

Ele tirou um bracelete negro do bolso e colocou em meu braço, uma única estrela brilhava no meio do preto, uma estrela dourada.

– Annabelle Liwener, eu lhe dou minha benção e minha proteção. - ele falou e a estrela brilhou mais ainda antes de voltar ao normal. - É uma arma. - ele falou dando um passo para trás. - Um chicote. Sabe usar?

Apertei o bracelete e estava com um chicote nas mãos, um chicote de bronze celestial. Movimentei a mão e ele deu um estalo no chão.

– Acho que sei. - respondi. - Por que isso agora? - eu perguntei.

– Eu não dei minha benção à você de forma apropriada há dois anos atrás. Apenas isso. - ele deu de ombros.

– Obrigada. - agradeci.

– Annabelle, se você continuar namorando o Apolo eu vou deixar você para trás! - Annabeth gritou da sala para mim.

– Já vou Annie. - gritei de volta. - Tenho que ir.

– Estarei de olho em você, querida. - ele piscou, revirei os olhos. - Venho à noite. - ele falou me beijando antes de desaparecer em um brilho dourado.

– Minha Athena! Precisava demorar tanto? - Annabeth perguntou quando eu apareci na sala. - O que é isso? - ela perguntou apontando para o bracelete.

– Uma nova arma e uma benção e proteção de Apolo. - eu respondi.

– Humm. Vamos, não quero perder o café da manhã. - ela falou saindo na minha frente.

Tranquei a porta do apartamento e fomos para a casa de Percy. Ele ainda estava se trocando quando nós chegamos.

– Percy, seu lento! - eu gritei com ele me sentando à mesa. - A Annabeth me apressou enquanto você nem está pronto! - eu reclamei.

– Não é minha culpa! - ele se defendeu se sentando ao lado de Annabeth e pegando uma torrada.

Comemos rapidamente e nos despedimos de Sally. Paul nos levaria de carro todos os dias já que estudávamos na escola onde ele dava aula e depois nós teríamos que nos virar para voltar.

Como eu e Annabeth éramos alunas novas dessa escola, fomos até a secretaria junto com Paul, enquanto Percy foi direto para uma sala de aula. Era tão estranho estar em uma escola novamente.

Estar de volta à uma escola me fazia lembrar de que meu lugar não era ali, afinal, eu era disléxica acima de tudo. Os horários foram entregues para mim e para Annabeth, segundo Paul, nossos horários eram iguais aos de Percy, ou seja teríamos todas as aulas juntos.

Eu queria dizer que o primeiro dia de aula foi normal, mas eu simplesmente não tinha conseguido ler nem uma linha dos livros, conversei com Percy e Annabeth no caminho de volta e eles disseram que também não tinham conseguido ler nada.

– Estamos de volta ao lugar onde não nos encaixamos. - Percy falou rindo.

– Pois é, primo! - eu ri com ele. Logo depois Annabeth também começou a rir conosco. Éramos três semideuses deslocados, simplesmente nosso lugar não era ali.



Apolo veio de noite como prometido. Estávamos jantando na casa de Percy quando uma luz dourada brilhou ao lado da mesa.

– Apolo! - eu o repreendi.

– Olá, querida. Sally, Annabeth. - ele cumprimentou as duas. - Oi primo. Paul. - revirei os olhos. - Cheguei em má hora?

– Está servido? - Paul perguntou indicando a comida da mesa.

– Obrigado, mas eu já comi. - ele piscou para mim, Percy e Annabeth. Começamos a rir. Apolo era um deus e tinha filhos no Acampamento que ficavam durante tempo integral, ou seja, as oferendas antes do jantar já tinham acontecido a essa hora.

Ele esperou eu terminar de comer e depois de algumas palavras trocadas com Sally e Paul, ele me puxou para fora do apartamento.

– Para onde vamos? - eu perguntei no elevador.

– Nossa casa. - ele respondeu. Levei alguns segundos para perceber sobre o que ele estava falando. A casa que Annabeth tinha projetado, a casa que eu tinha conhecido no último final de semana, me lembrei dele falando que a casa ficava na verdade em New York, não muito longe do Empire State.

Seu carro estava parado na frente do prédio, ele abriu a porta para mim antes de se sentar no banco do motorista.

– Como foi a aula? - ele perguntou como quem não quer nada.

– Horrível. - eu dei de ombros e ele gargalhou.

– Não pode ter sido tão ruim. - ele sorriu para mim.

– Fale por você. Eu não consigo ler nem uma linha do que está escrito nos livros por causa da dislexia e ficar por cinco horas em uma sala de aula escutando professores falarem sobre fatos que nem são interessantes, e ainda por cima, estão errados...

– Eu entendi, Annabelle. - ele me interrompeu. - Tirando todos esses problemas, aconteceu alguma coisa de interessante? - compreendi o que ele queria dizer.

– Tinha um garoto muito bonito na sala ao lado. - eu falei sorrindo e brincando com uma mecha de cabelo. Ele me olhou incrédulo e com raiva nos olhos dourados. - Estava pensando se deveria convidá-lo para sair um dia desses.

– Annabelle... - Apolo começou. Olhei para seus dedos, ele apertava o volante com força e seu corpo começava a brilhar levemente.

– Por Hades, Apolo! Acalme-se. - eu falei rindo, era a minha vez de gargalhar. - Eu estava brincando. - coloquei minha mão sobre a sua quando ele parou de brilhar.

– Acho bom mesmo. - ele não me olhou até pararmos na casa. Ele estacionou o carro na garagem e desceu do carro. Não esperei por ele e saí do carro. - Não se atreva a me provocar novamente, Annabelle. - ele me prendeu entre o carro e seu corpo assim que eu fechei a porta.

– O que aconteceria? - eu ergui uma sombrancelha o desafiando.

Ele não respondeu, simplesmente me beijou. Seus lábios eram possessivos nos meus e ele estava com raiva.

– Duvido que esse garoto, consiga deixar você louca do jeito que eu consigo. - ele falou com a voz rouca em meu ouvido. Ele distribuia beijos pela extenção de meu pescoço e depois trilhou um caminho até meus lábios.

– Não seja tão convencido, querido. - eu sorri debochadamente para ele o empurrando para trás. - Não vamos transar hoje. - eu falei dando um beijo rápido em seus lábios.

Ele revirou os olhos e me acompanhou para dentro da casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentem, por favor!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Proibido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.