Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 6
DESAFIO




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Dois enormes homens me barraram na porta da casa da Rebekah. Eu suspirei. 

      — É uma festa privada — disse um deles — seu nome precisa estar na lista.

      — Mas eu fui convidada... 

      — Isso é o que todos dizem — ele me olhou feio — qual seu nome?

      — Elena Gilbert.

     O fitei enquanto ele murmurava "Vamos ver... com E... Er.. Ela... Elena! Ah, sim, Elena-Gilbert"

     Enquanto eles me davam espaço, perguntei-me o porque de tanta segurança. Mas era possível ver, não era aquela uma simples festa, havia um grupo disponibilizando ponche,  e uma mesa coberta de comida. Logo avistei Caroline e Matt, também encontrei Tyler perdido com talvez a mesma garota que o roubou naquela noite.  

      Caroline estava agarrada a Matt, mas ainda assim eu a puxei, seu olhar foi estranho. Eu reconheci aquele sentimento de imediato.

      — Está surpresa por me ver aqui?

      — Claro que não... — murmurou enquanto apontava para os guardas — porque outro motivo eu colocaria seu nome na lista?

      Havia uma coisa sobre Caroline que todos deviam saber, ela não gostava de mentir. E por não gostar, ela o fazia, mas deixava rastros tão fáceis de serem captados que eu quase achei que ela queria que eu suspeitasse de sua lealdade.

      — Você disse que só eu faria Stefan vir a festa, e quando vejo ele já está aqui. Obviamente porque veio com você. Qual é a historia por trás disso?

      — Naada. — Caroline continuava olhando pro lado, seus olhos se batiam nos meus em algum momento, mas era o suficiente para saber que ela queria explodir algo. — Tudo bem! 

      — Eu sabia que tinha algo...

      — Hoje... eu  estava na cozinha, então, Damon me chamou para conversar... e... — ela parou, segui o rumo dos seus olhos e iam até Stefan que também nos fitava do outro lado.

      — E...?

      — E ele me falou que havia pisado na bola com você, pediu que eu o ajudasse a tentar se redimir.  Foi o que veio em minha mente. Se eu implorasse Stefan viria comigo, e se eu implorasse a você, quero dizer, você também viria. Mas... ele me prometeu que a levaria para outro lugar, e que disfarçaria isso da festa... e... me perdoe Elena, eu estou arrependida... eu...

      — Então era tudo mentira?

      — O que? 

      — Sobre... ele ter feito tudo para me ajudar... e... oh deus, como sou idiota!

      — Eu... não sei nada sobre isso.

      — Tudo bem, Caroline. Onde fica a mesa das bebidas? 

      — O bar é logo ali — ela apontou —, mas precisa de identidade.

      — Darei meu jeito. 

      Andei nervosamente até o lugar onde ela apontou, por acaso vi Rebekah conversando com Stefan, que continuava me olhando. Sentei-me nos bancos do balcão do bar. E fiquei feliz ao ver que o barman poderia ter minha idade.

      — Tequila...

      Ele me olhou cético. 

       — Você não parece do tipo que bebe tequila

       E você está certo. Eu não disse, continuei olhando o desconhecido que me parecia familiar.

       — Preciso ver sua identidade...

       Revirei os olhos.

       — Não precisa, eu mesma digo, sou menor de idade. 

        Ele riu.

        — O lugar das crianças é perto do ponche..

        — Você não parece alguém... adulto. — bati a mão no balcão —, mas enfim... vai  me trazer, ou não? 

        Ele me olhou mais formalmente como se quisesse me ver com outros olhos. 

         — Me desculpe... não posso sem as identidades, se ao menos tivesse acompanhada por alguém com mais de 18 que se responsabilizasse...

        — Aqui está... — ouvi a voz atrás de mim.

         Stefan abriu a carteira e lhe mostrou a identidade. O barman sorriu com condescendência e Stefan lhe estendeu a mão com o dinheiro. 

        — Bebendo antes de almoçar? Não é costume de alguém que sabe o que está fazendo.

        — Se tivesse acontecido com você, o mesmo que aconteceu comigo, você também estaria bebendo.

        O Barman nos entregou a bebida e me surpreendi quando vi que Stefan também ia beber. Ele levantou sua dose para o ar e piscou.

        — Seria muito indelicado deixar você beber sozinha... 

        Eu suspirei enquanto delicadamente sentia as gotas esquentando meu corpo e fazendo meu sangue movimentar-se com mais velocidade.

         — Como te convenceram a vir para festa? — ele franziu o cenho.

         — Devo parecer um chato para você. 

         — Eu diria... serio... 

         — Não é só Damon que consegue ser divertido.

         — Sem Damon na conversa, por favor. 

         — Hmmm... — Stefan riu — O problema sempre começa com "D"

         Ergui a sobrancelha, ele riu novamente. 

         — Foi um trocadilho... entendeu? "D" Damon... ah... 

         — Me desculpe, é que... sou mesmo muito burra para perceber até uma piada.

         — Devo leva-la mais vezes á um bar... você fica mais...

         — Mais idiota?

         — Não! Mas profunda...

         Olhei para ele com uma cara de peixe morto, e então percebi que ele não sorria mais.

         — Profundidade? Isso importa?

         — Sim quando ela me inspira

         — inspiração? Precisa disso?

         — Bom... eu escrevo musicas. 

         Então notei o que ele queria dizer.

         Naquele momento, ali, por mais que eu pudesse parecer idiota, Stefan se inspirava em como meu tom "fatalista" soava. Eu pedi outra dose, mas ele negou estendendo a mão.

        — Só se você comer algo antes...  

        — Isso é mesmo necessário?

        — O que? — ele perguntou distraído com um fio de cabelo meu.

        — Toda essa... Preocupação... É mesmo precisa?

        Ele parou de mexer os meus cabelos de repente, seu corpo ficou tenso e voltou toda sua atenção a mim.

        — Não gosta de ver as pessoas se preocupando com você? — foi só uma pergunta. Mas foi o suficiente para que eu sentisse todo o álcool queimando em meu corpo. Uma chama estranha acendeu quando seus olhos me olhavam atentamente, ávidos por uma resposta. Era estranho, como se fluísse fogo do meu estomago até meus dedos, que naquele momento estavam anestesiados. Fiquei tonta. Sinceramente sou péssima para beber. 

      — É que... as pessoas não costumam se preocupar... 

      Ele virou para o Barman. 

      — Me desculpe... mas... servem algo de comida? 

      — Isso é uma festa, se quer comida vá até um restaurante 

      Olhei incrédula para ele. Diferente do que me deu vontade de fazer, Stefan virou o rosto para mim, como se a presença daquele garoto mal importasse.

      — Podemos ir ao Grill, não fica muito longe daqui...

      Eu olhei ao redor.

      Para começo de conversa? O que eu estava fazendo ali? Eu vestia algo delicado e me sentia perfumada, eu estava diferente, isso era um fato. Como poderia negar a boa vontade de Stefan em querer me alimentar?

       — Tudo bem. — eu disse, ouvi Stefan suspirar de alivio atrás de mim, e senti o calor do seu corpo enquanto andávamos quase grudados por meio aquelas pessoas. Rebekah estava parada na porta, o rosto perfeito completamente intocável, mas algo acendeu quando ela viu Stefan.

       — Já está indo, Stefan? 

       — Bem... vou levar Elena para comer no Grill. 

       Ela olhou para mim. O rosto era tão perfeito, que eu poderia duvidar ser desse mundo. Rebekah tinha a face poderosa, mas quando sorria daquela forma, parecia perversa. 

       — Ah... Elena. — ela colocou as mãos a meu lado, enquanto me arrepiei ao sentir seus lábios no meu ouvido. 

       — Mas 1 centímetro perto do Stefan e suas ferias serão completamente acabadas. 

       Stefan estava entretido demais remexendo o bolso da calça para perceber que ela havia falado comigo. Eu me distanciei dela de imediato, e olhei em seus olhos para ver se o que eu tinha ouvido era mesmo verdade. Eu não sabia o porque, mas devo ter comentado antes, que sempre que olhava nos olhos das pessoas eu podia notar seus sentimentos. E naquele momento, olhando para Rebekah eu senti um misto de ódio e inveja, e um desafio. Foi quando percebi as sobrancelhas erguidas de Stefan. 

       — Elena? — ele chamou, e então eu vi suas mãos se estendendo. — Vamos agora?

       Eu segurei suas mãos. Era irresistível vê-las expostas para mim, por mais que em um sinal de delicadeza, não sobre outras circunstâncias, mas era tentador segura-la. Meu corpo flamejou quando olhei de lado e senti a fúria de Rebekah.

       Mas não importava. Eu sai dali, com Stefan, a unica pessoa que naquele momento me parecia correta. Andamos em silêncio até mais a frente, quando vi que o gippi estava ali, mas a BMW não.

      — Onde está seu carro? 

     — Você estava no bar quando eu o coloquei na garagem. 

     — Ah — suspirei, e então notei que andávamos na direção da garagem ainda de mãos dadas. E eu não queria solta-las. Você sabe aquele momento completamente esquisito onde não entende o que está acontecendo mais ainda assim gosta?

     Ele apertou as chaves do carro  e o BMW acendeu em meio aos outros, mas foi estranho, de repente ele estava á meu lado e então eu tombo com Stefan a minha frente.

     — Quero fazer algo que senti vontade desde a primeira vez que a vi. 

      — O que? — já era tarde. Ele me segurou entre o corpo musculoso e me apertou com força, seus lábios macios encostaram nos meus, enquanto  senti sua linguá. O gosto doce de sua boca era como uma droga, por mais estranho e inapropriado que fosse aquele momento eu tentei saciar minha sede. Suas mãos grossas apertavam minha cintura... examinando cada parte do meu corpo. Stefan me empurrou para a parede e encostou com mais força á mim, até que eu pude sentir que todo, exatamente todo seu corpo reagia aquele momento. Me arrepiei. 

     O beijo parecia mais maravilhoso a cada delicada troca de saliva. Foi um choque estranho quando suas mãos invadiram minha blusa e tocaram meus seios. Mas ele parou antes que se fosse possível aproveitar.

     — Ainda estamos no estacionamento da casa da Rebekah. 

     — É — eu ri.

     Stefan segurou minhas mãos, agora com mais força e ousadia, como se ele soubesse que podia, e fomos juntos até seu carro. 


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