Damon era, com certeza, uma pessoa que conseguia te deixar pra baixo.

Olhei para Katherine e Stefan, ela era tão graciosa. Seu rosto era parecido com o meu, só que bem mais maquiado e rosado. Ele parecia tenso, ela estava relaxada. Eu não queria pensar sobre aquilo.

Damon segurou meu rosto para que eu pudesse olhar mais intensamente para ele. O toque de seus dedos frios me deixou mole, eram seus olhos azuis que tentavam me convencer de algo.

— Você pensou sobre o nosso... digamos, caso escondido?

Eu o encarei.

— Como consegue? — perguntei enquanto sentia que a musica estava por acabar.

— O que?

— Ser tão frio em relação á mim, a Stefan, á tudo.

Ele me soltou.

— As vezes o sentimento importa mais do que o relacionamento.

Eu não entendi, mas Damon me deu as costas e foi se encontrar com Katherine, do outro lado do salão Stefan vinha a minha procura.

— Vejo que não foi tão torturante, voltou até com um sorriso no rosto — eu lhe disse, enquanto ficavamos de frente para o palco para escutar o nome dos ganhadores da passagem para New York no "clima dos namorados".

— Ela é nostálgica. — ele me respondeu, frio, sem nem tocar os olhos em mim.

— Porque? Ficou te falando dos tempos "bons"?

Ele riu.

— Está com ciumes?

— Talvez... "vous devez commencer à penser à certaines choses lorsque les gens sont pour vous."

— Não sabia que falava espanhol.

*Você tem que começar a pensar em certas coisas quando as pessoas estão por ti*

— Não falo. — sorri quando ele colocou as mãos em volta de mim.

— E o que foi isso?

— Um lema que vi uma vez em um reality show espanhol.

Stefan soltou gargalhadas.

— Bom, eu quero você saiba que... não existe essa possibilidade de Katherine retornar a minha vida.

— Mas você ouviu Damon, ela está em Mistyc Falls agora.

— Em Mistyc Falls, não em minha vida.

Suspirei, eu estava sendo ridícula

— Ok... — ele fez o mesmo que Damon, segurando meu rosto, só que com mais liberdade. Até que meus olhos ficaram dentro dos dele. — Pra compensar o dia "dos namorados" estranho que tivemos. Vamos jantar á luz de vela no teto essa noite.

— No teto?

— Sim... quero dizer, a nossa casa tem um teto enorme e até um telescópio pra eu poder batizar uma estrela de Elena e Stefan.

— Que clichê! — zombei, ele franziu a testa.

— Nunca leu livros românticos? É assim que tem que ser, escrever nossos nomes nas estrelas enquanto comemos batata frita.

— Bom, digamos que eu não tinha o costume de ser romântica.

— Shhhhhh, ela vai começar a falar.

A mulher elegante tomou o microfone novamente.

— Está sendo uma noite bem divertida, e creio que todos os presentes irão concordar comigo. Mas temos um jurado que avalia mais o amor e a interação do casal do que tudo. E, com a maioria dos votos, o casal que irá para NY com hotel e gastos pagos será: — ela fez o drama e suspense de sempre — Stefan Salvatore e Elena Gilbert.

— Awww. — eu disse, porque sinceramente não esperava.

— Venham até aqui! — ela chamou, Stefan segurou minha mão e me levou até o palco.

— Então, como se sentem? — ela perguntou quando subimos no palco.

— Bem — eu disse, mas na verdade podia ouvir meu coração batendo extremamente forte, quantas pessoas haviam ali que não sabiam de meu relacionamento com Stefan? Tia Isobel? O seu namorado também, mas para Stefan esse não parecia ser o problema. Eu tentei falar, mas ele me calou com seus labios doces enquanto todos aplaudiam e gritavam, eu senti meu corpo ferver, por parte, porque o toque de Stefan já era responsável por essa sensação, mas porque tambem estávamos nos beijando em publico, mas não na praia com nossos amigos, em uma festa, no palco, com todos nos olhando.

De repente algo incentivou-me a participar mais do longo beijo, porque, Katherine provavelmente estava olhando, e com certeza veria que Stefan era — é — meu. Mas o que eu estava pensando? Estava tão...

— Ok, pessoal. — a mulher, que aparentemente chamava-se Melinda nos separou, mas eu podia sentir meu coração bombear ainda, eu podia sentir as mãos de Stefan fortalecendo--me ao seu redor, era incrível como ele era tão perfeito até mesmo neste momento, como sempre.

— vocês querem falar algo? — Melinda nos perguntou, Stefan parou por um segundo, e logo então, apertando-me contra ele, assentiu segurando o microfone e olhando para todos, que prestavam bastante atenção em nós.

— Na verdade, quero dizer, que hoje posso nomear-me um dos caras mais sortudos do mundo. Eu tenho essa pessoa incrível comigo, que veio por acaso, e no momento em que mais me foi necessário. Eu posso dizer, com clareza, que todas as nossas decepções amorosas são como um aprendizado até que chegue a pessoa certa, e você é minha pessoa certa, Elena. Eu digo, com toda certeza do mundo, eu te amo. Agora, sempre e para sempre, não se preocupe com o passado, pois como todos nós já sabemos, passou. — era como alguém incrível te falando que você é incrível. Você se sente. E eu estava tão feliz aponto de não querer saber de mais nada, só de olhar seus olhos verdes, em minha mente não passava nada. Nenhum pensamento. Eu estava absolutamente completa. Eu podia morrer ali. E era tão obvio que eu o amava também, e foi tão repentino quando senti as lagrimas escorrendo do meu rosto e as mãos de Stefan me confortando. Compreenda.... você certamente irá achar exagero, besteira, ou qualquer coisa que possa estar imaginando agora. Mas imagine sua vida oca, vazia, imagine que você nunca teve alguem que pudesse chamar de seu, e então de repente você tem uma vida que não é a sua. Você tem uma amiga, um namorado fofo que você ama tanto falando coisas lindas e tentando te fazer feliz a todo momento. Como você estaria aqui no meu lugar? Eu estava constrangida, mas acima disso, eu estava entorpecida.

— Elena? — Stefan soltou um riso gutural, quase como um riso de algo sem graça, mas eu senti que ele podia notar o meu desespero, ele podia sentir que eu estava lisonjeada, tanto que disse ao microfone: — Acho que ela precisa de um tempo. — e todos riram, ele era sem duvida a pessoa mais hilaria e divertida que eu tive — tenho — a honra de namorar. E eu o amo, sem duvida.

— Bom, eu.... — tomei o microfone dele, ele grunhiu — Eu só quero dizer que, eu também te amo, Stefan. E te amo muito. Quero agradecer por você estar fazendo das minhas ferias, a mais maravilhosa impossível. — ele me beijou novamente, agora, com mais urgência e necessidade, como se quisesse dizer "Eu amo você mais". Paramos de nos beijar com Melinda falando novamente ao microfone.

— Ok pombinhos, agora vamos entregar a vocês o pacote de dia dos namorados. Aproveitem a noite. — Ela deu uma piscadela. — E aqui estão suas passagens, mais o panfleto do hotel e tudo incluso. Aproveitem as ferias, e aproveitem para tirar fotos e gravar videos e nos mostrar na próxima festa que.... ocorre, bom, no mês que vêm eu creio. Boa noite á todos.

Saímos da festa mais tarde do que todos, eu fui na BMW de Stefan, claro, e agradeci por Katherine ir na moto de Damon, mas ainda assim eu sentia-me confortável demais com Stefan agora para s, qntir ciúmes de Katherine. Ela havia o traído, que poder poderia ter sobre ele depois disso? Eu me senti tão bem que até relaxei em seu carro, ouvindo Matt e Caroline discutir sobre quem tinha dançado pior dos dois e porque eles perderam, não era fácil, mas eu fechei os olhos e lentamente adormeci.

— Ei... acorda. — ouvi a voz chamar, abri os olhos devagar e Stefan estava á minha frente.

Fiquei ruborizada, e saí do carro.

Tomei um susto quando vi Katherine sentada na frente da casa dos Salvatores, ela estava com os cabelos pretos jogados sobre o vestido da festa, olhava fixamente para Damon que estava á sua frente.

— Você dorme aqui esta noite — eu o ouvi falar, congelei, como assim? Não...

Stefan me apertou com mais força e entramos na sala da sua casa, tia Isobel estava rindo animadamente com Ric, e nos subimos até o quarto de Caroline.

— Ela vai dormir aqui? Mas como assim? Não. — eu disse, sentindo que ao mesmo tempo Stefan tentava dizer algo, mas não conseguia. Claro, o que ele diria? Que não queria a "namorada" — ou seja lá o que for — de seu irmão em casa? Ou que queria sua ex namorada em casa?

— Elena.... eu, quero dizer, não sei. Não importa, venha, vou fazer o que prometi, vamos ter nossa linda noite na varanda. — ele segurou meu rosto com as mãos, quase havia esquecido que Caroline estava ali — Eu falei amor, não importa, ela é um passado que pretendo manter distante. Só você importa, Elena, você.

Havia duas opções:

Ou eu me calava e o beijava, ou ele o fazia.