In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 23
Capítulo 23 2 mêses


Notas iniciais do capítulo

Só lendo as reviews de você para o meu dia ficar melhor mesmo. Aconteceram algumas coisas hj, mas quando entrei no site e vi todo o carinho de vocês, um sorriso nasceu aqui no meu rosto. Por isso obrigada mesmo, a todos vocês seus lindos NHAC ;3



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POV Autora

Depois do acontecido no baile de formatura de Percy, o garoto ficou abobalhado pela coragem de Annabeth. Ela fizera algo que não tivera coragem de fazer. Seus lábios eram doces, e incrivelmente macios. Ele nunca esqueceria o sabor de cereja que sentiu ao beijá-la. E foi realmente uma grande surpresa. Quando ele a ouviu chamando seu nome, não fazia ideia do que a garota ia fazer. Mas ao sentir o leve toque de seus lábios, não conseguiu fazer outra coisa, senão beijá-la de verdade.

Foi para o aeroporto pensando nisso, entrou no avião pensando nisso, não dormiu um minuto sequer, pois ficava relembrando aquela cena. E não foi uma vez apenas. Qualquer música que tocasse, ele se lembrava de Annabeth, e de como a queria por perto. Se pudesse, a buscaria e a traria para morar junto com ele. Seriam apenas Percy e Annabeth, e mais ninguém. Agora o garoto tinha a mais pura certeza, a amava de verdade.

Annabeth, por outro lado, chegou em casa aos prantos. Tomou o maior cuidado para não acordar sua mãe, que já estava dormindo a um bom tempo, antes da garota chegar. Estava doendo. Seu peito doía. Se despedir de Percy foi como uma facada em seu peito. Agora ela nunca mais poderia tocá-lo do jeito que fazia antes, não o abraçaria mais, nem gritaria com ele para que parasse de fazer cócegas.

Nos dias após o ocorrido, tudo estava cinza para Annabeth. Porque cada música, cada nota, ou cada acorde que ela tocava, a única coisa que lhe vinha a cabeça era um garoto de cabelos pretos e olhos verdes que fora, durante anos, apenas seu melhor amigo. Por fora ela estava bem, conversava com os outros, sorria, dizia que estava bem quando perguntavam "Tudo bem?". Mas a verdade era que tudo aquilo a estava corroendo por dentro. E doía ainda mais cada vez que ela parava para pensar em como Percy estava longe.

Dezembro foi um mês triste para os dois, Janeiro nem tanto. Thalia, como toda boa amiga, ficou do lado de Annabeth em todas as horas. E aprovou a atitude da amiga, de beijá-lo antes que ele o fizesse. Mas se dependesse de Percy, isso demoraria um pouco para acontecer.

Feveiro chega trazendo as voltas às aulas. As garotas, agora no 3º ano, tinham mais coisas para se preocupar. Annabeth tinha tirado carta, e estava louca para chegar dirigindo o velho camaro preto. Que ainda tinha o perfume de um certo cabeça de alga em seu interior. Tanto ela, como Thalia, queriam que as aulas começassem logo.

Já para Percy, as coisa não começaram tão bem assim. O primeiro bimestre fora complicado. As matérias não eram tão simples como ele pensava. Por pouco não ficara de recuperação. Aquela universidade era mais puxada do que o garoto pensara. Passava a tarde e parte da noite estudando para as provas, e mesmo assim, a matéria parecia não se fixar em seu cérebro. Ele começara a pensar se fora mesmo uma boa ideia ter aceitado estudar ali. Além de que, seus colegas de alogamento eram todos ricos, realmente ricos, e ele não tinha todo esse poder aquisitivo. As coisas estavam difíceis.


POV Percy

No primeiro Bimestre eu passara raspando, quase fiquei de recuperação. E pelo andar da carruajem, no segundo eu provavelmente ficaria. O pior de tudo, era que, se eu falasse para algum professor que não tinha entendido a matéria, ele simplesmente me dizia: "O que estava fazendo enquanto eu explicava?" e voltava a corrigir os trabalhos do alunos. Não estava mais aguentando tudo aquilo.

Tínhamos que estudas genética, e isso era a coisa mais chata do mundo. Nenhum daqueles nomes parecia entrar em minha cabeça. Senti inveja de Grover, que estava fazendo Engenharia Ambiental, lá em Nova Iorque mesmo. Era tudo perto, ele trabalhava de dia e estudava de noite. As vezes isso tudo, ir para outro país, só para fazer uma faculdade melhor não compensa. De que adianta me formar aqui com o boletim cheio de DP? E ainda por cima, viver esses 4 anos totalmente infeliz.

Já estava cheio de estudar. Guardei meu livro sobre anatomia dos animais marinhos em minha gaveta e fui caminhar um pouco. Ao abrir a porta me deparei com Sebastian, um filhinho de papai que só sabe que irritar. Tinha os cabelos loiros, que viviam penteados do lado e bem divididos. Seu uniforme estava sempre impecável, enquanto o meu, estava a amassado em quase todos os dias.

– O que quer aqui? - perguntei secamente.

– Seus modos deixam muito a desejar senhor Jackson. O diretor quer vê-lo.

Estranhei isso. Pelo que eu tinha ouvido falar, o diretor quase nunca falava com ninguém, a não ser em casos muito extremos. Sai do meu quarto sem nem se quer agradecer a Sebastian. Me encaminhei até a sala principal.

Eu nunca vira Ares, o diretor, antes. Ele não aparecera nem para dar as boas vindas aos calouros. Bati na porta de sua sala duas vezes. Logo ele a abriu. Era alto, com cabelos cinzas, e uma fúria nos olhos que era até difícil de encará-lo.

– Entre, senhor Jackson.

O tom frio de sua voz me deixou com medo. Eu não sabia do que se tratava. Entrei em sua sala e ele me fez um gesto para que eu me sentasse em uma cadeira de veludo vermelho, enquanto ele se sentou em uma cadeira preta que ficava atrás da mesa.

– Senhor Jackson, eu o chamei aqui porque precisamos conversar seriamento sobre suas notas.

Engoli seco. Eu realmente tive muitas notas baixas no primeiro Bimestre, e estava temendo ficar de recuperação no segundo.

– Sei que elas foram baixas senhor, mas prometo que no próximo Bimestre...

– Não haverá próximo Bimestre para você, senhor Jackson.

Aquele velho estava falando sério? Iria me expulsar porque eu tinha ido mal? E ele nem sequer quis me dar uma segunda chance. Eu só tinha visto Ares uma vez, mas já tinha pegado uma raiva indescritível dele.

– Está me expulsando desta universidade?

Ele estreitou os olhos. Todos naquele lugar se perguntavam como eu tinha conseguido entrar, até eu me perguntava isso as vezes. Eu era o garoto mais bagunceiro e cara de pau de todo o campus. Enquanto eles passavam mal ao dissecar um sapo no laboratória, eu o abria com a maior facilidade e ainda ficava brincando de jogar pedaços de tripas nos outros.

– Sim, seus modos não são dignos de um campista da Accua. - ele disse friamente.

Minha vontade era de pegar um dos sapos da aula de anatomia e esfregar em sua cara. Mas sabia que isso poderia me gerar um belo processo.

– Tudo bem, não preciso estudar aqui para ser um bom profissional. Passar bem. - eu disse e me retirei de sua sala.

Voltei para meu quarto e vi Erick e Morgan (dois nerds que dormem no mesmo quarto que eu) jogando xadrez. Eles estranharam quando me viram pegar a mala e colocar todas as minhas roupas dentro dela.

– O que está fazendo, Perseu? - Morgan perguntou arrumando os óculos.

– Arrumando as malas, eu vou para casa. - lhe disse secamente.

– Isto é impossível, ninguém sai daqui antes das férias de Julho começarem. - Erick disse.

Parei imediatamente o que estava fazendo.

– Eu fui expulso, então tenho que sair daqui.

Morgan então revirou a mochila e tirou de lá um livro amarelo. O folheou um pouco e me entregou. Tinha um parágrafo grifado.

"Nenhum de nossos alunos será autorizado a deixar as dependências de nossa universidade antes dos recessos escolares. Mesmo nos casos mais graves, como expulsão, seja por incapacidade do indivíduo ou por algum ato indevido"

Olhei a capa do livrinho e li "Normas da Universidade Accua". Quanta bobeira junta. Como eu pude vim para aqui? Como abandonei minha mãe, Grover, Thalia e... Annabeth! Eu estava morrendo de saudade da minha sabidinha. Ainda conseguia sentir o gosto de seu beijo. Não aguentaria ficar ali mais 2 mêses. Eu queria ir para a minha casa!

Devolvi o livro para Morgan e fui para o jardim. Era um dos poucos lugares onde eu podia ficar sozinho sem ninguém para atrapalhar. Peguei meu celular e disquei o número do celular de minha mãe. Sabia que levaria uma bronca por causa disso, mas... e dai? O importante era que, daqui a dois mêses, eu estaria de volta. Iria rever meus amigos, meus pais, meu irmão, e Annabeth. Estava torcendo para que ela não tenha se esquecido de mim. E torcia mais ainda para que, quando eu a visse novamente, ela me permitisse beijá-la como eu sempre tive vontade. Só precisaria aguentar mais dois mêses, então veria minha sabidinha novamente.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio sem graça e sem falas, eu sei. Mas prometo que no próximo capítulo eu capricho para todos vocês (: