My Dear escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey pessoal, rapido não? Então, como eu disse no ultimo capitulo, a fic está na reta final, eu e a Hoppe fizemos uma contagem e descobrimos que My Dear terá apenas mais três capitulos, é isso mesmo gente, é só esse e mais três e finalizaremos a fic, mas não é tempo de se lamentar ainda, ainda temos 3 capitulos pra fazer isso, não?
Além disso, espero que gostem, e me desculpem se não ficou muito bom, cenas de ação são especialidade da Hoppe, não minha, e não queiram me matar no fim do capitulo...
Para o proximo capitulo: DEZ REVIEWS!
Enjoy ;)



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No dia seguinte, assim que acordei, os flashes de meu encontro com Cato vieram a minha mente com força total e eu ainda não acreditava no que havia dito de modo que minha única saída fora converter tudo aquilo para raiva, que precisaria ser descontada em algo.

Tomei meu café em silencio e dessa vez era eu que ignorava completamente o garoto a minha frente, que parecia um pouco confuso, apesar de se esforçar para não demonstrar.

A mulher do Capitol, que descobri se chamar Phoebe, nos levou novamente para o Centro de Treinamento e eu rapidamente segui até a estação de facas, cumprimentando Marvel com um fraco aceno.

Eu estava tão concentrada no que fazia que quando alguém, hesitante, encostou em meu ombro, provavelmente para me chamar, meu primeiro reflexo foi cravar minha faca em seu coração, e se não tivessem me impedido, restaria menos um tributo nessa edição dos Games.

Olhei sem emoção para o garoto a minha frente, o reconhecia vagamente como sendo o tributo do Distrito 5, ele possuía os olhos arregalados e o corpo trêmulo. Revirei os olhos e me separei com facilidade daquele que me segurava, sentindo uma onda de pura fúria ao perceber que era Cato.

- Vá – grunhi para o garoto do 5, que sem pensar duas vezes, saiu apressado do meu lado.

- Irritada? – ele perguntou com sarcasmo, o sorriso irritante na cara.

- Você não imagina o quanto – respondi, cerrando os dentes, e em um movimento rápido, tentei feri-lo com minha faca. Porém, ele parecia esperar pelo golpe, de modo que se desviou com facilidade.

Eu sentia que todos nos olhavam naquele momento e que os treinadores estavam prestes a nos interromper, mas alguém os impediu, dizendo que estávamos treinando.

Ignorei a todos, concentrada em vence-lo e, novamente, tentei golpear seu abdômen, mas ele segurou meu pulso antes que minha faca encostasse em seu destino.

- Acho que estou em desvantagem aqui – ele murmurou, indicando que não possuía nenhuma arma com ele.

- Pensei que se garantisse sem sua espada – falei com ironia, sorrindo.

- Tenho certeza que sim, e você, se garante sem suas facas? – ele devolveu e torceu meu pulso, de modo que para não me machucar, a única maneira seria largar minha faca.

- Será um prazer – grunhi, a largando e, logo depois, me esquivando de seu aperto com um pouco de dificuldade.

Passei por debaixo de seus braços ficando à suas costas, o que fez com que ele se virasse rapidamente, sorrindo como uma cobra prestes a dar o bote.

Sorri do mesmo modo e ele se aproximou rápido, tentando, sem sucesso, me derrubar no chão. Me esquivei, dando um soco fraco em seu estômago, que não o afetou.

Tentei o socar novamente, mas ele conseguiu pegar novamente meu pulso e, o prendendo, me virou, fazendo com que eu ficasse imobilizada de costas para ele.

Ofeguei, assustada, e em um ato bobo, mordi seu braço que agora se encontrava em meu pescoço. Ele grunhiu irritado, mas não me soltou. O mordi novamente, dessa vez um pouco mais forte, e ele afrouxou um pouco o aperto, fazendo com que eu conseguisse me soltar.

Sorri sarcasticamente enquanto ele me encarava com fúria e quando ele foi avançar novamente, o chutei, acertando-o diretamente onde eu pretendia. E ele, curvou-se de dor, de modo que foi fácil entrelaçar uma de minhas pernas a dele e o derruba-lo.

- Isso. Não. Valeu – ele falou, ofegante, ainda fazendo uma careta de dor.

- Eu nunca disse que jogaria limpo, Stroke – murmurei sarcástica, tentando imobiliza-lo enquanto minha outra mão fazia caminho pelo chão do ginásio, eu sabia que minha faca estava em algum lugar por perto.

Mas esse foi meu erro, já que Cato viu minha procura e como eu ainda não havia conseguido imobiliza-lo completamente, reverteu nossas posições e ficou por cima de mim, segurando meus pulsos e minhas pernas.

- Nem eu – ele falou, um sorriso malicioso aparecendo em seus lábios enquanto ele se aproximava.

Arregalei os olhos, entendendo o que ele faria. Nós estávamos no Centro de Treinamento, os treinadores, patrocinadores e demais tributos todos atentos a nossa luta, aquilo não poderia acontecer.

Ele continuava a se aproximar e quando viu que eu não oferecia resistência nenhuma, se permitiu afrouxar um pouco a pressão de suas mãos em meu braço.

- Chega – falei firme e, me soltando, o empurrei, fazendo com que ele cambaleasse um pouco e caísse sentado.

Me levantei rapidamente, o olhando com raiva.

- Nunca mais faça isso – grunhi, pegando minha faca no chão e saindo rapidamente de perto, ignorando todos os olhares e voltando a arremessar minhas facas com raiva, como se nada daquilo tivesse acontecido.

-*-

Quando chegamos ao refeitório para almoçar, Marvel e Glimmer ainda não estavam, de modo que tivemos que nos sentar sozinhos.

- Clove? – Cato me chamou ao meu lado, mas eu o ignorei – Será que você pode parar de ser infantil e falar comigo?

- Me esquece, Stroke – falei irritada, me concentrando em meu prato.

- Como se eu conseguisse – ele murmurou baixo, para ele mesmo, mas eu havia escutado, de forma que, em um movimento automático, me virei para ver sua expressão.

Ele sustentou meu olhar, sem parecer incomodado por eu ter ouvido o que ele falara e, suspirando, falou:

- Precisamos conversar.

Pisquei, confusa, flashes de tudo que havia acontecido desde que nos conhecemos passavam por minha mente, eu não queria falar sobre aqui.

- Não precisamos não – eu disse, voltando a olhar para minha comida, tentando ignora-lo.

- Você não pode fugir para sempre – ele murmurou e eu quase pude vê-lo revirar os olhos.

- Eu posso tentar – resmunguei, sua frase ecoando por minha cabeça.

- Deixe de ser estupida e olhe para mim, você realmente acredita que isso vai dar certo?

- É no que eu tenho que acreditar, nós vamos para os Games em alguns dias, eu não posso me envolver em nada agora – falei com sinceridade, ainda olhando para meu prato.

- É tarde demais – ele respondeu – Nós já nos envolvemos, Clove.

Fechei os olhos por alguns segundos, suas palavras pesando em minha mente. Nós já nos envolvemos... Era obvio que sim, mas eu não queria acreditar, eu não poderia.

- Então teremos que descobrir um modo de mudar isso – o olhei com frieza, tentando esconder tudo que se passava em minha cabeça agora. Aquilo era o certo, nós não tínhamos futuro, um de nós morreria em poucos dias.

Ele me encarava também, seus olhos sombrios e indecifráveis, mas quando ele iria dizer algo, o casal do Distrito 1 chegou à mesa e Glimmer se jogou nele, fazendo com que o que quer que ele iria dizer, fosse esquecido. 


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