O Templo Da Imortalidade escrita por Kbex


Capítulo 17
Capítulo 17: Só mais um dia


Notas iniciais do capítulo

olá meninas =)
desculpem-me não ter postado antes. mas sabem ne´, é final de bimestre, os professores todos marcando prova, se tenho um dia de descanso por semana é muito.
mas ai esta o capitulo, espero que gostem e esse é o penultimo.
bom é isso, obrigada a todas que comentaram no capitulo passado {senti falta de algumas, espero que nao estejam planejando um plano para me matar kkkk}
então, boa leitura.



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POV ALICE


Esse dia esta simplesmente rastejando-se para passar. Parecia que fazia uma eternidade desde que eu descobri a farsa “Willian Turner”, mas eu acabei de almoçar, o que quer dizer que só a primeira parte desse dia extremamente confuso e irritante passou.

Procurei evitar todos nesse tempo, principalmente minha mãe, a última coisa que eu queria é que ela venha me confortar e dizer que essas coisas acontecem, porque simplesmente não era para acontecer, não novamente.

Sentei furiosamente na minha cama. Eu não tinha a mínima idéia do que iria fazer para recuperar o colar, de novo. Mordi o travesseiro de raiva. Ah Willian, eu quero te matar.

– Sabe isso não faz muito sentido – eu disse tentando entender ainda como ele me enganou tão bem.

– É claro que tem sentido, querida, ele é um pirata, safado, malvado e perverso – falei levantando-me. – Ótimo estou agora falando sozinha – revirei os olhos.

Comecei a lembrar-me de tudo o que fizemos juntos. Eu o odiei nos primeiros dias dele aqui? Sim, odiei. Eu aprendi a suportá-lo por conta daquela parceria repentina? Sim. Aprendi também a gostar dele, a amá-lo.

– Ótimo – falei irônica.

Sim eu amava aquele pirata safado e estava querendo morrer por isso. Como pude ser tão tola? Will se tornou uma pessoa irreconhecível do dia para a noite, literalmente. Minha vontade era de ir atrás dele, enche-lo de tapas e berrar que o odiava, porem, seria um ato totalmente ridículo e mentiroso, eu não o odiava. Claro, não gosto, não aceito, o que ele fez comigo, com a Bell, mas por mais que eu quisesse não consigo odiá-lo. Maldito seja.

Me joguei com tudo na cama e afundei minha cabeça no travesseiro.

– Idiota, idiota, idiota – falei e batia com a mão no colchão.

Quem sabe apenas mais um tapa no rosto dele? Pra ver se ele acorda, ver se ele volta a ser o meu Will.

– Meu Will – falei irônica e comecei a rir.

– Lice? – ouvi Annabel falar de fora da cabine, não respondi – to entrando – ela disse por fim. – o que é isso?

Sentei-me e olhei para ela.

– Se você se refere a mim,bom ai e fácil. Alice Teach inconformada por ter sido enganada.

Ela suspirou e sentou-se do meu lado na cama.

– Sabe, acontece. Ainda mais quando se esta envolvida emocionalmente...

– Não deveria ter acontecido. É a segunda vez Bell, a segunda vez que ele me passa a perna e pega aquele maldito colar.

– Me desculpa, a culpa é minha...

– Não, não é sua. Por Deus, o que você iria fazer? Ele iria matá-la se você não pegasse. Eu vou recuperá-lo, serio, e ele será eternamente infeliz por ter cruzado meu caminho dessa forma.

– Lice, você pensou que ele pode estar fazendo isso para te proteger de algo e...

– Ah claro, não me contando, não Bell, temos que aceitar a realidade. Willian é um pirata melhor do que eu pensava.

Bell ficou quieta e eu também, não falamos nada por um bom tempo e em nenhum momento foi desconfortável.

– Bom Lice, vou procurar o Daniel – ela falou levantando-se e depositando um beijo em minha testa – sinto muito.

Eu assenti. Ai, será que falta muito para a noite chegar?


POV ANNABEL


Que coisa terrível, me dói muito vê-la assim, anda mais sabendo que poderia ter sido diferente.

– Parabéns, você realmente conseguiu endoidar minha amiga – falei entrando na cabine de Elizabeth. Will, Daniel e Angélica estavam lá.

– Não pense que gosto disso – Will resmungou.

– Então porque não simplificamos tudo e contamos a ela? – choraminguei.

– Agora? Depois de todo o circo que foi armado? Acho que seria pior – Elizabeth falou.

– Porque começaram então? – eu não entendia isso.

– Sabe, a gente erra – Will falou virando-se para nós. Se Alice estava meio doida falando sozinha e arrasada apesar de não deixar transparecer, o Will... bom, ele estava perturbado, seu rosto retorcido em raiva e arrependimento. – achei que seria melhor, afinal era apenas um dia, mas me enganei feio.

Vendo-o sofrendo não pude nem argumentar mais nada, sentei do lado do Daniel e suspirei.

– A Alice é uma garota inteligente – Angélica falou chegando perto do Will – Willian, a Alice herdou uma coisa do Jack que não poderia ser melhor para a ocasião, embora esse “dom”, por assim dizer, deles as vezes me irrita, porem, os dois são muito práticos, acredito que por isso, ela vai entender essa situação toda. Você tem uma boa desculpa, só basta você saber conversar, explicá-la tudo, acredito que ela entenderá. Pode demorar um pouco, ninguém é de ferro, mas...

– Concordo com a Angélica – falei – a Alice sabe compreender quando se tem uma boa explicação.

– Assim espero – Will falou.

– Ok, vamos analisar o que temos. Conseguimos os dois colares e a Alice pensa realmente na conspiração, certo Anna? – Daniel falou, eu assenti – o problema é que temos uma Alice bem furiosa...

– Acabada e com indícios de loucura – completei ironicamente.

– Que ira tentar matá-lo – Daniel continuou.

– Hum.. acho que não – Angélica falou.

Todos olharam para ela, que sorriu e piscou para mim

– Alice é do tipo que gosta de ver os outros que a machucaram sofrer, então quem sabe uns tapas e um braço arrancado, mais matar, não, ela prefere a tortura.

– Ah, ótimo – Will riu sem emoção. – bom eu mereço afinal.


POV ALICE


Depois do que me pareceu uma eternidade a noite chegou.

Vi Annabel entrar na cabine, eu estava fingindo dormir, ela arrumou-se e deitou para dormir. Quando vi que ela adormeceu eu sai.

Pensei muito durante a tarde, mas não achei nenhuma maneira mais criativa de recuperar o colar, a não ser ir lá enquanto ele dormia e pegá-lo. É uma idéia meio louca, mas eu realmente não consegui pensar em mais nada.

Parei na frente da porta da cabine do Will e respirei fundo. E se ele me visse ali, ele faria o que? Me bateria? Não, acho que não, minha mãe iria transformar sua vida num inferno. Eu não iria descobrir se ficasse ali parada.

Cuidadosamente abri a porta. A cabine estava escura, assim como duas noites atrás, quando o Will era uma pessoa que eu conhecia, ou não. Fechei a porta com cuidado. Analisei na luz fraca da vela, sua cabine. A mesinha estava do lado da sua cama, como antes, a cadeira havia voltado para um tipo de cômoda que estava do outro lado da cabine, mais perto de mim. Will estava deitado em sua cama, aparentemente em um sono profundo, procurei pelo colar sem sair do lugar e vi um brilho do lado dele, no travesseiro. “Ótimo, não poderia estar num lugar mais fácil” resmunguei mentalmente.

Andei devagar e cautelosamente até lá, parei do lado da cama e estiquei a mão para pegar o colar, ele se mexeu. Parei e prendi a respiração “que ele não acorde, que ele não acorde” pensei desesperada. Ele virou para mim e parou, olhos fechados, respiração leve, soltei o ar e peguei os colares. Segurando-os forte para que não batessem um no outro eu virei e caminhei até a porta da cabine. Coloquei a mão na maçaneta, quando uma mão toca o meu punho num aperto firme, porcaria.

– Aonde você pensa que vai querida? – ouvi a voz irônica dele falar.

Me virei para ele, que me puxou para a parede me tirando de perto da porta.

Will ficou parado na minha frente, nossos corpos praticamente se encostavam, ele estava com um sorriso sarcástico no rosto.

– Não me respondeu meu bem.

– O que você acha que eu estou fazendo Willian? – falei exasperada.

– Serio? – ele disse e soltou meu braço. – esperava um ataque durante a noite, uma forma de pegar os colares, mas essa? Alice achei que você fosse mais criativa querida.

– Pare de me chamar de querida.

– Te deixei irritada é? – ele ainda estava sorrindo, que ódio, ele estava achando engraçada a minha raiva.

Tentei me livrar dele, porem ele foi mais rápido e segurou novamente minha mão, dessa vez com mais força.

– Você esta me machucando – falei entre dentes.

– Coitadinha, tão frágil – ele zombou. – me devolva esses colares.

– Não mesmo.

Ele respirou fundo.

– Olha, machucar você agora iria me atrapalhar, facilite para mim amor.

– Canalha – falei indignada – ir al infierno.

Ele riu um pouco mais.

– Me xingar não vai adiantar nada – ele disse e chegou mais perto de mim – estão todos dormindo, ninguém vai te ajudar, então facilite.

Eu o encarei, a proximidade de nossos rostos eram tanta que eu podia sentir sua respiração. Inclinei minha cabeça e sussurrei no seu ouvido.

– Vá sonhando, querido.

Com a mão livre eu dei um empurrão no seu ombro machucado, ele logo largou minha outra mão e eu tentei voltar para a porta para sair, mas ele colocou sua espada na minha frente. Eu parei e arquejei.

– Vamos, me mate, seria mais fácil para você – eu disse sem me virar.

– Pare de drama Alice, agora me da esses colares.

Eu peguei a minha espada e coloquei junto da dele, cruzando-as.

– Vai ter que fazer melhor do que isso.

Coloquei os colares no bolso e fiquei de frente para ele.

– Já te ganhei uma vez, lembra? No dia em que você apareceu aqui? Não será muito difícil conseguir novamente. – falei o desafiando.

Depois de um tempo nos encarando, ele deu dois ataques, aos quais me defendi sem maiores problemas, tentei acertar seu braço que estava bom, afinal eu só queria o colar, não queria matá-lo, mas não deu certo, Will se defendeu muito bem dos meus golpes.

Entre um golpe e outro Will conseguiu me encurralar na parede, me desarmou com sua espada, jogou a dele no chão e deu um passo para frente. Eu, por reflexo, dei um para trás e bati na parede. Will continuou e depois de duas passadas pequenas estava bem a minha frente, nossos corpos se encostando. Minha respiração acelerada, tanto pela proximidade dele, quanto pelo medo do que ele iria fazer. E para minha surpresa ele me beija, como se nada tivesse acontecido, como se estivéssemos de bem. Eu reluto um pouco, depois de um tempo, e o empurro dando um tapa em seu rosto.

Ele me olhou surpreso e colocou a mão no rosto aonde eu tinha batido.

– Gostou disso né? – falou se referindo ao tapa no rosto – Mas me desculpe, essa era a maneira que eu conseguiria eles novamente. – Will disse balançando o colar na mão. – agora, vá, antes que eu acabe fazendo o que não devo.

Hijo de puta. Te odeio – eu falei.

– Você me ama amor – ele disse sorrindo maliciosamente.

Só percebi que estávamos perto da porta, quando ele a abriu e me jogou para fora da cabine.

Cambaleei e Will se encostou na porta da cabine.

– Valeu a tentativa. Mas amanha encontraremos o templo e eu estou com os colares. Obrigada por me ajudar a chegar aqui – ele falou fazendo uma saudação.

– Não acabou ainda. – falei – Não pense que desistirei assim.

Virei as costas e sai.

Porcaria, não posso tentar nada hoje, ele estará alerta. Porcaria, porcaria.

Entrei na minha cabine com cuidado para não acordar a Annabel. Desitei na minha cama e respirei fundo.É amanha, é tudo ou nada, e espero que eu consiga fazer com que seja tudo, para mim.



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Notas finais do capítulo

e então?
espero vocês nos reviews e no ultimo capitulo. obrigada.



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