Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 7
TRABALHO VOLUNTARIO




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Já havia feito uma semana e seis dias que Stefan havia me beijado na garagem — eu não estava contando, juro — era sábado novamente, eu também havia tido uma briga bastante direta com Damon, e acabei percebendo que tudo que ele fez foi por ter se arrependido de ter me deixado sozinha. Mas isso não muda o ato, muda? Mas ele veio a mim naquela manhã de sábado para me avisar que íamos para o trabalho voluntario juntos. Caroline estava animada por faltar uma semana para o Valentines Festival, e eu, bom, eu estava sentada na mesa cozinha comendo rozbife e legumes — Caroline também havia me empurrado uma dieta. 

      Eu de fato comecei a achar que meu beijo com Stefan valia de algo quando naquele dia ele cuidou tão bem de mim, escreveu uma musica na minha frente, tocou para mim. Mas então, vejo ele beijando Rebekah na sexta, e acabo por achar que nosso beijo não valeu de nada. Ah, mas quer saber? Que se dane. Repeti mentalmente. Que se dane. Que se dane. Que se dane.

      — VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! — tomei um susto tão grande, que deixei as colheres caírem no chão, o estalar foi inaudível, mas ainda assim estremeci. Caroline se desculpou com os olhos e me deu um panfleto. 

"DIA E NOITE DO AMOR: TRILHA ANTES DO VALENTINES FESTIVAL"

      Reprimi o riso ao "Dia e noite do amor" e olhei as datas.

      — Não vai dar, eu preciso trabalhar esses dias, aliais, trabalho voluntario... 

      — Nananinanão. Você tem folga no domingo e na segunda, e eu já coloquei todos os nomes na lista. O meu o seu do Stefan e Damon. 

     — Folga?

     — É, Elena. Você só trabalha essa sexta e sábado. No domingo e segunda você está de folga, justamente por ser Valentine's Day. E no festival toda a cidade está lá, então...

     — Tudo bem, Carol. 

     — YUUUP

     — Por que faz tanta questão que eu vá? 

     Ela me olhou feio enquanto levantava da cadeira, e enquanto virou disse:

     — Você é  a unica que não me parece superficial entre as que conheço. — engoli em seco, era meio verdade. Mas Caroline virou-se da porta — E arrume um par pro VF, só pode entrar com um. Eu irei com Matt, claro... E você... bem... 

    — Bem?

    — Eu não ia contar, mas já que você vai ficar sabendo mesmo... — levantei correndo da cadeira e fiquei a sua frente. — Damon e Stefan planejam convida-la. Os dois. A decisão será sua... 

      Eu poderia opinar, mas Caroline se foi, deixando apenas o panfleto caído no chão. Corri para o quarto, joguei uma roupa na cama e pensei nisso enquanto tomava banho. De certo modo, essas duas semanas que passei aqui — quase duas semanas — valeram tanto, e me foram tão... delicadas que eu não podia esconder que estava aflita por Stefan ter me dado pouca atenção. Tudo bem. Eu entendo, ele tem estado ocupado com a faculdade e o trabalho... mas, aquele beijo me valeu tanto,  e eu não tenho ficado assim desde então e... CARAMBA!

      Meu coração vai a boca quando vejo Stefan deitado na minha cama, ou quero dizer, a cama que Caroline me emprestou. Ele estava enroscado ao meu ursinho panda, olhando o teto, parecia cansado e suado, devia ter acabado de chegar... e eu... bem... eu estava de toalha. 

     Ele levantou rapidamente.

     — Me desculpe, eu.. é... eu... vim aqui falar com você, pensei que tinha saído, enfim... não sabia que estava tomando banho. — perguntei-me se ele não havia ouvido o barulho do chuveiro. — Vou deixa-la se...

    — Não, não precisa.

    — Você quer que eu a veja trocando de roupa? — algo estranho queimou em seus olhos. Eu ri.

    — Não, Stefan... Quero dizer... vou me trocar no banheiro. — ele assentiu.

    Me troquei depressa, e quando terminei Stefan ainda me esperava no quarto.

     — Você vai trabalhar no Grill com Damon, certo? 

     — Trabalho voluntario, sabe como é. — Stefan riu.

     — Na verdade não sei... enfim... posso pagar algo para você á noite? — meu sangue começou a circular mais rápido novamente. Era inevitável, eu podia ouvir o tumtumtum frenético do meu coração. Mas teimei e simplesmente dei de ombros.

     — Isso é um sim? — quando eu ia abrir  a boca, á voz veio atrás de mim.

     — Diga sim, Elena, ou o Sr. certinho.com poderá castiga-la eternamente... lalala.

     Pelo olhar furioso de Stefan, e  a voz aguda, eu deduzi que era Damon. Virei para encara-lo, e ele parecia diferente, sim. O cabelo desgrenhado estava bem penteado e recém cortado, parecia perfumado e usava algo que não era couro sintético. 

     — O que você está fazendo aqui? — perguntei. Damon fez biquinho e sussurrou, "magoei" e logo então ficou serio. 

     — Acho que a dama esqueceu que precisa ir com o vagabundo agora, diga sim ao Lord, e vamos... — ele segurou meu pulso. 

    — Eu poço levar a Elena. — disse Stefan bruscamente.

    — E desperdiçar o tempo que poderia estar estudando? 

    — Não preciso estudar agora! — Stefan quase berrou. 

    — Mas se estudar á noite, seu encontro a luz de vela está arruinado. Mimimi. 

    — CHEGA! — gritei — Pro jantar é sim, mas a carona vou recusar. Damon pode me levar e você precisa mesmo estudar... — olhei para Damon enquanto ele fazia carreta — você não pode ser tão ruim assim, pode? 

    — Melhor do que imagina... — Stefan rosnou, Damon lhe ofereceu a linguá.

    — Vamos... — notei que a mão de Damon continuava em meu pulso, mas não reclamei. Stefan nos olhou de lado, mas eu senti que ele relaxa enquanto nós afastávamos.

    Acontece que estar  com Damon... assim, como estávamos agora na moto, eu o apertava como se ele fosse todo meu  mundo, e era bom. Era bom sentir seu corpo quente irradiando perfume, era bom ver que ele ia mais para trás na moto só para que eu o apertasse com mais força. Pestanejei quando enfim chegamos ao Grill, ele tirou o capacete de mim, delicadamente, como fizera na garagem no dia da festa na casa de Rebekah. Mas dessa vez ele demorou em meus olhos, e então, deixou o capacete na garupa da moto e entramos no Grill. 

    — Aquele ali é o nosso patrão — ele apontou para um baixinho barrigudo e carrancudo, com bigode de delegado. — seja doce e amável, bonequinha — revirei os olhos e andamos em direção a ele. 

    — Sr. Mikaelson, essa é Elena Gilbert — ele apontou para mim, eu ofereci minha mão.

    — O Sr já me conhece... Damon

    — Salvatore. É... sempre nas minhas terras, não é? 

    — Eu sinto...

    — Não sinta, meu jovem — o Sr Mikaelson levantou com dificuldade da cadeira. Com certeza  sua barriga pesava — apenas... trabalhe. — Ele entregou a Damon um avental e a mim um enorme chapéu de cozinheira. 

     — Cozinha — ele me disse. — E você pode ficar  no bar... 

     Coloquei o chapéu — não podia ter ficado mais feio — e então corri para a cozinha, tomei um susto quando vi Rebekah sentada, divinamente linda, como sempre. Ela já me olhava da porta, certamente sabia que eu estava ali.

     — Rebekah? — perguntei, ela levantou logo em seguida. Estava poderosa, como sempre, os cabelos loiros longos e levemente cacheados nas pontas. — O que está fazendo aqui? 

     — Meu pai é dono disso aqui. 

     Eu olhei em volta. Hmmm... Rebekah Mikaelson... patético! Eu nem ao menos sabia porque pensei nela daquela maneira, patética não era algo que se encaixa.

      — Estou aqui para dar-lhe as boas vindas a família do Grill. — ela me olhou, mas tinha um toque de maldade obscura em seu olhar... algo que... me doeu. — E... como eu sou sua... digamos que eu seja a sua chefe... não chegue mais perto do Stefan, e seus dias aqui serão curtos e leves. 

      — O que você quer dizer com isso? 

      — É simples Elena. Existe uma cadeia de comandos, e você não chegou para ficar, e mesmo assim, eu sou o topo dessa cadeia. E sugiro que não fique perto do que eu desejo. 

      — É assim que vê o Stefan? Como mero desejo, ou só porque ele não te dá mera atenção?

      Rebekah riu. 

      — Ele ME beijou no sábado. Quer mais atenção que isso? Quando formos para a cama eu aviso. Mas é simples, você pode brincar com o Damon, aliais, ele não é o motivo de estar aqui? Contanto que mantenha distancia do Stefan, eu não terei nada contra você.

      — E se eu chegar perto do Stefan? Vai me ameaçar? 

      — Não sou de ameaças Elena, olhe para você. Patética, frágil e ainda se veste muito mal. Não tem classe, nem parece alguém delicada e amorosa. Se envolver com alguém do nível do Stefan só irá te magoar — com certeza as palavras dela foram as coisas que mais me magoaram naquele momento. Eu me senti 100vezes inferior a ela — Ou você aceita minha proposta, ou sua vida será um inferno. E quando inferno... ah...

     — Não tenho medo de você. — seus olhos queimaram nos meus. Aquela mania que eu tinha de sentir a essência das pessoas com o olhar me depredaram naquele momento. Rebekah parecia tão obscura quando qualquer outro demônio. 

    — Então é muito burra. 

    — Acabou? Posso ir trabalhar agora? — Rebekah olhou para mim, e para cozinha, e com um ar superior apontou para pia completa de pratos e para o chão encardido de óleo. 

    — Comece pela pia, limpe o chão, vá lá fora, pegue todos os pratos, eu vou comprar uns vestidos por VF, quando eu voltar, quero tudo isso feito. Ou então eu a demito. 

    — Não pode me demitir, estou aqui para trabalho voluntario.

    — É, mas meu pai sempre é tão banana que vai pagar 20 dólares todo dia a vocês, o que, de acordo com a lei. A faz m-i-n-h-a empregada, se eu quiser demiti-la, você terá que pagar o trabalho depois da fronteira. Ou seja, não será legal, será? 

    Engoli em seco.

    — Agora serviçal, faça o que mandei. E para você é Sr Mikaelson. 

    — Sim, Sr Mikaelson. — eu disse seca. Mas aceitaria qualquer coisa para que Rebekah, ou melhor, Sr Mikaelson  fosse para longe de mim. Não importava. Eu havia revidado. E estava prestes a ir jantar com Stefan mais tarde. Palavras e ameaças não me amedrontavam quando o assunto era a sensação maravilhosa que sinto quando estou com Stefan. 

    Eu fiz tudo que Rebekah pediu, mas em cada coisa, minha mente sempre flutuava para Stefan Salvatore. Filho da irmã adotiva do meu pai. Meu quase primo. Mas tão irresistível.

    Damon apareceu na cozinha. Olhei para ele. 


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