Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
Eu tinha dito que postaria antes do sábado. Mas... Eu to enrolada. Lembrando... Sou enrolada. tsc.
Enfim, boa leitura. Eu sei que tem muita gente roendo as unhas para saber do resto.
Beijos, se cuidem. (:



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          Quando eu era pequena, eu costumava acreditar que eu seria alguém importante. Que eu protegeria Lissa e que eu seria indestrutível. Mas de alguma forma, naquele instante eu percebi que tudo aquilo fosse apenas mais uma mentira — mais uma de muitas.

– Shhi! – criticou. Eu queria espernear, e eu o fiz, de certa forma, até ser imobilizada por seus braços fortes. Eu tinha apenas a certeza que a morte cheirava bem... E tinha uma voz incrível, em um sotaque russo... Sotaque russo?!

– Dimitri... – suspirei seu nome, como quem procurar por ar. Eu soube que ele tinha vindo por mim, mas eu jamais acreditaria que ele estaria ali mesmo. Eu não havia acredito. Até aquele momento.

– Você está bem? – sussurrou próximo à minha orelha. Eu fiz um movimento com minha cabeça, em concordância. Ele me puxou para um canto, ao que parecia, um agrupamento de armários ou algo do tipo. Local bom o suficiente para nos escondermos.

Assim que estávamos lá, ele me prensou contra a parede. Não como havíamos feito no ginásio há algum tempo atrás. Suas mãos segurando meus ombros contra a parede de aço. Eu tomei uma longa respiração naquele espaço pequeno e fechado. Dimitri tinha seus olhos cautelosos e astutos, como se estivesse procurando por algum perigo dentro dali. Então, eles pousaram em mim.

– Você está bem? – sussurrou, dessa vez me analisando com seus intensos olhos castanhos. De alguma forma, eu não sabia como dizer... Eu não estava machucada, estava?! Não...

– Eu estou bem... – balbuciei. Dimitri pressionou sua testa contra a minha, seu cabelo que havia escapado de seu rabo de cavalo enroscando em meu rosto. Aquilo teria me feito sorrir com a as cócegas, mas não naquele instante. Não havia conforto em sua expressão sombria e dura. – Você está bem?

Tão abruptamente, ele se afastou. Colocou uma mexa do seu cabelo atrás de sua orelha e me encarou — ainda intenso.

– Fique aqui – ele murmurou, pegando algo na bainha do seu cinto. Dimitri retirou uma estaca de lá e me passou, pressionando contra minha mão. Ele fechou minha mão com a sua, ainda que eu segurando uma estaca prateada. Eu abri a boca para protestar, então, ele continuou, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando. – Para matar, você precisa acertar o coração, procure por dentro das costelas. Assim... – ele pegou minha mão e a colocou sob sua camisa, sua pele quente sob meus dedos me fizeram esquecer onde eu estava. Eu tentei me concentrar... Juro que havia tentado. Sua mão apertou a minha, de uma forma calorosa. Seus olhos me estudando com aquele brilho tão nublado. – Vai ficar tudo bem, Roza.

Eu assenti vagarosamente, sentindo uma vontade de me aproximar dele e beijá-lo. E ele sabia... Ele sempre soube. Quando seu rosto se aproximou, nossas respirações pesadas.

– Eu juro que não vou matar você... – a voz soou. Eu senti como se um balde de água fria tivesse acabado de ser derramado em mim. – Eu vou fazer melhor... Vou-te despertar. Você vai ser como eu... E depois, vou-te matar...

Sua risada gélida soou, me fazendo congelar em meu canto. Dimitri apertou minha mão, me puxando para o presente. Eu o encarei, sabendo o quão temerosa ele conseguia me enxergar.

– Fique aqui – ele sibilou, então, tão vagarosamente, eu me afundei no canto dos armários, segurando a estaca apertadamente em minhas mãos, pressionada contra meu peito. Como se eu pudesse esmagá-la.

Um som alto soou, após alguns instantes de Dimitri deslizar pela entrada do minúsculo local onde eu me encontrava. Eu queria gritar, perguntando como ele estava. O que havia acontecido. Então, outra vez, um som alto e estrondoso soou. Próximo a mim...

Eu me encolhi, me sentindo uma covarde. E então, outro som soou. Algo como uma batida forte e potente lá. Eu me esgueirei, sentindo a curiosidade bater em cheio em mim. Dimitri poderia precisar da minha ajuda, certo?! Talvez... Mas a ideia de deixá-lo só com uma strigoi estava me matando.

Tão sorrateiramente quanto ele se foi, eu deslizei pelo espaço, para fora do local também. Sentindo a adrenalina me atingir como uma bebida quente no inverno. Aquecendo e me fazendo esquecer da dor dos dedos de Mary em meus ombros ou em minha garganta.

Eu serpenteei pelos corredores da Marcy, à procura do meu alvo. Bem... Eu tinha tudo o que precisava; uma estaca de prata e — fundamentalmente — uma estúpida vontade de matá-la.

Eu a avistei assim que cruzei o que deveria ser meu quinto corredor. Ela e Dimitri lutavam. Ou melhor... Estavam em uma espécie defensiva, circulando pelo lugar destruído. Eu assisti, ainda que hipnotizada demais para me mover ou reagir a qualquer coisa.

Meus instintos me diziam para correr. Talvez eles estivessem certos, mas eu nunca saberia.

Respirando o mais suavemente e silenciosamente o quanto pude, eu me aproximei da briga silenciosa e defensiva. Eu me perguntava se se eu tentasse, talvez eu conseguisse empalá-la. Era uma pergunta tentadora.

Por trás de Mary, eu me aproximei. Mas uma coisa eu havia aprendido há muito tempo; o universo tinha um senso de humor doentio. Ao me aproximar, algumas caixas de produtos de beleza caíram, fazendo Mary virar seu corpo tão rapidamente quanto eu não podia imaginar. E em espaço de segundos, ela estava à minha frente, com um sorriso tão maligno. Sua cabeça caiu para o lado, ainda com seu sorriso nos lábios. Suas presas pontudas brilhando perigosamente.

– Você é tão estúpida... – murmurou ela. Eu ainda a encarava, embora meus pés estivessem se chacoalhando, à procura do chão.

– Não como você... – cuspi, me arrependendo antes mesmo de fechar a boca. Mary gargalhou friamente. Então, ela aproximou seus lábios frios dos meus ouvidos.

– Marcus já sabe ao seu respeito... Ele está vindo por você...

Eu senti todo meu corpo gelar. Foi exatamente quando, tão rápido quanto poderia ser, eu notei as feições de Mary mudarem de um sorriso perverso para uma expressão chocada. E em seguida, eu vi Dimitri colocar força, fazendo a estaca enterrar no maldito coração dela.

Instantaneamente, eu caí de encontro com o chão. Batendo minhas costas. Dimitri arrancou a estaca dela, e em espaço de segundos, ele me puxou para cima, de encontro a seus braços fortes. Circulando-os ao meu redor, tão protetoramente.

– Está tudo bem, Roza... Agora está tudo bem. – ele alisou meu cabelo para trás, beijando minha testa tão protetoramente.

Dimitri só não imaginava que tudo ainda estava apenas começando.


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