Greggory Field: Desvendando O Passado escrita por L Chandler


Capítulo 15
Capítulo 15 - Malina Sharma


Notas iniciais do capítulo

[capitulo modificado] Fala ai, galera!
Tudo bem com vocês? Alguns já estão curtindo as férias né? (Ahaha, queria eu estar de férias :/) Anyway, eu entro de férias na quinta feira que vem *o*
Ai vou escrever igual uma maluca, tudo só pra vocês ;D
Eu curti esse capitulo, bem, aqui, vocês terão minimas explicações, bem, são algumas respostas para tantos mistérios. Vocês não sabem o que os espera muahaha!
A identidade do Homem do Fogo está muuito próxima de ser revelada! Lembrem-se: Pode ser QUALQUER UM. Talvez, o menos provável, ou pra trollar, o mais provável...
Confusos? ESSA É A IDEIA!
Conversamos nos Reviews.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213037/chapter/15

O final do domingo de Greggory fora realmente chato; Nada de mais acontecera. Ele mal podia esperar para voltar para a A.A.H.


- Acorda, seu demente! – berrou Kimberly, de modo que a vizinhança inteira soubesse que ela tentava acordar uma “fera”.


Demoraram uns dez minutos para Greg levantar, devido à insônia pelas noticias do jornal e pela perturbação das fichas de seus pais, martelando em sua cabeça, sem falar da ideia de que ele poderia ter arrumado problemas sérios para o Xerife Wood. Mas, com muito esforço, ele retirou seu corpo louco de excitação para treinar da cama. Ai que ele lembrou: Hoje seria seu primeiro dia de Treinamento na Assistência. Ele ansiara por isso quase a semana inteira (ou pelo menos o tempo que ele sabia que era um Super-Herói).


Greggory encostou seus pés aquecidos pelo edredom no chão frio e plano, que tatearam incansavelmente a procura de seu chinelo e quando os achou, e os calçou, rapidamente. Levantou-se, e, se arrastando, foi até o armário escolher a roupa que iria para a escola. A mala com as roupas estava vazia, pois ele deixou todas as roupas que separara na A.A.H, dentro de seu armário, para que, quando ele voltasse, não precisasse fazê-las novamente. Ele pegou uma blusa listrada, e selecionou cuidadosamente sua calça jeans favorita, levemente puída. Calçou suas meias cinza (que, pela idade, se encontram furadas) e colocou seu tênis preto (na verdade, o seu único tênis).


Greg pegou sua mochila, arrastou-se até a porta, e a fechou, ciente de que não veria sua casa por mais cinco dias. Não estou nem um pouco triste, ou chateado com isso. -, pensou ele.


Tomou seu mingau de aveia, - preparado com muito rancor por Tiffany-, e foi de carro (com sua carona, é claro) até a escola.


Adentrou no colégio sem a esperança de encontrar Dylan ou Sabrina, afinal, pelo que ele lembrava, todos estavam brigados. Greggory caminhou lentamente até chegar à sala, e faltando menos de um metro, uma mão cutucou suas costas. Ele virou-se e percebeu que era Sabrina.


- Que é? – perguntou ele, mal humorado.


- Ainda está chateado? – perguntou, encarando Greg profundamente. Dava até para nadar na imensidão azul dos olhos da garota, que a cada dia, parecia que iam ficando mais claros.


- Ah, sei lá, achei que você estivesse... - ele respondeu, tímido, mudando bruscamente de atitude. Sentiu uma pontada de culpa por ter agido daquela maneira.


- Certo... Bem... Ahn... Se você estiver, queria que me desculpasse pelo jeito estúpido que agi, pondo você no meio dessa historia toda. Acho que isso é entre mim e Dyl... Digo, entre Dylan e minha prima. Eu não tenho nada a ver com o que ele fez à Suzan. E você, muito menos. Então... Desculpas aceitas?


Estranho. Muito estranho. Não fazia muito o feitio de Sabrina se desculpar. Ela era toda orgulhosa, porque iria querer o perdão de Greggory? Mas ele pensou e analisou a situação da garota. Bem, depois de um discurso como esse, ele se julgaria um tolo se não a perdoasse. Não quis demonstrar muito sentimento, então, apenas balançou positivamente a cabeça.


Ela sorriu alegremente e entrou na sala, radiante.


Ótimo. Mais uma aula de Educação Física com o cara que cospe sem ter medo de molhar ninguém. Veja pelo lado bom: - pensou Greg – será um ótimo preparo para treinar com os heróis, mais tarde. E quem seria seu treinador? Um garoto forte, como Jason? Alguém novo, sem experiência? Alguém imponente, e implacável? Uma pessoa rígida? Um Herói mais relaxado quanto às atividades que passa? Eram muitas, as possibilidades.


Em meio a esses pensamentos, Greggory teve de pagar dez flexões por não ter respondido ao Treinador Bruce na chamada. Em seguida, fez mais vinte por “fazer flexões feito uma garotinha”.


Finalmente o sinal tocou, e todos os alunos foram liberados. Sabrina encarou o garoto com uma cara de expectativa, quando surge uma voz, gritando por Greg:


- Ei! Espera ai, cara! – berra a voz, ofegante. Indiscutível. Mesmo sem se virar, Greggory sabia que era Dylan vindo. E pelo olhar de fúria, Sabrina também. Mas fingiu não se importar, para tentar provar que seu pedido de desculpas fora verdadeiro. – Poxa, tentei pedir transferência para a sala de vocês, mas o Sr. Burguins não deixou. Ele me Disse que a sala já esta lotada de mais, e que só podem fazer uma transferência por bimestre. Fico me perguntando: Quem será que fez essa maldita...? – ele não conseguiu terminar. Sabrina botou a mão cobrindo a boca para segurar o riso. Ela incapacitara Dylan de mudar de turma. Fazia tanto esforço para não rir, que estava começando a ficar vermelha. - Ah, já se resolveram? – perguntou, olhando de Sabrina à Greg.


- É... Basicamente. – respondeu o amigo, direto. – e acho que vocês deveriam fazer o mesmo.


- Olha, eu estou arrepend...


- Certo, certo. Já sei onde isso vai dar. Perdoo você. Só não aguento essa baboseira de “vamos ser amigos para sempre, eu te adoro, você é meu HEROI!” – disse Dylan, respondendo a pergunta inacabada de Sabrina. Todos caíram na gargalhada, porque, é muito irônico um herói dizer para o outro “Você é meu Herói!”.


Depois de uma curta caminhada até a sala de Teatro, eles entraram e tiveram uma surpresa: A SRA. EVANS HAVIA VOLTADO! Greggory tacou a mochila no chão e se jogou nos seus braços.


- Sra. Evans! Quanto tempo! Onde esteve? – perguntou o garoto, extremamente feliz.


Ela fitou Greg com um olhar afetuoso, mas havia algo de diferente nela... Ele sabia que tinha.


- Eu... Andei... Resolvendo... Umas coisas! – explicou ela, fazendo uma pausa em cada uma das palavras. Dava para perceber que sua voz tinha um quê de hesitação.


- Você saiu no JORNAL, como assim “andou resolvendo algumas coisas”? Sua família estava preocupada, todos nós estivemos! – Greggory se afastou dela, agora desconfiado. Depois, deu um alto suspiro para tentar controlar a si mesmo. Era estranho como ele se sentia: Tinha raiva e alivio. Raiva, por ela ter voltado sem dar nenhuma explicação decente (que depois de todo esse tempo, era o mínimo que merecia); e alivio, por saber que ela não estava morta. O Homem do Fogo provavelmente não é responsável por todos os crimes na cidade (se é que esse misterioso sumiço foi de fato um “crime”). – pensamos até que o Homem do Fogo tinha te sequestrado...


- Oh! Mas que tolice! Eu voltei hoje de manha, bem cedinho. Já tinha inclusive falado com Sabrina e...


- Sabrina! Porque você não me falou nada? – indagou Greg.


- Porque achei que você sabia que ela tinha voltado! – retrucou a garota, igualmente indignada.


- Mas e então... Conte-me as novidades, querido! – pediu a Sra. Evans. Ela queria saber, então, Greggory contara tudo o que ele fez no final de semana, inclusive, o que não tinha contado para seus amigos. Na verdade, ele não tinha contado nada para eles sobre o sábado e domingo que passara com as megeras.


Assim que concluiu a sua historia, todos queriam dar suas opiniões, só que sobre tópicos diferentes:


- Hey, você não deveria ter pego a ficha de seus pais, apesar de que, agora, você sabe de tudo, e com mais detalhes do seu passado... – pronunciou-se Dylan.


- Não acredito que uma pessoa de minha família tenha dado esse depoimento! Aposto que foi meu sobrinho, ele anda muito preocupado ultimamente. – falou Sra. Evans.


- NÃO ACREDITO É QUE O ST. BURGUINS VAI FECHAR! – berrou Sabrina.


- Eu já peguei a ficha, agora já está feito, Dylan. E quer saber? Não me arrependo. Descobri coisas, poucas, mas descobri, então, já é um começo. E seu sobrinho estava, de fato, muito aflito, Sra. Evans. Ele pediu ajuda para todos de Niceville, ele fez meio que um apelo. E eu também ainda não acredito, Sabrina. – disse Greg, respondendo a todas as opiniões e questionamentos.


- Mas como será ano que vem, aqui no Colégio? – perguntou Dylan.


 - Ninguém paga pelo St. Burguins. Ele é sustentado pelo governo. É sustentado por Randall Wise, o presidente da Câmara de Niceville... E se ele decidir fechar (ou fizer o Romero pagar algum tipo de multa) já era, o Colégio já era. Não há muito que fazer quanto a isso, crianças. – respondeu Sra. Evans, sem esperanças. Mas Greggory não ia cair sem lutar. Sem sombra de duvida, ele iria fazer tudo que estivesse ao seu alcance para salvar o St. Burguins.


- Mas nós temos de fazer algo! – disse Sabrina. – não podemos ficar aqui, de braços cruzados, vendo nossa escola fechar. E, além disso, nosso colégio é MUITO especial, se é que me entendem.


- Sabrina, você não conjura as coisas? – perguntou Dylan. – você não pode conjurar dinheiro?


- NÃO! – responderam Sabrina e Sra. Evans, ao mesmo tempo.


- É estritamente proibido o uso dos poderes para benefícios próprios, independente da causa. – explicou a professora. – porque se não, vocês acham que o St. Burguins seria uma escola “publica”?


- Já sei! Uma vez, vi o Sr. Burguins usando algo como um “apagador de memória”, no vice-diretor. Ele podia usá-lo em todos os Normais que leram a noticia do jornal, e inclusive no tal Randall... – propôs Greg.


- Não, querido, não acho uma boa ideia. Iria ser necessário muito trabalho, e muitas pessoas leram aquilo. Podem até haver pessoas fora da cidade... E além do mais, o jornal já foi publicado. Quem comprou, pode reler, e vai saber, novamente o que aconteceu. – comentou. – Ah, certo, acho que estou atrasando vocês... Vão, vão para A.A.H enquanto vocês ainda a tem...


Todos se despediram da Sra. Evans, e partiram em direção a Associação. Lá dentro, os garotos se separaram de Sabrina, para poder trocar de roupas para treinar. Dylan e Greggory iriam começar a treinar hoje. Ambos se despiram de suas roupas a prova do frio que estava fazendo, e botaram o macacão preto da A.A.H. Quando saíram do dormitório, o Sr. Payne os esperava.


- Ah, olá meninos. – cumprimentou-os. – então, animados pelo dia de hoje?


- Um pouco... – falaram Greg e Dylan, em uníssono.


Na verdade, estavam mais animados do que pareciam, mas, por algum motivo, não queriam demonstrar.


- Então, me acompanhem rapazes! – pediu Sr. Payne, entusiasmado.


Eles passaram por toda a área de treinamento, indo direto para a sala do diretor, ainda dentro da A.A.H. A sala era muito menor, entretanto, muito mais organizada do que a sala do Sr. Burguins. Ele estava lá, acompanhado por um garoto, um pouco mais velho que Greggory, o Sr. Payne (que havia chegado junto com ele) e uma garot... Era aquela menina que Greg se encontrara no corredor, quando perguntara onde era o refeitório!


- Olá, meus Aprendizes. – disse o diretor, e o Sr. Payne foi dispensado, fechando a porta. – esses são os seus treinadores. Dylan, este é Peter Johnson. Ele está na A.A.H há uns dois anos mais ou menos, e já é bem experiente. – Dylan e Peter trocaram um aperto de mão. A mão de Peter era cheia de veias, e o aperto parecia ser forte. – Ah, Greggory, esta é sua treinadora, Malina Sharma. Ela é a única do sexo feminino que treina pequenos Heróis aqui na A.A.H. Ela é nova, entrou esse ano e, bem, creio que vocês já se conhecem. – disse o diretor, piscando um olho para Greg. Como ele sabia que Greggory já a tinha conhecido? Câmeras na A.A.H. Só pode ter sido. - Então, o que ainda fazem aqui? Todos vocês, vão treinar!


E como se todos despertassem de um sono profundo, se moveram em direção à porta. Andaram pelos longos e iluminados corredores da Associação.


- Oi! – cumprimentou Malina. – lembra-se de mim, não é? Não lhe disse que em breve nos íamos nos ver?


- Oi... Pois é, fiquei pensando muito, nisso. Então esse era o grande mistério, afinal... Porque você estava triste naquele dia?


- Por que... Ah, isso não é da sua conta. Eu só sei que sofri serias consequências por ter falado com você. Na verdade, eu quase fui expulsa. Não se pode falar com seu Aprendiz antes de ser apresentada a ele. Eu havia me esquecido totalmente. E você não sabe o duro que dei para ser treinadora, e quem diria que tudo iria por água baixo por causa de um pirralh... Um garotinho. – corrigiu-se. Ela olhou para Dylan estranhamente, como se estivesse examinando o garoto. Ela virou a cabeça para o lado e franziu as sobrancelhas. Estava realmente concentrando-se em Dylan. Mas... Por quê?


Greg já percebera que ela com certeza era ríspida e durona. Porque se não, qual seria o outro motivo de ela ser a única garota treinadora na A.A.H?


- Certo, podem ir trein... Cadê o loirinho e Peter? – perguntou o Sr. Burguins, coçando o topo de sua cabeça calva.


A essa altura, Greggory já tinha perdido Dylan e Peter de vista há muito tempo.


Malina e Greg dirigiam-se para arena, agora em silencio.


- Certo. Sua primeira lição será a luta. Mesmo com poderes, você tem de saber manusear um objeto afiado. – ela disse, aproximando-se de uma mesa. – venha até aqui. Escolha qual quiser.


Na mesa, tinha uma série de objetos pontiagudos, que poderiam ferir uma pessoa sem muito esforço. Ele optou por uma adaga mais grossa na ponta e de acordo como chegava ao cabo, ia afinando-se. Era prata reluzente, e chamou sua atenção.


- Com um tempo, você aprende a botar seus poderes nas suas armas. – disse Malina, pegando algo como uma espécie de bola de vidro. – certo, vou começar devagar, apenas tente defender meus golpes. – e ela segurou sua “arma” com as duas mãos, fechou os olhos e respirou fundo. Ela parecia se concentrar.


Alguns segundos depois, a bolinha começou a brilhar e a flutuar. Ela voou rapidamente na direção de Greggory, que tentou diferir o golpe, mas a bola foi mais rápida, entrou em contato direto com o seu braço, o que lhe paralisou. Ele não conseguia mover mais um músculo. Malina permanecia com os olhos fechados, parecia que ela não sabia o que estava acontecendo, e, mesmo assim, tinha vencido o garoto. Ele estava ficando com raiva. Ela literalmente tinha ganhado dele ‘de olhos fechados’.


- Poxa, Greg, se concentra! – ela pediu, tornando a abri-los. A bola de vidro tinha caído no chão. – certo. Vamos com calma. Qual seu poder?


- Ainda não sabem exatamente...


- VOU REPETIR. QUAL SEU PODER? – Ela perguntou, agora, exaltada, como se o garoto tivesse xingado-a.


- Acho que tem algo a ver com fogo, por causa do incêndio e...


- TÁ, TÁ, A CIRCUNSTANCIA POUCO ME IMPORTA. Greggory, por favor, concentre-se. Como você conseguiu adentrar na fumaça?


- Eu estava desesperado para salvar minhas irmãs...


- Já tentou raiva? – ela perguntou. – foi o que deu certo para mim.


- Não sei se consigo... – Greg hesitou.


- CLARO QUE NÃO CONSEGUE! VOCÊ AGE IGUAL UMA MENININHA FRACA! – Malina berrou, cuspindo no rosto de Greggory.


- Ei, eu não...


- VOCÊ NÃO O QUE? NÃO CONSEGUE FAZER NADA? VOCE É UM INUTIL! VAMOS ENCARAR OS FATOS, NÃO CONSEGUE NEM HONRAR SEUS PRÓPRIOS PAIS!


Greg de repente sentiu seu rosto queimar, e ficou furiosamente vermelho. Ele a encarou com muita raiva, fechou os olhos, e desejou que ela se arrependesse de ter dito aquilo, e, quando se deu conta, os cabelos negros e longos de Malina estavam pegando fogo. Ela andou calmamente até o extintor, e o apertou contra seu cabelo, como se fosse um spray.


- Era disso que eu tava falando! – Malina berrou em um tom tão alto, que ecoou na arena. – anda, vamos lutar.


Porque será que ela não ficou tão afetada com o fogo? De repente os treinadores recebem uma proteção especial, caso acidentes aconteçam.


Ela levantou novamente a “Bolinha Mística” e novamente a levitou e a fez se iluminar. Com raiva daquela bola idiota, Greggory pegou a adaga e foi tão rápido que nem mesmo entendeu o que fez: Deu um golpe, que iria acertar em cheio na bola, se ela não tivesse se desviado, e voado nas costas do garoto, paralisando-o novamente. Sua adaga ficou fincada no chão, de tanta força que seu golpe teve.


- Nada mal. Nada mal mesmo. – disse Malina, parabenizando-o. – não fique triste que não tenha acertado a bola. – ela falou, tranquilizando-o. – meu poder é a Eletroestática. Faço campos magnéticos visíveis ou não, que paralisam as pessoas. Escolhi fazer em objetos para você poder ver. Ah, e tem um detalhe.


- O que?


- NUNCA SE DISTRAIA! – ela disse, dando um golpe surpresa em Greg, agora com suas próprias mãos, que poderia ter quebrado seu braço mais rápido do que um ser humano pisca o olho. Ela o soltou, e deu uma alta gargalhada.


Um sinal tocou.


- Que sinal é esse? – perguntou a ela.


- É o sinal do lanche, nunca ouviu?


- Para falar a verdade, não! – ele admitiu como se fosse o maior anormal.


- Ah é! O sinal só toca DENTRO da Arena. – ela comentou, dando um leve tapa na própria testa. – vamos comer. Ah, seu amigo Dylan esta vindo ai... – ela disse, olhando por cima do ombro de Greggory, e de repente ficou meio sem graça. - Preciso correr para pegar um bom lugar... – ela disse, deixando-o sozinho.


-... Mas foi muito louco a água ter saído do bebedouro daquele jeito, não? – perguntou Dylan, a Peter.


- Ah, você fez isso, por mais que ainda não acredite! – falou Peter, com um belo sorriso no rosto. Depois, Dylan percebeu a presença de Greg.


- Oi, cara! – disse Dylan. – e ai, descobriu qual seu poder?


- Conjuro fogo! – disse Greggory.


- Irado! Eu conjuro água e ainda faço as coisas flutuarem, lembra?... Espera um pouco... Eu não sou seu ponto fraco?


- Nem sempre. – respondeu Peter, com sua voz grossa, se intrometendo. – Às vezes o ponto fraco de um Herói cujo poder é fogo, pode ser outros estados da água, como gasosa, ou solida. E às vezes, o Ponto Fraco de um Herói cujo poder é água, pode ser fumaça, ou carvão, ou álcool... Tantas coisas...


Isto os tranquilizou. Eles e Peter foram em direção ao refeitório, e lá, Sabrina os “aguardava”, com Jason.


- Oi rapazes. – falou Jason. – Ah, oi Peter. E quem é...? – ele disse, apontando o polegar para o lado. Referia-se a Malina, que estava sentada um pouco longe dele e tinha acenado para Greg.


- Sou Malina. Sou nova aqui.


- Eu sei, estou vendo... Seja MUITO bem vinda! – falou Jason. Ele levantou-se, pegou a mão de Malina e beijou-a. Ela deu um risinho tímido. Sabrina girou os olhos. Jason ofereceu seu sanduiche de presunto para Malina, que fez que não com a cabeça.


- Ah não, no meu país, não costumamos lanchar. Só fazemos uma refeição por dia, o resto dele, passamos orando... Mesmo assim, não estou com fome... – ela se justificou. Sabrina fez uma cara feroz, como se fosse devorar Malina a qualquer momento.


- Espera, Malina, você me é familiar. Nós nos conhecemos? – perguntou Dylan, que tinha sentado de frente para ela, segurando-a pelo braço. Sabrina fechou a cara.


- Não... Nunca te vi... Tchau, Campbellzinho... – ela disse, arregalando os olhos, como se tivesse se arrependido do que havia dito. Ela se debatia bruscamente, tentando se livrar da mão de Dylan e levantar-se, mas ele se manteve firme.


- A secretaria da Floricultura do meu pai me chamava de Campbellzinho, ela nunca se deu ao trabalho de gravar meu primeiro nome... E ninguém aqui falou que meu sobrenome é Campbell... – ele estreitou os olhos.


- Está bem, está bem! Eu sou a secretaria do seu pai. Bem, eu fui, por um tempo. Um dia, sem querer, troquei os arranjos de uma moça com um cara e... Senti-me culpada. Eu estava sendo pressionada, porque iam buscar o buque naquele dia... Então... Acabei culpando você. Desculpe, a culpa me corrói até hoje. – ela disse, com uma cara triste. – Ufa. – ela respirou aliviada, como se tivesse tirado um peso enorme das costas.


- VOCÊ MANDOU AS FLORES ERRADAS PARA MINHA PRIMA, SUZAN! E EU CULPEI DYLAN POR ISSO! – Sabrina começou a gritar, carrancuda.


- Desculpe... Eu realmente não queria fazer isso... – ela disse, com os olhos marejados e saiu (ou por medo ou por coincidência) e deixou Sabrina, Dylan, Greggory, Peter e Jason lá.


- E ai Greg, me conta: como foi seu primeiro dia de treinamento? – perguntou Jason, como se nada tivesse acontecido. Para quebrar o clima tenso, o garoto resolveu seguir com a ideia e respondeu:


- Ah, bem, foi legal, mas pode piorar, afinal, o dia ainda não acabou, não é verdade?


- O meu foi bom, gente, obrigado pelo interesse. – disse Dylan, chateado.


Todos lancharam, contando mais detalhadamente suas experiências: Dylan tentou lutar de todos os jeitos, e não conseguiu de inicio. Então, ficou cansado, e foi beber água. Ele estava frustrado, e antes mesmo de apertar o botão, a água começou a jorrar livremente, e ele e Peter começaram a rir. Então, devido a esse feito, Dylan resolveu que iria lutar com uma espécie de cano.


- No inicio foi estranho, mas depois, percebi que eu tinha feito aquilo. – explicou.


Já Sabrina, por sua vez, conjurou varias facas, saindo do ar (segundo Jason, ela estava ficando cada vez melhor nisso e por pouco ele não foi pego).


- Isto é muito mais útil do que o que nós fazemos, cara. – sussurrou Dylan a Greg.


Quando ele contava sobre seu treinamento, lembrou-se de um detalhe que não havia dado muita atenção: O cabelo de Malina pegara fogo e ela estava intacta.


- Não existe proteção para cabelos, existe? – perguntou o garoto, confuso.


- Não, mas, de repente, ela alcançou o extintor rápido o suficiente, a tempo de não causar nenhum dano. – supôs Sabrina.


Greggory ainda não estava muito satisfeito com a sua resposta, mas iria engolir, por enquanto. E os mistérios não param.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Like it?
The next chapter will call: Capitulo 16 - Duas Conquistas *o*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Greggory Field: Desvendando O Passado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.