Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 40
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Ok... Boa leitura, e... Leiam as notas finais, por favor ^-^'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211434/chapter/40

Eu encarei através da janela, me sentindo um pouco zonza. Passava das nove, e eu ainda esperava Lissa e Christian, para a ceia. A neve caia do lado de fora, de forma que deixara tudo coberto por um maravilhoso cobertor branco. Assim como deixava tudo terrivelmente gélido.

Eu senti uma mão apertar a minha, e então, eu me virei para ver um Dimitri com um sorriso tão calmo e bonito que fez com que meu coração disparasse de forma barulhenta. O que fez seu sorriso apenas aumentar. Ele me puxou contra seu peito, enquanto eu me afundava contentemente nele. Suas mãos acariciaram minhas costas e cabelo. Dimitri usava uma camisa de mangas compridas, num tom preto com cinza, seus cabelos soltos e jeans.

– Ela está a caminho. – sua voz não passava de um sussurro.

– Eu sei... Só que... – eu comecei, mas me calei ao notar o quão ridículo aquilo era. Era obvio que Dimitri sabia o quão perturbada eu havia ficado ao saber que Lissa e Christian havia voltado de sua viagem de lua-de-mel.  Mas eu tinha que admitir que a melhor parte, era que Dimitri não havia viajado com eles. Ele havia entrado de férias, para que assim, pudéssemos aproveitar. Um presente de casamento de Lissa e Christian. E por Deus... Todos os cantos da casa eram testemunha que o havíamos aproveitado.

Havíamos nos mudado para perto da Corte. Uma casa próxima à de Lissa e Christian, assim como certa vez, havíamos planejado. Eu enfim havia aceitado após alguns longos meses após fazer vinte anos, casar com Dimitri. Bem... Ele havia insistido de tal forma que havia sido ridículo não aceitar. E meus argumentos haviam acabado assim como o número “um” em frente a minha idade. Havia sido algo simples, que fora seguido por Christian e Lissa, algum tempo depois. Eu só não teria adivinhado que após alguns longos meses que os dois haviam partido para uma viagem de lua-de-mel os pombinhos iriam voltar logo com a notícia da gravidez de Lissa.

E ver Lissa feliz, aproveitando a gravidez, me fez pensar mais sobre muitas coisas, assim como Dimitri também adoraria ser pai, mas como Dhampirs não podiam se reproduzir, havíamos optado por adotarmos. E o havíamos feito. Havíamos adotado Thomas, um pequeno dhampir órfão de apenas dois anos de idade. Agora com os seus três. Ele tornava as nossas vidas mais fáceis e agitadas. Não só a de Dimitri e minha, mas as dos avós, também. Janine, apesar de ainda ser um tanto durona com o resto de nós, derretia-se totalmente ao charme de Thomas, assim como Abe, que em momento algum negou sobre como adorava ao garoto e deixava-se à mercê dele.

Olena, a mãe de Dimitri, que ocasionalmente vinha aos Estados Unidos, junto com toda a família Belikov, alegava o quão feliz ela ficava por ver que o filho havia enfim se casado e dado um neto a ela.

Os Belikov eram formados por várias mulheres. Três irmãs; Karolina, Sonya e Viktória. Sua avó; Yeva — quem veio a demonstrar aos montes a falta de interesse pela maioria das coisas. Normalmente, eu me perguntava como os outros aguentavam, mas eu sempre me calava com esse pensamento, quando ela me olhava daquela maldita forma de quem olha dentro da sua alma. E por último das mulheres; Olena. Uma maravilhosa mulher, que havia criado aos seus filhos e ajudado a criar seus netos também. Eu sabia que era pecado comparar minha mãe com ela, mas às vezes, eu não conseguia evitar. Eu me perguntava como teria sido se Janine tivesse me criado como Olena havia criado aos seus filhos.

– Por Deus, aguardem ao Thommy dormir e todos nós irmos embora. – a voz zombeteira de Adrian soou. Eu revirei os olhos, me afastando do peito de Dimitri o suficiente para que eu pudesse olhá-lo. Adrian estava no que deveria ser sua quinta bebida — aqui, pelo menos. Mas mais parecia que ele havia bebido uns cinco carregamentos de álcool. Eu suspirei.

– Porque diabos você ainda está bebendo? – reclamei, me afastando de Dimitri e caminhando até ele e tomando a taça de Martini de sua mão.

– Você está parecendo a sua mãe. – ele resmungou, passando as mãos em seu casaco cinza, que no mínimo custava alguns bons zeros.

– Provavelmente, porque ela quem sofre as consequências das suas bebedeiras. – revirei os olhos.

– Ah, menos, Rose. – ele sorriu preguiçosamente, daquela típica forma arrogante.

– O que Adrian está aprontando? – a voz soou. Minha mãe estava naquela forma que a fazia parecer mais alta. Hoje, ela usava um suéter vermelho sangue, que havia contrastado com sua pele clara, mas ainda bronzeada devido ao sol e seus cabelos vermelhos. Eu sorri vitoriosa ao notar a expressão quase indignada dele.

– O de sempre. – sorri, dando uma leve cotovelada em suas costelas.

– Vocês deveriam mandá-lo ao Alcoólicos Anônimos. No mínimo, eles o trancariam e jogariam a chave fora. – Abe surgiu, com Thommy em seu colo, divertindo-se com as correntes de ouro que ele costumava tanto usar, hoje, ele parecia querer se iluminar mais do a própria árvore de natal em um paletó verde tão escuro que chegava próximo ao preto, exceto quando ele chegava junto às luzes, e por debaixo do paletó, ele usava uma camisa vinho e uma gravata vermelha sangue, assim como o lenço em no bolso do seu paletó e — muito provavelmente proposital — o suéter da minha mãe. Adrian revirou os olhos, deixando a bebida de lado, e caminhando para longe de nós, em direção ao corredor. Eu sabia que aquilo acabaria tornando-se um longo refugio com os cigarros. Eu não o culpei.

Eu peguei Thommy dos braços de Abe, ninando-o de forma boba, como sempre acabava por acontecer quando qualquer pessoa o pegava no colo. Ele sorriu para mim, de forma que deixava seus pequenos dentinhos brancos e extremamente pequenos, ainda em fase de crescimento, à mostra. Eu me perguntei se era possível eu ser ainda mais feliz. Dimitri se aproximou, beijando minha testa. Foi exatamente quando a campanhia tocou. Eu senti meu peito afundar de saudades, enquanto eu assistia Lissa adentrar a sala. Ela sorria de forma que iluminava toda a sala, superando toda a decoração de natal e bem... Abe e sua tentativa de roubar o emprego da árvore e todas as luzes.  

– Oh, Deus... – eu soltei. Dimitri pegou Thommy dos meus braços, e eu me adiantei para abraçá-la. Apesar dos problemas que às vezes nós duas tínhamos, devido nossas desavenças e falta de comunicação, eu tinha que admitir que eu estava mais do que feliz em revê-la. – Oh, é tão bom ver você!

– Eu senti tanto sua falta... – ela murmurou, me apertando.

– Hey, deixe um pouco para o Belikov! – alertou Christian, em seu usual tom sarcástico. Eu sorri para ele. Não era como se tivéssemos virado melhores amigos de infância, mas Christian e eu havíamos evoluído aos montes, mas ainda assim, não nos oferecemos para nos abraçarmos.

– Oh, graças a Deus vocês chegaram! – Adrian soou. – Eu estou morrendo de fome e tenho um encontro para mais tarde, então... Por favor, vamos comer antes que eu desista de esperar por vocês e devore toda a mesa.

Lissa, que resmungou sobre o quão grosseiro Adrian havia sido, e sendo ignorada por ele, caminhou até Thommy e Dimitri, pegando o pequenino nos braços e dando um meio abraço em Dimitri. Ela disse alguma coisa para ele, que apenas sorriu e assentiu, enquanto caminhávamos todos para a outra sala.

Nós jantamos felizes, com conversas fluindo perfeitamente. Nem parecíamos um grupo de pessoas cheias de problemas. E enquanto jantávamos, eu notei a proximidade de Abe com minha mãe. E bem... Eu estava feliz. Eu havia me perguntado boa parte da minha vida se algum dia eu não poderia ter meus pais juntos. E bem... Eu não estranharia se isso acontecesse brevemente, eu apenas não ficaria muito contente com a chegada de mais uma criança. Não por egoísmo ou ciúmes, mas sim, por pena. Um Adrian impaciente, e uma Lissa tão feliz que só faltava levantar-se da mesa, pulando. E Christian não estava tão diferente. Eu estava tão feliz por eles.

No final, Dimitri e eu seguimos até a porta, acompanhando aos outros que partiam. Adrian se dissipou rápido demais, provavelmente, prevendo que chegaria atrasado ao seu encontro. Eu me perguntei quem tinha um encontro no natal. E bem... Eu tinha a resposta à minha frente: Adrian.

Meus pais partiram em seguida, alegando estar tarde para chegarem a Corte, e como naquele dia, Abe não estava com seus guardiões usuais, apenas minha mãe, eu não reclamei por sua partida ser tão rápida. E logo, Lissa e Christian se foram, alegando sentirem falta de casa. Lissa estava com uma barriga saliente agora. Tão linda e feliz e Christian bobalhão, como todos os pais ficam.

Após limparmos tudo e colocarmos Thommy em seu quarto, dormindo tranquilamente, eu me peguei admirando-o. Da porta do seu quarto, com os braços cruzados e uma expressão tão abobalhada como Christian havia estado. Eu observei seu peito subir e descer, em uma respiração leve, seus cabelos castanhos escuros sobre seu rostinho, seu nariz e queixo quadrado. Ele me lembrava tanto Dimitri. Não por parecer com ele, fisicamente e tudo mais, mas simplesmente pelo fato de ambos serem os dois homens aos quais do nada, vieram transformar minha vida em algo completo. Havia tanta paz naquele lugar, naquela casa e comigo, que eu me perguntei se não era errado me sentir assim.

– No que está pensando? – a voz de Dimitri me pegou de surpresa, quase me fazendo pular do meu lugar. Ele sorriu ao notar isso, e se aproximou, me abraçando por trás e depositando um beijo em meu pescoço.

– Perguntando a minha consciência se eu realmente mereço isso tudo. – eu disse, me virando e o abraçando.

– E qual é a resposta? – seu calor me envolveu, assim como seu amor, e de novo, eu me senti ainda mais completa. Eu tinha aquela peça perdida no meu mundo de volta. A alma que completava a minha. Pensamentos parecidos com os meus pareceram atingi-lo.

– Eu não sei – eu disse, me inclinando contra seu peito, assistindo ainda a Thommy dormir, assim como Dimitri também o fazia e a fraca luz do abajur estampado por pequenos foguetes, estrelas e planetas iluminarem ao quarto. – Mas eu acho que é algo bom.

FIM.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, esse epílogo me veio do nada em mente, de última hora, nada planejado... E já que estamos num clima natalino, nada melhor... Bem. Foi realmente um prazer escrever essa fic. E através dela, eu conheci pessoas incríveis. Assim como através ao Nyah!, e tipo... Sei lá. Eu realmente agradeço a cada um que acompanhou, do fundo do meu coração. Que sentiu-se enraivecido, ou se emocionou, ou sentiu-se surpreso. Obrigada!
E ok... Eu não sou boa nessas coisas. Mas isso é mais ou menos o que eu queria dizer. Principalmente, agradecer. A cada momento. Vocês são terrivelmente fodas ~ desculpem-me o palavrão, mas é o mais próximo que chega a expressar meus sentimentos.
Então... É isso. Até a próxima, pessoal. E obrigada.
Se cuidem, e feliz natal, adiantado!! ^-^