Uma Vida, Por Outra Vida escrita por Niina Cullen


Capítulo 11
Capítulo 12




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                    Cada dia estava sendo ainda mais torturante...

                     Cada sai sem ele na minha vida, estava sendo torturante.

                     Eu poderia suportar mil vezes as dores físicas, do que as emocionais, pois nas dores emocionais, não tem como fazê-las parar – a não ser que ele voltasse... – e nas físicas, a solução era morrer. Mas eu tinha que aguentar até o ultimo momento, para que nada acontecesse a Isa. Ela agora era a minha prioridade – não que antes não fosse, mas era doloroso pensar que poderia ser a minha filha a morrer...

                     Como pesadelo, em que eu vi Esme segurando a minha filha – que eu nem vi o rosto – eu pedi para ela cuidar dela, mesmo que eu já soubesse a resposta dela:

                     - Bella é claro que eu cuidarei dela. Nós todos cuidaremos, e você vai estar presente... – Ela acreditava que eu não iria morrer. Não queria discutir nem discordar dela, mas era difícil pensar que todos achavam que eu tinha uma segunda chance, mas se pelo menos eu pudesse ver o rostinho da minha filha – diferente do que foi no pesadelo – eu iria em paz, mesmo faltando ver o amor da minha vida pela ultima vez. É... Eu ainda alimentava esperanças de que ele entraria pela mesma porta que saiu. Ele não precisava me pedir desculpas, já estando comigo e com Isa – aproveitando o pouco tempo que eu tinha – já seria o suficiente.

                    Agora eu interpretava aquele pesadelo, alem de como sendo um aviso, como também um sonho, pois de certa forma, era bom saber que todos cuidariam da minha filha, mesmo que esse todo, não estivesse completo, com Edward longe.

                    Doía pensar que não veria minha filha crescer e nem me chamar de mãe, mas não importa a dor, não importa a distancia física que estaria dela, eu cuidaria dela onde quer que eu esteja...

                  Eu ainda estava no closet – tentando sentir a presença de Edward nas roupas dele, quando senti uma forte fisgada profunda na minha barriga, o meu grito foi abafado e comecei a sentir a dor se aprofundar ainda mais, indo de encontro as minhas costas. Eu nunca tinha sentido aquilo, mas sabia que não era bom.

                   De repente senti que ia cair, mais o chão nunca chegava, até que o senti: gelado.

                   Não sei como, mas consegui ouvir a porta sendo aberta e alguém me chamando: era Alice. Nunca agradeci mentalmente por ela estar ali... Parecia que os segundos que ela deveria levar até o closet tinham se multiplicado em horas. Horas aterrorizantes e agonizantes...

                     Só lembrava do que a Doutora Laura havia me dito a poucos dias atrás, antes de Edward ir embora ao saber a verdade:

                     - Bella, Aja o que aconteça, você não poderá fechar os olhos. Você terá que ser forte, e combater a escuridão.

                     Eu sabia o que ela queria dizer com aquilo; que eu poderia morrer se eu me deixasse ser levada pela escuridão – escuridão esta que estava me tomando agora. Uma escuridão onde não havia dor, como a que estava sentindo, de repente me ouvi dizendo, ou melhor gritando.

                     - A minha filha. ELA NÂO PODE MORRER! – Era um grito agudo, que não me permitia ser mais clara no meu apelo.

                    Eu queria ter uma resposta, e tive:

                    - Bella. Ficará tudo bem. Já estamos em uma ambulância a caminho do hospital. Vocês duas ficarão bem. – Era Alice que dizia isso, numa voz chorosa.

                  Como é que eu já estava em uma ambulância, sendo que agora a pouco demorou uma eternidade até Alice me  encontrar? Essa resposta eu não queria saber, não fazia questão. O importante era que eu já estava a caminho, a caminho de um lugar que me dava medo, mas que eu estava ‘apostando’ a minha vida para que a minha filha continuasse viva, que ela nascesse.

                    Eu estava fazendo de tudo para não me entregar a escuridão, mas lá era como estar nos braços de uma pessoa que você ama, a qual te transmite tranquilidade e amor, com um único aperto. Era como estar nos braços de Edward...

                  - Alice... – Sentia a minha voz cada vez menos coerente. – Eu quero que... Que você diga, que eu o amo muito. Nã-não esquece disso.

                 Eu não precisava dizer de quem se tratava, ela entendia...

                 - Não é hora de pensar nisso Bella... Você mesma dirá, mesmo que ele não mereça ouvir. – Ela ainda estava amargurada com o irmão, e isso tudo era culpa minha, culpa da minha hesitação em contar a verdade.

                - Alice. Não fale assim. – Era Esme, ela também estava ali.

                Consegui abrir os olhos, depois de não sei quanto tempo, mas naquele momento era como se a hora estivesse desconexa para mim.

               Eu as vi, ainda com a visão turva – por causa das lágrimas, e acho que também pelo tempo que fiquei com os olhos fechados; como acender a luz, logo depois que você acorda.

               Elas também choravam, e pela primeira vez senti a mãos delas na minha, numa tentava vã de me tranquilizar... Eu queria me sentir tranquila, mas só lá na escuridão eu sentiria isso.


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Notas finais do capítulo

Não dei o melhor de mim, de novo ):
É isso mesmo meninas, chegou a hora de saber se Bella morre, se Edward voltará de onde quer que ele esteja. E ae? O que vocês acham que acontecerá, como será o fim?
Digam nos comentários... Ficarei esperando-os ansiosamente (:
Beijos...