Uma Vida, Por Outra Vida escrita por Niina Cullen


Capítulo 10
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora ):



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                       Após aquele dia, em que ele saiu pela porta de nosso apartamento, ele não voltou mais. Mas sabia – através de Alice, que ele tinha alugado um apartamento – nem para levar suas roupas, que ainda tinha se cheiro.

                        Eu queria tentar entendê-lo, mas nada justificava a reação dele – de sair de casa. Nem o fato de saber que eu morreria. Sabia que ele estava sofrendo, mas o fato é que ele não me entendia, que eu morreria pelo fruto do nosso amor – o que restou dele pelo menos –, que ele teria uma parte de mim com ele, será que isso não bastaria?E foi com esse pensamento que a me imaginar sem Edward na minha vida – como estava sendo agora, mas ele não tinha morrido – mas... E se fosse ele? Não sei, talvez um acidente de carro: pensar nisso me fez queimar em dor, mas... E se ele morresse e eu ficasse? Seria insuportável a dor em não ter ele mais presente todos os dias de minha vida; não sentir seus braços protetores a minha volta; nem os seus lábios nos meus... Nada.

                            Assim seria a minha vida: vazia, mesmo que eu tivesse minha filha por perto, seria difícil olhar para ela, e ver Edward espelhado no sorriso, nos gestos... Era isso que Edward estava perdendo, e não ganhando?

                         - Alice? Você acha que um dia ele vai entender? – Perguntei enquanto ela me ajudava a se deitar na minha cama fria. É, as dores e o cansaço havia me tomado mais rápido do que dias; do que meses. Alice e Esme me ajudavam, e hoje era a ‘carga horária’ de Alice.

                       - Espero que sim. – Ela não escondeu a raiva por trás da sua resposta.

                        - Eu só queria que ele estivesse aqui. – Era impossível não me entregar ao choro, a dor, não física, mas uma profunda em meu coração.

                       No dia seguinte, eu estava sentindo fortes dores na barriga, mas isso era ‘normal’, já fazia parte dos sintomas da complicação.

                      Desde que Edward foi embora, só sentia Isa se mexendo poucas vezes; era como se ela sentisse que o pai não estava por perto, e sentisse falta, assim como eu. Chegava a doer pensar que eu poderia morrer agora, sem dizer pela ultima vez que o amo, e sem ouvir isso dele – mesmo que fosse impossível.

                       - Olha o café da manhã. – Era Alice entrando no meu quarto, com uma bandeja. – Olga fez as panquecas e o suco, e eu fiz as torradas. – Ela dizia orgulhosa de si mesma.

                     - Traduzindo... Você só colocou as torradas na torradeira. – Comentei sorrindo, mesmo que não fosse um sorriso convincente, com vida, mas pelo menos Alice conseguiu o que queria... Me ver sorrir.

                     - Ah Bella. Eu fiz com tanto carinho. – Ela se sentou perto dos meus pés, e colocou a bandeja do lado da parte da cama que era de Edward.

                  Droga... Tudo me fazia lembrar ele.

                   - Coma alguma coisa. – Alice disse, vendo que eu estava com o olhar vago.

                   - Não estou com fome.

                   - Pelo menos coma pela Isa.

                   Eu comi um pouco, mas não comi tudo o que Alice esperava e me forçava, porque a dor e os enjoos matinais não estavam me ajudando. Essa era a quinta vez que Alice me ajudava a sair da cama, para eu ir vomitar.

                   Esme havia chegado de tarde. E almoçamos ás três juntas, mas o clima não estava propício para risadas, o que era o que Alice queria, e fazia de tudo para isso.

                    O dia deu lugar a noite. Uma noite muito bonita por sinal. Me despedi de Alice e Esme, que dormiriam aqui hoje. Eu gostava da companhia delas, mas tirá-las de casa, tirá-las do marido dela, me deixava mal, mas elas tentavam me tranquilizarem de que tudo estava bem...

                    Já no meu quarto, sentindo ainda o perfume de Edward exalando por cada centímetro, eu fui até o closet... Peguei um paletó dele, e inspirei. Ele me faz tanta falta, constatei.

                  - Por que tinha que ser assim? – Perguntei, mas essa resposta, eu não poderia ter de um paletó. 


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Notas finais do capítulo

A história está entrando num 'ritmo acelerado'... O tempo está passando de pressa... Já sabem o que acontecerá né?
Então... Não posso dizer mais nada, mas estamos chegando a reta final ):
Agradeço pelos comentários de todas e até para quem não se manifestou... Não sei quando será postado o próximo, também porque não o tenho pronto!
Beijos... e até o próximo!