O Templo Da Imortalidade escrita por Kbex


Capítulo 7
Capítulo 7 : Parceria estranha


Notas iniciais do capítulo

Booa noite gente
bom queria dizer que esse capitulo ficou pequeno porque escrevi ele durante a semana, e eu nao tive muito tempo trabalhando e estudando.
qualquer duvida sobre a fic, algum ponto que vocês acharem que passei batido, ou algo que vocês queiram ver na fic, por favor, falem.
quero agradecer aos reviews e bom, vamos ao capitulo agora.



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O Turner deve ter nascido com a missão de me irritar, por Deus. Eu quase morri para pegar a espada do Barba Negra, que estava na cabine do Jack, e ai vem esse garoto idiota e quase coloca tudo a perder isso porque, segundo ele, tínhamos que conversar sobre ele parar de me incomodar, revirei os olhos.

– O que você quer? – eu perguntei emburrada e soltando meu braço de sua mão.

– Conversar

Arqueei uma sobrancelha e ri.

– Claro, porque nossas tentativas de conversas sempre acabam muito bem

– Você pode, uma vez na sua vida, parar de ser irônica e ter uma conversa séria?

– Preciso pensar sobre o assunto

Ele bufou.

– Para de ser criança Alice, estou tentando fazer as coisas serem mais fáceis, para todo mundo.

– Ah eu que sou criança agora? – olhei indignada para ele – Por acaso foi eu quem começou com roubo de colar, ou aliança com o inimigo?

– Isso não é ser criança. Vale tudo na guerra

Pelo amor de Deus, que frase mais clichê essa.

– Ah é? Então qual é a sua grande ideia, oh senhor guerreiro!

Will fechou as pálpebras impaciente e revirou os olhos, seu rosto numa careta de repugnância.

– É impossível conversar com você não é? – ele disse saindo.

Por um segundo fiquei parada, mas então dessa vez foi eu quem segurou seu braço.

– Por favor espere – respirei fundo e engoli meu orgulho – desculpa, eu não fui educada. – agora seu olhar era de espanto – é eu sei, não costumo ser assim educada com você, então aproveita o momento – eu dei um sorrisinho amarelo, ele suspirou.

– Sabe nem tudo é do jeito que você quer – ele me disse.

– Sabe, tudo isso aqui não tem nada haver com o jeito que eu queria encontrar meu pai e minha mãe.

Ele me encarou, acenou com a cabeça para a popa* do navio e foi andando, franzi o cenho mais o acompanhei. Por extinto segurei meu colar com a mão.

– Alice – ele disse rindo – agora de verdade, sem intenção de roubo de colar.

Eu ri também e fui até perto da beirada do navio.

– Eu gosto tanto disso daqui – ele falou do meu lado, também olhando o mar.

– Disso o que?

– Do mar, de navegar. – ele suspirou – eu fiquei dez anos preso numa ilha, dez anos ouvindo minha mãe falar como meu pai era, dez anos ouvindo minha mãe falar como era lindo o oceano visto debruçado pela lateral de um navio, ouvindo, ouvindo e ouvindo, nunca podendo ir checar por mim mesmo como era.

Aonde ele queria chegar com isso?

– É... Will – eu comecei.

– A minha vida inteira eu esperei por isso – ele me cortou – não posso reclamar de tudo da minha vida na ilha, era divertido até um certo tempo, eu não tinha com o que me preocupar, e a calmaria que ela me trazia era incrível, me sentia seguro lá. Mas isso mudou depois que meu pai apareceu pela primeira vez.

“ Minha mãe vinha me preparando para esse momento desde que eu consigo me lembrar, ela estava simplesmente eufórica quando acordou naquela manha, um sorriso gigantesco em seu rosto e seus olhos brilhavam, eu gostei de ve-la assim. Naquele dia o simples fato de caçar na floresta estava mágico, eu estava feliz, iria finalmente conhecer o meu pai, aquele que minha mãe tanto falou.

“Quando no horizonte vimos o brilho verde minha mãe segurou minha mão e sorriu, fomos correndo até ele. Meu pai abraçou minha mãe, eles ficaram um tempo abraçados e depois se beijaram” ele riu “ eu fiz um barulho de nojo e minha mãe olhou para mim rindo. Ela falou para ele quem eu era, e logo ele veio me pegar num abraço. Foi o dia mais feliz daqueles dez anos, minha família inteira completa. Eu brinquei com meu pai o dia inteiro, quer dizer, quando ele não estava matando a saudades da minha mãe, conheci até meu avô.

“Porem meu pai tinha que voltar para o mar, ele me contou sobre como era o mundo dos mortos, eu queria ir, mais ele não deixou. Depois que nos despedimos minha mãe ficou pensativa. Nós fomos de barco até um porto, e ela pesquisava sobre algo que não queria me contar. Eu fiquei amigo de uma senhora que tinha um monte de livros de piratas, e eu li quase todos, ela me contava historias também. Só quando eu fiz 16 anos que minha mãe me contou o que queria. As vezes íamos velejar para encontrar-mos com meu pai, e eles conversavam sobre um tal de templo, e eu fui nessa senhora no outro dia, e ela me contou, sobre o templo da imortalidade.

“ Um pouco antes de encontrarmos vocês minha mãe me pediu para ficar no porto, porque ela queria me proteger, segundo ela, o pirata que ela queria encontrar não era tão confiável assim e ela tinha medo do que ele poderia me fazer, porem eu consegui convencê-la de me levar, contando que eu tinha algum conhecimento do templo, do que a senhora tinha me contado. Ela decidiu então me trazer, mais com a condição de que quando chegássemos ao Jack e conseguíssemos a imortalidade dela eu iria voltar a ficar numa cidade, mais é obvio que eu não aceitei, e fiz outra proposta, se eu conseguisse provar a ela que sei me virar com piratas, ela me deixaria ficar no mar.”

Ele terminou de falar e se virou sorrindo para mim. Eu não estava entendendo nada, porque ele me contou isso.

– Por isso que eu queria conversar com você.

– Por isso o que? Queria contar a sua historia?

– Você não vê a semelhança? – ele parecia incrédulo, como se fosse impossível eu não notar o que ele tinha dito nas entrelinhas da historia.

– Desculpa, mais devo ter perdido a melhor parte então

– Porque você está aqui Alice?

– Porque eu queria encontrar minha mãe, e ela queria encontrar o Jack. Achei ela, ela achou o Jack, vocês nos acharam e todos querem achar o templo.

– Sim eu sei, mais eu quis dizer, porque você ainda continua aqui no navio?

– Por causa do colar? Turner, eu não estou te entendendo.

– Eu e você queremos a mesma coisa, a imortalidade dos nossos pais, e eu e você estamos aqui para provar que somos bons piratas e não terminar no próximo ponto, ou vai dizer que não?

Eu o encarei, voltei a olhar o mar e assenti.

– Então, não acha que devemos parar de incomodar um ao outro e nos unirmos?

– Sério? – eu dei uma risadinha – Will, você acabou de responder a própria pergunta, nós queremos a mesma coisa, não tem como não brigarmos.

– Você sabe todo o procedimento do templo?

Mas é claro que eu sabia, o que ele queria dizer com isso?

– É claro que sim. O que você quer dizer?

– Todo o procedimento, tem certeza?

– Mais é claro Tuner, e o que isso tem haver? – eu estava começando a ficar irritada de novo.

– Acho que eu poderia te ajudar em alguns procedimentos, uma mente trabalhando é melhor do que duas.

– E o que te faz pensar que eu acreditaria em você? Você é um pirata, como vou saber se você está me contando a verdade?

– Aquela senhora não apenas me contou a história, ela me deu o livro para ler. – ele disse sorrindo e chegando perto de mim – Um colar de pérola e um cálice que estão dentro do baú em algum lugar da caverna, os dois colares que sua mãe e você tem, tudo isso posto em uma tampa encontrada também no baú, esperando a lua nova chegar ao pino no céu e iluminar os objetos, dizendo assim as frases, da qual eu não me lembro, a pessoa que colocar a mão em um dos dois colares se torna imortal, assim, se seu pai tocar em um, e minha mãe em outro, tudo se resolve. – ele disse no meu ouvido.

Eu fiquei boquiaberta, ele sabia mesmo qual era o ritual e estava contando para mim.

– E porque está me dizendo isso? Não faz sentido! – eu estava completamente confusa.

– Alice pense: nós dois juntos poderíamos tornar nossos pais imortais e convencê-los de que somos bons piratas, não é isso que você quer?

– É, mas... Não sei se posso confiar em você. Aliás, você me deu motivos o suficiente para pensar o contrário.

– Tá, eu sei que não fui muito acolhedor com você, mas pense, depois do que você me fez passar há algumas noites não era para eu estar falando com você, nem daqui a duas décadas. Estamos quites nesse quesito.

– Tá, OK, mas eu só dei o troco na mesma moeda. Pelo menos eu não te dopei.

– Foi bom para o plano te dopar. – ele piscou e sorriu maliciosamente.

– Turner, você... –desesperei-me.

– Não Alice, pode ficar calma, não fizemos nada disso que pensa. Você é uma mulher brava, nunca conseguiria te roubar o colar sem ter que te dopar primeiro.

Suspirei aliviada.

– Fechado, eu concordo em me aliar com você, mas se você estiver mentindo para mim Turner, eu te mato, e eu não estou blefando.

– Tudo bem Sparrow.

Ele sorriu e esticou a mão para que pudéssemos selar nossa estranha parceria com um aperto de mão.

Eu senti algo estranho quando sua pele tocou a minha, algo que eu nunca sentira antes, algo que eu não sabia o que era, ou então eu não queria acreditar.

– Boa noite Turner. – eu disse encarando-o com desafio no olhar - eu estou de olho em você, é bom não estar me enganando mesmo.

– Vou mostrar a você que pode confiar em mim.

Ele sorriu e meu rosto aliviou a tensão que exibia, e uma risadinha escapou pelos meus lábios.

– Boa noite. – ele disse

Soltei minha mão da dele e fui direto para minha cabine, precisava esfriar a cabeça sobre meus sentimentos.

POV Will

– Fechado, eu concordo em me aliar com você, mas se você estiver mentindo para mim Turner, eu te mato, e eu não estou blefando. – ela disse fazendo uma cara de durona.

– Tudo bem Sparrow.

Estiquei minha mão para selar nossa parceria com um aperto de mãos. Ela estava engraçada com aquela cara de desconfiada, seu cenho franzido, e seus olhos castanhos me encarado num olhar de desafio.

– Boa noite Turner. – ela disse ainda com seu rosto desconfiado e segurando minha mão – eu estou de olho em você, é bom não estar me enganando mesmo.

– Vou mostrar a você que pode confiar em mim.

Sorri, seu rosto desfez a careta de desconfiada e ela deu uma risadinha.

– Boa noite.

Ela soltou nossas mãos e foi em direção a cabine. Uma sensação estranha me tomou, uma vontade de fazer com que Alice confiasse em mim, que ela fosse minha amiga. Deus, acho que minha mãe esta certa. Eu ri, quanta ironia. É um mundo estranho.

Virei as costas e fui para minha cabine, precisava falar com a minha mãe sobre o nosso plano original, eu não estava mais disposto a matar Alice, muito pelo contrario, iria protege-la de qualquer coisa.



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Notas finais do capítulo

e então, o que acharam?
* popa = parte traseira do navio {só pra caso alguem não saber =)
achei importante colocar que o Will começou a perceber o sentimento, e vocês o que acharam?
e a frase "É um mundo estranho" nao é minha, é de The Host (A Hospedeira) da minha diva Tia Steph (esse livro é otimo, o melhor que ja li, SUPER recomendo)
bom é isso ai, espero que tenham gostado, nos vemos nos reviews
baci, ragazze.