In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 24
Capítulo 24 Férias


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas jujubas lindas *-* Como prometido, aqui vai mais um capítulo (:



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"Só mais hoje" foi o que pensei ao escutar o despertador tocando. Era o último dia de aula, mas o que eu mais queria era ficar na cama pelo resto do dia. Sonhei com Percy esta noite. Sonhei que estávamos no pátio de minha escola, então de repente ele me abraça por trás e beija meu rosto. Levei um susto, e me virei para ver quem era. Ele continuava beijando meu rosto, mas ao me virar, ele beijou minha boca. Foi tão real, que pensei até ter sentido seu hálito de menta. Acordei com raiva.

Já fazia quase 7 mêses que Percy fora para Londres, e, desde então, nunca mais dera notícias, pelo menos para mim. Sally me contou que naquela universidade era proibido até usar celular durante os dias de semana. Devia ser um lugar muito chato. Mas mesmo assim, isso não é desculpa.

Me levantei irritada e fui para o banheiro. Tomei um banho para acalmar meus nervos e fui me trocar. Estava quente, então vesti um shorts e uma bata lilás sem manga, nos pés, meu par de All Star, claro. Penteei meu cabelo e fiz um rabo alto, hoje ele acordara com um humor tão bom quanto o meu. Peguei minha mochila com alguns livros e desci para comer alguma coisa.

Peguei uma maçã em cima da bancada e dei uma mordida. Peguei as chaves do meu carro e corri para a garagem. O bom e velho camaro preto que pertencia a Percy agora era meu. Ele ficou um tanto enciumado com isso, apesar de ter ganhado um Volvo novinhos de seus pais. Era um pouco estranho, pois toda vez que eu entrava naquele carro, sentia que seu perfume cítrico ainda estava ali. Não importava o que eu fizesse, o cheiro de Percy Jackson não saia de meu nariz.

Dirigi para a escola com calma, não estava com a mínima vontade de entrar na sala hoje. Estacionei em uma vaga longe, porque, quem chega primeiro pega as melhores vagas. Sai do carro com minha mochila no ombro e dei de cara com Lee. Ano passado ele quase repetira de ano, então, com minha ajuda e a de Thalia, este ano ele estava se dedicando mais aos estudos. Apesar de ele ser meu ex, eu não queria vê-lo mal.

– Bom dia, Annie. - ele disse para mim sorrindo.

– Bom dia, Lee. Parece estar feliz hoje, o que aconteceu?

Normalmente eu era quem estava feliz, e ele era quem não estava com o mínimo ânimo para estudar.

– Mandei meu currículo para o String. Agora é só esperar a resposta. - ele disse tentando manter o sorriso.

String era uma faculdade de medicina aqui de Nova Iorque. Não era lá aquelas coisas, mas era boa. Se Lee conseguisse entrar, seria muito bom para ele. Desde o começo do ano, ele me dizia que queria fazer medicina e se especializar em Neurologia. Eu estava torcendo por ele.

– Vai dar tudo certo, Lee, você vai ver. - lhe disse dando um soco leve em seu braço. Ultimamente, estávamos mais próximos. Thalia sempre me abandonava para ficar se agarrando com Nico. Não podia culpá-la, ela o amava.

Caminhamos até meu armário, eu precisava pegar minha carta que eu iria mandar para a FANI (Faculdade de Arquitetura de Nova Iorque), era a melhor da cidade. Não sabia se queria sair daqui para fazer uma faculdade. Eu não veria minha mãe, nem meu pai, nem Kate, nem Thalia ou Lee. Desde o começo do ano, estou trabalhando das 1h até as 7h com Apolo e Ártemis. O salário não é tão alto assim, mas eu estou guardando-o, afinal não deixaria minha mãe pagar faculdade.

Abri meu armário e milhões de papeizinhos picados cairam de lá de dentro. Devo ter ficado vermelha de raiva. Sabia quem tinha aprontado aquela. Rachel estava impossível este ano, e minha paciência estava quase acabando.

Tirei alguns papéis de meus cabelos e sacudi minhas roupas. Se ela cruzasse meu caminho hoje... viraria churrasco!

– Calma, Annie. Você sabe que elas só fazem isso para verem você explodir. - Lee disse tirando mais alguns papéis que estavam em meu cabelo.

Bufei de raiva e peguei minha carta. Bati o armário e puxei Lee para dentro da sala. Logo após entrármos e sentármos, Thalia chegou. Ela deve ter notado como eu estava com raiva. Se sentou na mesa ao meu lado e disse:

– O que aquela vadia vez agora?

Balancei o cabelo e alguns papéis cairam. Não disse nada, mas Thalia sabia do que se tratava.

– Annabeth, já chega, não podemos mais deixar que Rachel e suas piranhas façam isso com você! - ela disse com um tom de raiva.

– Sei disso Thalia, já me cansei disso tudo - lhe disse, então senti uma lâmpada se acender em minha cabeça - Thalia... - comcei dando um sorriso maroto, ela me entendeu. Retribuiu o sorriso.

Lee nos olhava assustado.

– Meninas, vocês me dão medo, sério.

Rimos e então o professor Quíron entrou. Aula de história, ótimo.

O dia passou rápido até. Logo, uma a uma, todas as aulas se foram. Quando o sinal tocou, Thalia e eu fomos por nosso plano em ação. Corremos para o laboratório de química e fizemos a substância mais fedida que eu já fiz. Era nojento, me deu vontade de vomitar, mesmo com o nariz tampado. Colocamos uma quantidade pequena em saquinhos de sorvete, aqueles que parecem camisinhas. Os amarramos e colocamos todos em uma sacola plástica. Saimos do laboratório e corremos para o corredor dos armários.

Lá estavam elas, só estranhei Drew não estar lá também, fazia um tempo que eu não a via. Era fácil encontrar seus armários, eram os únicos que tinham uma estrela dourada colada nele. Tiramos os saquinhos da sacola maior e disse para Thalia.

– Espero que seja o suficiênte para elas aprenderem a não mexer com a gente.

Thalia pegou um dos saquinho e o agitou até a pequena quantidade da mistura se tornar vapor.

– Porque com nerds não se brinca! - ela disse jogando um dos saquinhos dentro.

Fizemos isso com todos. Um a um em seus armários. Logo, com o calor que faz lá dentro, o plástico irá derreter e liberar nosso perfume. Elas iam ficar loucas.

Nos afastamos e ficamos só assistindo. Rachel foi a primeira, ela abriu o armário e se deparou com nosso presente. Mas como é muito burra, ela abriu para ver o que tinha dentro. Só consegui ouvir seu grito:

– Ah, tem um gambá no meu armário! - e mais berros estéricos.

Os plásticos ainda não tinham furado, então se ela não abrisse, não sentiria aquele doce aroma. Agradeço a burrice dela.

Depois de quase chorar de tanto dar risada, Thalia e eu voltamos para o estacionamento. Me despedi de minha amiga e fui para casa. Só tinha tempo de comer alguma coisa e trocar de roupa, tinha que ir para a clínica. Decidi ir com aquela roupa mesmo, só comi um miojo antes de sair. Tranquei a casa e voltei para meu carro.

Antes de chegar na clínica, passe na FANI e deixei minha carta. Não era longe dali, eu poderia estudar de manhã e trabalhar de tarde. Ao chegar na clínica, me deparo com um poodle rosa, esperando para tomar banho. Nunca fui a favor de pintar os pelos dos cães, mas aquele poodle era uma gracinha. Ajudei Ártemis, e antes que eu me desse conta, já eram quase 7h. Me despedi dela, e voltei para a casa. Férias, aqui vou eu.

Nunca reclamei com relação a estudar, mas esse ano eu as queria mais do que nunca. Ainda não estava em casa quando recebi uma mensagem de Lee:

"Annie, vamos comer panquecar hoje?"

Estávamos tão amigos, a ponto de sairmos juntos de vez em quando para comer alguma coisa. Eu sabia que ele ainda sentia algo por mim, mas não tinha nada que eu poderia fazer para mudar isso. Achei melhor ir direto comer alguma coisa, minha mãe só chegaria mais tarde mesmo. Respondi:

"Claro, mesmo lugar de sempre?"

Só de pensar naquelas panquecas deliciosas, meu estômago começou a roncar. Não demorou muito, ele respondeu:

"Isso mesmo"

"Estou a caminho"

Respondi enquanto esperava o sinal abrir. Ele enfim se abriu e eu continuei. Era uma quarta-feira, então não tinha muita gente na rua. Logo cheguei até o Império da Gula, nome do lugar onde se faziam as melhores panquecas de Nova Iorque. Estacionei perto e logo avisto Lee chegando em sua caminhonete prata.

Ele sorriu ao me ver. Fiz o mesmo.

Desci, quase no mesmo tempo que ele, e fomos comer nossas panquecas. Pedi uma sabor Bauru com molho branco, ele pediu uma tradicional com molho vermelho.

Comemos e rimos muito. Lee era um cara legal, além de ter mudado muito nesse ano. Vinha mais arrumado para a escola, não estava mais bebendo como bebia antes. Fiquei sabendo que, dependendo do dia, tinham que levá-lo carregado para a casa, ele mal parava de pé. Ele me contou que já tinha experimentado cigarro, mas como já tinha bronquite, aquilo só agravou um pouco seu estado.

Ele tinha crescido. Não externamente, mas sim interiormente. Não tinha mais a mente de criança que tinha quando ficamos no ano passado. Eu estava feliz por ele.

Terminamos de comer tudo, e eu estava completamente satisfeita. Pagamos tudo e saimos do restaurante. Lee estava um pouco estranho, sentia que ele queria falar alguma coisa.

– Fale, Lee. Te conheço a tempo suficiente para saber que você quer me dizer algo. - eu disse parando em sua frente de braços cruzados.

Ele ficou vermelho e abriu a boca para falar, mas não conseguiu dizer nada. Fiquei um pouco preocupada, continuei o encarando. Então, como não conseguiu dizer nada, ele segurou minha cabeça e me beijou. Levei um susto na hora. Ele começou a me beijar, mas não correspondi. Pelo contrário, me afastei dele e o olhei com raiva.

– Lee, por que fez isso!

Ele ficou sem graça e abaixou a cabeça.

– Me desculpa, Annie. É que a gente tava tão próximo esse ano, que eu pensei que...

– Pois você pensou errado. Caramba Lee, você acabou se tornando meu amigo, e... bem... ainda é ele. - meu peito apertou quando eu disse a última parte.

Lee sabia de meus sentimentos por Percy. Contei a ele tudo, ele era um bom ouvinte. Porque as vezes, eu falo demais.

– Me desculpe, Annie, juro que não vai acontecer de novo. - ele disse me abraçando.

O abracei apertado também. E senti um buraco enorme dentro de mim novamente, foi exatamente isso que senti nos primeiros dias depois que Percy foi para Londres. Aquilo ainda doia.

Decidi voltar logo para casa, colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Podia sonhar com Percy, sonhar que estávamos juntos novamente, e que desta vez, ninguém iria nos atrapalhar. Pelo menos em meus sonhos, eu o sentia perto de mim. Mas alguma coisa me dizia que ele estava perto, era como se ele estivesse por perto esse tempo todo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, por hoje é só meus amores. Até amanha NHAC ;3