Jogos Vorazes - O Início escrita por Camila Fernandez


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

As entrevistas chegaram e muitas surpresas vão acontecer.



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Saio do camarim e encontro meu irmão. 

_E aí Gemmy? 

Estou tão dispersa com a história toda que nem reparo quando ele fala a primeira vez. Me dou um beliscão, não posso ficar assim.

_Tá gatinho hein? -brinco com ele mesmo com a minha cabeça estando no meu distrito, na minha família.

_Você também não está nada mal. -rimos juntos. -Então, treinou mais um pouco?

Tenho vontade de falar "Não! E sabe por que? Porquetive que ouvir que não sou filha da minha mãe". Mas simplesmente dou de ombros.

Observo a roupa dele. Uma calça dourada e um terno prata, não sei qual de nós dois brilha mais. Somos postos em fila. Sou a segunda. Estou mais calma que na hora de mostrar minhas habilidades, pior do que tá minha situação não fica. Sorrio para esse pensamento e uma vozinha na minha cabeça diz que sim, dá para ficar pior.

Meu irmão entra e é perguntado sobre várias coisas. Ele a Capital tem uma sintonia muito grande. Todas as perguntas ele responde com facilidade, até mesmo a sobre nós. Ele não tem problema nenhum, quase como se tivesse nascido para isso. Fico impressionada. Uma sirene toca e ele sai. Iup agora sou eu.

Entro dando um tchauzinho envergonhado.

_Hora Gem o público te ama dê a eles algo melhor. 

Me irriro com esse comentário, mas faço o que ele pede e no final estou mandando beijinhos. Sento-me ao lado dele pronta para me dar muito mal.

_Então, pelo visto você brilha igual uma pedra preciosa mesmo hein?

_Claro -dou uns risinhos. -Sou linda não?

O público delíra e me aplaude com força.

_A voz do povo é a vpz de Deus.

_É o que dizem.

_Bem, eu acbei de ter um papo com seu irmão e agora quero saber por você, como se sente com ele estando aqui?

Olho para a platéia em busca de respostas, mas de nada ela adianta, parece tão ansiosa quanto eu.

_Eu... Eu nem sei o que falar... -começo a chorar, sei que estou por um lado fazendo cena, mas pelo outro choro por tudo que aconteceu hoje.

_Oh querida, não chore.

Levanto a cara, sei que estou borrada, mas o público vai adorar.

_Que tal mudarmos de assunto? -digo que sim. -Vamos falar a verdade, você bonita como é tem algum adimirador não?

Oiiii?

_Ai Krikov... Sabe como é... É segredo. -O que?? Eu tinha que ter dito que não. -Bem, só quem eu deixo saber é a platéia. -ouço susurros. -Mas é uma pena que tenham tantas câmeras, nunca conseguirei contar só a eles.

Recebo um olhar malvado de Krikov e ele resolve ser mais ofensivo.

_E o seu 2, o que tem a dizer sobre isso?

_Bem, eu adoro o distrito 2! -a multidão ri.

_Falo da sua nota senhorita.

_Ah sim claro! -falo com as mãos e pareço uma menininha metida e boba, a platéia gosta, reparo ouvindo os risinhos que seguem. -Acho que não fui muito bem né? Infelizmente o que eu fiz lá é segredo, prometo que nos jogos eu mostro tudinho que fiz lá.

A campainha soa e eu nunca tinha sido tão feliz por ela. Ainda não posso voltar para o meu andar. Ao invés disso me sento num enorme banco ao lado do meu irmão.

_Tá se achando né?

_Oi? -pergunto distraída enquanto tento ver o Matt.

_Deixa pra lá.

Ele está lindo, usa uma calça vermelha, uma camisa branca e um suspensório preto.  Sua entrevista transcorre bem melhor que a minha. Krikov não parece estar a ponto de querer esmagá-lo.

_Me desculpe a indelicadeza garotão, mas o assunto é o seguinte, eu e a platéia sabemos de tudo. Você e a Gemmy hein? Quem diria? 

Sinto minhas bochechas queimarem, ele tembpem está vermelho, vejo que estou sendo filmada... Merda.

_Como você sabe? -Matt está tão envergonhado quanto eu.

_Existem câmeras aqui e nós filmamos isso! -Krikov aponta para o fundo do estúdio e um telão se abre mostranto repetidamente nosso beijo.

Não entendo porque eu e não o Lucky.

_Não tinha amor no nosso. -ouço Lcky susurrar do meu lado.

_O que acham de um beijinho? -Krikov faz a audiência entrar em delírio mais uma vez. Matt tenta negar com a cabeça, mas é vencido, sou conduzida para o estúdio novamente sem a menor vontade.

_Beija! Beija! -São gritos enlouquecidos.

Fico nas pontas dos pés e dou um selinho rápido.

_Só isso menina? -pergunta Krikov e eu o mato com os olhos.

_Bem, para uma platéia tão legal quanto vocês... -começo, mas sou interrompida por Matt.

_Nós vamos dar mais um beijos, então peguem suas câmeras que aqui vai nosso presentinho.

Nos beijamos. Me sinto como da primeira vez, mas agora não tenho necessidade de soltá-lo. Minha vida já tá tão ruim mesmo que isso não vai influenciar em nada. Ele é forte e lindo. Meu estômago revira e sou joagada na poltrona de entrevista. Estou me sentindo bem não queria parar, porém tem uma entrevista rolando, abro os olhos em surpresa e ouço vários "Oin". Me solto de Matt mando um beijinho e saio correndo.

A campainha dele soa poucos segundos depois. Ele está ofegante.

_Me... Me desculpe. -ele pede quase sem conseguir respirar.

A hora é essa.

Beijo-o carinhosamente.

_Esqueça tudo que eu falei. -digo e me volto para as enrevistas.

Estou crente que nada mais pode acontecer hoje para mim, mas como sempre estou errada. Plixy entra no palco e no meio de várias perguntas ela é perguntada sobre a aliança.

_Sabe Krikov, por motivos além dos que posso falar, infelizmente eu e Phoenico estamos fora.

A platéia fica em choque assim como eu, Matt Lucky e Storm. Krikov aprova com a cabeça claramente feliz por ela não estar mais ao meu lado. Ok isso é tudo penso.

Dã, claro que não. Ainda faltava o menino do 12, meu maior adversário. Ele me faz de boba para a platéia. Zomba da minha nota e fala o quanto vai ser fácil me destruir. Para um mendiguinho do 12 ele parece bem confiante. As entrevistas acabam e eu pego o elevador. Chego no meu andar me despeço de todos e entro.

_Lucky.. -seguro seu rosto para me lembrar dele bem para sempre. -Não importa o que acontecer amanhã, eu te amo ok? Você é e sempre será meu pirralho irritante. Não importa todas as nossas brigas, aqui tudo é diferente. Somos nós contra a Capital. -estou sem fôlego. -Você me entendeu. Um vai proteger o outro acima de tudo na arena. É isso. Ele me abraça com força.

_Não importa o que aconteça Gemmy, você é minha irmão e eu também te amo. Seja lá quem for morrer o outro sempre será lembrado.

Pena que não serei eu a viver. Depois do que descobri hoje tomei uma decisão, nãopodia deixar a mamãe sem nenhum filho. Lucky vai voltar para casa.


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