Do not leave me here escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 7
Deteriorate


Notas iniciais do capítulo

Hoppe: '-' alguém ai ainda? kkkkkk Poisé gente, .-. eu apareci, depois de séculos. Bom... Como podem perceber, eh a Milena que tah atualizando nossas Clatos D: veei, tenho que agradecer muito á ela, por ter paciência cmg, com a minha lerdeza e tals. Acho que vcs merecem uma explicação neah? .-. Então... Comecei a namorar u.u USHAUSAH e como vcs sabem... eh foda '-'. Eu não conseguia (eh difícil ainda) me concentrar nas fics, então... Me perdoem! Esse cap aqui não ficou muito bom, to travada kkkkk mas espero que vocês gostem, do fundo do meu coração! Muito obrigada á TODAS, pelos reviews maravilhosos, e me perdoem pela demora e por fazê-las esperar tanto tempo assim! Esse eh, infelizmente, o último capitulo, o próximo eh o epilogo D: então... aproveitem! ((: boa leitura! E alias... Muitíssimo obrigada á linda da Luna Riddle pela recomendação! *-*
A música do cap: http://www.kboing.com.br/demon-hunter/1-1069877/



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A flecha continuava apontada para mim, diretamente para o meu peito. Os gritos de Peeta continuavam, mas em um momento tornaram-se impossíveis de serem ignorados. Katniss olhou para baixo, agoniada, os olhos queimavam em desespero.

Aproveitei sua rápida distração correndo em sua direção, avançando sobre ela novamente e empurrando o arco para longe. Ela se esquivou segurando meus braços em uma falha tentativa de me empurrar contra o chão.

Passei minhas pernas por trás das suas e a empurrei, contudo, ela apoiou-se em mim e caímos no chão, lado a lado.

Ofeguei, a dor continuava embora meu corpo inteiro estivesse mergulhado na adrenalina. Fechei os olhos, desejando estar em casa, desejando que tudo aquilo acabasse em breve.

Katniss já estava em pé, em uma rapidez surpreendente ela já recuperara seu arco e a flecha estava pronta, apontada em minha direção.

Olhei uma última vez para o lugar, onde minutos atrás o corpo de Cato descasava mas ele já não estava mais ali. Levantei o rosto, varrendo os olhos por toda a superfície metálica da Cornucópia á sua procura.

Senti as paredes da Cornucópia tremerem e Katniss se debateu á minha frente, voltei meus olhos á ela. Cato a segurava por trás, imobilizava seus braços, contudo, ela continuava a segurar firmemente o arco.

Fitei Cato, ele ofegava, não conseguia nem mesmo suportar o peso de seu corpo, seus braços tremiam e seus olhos estavam vidrados. Katniss continuava a se debater, tentando soltar-se do aperto esmagador de Cato, eu me mantinha caída no chão, imóvel, vendo os últimos esforços de Cato para me manter viva. Eu tinha de fazer algo.

Varri os olhos á procura das minhas facas e encontrei uma jogada á alguns metros de distância, levantei-me em um pulo e corri aos tropeços até ela. Virei-me de volta aos dois, mas Cato já a soltara, cambaleante ele voltou a cair no chão.

Apontei minha faca para Katniss, no mesmo instante em que ela voltava a sua flecha para mim. Concentrei-me em seu coração, lembrei-me da calmaria do centro de treinamento do Distrito 2, do silêncio, e joguei a faca em direção á ela no mesmo instante em que sentia a flecha acertar o meu ombro esquerdo. O ar se esvaiu dos meus pulmões e cambaleei. Arranquei a flecha do meu ombro e observei o sangue escorrer por entre meus dedos. Encarei a Distrito 12, á minha frente perder o equilíbrio e escorregar pela superfície metálica da Cornucópia. As bestantes rugiam abaixo de nós enlouquecidas, enfurecidas, elas também queriam que tudo aquilo acabasse logo.

Corri para a beirada da Cornucópia, Katniss se segurava em um dos chifres metálicos, as bestantes pulavam cada vez mais alto, iriam alcançá-la logo.

Eu a encarei por cima, seus olhos cinzentos me fitavam ainda desprovidos de qualquer emoção. Seus dedos se soltavam do chifre, um por um. Estendi-lhe a mão, em um impulso, um movimento sem meu consentimento, para segurá-la, mas era tarde demais. Seu corpo caiu contra a grama e as bestantes avançaram sobre ela, rugindo ainda mais.

Fechei os olhos, virando o rosto para outro lado, embora estivesse tão escuro lá embaixo que era impossível de se ver algo. Bem baixinho, eu ainda conseguia ouvir Peeta, mas seu ultimo suspiro se seguiu de um canhão.

Larguei a faca, minhas mãos tão frias, que eu não as sentia mais. Meu coração palpitava, minha cabeça latejava, em algum momento, me dei conta de que eu não estava bem, algo estava errado.

Tentei ouvir os gritos da Distrito 12, mas nem mesmo um suspiro seu fora ouvido. Virei-me para trás e corri em direção á Cato. Agachei-me ao seu lado, checando sua fraca pulsação.

Seu peito descia e subia lentamente, toquei seu rosto e ele estremeceu.

- Fique... – sussurrei, continuando entre dentes, irritada – Você me prometeu, Cato Stroke...

Ele abriu os olhos o máximo que pôde, mas ainda sim não era o bastante para que eu pudesse olhar no fundo deles.

- Estou tentando cumprir essa promessa, pequena... – sua voz se embaralhou, mas ainda assim pude entendê-lo.

- Não vá... – murmurei – Por favor...

Cato continuou a me encarar por longos minutos, seus olhos vazios, parecia morto, mas seus dedos continuavam a se mover sobre minha mão, acariciando minha pele, lentamente. Ele fechou seus olhos, pesadamente e o canhão soou.

Respirei mais rapidamente, apertando sua mão.

- Cato? – perguntei com urgência – Cato! Stroke! Abra os olhos! Não faça isso comigo!

As lágrimas já rolavam pelo meu rosto, eu não as sentia, tudo em mim parecia anestesiado, meu corpo inteiro parecia estar mergulhado no torpor.

- Cato! – segurei seu rosto, e então, seus olhos voltaram a se abrir em fendas. Suspirei em alivio, e apenas alguns segundos depois me dei conta de que certamente, o canhão que disparara fora da Distrito 12.

- Nós ganhamos... – sussurrou Cato, dando voz aos meus pensamentos. Ele fechou os olhos e sorriu.

- Sim... Ganhamos – murmurei. O céu clareava rapidamente e os rosnados e latidos das bestantes já não eram mais ouvidos.

Cato soltou minha mão, levantando seu tronco pesadamente, sentando-se de frente para mim. Ele cambaleou para trás, contudo, segurei seu braço.

Um aerobarco deslizou sobre nós e recolheu o corpo de Peeta e Katniss, virei novamente meu rosto para evitar de ver o estado em que estavam seus corpos e quando o aerobarco desaparece, encontro os olhos de Cato sobre mim.

O silêncio inunda a arena depois de 22 canhões terem soados naquelas semanas, era algo surpreendente. Mas ao mesmo tempo, aquele silêncio indicava perigo.

Peguei uma de minhas facas jogadas sobre a parede metálica da Cornucópia e me levantei, olhando ao redor. O sol escaldante já aparecera e queimava sobre nós.

Quando me inclinei para recolher a última faca caída, a voz de Claudius Templesmith irrompeu pela arena.

- Saudações aos finalistas do septuagésimo quarto Hunger Games. A mudança anterior foi revogada. Uma análise mais atenta ás regras revelou que apenas um vencedor está autorizado. Boa sorte e que as chances estejam em seu favor! – houve um pequeno ruído de estática e nada mais.

Olhei para o chão, embora estivesse surpresa com aquilo, eu sentia os olhos de Cato sobre mim, me queimando.

Ele levou sua mão até seu cinto, retirando sua espada, aquele movimento bastou para que os meus reflexos se ativassem novamente. Antes que eu estivesse consciente das minhas ações, minha faca já estava apontada diretamente para o seu peito, de forma ameaçadora.

Cato me encarou, as sobrancelhas arqueadas enquanto largava a espada no chão. Abaixei a faca lentamente, medindo cada movimento, dando um passo para trás sentindo meu rosto queimar em vergonha.

- Não... – Cato sussurrou – Faça... Apenas um pode vencer... Faça logo, antes que eles mandem aqueles mutantes de volta ou algo do tipo.

Sacudi a cabeça, a dor quase imperceptível contida em sua voz pareciam como facas pontudas. Eu não seria capaz de fazer aquilo.

- Não... – fechei os olhos, conseguindo ignorar a dor em minha cabeça por um instante, sem qualquer esforço – Faça você, é só cortar meu pescoço com sua espada... Será mais rápido...

- Você sabe que eu não posso... – ele me cortou, sua voz séria como nunca fora. O silêncio caiu novamente sobre nós, até mesmo os mockingjays haviam parado de cantar – Ótimo... – ele se esforçou em se levantar, frustrado – Vou primeiro de qualquer forma.

Ele mancou cambaleante até a beirada da Cornucópia.

- O que está pensando, Stroke? – perguntei, dando um passo em sua direção – Vai se jogar? Acha mesmo que vai morrer, se jogando dessa altura?

Dei um passo para o lado, tendo uma visão melhor das suas mãos presas fortemente á sua espada encostada em sua garganta. Apressei-me em sua direção, puxando-o para trás quase fazendo-o cair, segurei sua mão presa á espada.

Seus olhos fitavam algo por cima da minha cabeça, talvez nada, eles continuavam vazios e sem vida. Ele evitava meus olhos. Olhei para baixo, tentando pensar em alguma coisa de útil. Eu não seria capaz de matá-lo e também não poderia permiti-lo tirar sua própria vida. O que nos restava a única saída...

Olhei para sua mão que eu segurava, seus dedos apertavam fortemente a espada. Suspirei, levantando seu braço e posicionando a espada em sua mão perto do meu pescoço. Retirei a faca de meu cinto encostando-a no pescoço de Cato.

Ele olhou para mim, confuso, fazendo a menção de afastar a espada mas o fitei com frieza, segurando seu braço mais firmemente, apertando mais a espada contra o meu pescoço.

- Juntos... – sussurrei – Vamos fazer isso juntos...

- Não... Clove – ele novamente fez a menção de afastar a espada, contudo, apertei seu braço.

- Você não vai me deixar sozinha aqui... Você me prometeu... – sussurrei, sentindo que aquela frase soara de forma egoísta. Mas se ele morresse, eu nunca iria para casa, nunca realmente. Eu passaria o resto da minha vida, presa aqui, presa ás lembranças, tentando pensar na minha saída – No três...

-... 1 – ele começou.

- 2... – suspirei, apertando o cabo da minha faca, a lâmina afiada cortaria facilmente o pescoço de Cato, seria mais rápido do que um piscar de olhos. Estaríamos mortos e tudo aquilo acabaria.

- Clove... – a dor em sua voz novamente me acertou e eu tentei ignorar.

- 3... – afundei um pouco mais a lâmina em sua pele e ele fez o mesmo com a espada. Contudo, parei ao ouvir novamente a voz de Claudius Templesmith irromper pela arena.

- Parem! Parem! Damas e cavalheiros, tenho o prazer de apresentar os vencedores do septuagésimo quarto Hunger Games, Clove Spalding e Cato Stroke! Dou-lhes os tributos do Distrito Dois!

Cato largou sua espada, deixando-a cair no chão metálico e seu corpo cedeu. Apressei-me em tentar apoiá-lo, embora não me restasse forças o suficiente. Tudo se passava como em câmera lenta. Havíamos ganhados? Dois ganhadores nos Hunger Games?

Olhei para Cato, seus olhos sorriram para mim o sorriso que seus lábios não conseguiram.

Deitei a cabeça em seu peito e ele passou um dos braços pela minha cintura. Tudo começava a ficar turvo e nem mesmo percebi o momento em que o aerobarco deslizou sobre nós.


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