In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 15
Capítulo 15 Acidente


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAA não to conseguindo ver minhas recomendações D; ta me irritando isso. Oh Lord, mas lá vamos nós. Fiquei feliz com as reviews, gostaram da cena hot da Thalia e do Nico né safadenhos (6) HEUHEUHEUHEUH
Lá vai mais um capítulo NHAC ;3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210716/chapter/15

Seu corpo, era só isso que eu conseguia ver. Percy estirado na minha frente com o rosto coberto de sangue. Eu chorava muito, não consegui nem perguntar o que estava acontecendo. Senti meu celular vibrar, era Thalia.

"Venha logo, onde você está?"

Tentei respondê-la, pedir ajuda, mas minhas mão tremiam demais. Aquilo tudo, Percy ser atropelado, era tudo culpa minha. Por que eu tinha que parar justo no meio da rua para responder a mensagem? Annabeth você é uma burra, e por causa dessa sua burrice, você pode perder seu melhor amigo!

Aquele pensamento me fez chorar mais ainda.

Eu estava sentada no chão me acabando em lágrimas, então percebi que alguém me abraçava. Tinha braços morenos e fortes. Olhei para trás e me deparei com um par de olhos castanhos que eu conhecia muito bem.

– Li-li-liam! - eu disse entre soluços.

Ele forçou um sorriso e olhou na direção de Percy. Todos nós levamos um grande susto. Logo depois ouvi o barulho da ambulância. Notei que meu braço sangrava, mas eu não me importava com aquilo, só queria que Percy acordasse.

A ambulância parou e os para-médicos desceram. Dois deles tiraram uma maca e foram ver Percy. Uma moça com uniforme veio até mim e examinou meu braço.

– Acho melhor te levar para o hospital, senão isso pode infeccionar. - ela disse me ajudando a levantar.

Eu tinha que avisar Thalia de algum jeito, logo ela estranharia o fato de eu não respondê-la mais. Sem pensar duas vezes, entreguei meu celular para Liam. Ele não disse nada, apenas o guardou no bolso da calça.

Vi os para-médicos levando Percy de maca, meu coração apertou. Se alguma coisa acontecesse com ele, eu não me perdoria nunca!

Entramos na ambulância e eu fui no banco da frente com a médica. Só então que senti meu braço doer. O caminho foi silencioso, ninguém disse nada. Vez outra eu olhava para trás, para ver como Percy estava. Mas cada vez que eu olhava, meu peito doía mais. Vê-lo daquele jeito, ainda mais por minha causa, estava acabando comigo. E eu me sentia pior ainda por pensar que, caso ele não... sobreviva, ele nunca vai ficar sabendo de meus sentimentos por ele.

Chegamos no hospital mais rápido do que eu pensava. Descemos da ambulância e a médica me levou para a enfermaria, já que meu braço não era uma coisa grave.

Ela cortou algumas gases, separou algodões, álcool... tudo para limpar meu braço. Eu continuava chorando, mas não era por causa dessa dor, ela pareceu entender.

– Não se preocupe querida, seu namorado vai ficar bem. - ela me disse limpando o sangue que estava no meu braço.

– Ele... não é meu... namorado. - lhe disse com receio.

– Mas mesmo assim, ele deve gostar muito de você para fazer o que fez.

Parei para pensar naquele instante. Eu amava Percy, disso não tinha dúvidas algumas. Mas o que ele realmente sentia por mim? Queria poder ler a mente dele, para poder saber o que ele pensa quando está comigo.

A médica pegou a embalagem que estava escrito álcool e passou no algodão e depois no meu braço. Ardeu.

– Ele é meu melhor amigo. - eu disse segurando a vontade de gritar por causa da dor.

– Mas tenho certeza de que você não gosta dele apenas como amigo.

Dei uma risada sem graça. Estava estampado na minha cara, todos podiam perceber. Menos a única pessoa no mundo que eu queria que enxergasse.

Conversamos bastante. Não resisti e perguntei seu nome. Ela me disse que era May, mas quando me disse seu sobrenome, fiquei ainda mais surpresa. Seu nome era May Castellan. Era nada mais, nada menos, a mãe de Luke, o ex-grande amor de Thalia. Se bem que, parando para reparar, eles bem que se pareciam mesmo. Tinham os mesmos traços.

– Quantos anos tem? - May me perguntou terminando o curativo no meu braço.

– Tenho 15 anos.

– Então está na flor da idade, a época perfeita para se apaixonar.

Ela brincou jogando os algodões sujos de sangue no lixo. Apenas ri. Logo depois, uma mulher entra na enfermaria desesperada. Reconheci o cabelo castanho cacheado e os olhos azuis acinzentados.

– Annabeth! Você está bem? - minha mãe perguntou me abraçando.

– Estou, mas Percy... - minha voz falhou, não consegui terminar.

Meus olhos pesaram. Abaixei a cabeça e tentei esconder algumas lágrimas.

– Com ele está? - perguntei sem olhar para cima.

Minha mãe chegou mais perto e segurou minha mão. Seu rosto tinha uma expressão tensa. Senti meu coração apertar.

– A pancada foi forte, não sabemos quando... ele vai acordar, ou se... vai acordar. - a voz de dona Atena pesou ao pronunciar essas últimas palavras.

Era tudo que eu precisava ouvir. Senti as lágrimas cairem. Desta vez eu não as impedi, estava triste demais. Eu não podia perdê-lo assim. Não sem dizer tudo que eu sinto que eu sentia. Eu a amava, e queria que ele soubesse disso.

– Posso... ter esperança? - lhes perguntei com medo da resposta.

– Esses casos são complicados Annabeth, o paciênte pode acordar a qualquer momento. Pode ser daqui a alguns minutos ou... nunca. - May me disse com pesar.

Senti como se um buraco enorme tivesse sido aberto em meu peito. E eu sabia do que precisava para completá-lo. Se Percy não acordasse, eu teria que conviver com aquele vazio a minha vida toda. Porque eu sei, não importa quanto tempo passe, sempre vai ser ele.

– Annabeth Chase, quer me matar do coração? - ouvi uma voz familiar.

Olhei para o lado e vi uma menina punk de cabelo curto, shorts jeans, camiseta roxa e All Star. Fiquei feliz ao vê-la. Thalia correu até mim e me deu um abraço. Era disse que eu precisava. Naquele momento, tudo que eu queria era um abraço apertado da minha amiga. Não consegui segurar, acabei soltando o choro que estava intalado em minha garganta. Ouvi que Thalia também soluçava.

Minha mãe e May então deixaram a enfermaria, nos deixando sozinhas.

– Você tem noção do quanto eu fiquei com medo quando Liam me contou o que tinha acontecido? - Thalia me disse com a voz chorosa.

– É tudo culpa minha Thalia, tudo! - lhe disse aos prantos.

Minhas amiga soltou-me e se sentou ao meu lado. Ela então segurou minha mãe e me disse:

– Annie, o que aconteceu? Me explique.

Respirei fundo e tentei me acalmar para contar à ela toda, ou pelo menos parte, da história.

– Percy e eu fomos para o parque hoje. Tomamos sorvete, conversamos... Foi tudo tão... incrível. - lhe disse deixando um sorriso bobo escapar quando as lembranças voltaram - Quando deu 6h, lhe disse que precisava ir embora, então ele se ofereceu para me levar para casa. Eu disse que não precisava, mas aquele cabeça de alga insistiu. Estávamos vindo tão bem, até que eu vi Liam e... - a vontade de chorar voltou e eu parei por um minuto, respirei funfo e continuei - ... e eu fui falar com ele, mas como sou burra, parei para responder a sua mensagem no meio da rua e... veio um carro... Percy...

Chorei de novo. O pouco que eu me lembrava da cena já me fazia chorar. Thalia passou o braço por meu ombro e fez com que minha cabeça encostasse em seu ombro. Notei que ela também chorava.

– Se eu perder Percy... nunca vou me perdoar! - lhe disse.

– Eu não devia ter te enviado aquela mensagem Annie, devia ter esperado, não sei...

– Thalia, você não tem culpa, eu é que sou burra e fiquei parado no meio da rua. Agora estou prestes a perder o cara que eu amo e nem sequer tive a chance de dizer isso para ele! Eu sou uma covarde!

Era isso que eu era, exatamente isso. Uma garotinha covarde que nem sequer teve coragem de dizer ao melhor amigo que o ama. Eu queria ter olhado bem no fundo daqueles belos olhos verdes e dizer: "Eu te amo Percy" mas não tive coragem. Agora eu me arrependia amargamente.

– Dear God, the only thing I aks of you... is to hold her whem I'm not around... when I'm much too far away... - Thalia começou a cantar.

Aquela música... "Querido Deus, a única coisa que eu te peço é para que a protega quando eu não estiver por perto... quando eu estiver muito longe" era linda. Percy me mandou uma mensagem assim uma vez, só algum tempo depois que eu fui descobrir que era uma música. Agora toda vez que eu escuto Dear God, eu lembro dele.

'Cause I'm lonely and I'm tired I'm missing you again oh no... Once again... - tentei cantar, mas minha voz saiu muito fraca por causa do choro.

– Sabe qual é a pior parte? - comecei - É de não poder ter olhado no fundo dos olhos dele e dizer que eu o amo.

Então Thalia se levantou num salto e ficou de frente para mim.

– Annie, ainda não é tarde demais. Se você o ama, e quer que ele saiba disso. Vá até lá, diga a ele tudo o que você sente. Diga tudo o que você teve vontade de dizer nesses últimos tempos.

Ela era a melhor amiga do mundo. Estava certa. A abracei e logo depois saimos para procurar o quarto onde Percy estava. Devia estar provavelmente na UTI, que ficava no outro andar. Vasculhamos quase todo prédio, até que me deparei com Sally sentada em uma cadeira chorando. Fui até ela com um peso no peito, pois sabia que a culpa de Percy estar naquele estado, era minha.

Quando ela viu que eu me aproximava, veio até mim e me deu um abraço.

– Querida, como você está? O que aconteceu?

Meus olhos aguaram novamente.

– Me desculpe Sally, Percy... me salvou. Mas agora ele está desacordado, e é tudo culpa minha.

Ela alisou meu cabelos e depois me disse:

– Annabeth, Percy te salvou. E isso é muito bom, quer dizer que... bem... ele gosta mesmo de você. É mais importante pra ele do que imagina.

Outro sorriso bobo. "... ele gosta mesmo de você", mas palavras de Sally ecoaram por minha cabeça.

– Quando é o horário de visitas? - lhe perguntei.

– Por enquanto eles só liberaram para a família, mas a partir de amanhã você já pode vim vê-lo.

Forcei um sorriso e tentei parecer feliz. Mas eu não estava. Se eu fosse menos... burra, nada disse estaria acontecendo.

– Annabeth, vamos embora? - ouvi a voz de minha mãe atrás de mim. Normalmente ela não saia assim tão cedo.

Assenti. Eu queria mesmo era tomar um banho. Me despedi de Sally e Poseidon. Tyson tinha ficado em casa jogando video game.

O caminho para casa foi silencioso. Não disse uma palavra sequer, nem minha mãe. A única coisa que eu conseguia pensar era em Percy. Por um lado eu estava triste, porque ele estava desacordado, e ninguém sabia quando ele poderia acordar. Mas parte de mim estava feliz, afinal ele tinha me salvado. Se fosse qualquer outro, garanto que me deixaria ser atropelada. E ele não, ele simplesmente me empurrou e entrou na frente do carro. Percy era o melhor homem que eu já conheci.

Chegamos em casa e vi um Corolla preto estacionado na frente de casa, sabia quem era: pai. Não acreditei que minha mãe tinha ligado pra ele. E ela só fazia isso em casos de extrema importância.

Entramos e tive que ouvir um longo sermão. E minha mãe também ouviu. Meu pai dizia que ela era uma irresponsável por me deixar sair assim. Não dei muita bola. Deixei meus pais discutindo na sala e subi para meu quarto. Precisava de um banho e precisava dormir. Além de tudo, precisava pensar no que falar para Percy amanhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou curto, eu sei. Mas prometo que amanhã vai ser show HEUEHUEHUEH até mais sweets NHAC ;3