Capitol Hunger Games escrita por Azula, AnaCarol


Capítulo 15
Uma flecha no escuro.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou pequeno, mas para não ter muita espera achei melhor postar.



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  -O que é isso? – Dan move seus lábios, formulando a pergunta. Balanço a cabeça freneticamente e, engolindo em seco, tiro o machado silenciosamente da mochila. Tento me pôr de pé, mas o saco de dormir se enrola ridiculamente em volta de meu pé.

  Com a maior aparência aterrorizante que pude obter, caminho até o final da escada do prédio em que estamos. Parando para pensar, não me lembro de tê-la subido na noite anterior, mas afinal me surpreendo por lembrar qualquer coisa depois de sentir o cheiro da morte de Silena.

  Dan se aproxima e, relembrando nosso erro anterior, apoia suas costas contras as minhas, mirando as janelas baixas. Quase engasgo quando ouço o primeiro ruído de alguém subindo a escada; pressiono minha coluna ainda mais contra a de Dan, que parece não se importar ou não notar.

  Mais um ruído se segue dos degraus velhos e podres. Pela primeira vez percebo um cheiro de naftalina alcançando minhas narinas. Por um segundo me esqueço de onde estou e viro minha cabeça para Dan.

  -Minha empregada costumava...                                                                      

  Tarde demais escuto o barulho de vários passos rápidos vindo até mim, e só entendo o que aconteceu quando meu nariz se arrebenta no chão de madeira.

Em um movimento veloz, vejo o pé de Dan se virar e o gemido da morte de uma menina até então delicada me atinge.

Seu corpo cai, jorrando sangue de um corte profundo e incurável na garganta. Sinto ânsia de vômito, mas consigo me segurar quando percebo que meu próprio corpo precisa de cuidados. Mesmo em mil verões secos, meu nariz nunca sangrou tanto quanto sangra agora.

  Dan me puxa com violência pelos ombros e retira sua jaqueta.

  -Não! – Protesto, sussurrando sem aparente necessidade, porém ele a embola e a aperta contra minhas narinas vermelhas. Reviro os olhos e continuo segurando. O tempo continua frio, e minha respiração forma uma fumaça branca ao sair de minha boca.

 Estou prestes a agradecê-lo e devolver a jaqueta quando uma flecha voa em minha direção, sem muita habilidade. Mesmo assim, acerta meu dedo anelar, acompanhado por uma dor que queima. Como conseguiram acertar meu dedo no escuro?

Não tenho tempo para ver de onde veio a flecha, fecho os olhos e tento secar minhas lagrimas, a dor é maior do que minha ânsia de ver mais sangue. Ouço os passos de Dan se afastando, eu não podia deixá-lo sozinho. Levanto-me, esquecendo os ferimentos e pego meu machado, Dan está correndo em direção a um garoto chamado Tripoon, ele prepara seu arco, seus olhos não transparecem medo, mas insegurança.

Fico ao lado de Dan, agora estamos encarando Tripoon, esperando alguma reação de ambos os lados. Ele dispara uma flecha no meio de nós dois, meu coração bate mais forte, Dan agarra minha mão forte e só percebe que está machucando meu dedo quando faço um ruído de dor.

- Desculpa – ele murmura, mas sem tirar os olhos de Tripoon.

O garoto, então, da meia volta e começa a correr sem olhar para trás. Dan ameaça correr, mas o impeço. Menos uma morte hoje não fará mal a ninguém. O frio ainda é grande e decidimos voltar para o nosso esconderijo.

- Acho que já é hora de trocar de casa. – diz Dan.

- Também acho, e nossa água está acabando, assim como a comida. Amanhã cedo podemos procurar um novo lugar para ficar e mantimentos. – digo.

- Ok, amanhã bem cedinho. – Ele fala e olha para o meu dedo. – Melhor cuidar disso. – Seu rosto está cansado, ele se vira e pega o kit de primeiros socorros da antiga mochila de Kyra.

Enquanto cuida do meu dedo, começo a pegar no sono, mas tento me manter firme, Dan está mais cansado e deveria dormir antes, mas meus olhos estão se fechando.


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