No Capitulo Anterior :

De repente, ela bateu em uma parede e quase foi parar no chão, mas algo segurou sua cintura e não a deixou cair. Ela abriu os olhos e encarou o tórax do homem a sua frente. O peitoral bem definido estava escondido sobre uma camisa branca, o pescoço longo carregava consigo um medalhão, os lábios finos estavam formando um sorriso torto completamente sexy e fazia com que as maçãs do rosto se elevassem, os olhos estavam entre o verde e o dourado e brilhavam, como uma criança contando para a mãe que acabara de ver o Papai Noel, e os cabelos eram bagunçados, num lindo tom de cobre. Aquele era o homem mais lindo que ela havia visto em toda sua vida. Logo ela escutou a voz dele, rouca e completamente hipnotizante, suas pernas bambearam, e se ela não estivesse na prisão maravilhosa que era os braços dele, com certeza tinha caído.

–O que está fazendo aqui, ma petite?

(...)

– Er, eu me perdi.

– Hmmmm.... - Disse ele, alisando o rosto dela com a ponta dos dedos. As bochechas coraram, e Edward deu um meio sorriso ao sentir a pele macia e quente. Ela era tão linda!

Onde os dedos dele passavam, a pele dela formigava, uma onda de calor e ternura invadia seu corpo. O olhar que ele estava direcionando a ela a deixavam sem graça e lisonjeada, era um olhar tão puro, tão amoroso para quem tinha acabado de se conhecer...

– Hey, hey. - Bella deu um pulo para trás, batendo na mão dele. - Que intimidade é essa? Você sai acariciando todo mundo que acaba de se conhecer, é uma espécie de costume por aqui? Por que de onde eu venho, nós apertamos a mão e só. Esse negócio de ficar acariciando não é para mim não e...

Bella percebeu que Edward a olhava divertido. Deus! Ela estava tagarelando sem parar, como a Alice. Que vergonha! Ela, para tentar esquecer o que acabara de fazer, estendeu a mão.

– Sou Isabella Swan, mas me chame de Bella. - Edward pegou sua mão com estrema delicadeza e beijou-a, num gesto de cavalheirismo. Para Bella, qualquer um que fizesse isso nos dias de hoje pareceria um completo idiota, mas não esse belo homem que estava na sua frente, ele fazia isso num modo cortes, que parecia que ele viveu no séc. XVII. Esse gesto trouxe a ela uma estranha sensação de déjà vu*.

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– Encantado em conhece-la senhorita. - Respondeu, a olhando por seus longos cílios escuros. - Sou Edward Cullen.

* * * * * * * * * *

Verona, Itália 1585

– Bella, tens certeza?

– Tenho, pode ir. - Ela fez um gesto, dispensando Bethany, sua dama de compania. Embora não fosse bem visto pela sociedade, Beth estava enamorada de um belo rapaz e mantinham encontro as escondidas, encontros esses que não seria possível, caso a Lady Isabella Petit não apoiasse. Isabella, Bella para os mais intimos, era estremamente amável e acreditava no amor verdadeiro. Petulante, ela não era submissa a ninguém, falava com homens de igual para igual. Seu pai, Lorde Chales não ficava envergonhado com a atitude da filha, na verdade, ele ficava orgulhoso, sua pequena tinha um ótimo gênio e não era de ser levada por qualquer um.

Ela caminhava no belo jardim da propriedade de seus pais. Os pés descalsos estavam em contanto com a grama molhada pelo orvalho da manhã, ela adorava sentir-se livre. O vestido branco e longo roçava delicadamente pelo corpo dela. Os dedos acariciavam delicadamente as folhas e flores por onde ela passava. O nariz e o ouvido capturavam a doce essencia da natureza. O vento fresco da manhã banhava seu rosto. Até que ela bateu em algo, não, em alguem.

– Por que não olhas por onde anda? - Perguntou o homem com quem tinha trombado. Ele estava com a cabeça baixa, limpando suas vestes. Isabella se irritou. Quem ele pensava que era?

– Faço a mesma pergunta ao senhor. E ainda lhe pergunto, o que estas fazendo por estas terras?

O homem levantou a cabeça e Bella vacilou ao ve-lo. Ele era desmasiadamente lindo!

– Sou convidado de Lorde Charles. Desculpe-me se fui descortes com a senhorita. - Ele se curvou e pegou a mão dela, depositando um mero roçar de lábios ali. - Meu nome é Edward Cullen. Posso saber como se chamas a bela dama que esta na minha frente?

– Sou Isabella Petit

* * * * * * * * * *

Ela sacudiu a cabeça, tentando tirar a cena esquisita que lhe veio a mente.

– Posso saber onde estou?

– Estamos em um castelo que fica a 530 km de Forks.

– Como vim parar aqui?

Edward desarrumou os cabelos, um gesto que dizia que ele estava nervoso. Como ele iria dizer a Bella que estava seguindo ela, viu o acidente e a resgatou?

– Eu... eu estava acampando com meus irmãos e achei você e suas amigas.

– Oh, Alice e Rose. Você pode me levar até elas? Por favor. - Implorou, com os olhos brilhando. Algo dentro dela lhe dizia que se pedisse desse jeito, ele faria tudo que ela pedisse. E não estava errado, ele faria tudo por ela.

Edward sorriu torto e se posicionou ao lado dela, colocando a mão na base das costa de sua amada para guia-la. Os dois deceram alguns lances de escada, ambos tentando ingnorar o quase contato, sus peles separadas apenas por uma fina camada de tecido, só um puxão e...

– E aí Ed? - Um cara muito alto e musculoso com cabelo castanho apareceu na frente deles, assustando-a. Então o moreno-alto desceu os olhos e a encarou. Lentamente, um sorriso gigante apareceu no seu rosto, e Bella automaticamente se encantou com as fofas covinhas que um cara daquele porte possuia. Um sentimento fraterno cresceu em seu peito.

– Emmett. - Disse Edward, em um tom de censura. - Essa é Bella, Bella, esse é o meu irmão Emmett.

– Olá Emmett - Ela disse dando um passo para frente, de repente, ela estava com a maior vontade de dar um abraço naquela pessoa que acabara de conhecer, e parece que ele tinha o mesmo desejo, pois em uma passada larga, ele a pegou e a abraçou fortemente. Ela apenas riu, envolvendo o pescoço dele com os braços.

– Não sei porque eu tenho a impressão que te conheço. - Disse, assim que ele a soltou. A risada alta de Emmett ecoava entre o corredor daquele castelo

– Talvez seja porque nós já nos vimos antes, Abelinha. - Bella sorriu como apelido fofo que lhe parecia familiar

– De onde?

– Talvez seja de ... Aí, cacete Edward. - Reclamou, esfregando o braço, lugar onde tinha acabado receber um soco fotissimo do irmão. O ruivo apenas encarava Emmett com raiva, ta bom que Emmett considerava Bella como uma irmã, embora ela não soubesse disso, mas precisava agarra-la daquele jeito? Edward nunca admitiria, mas ficou morrendo de inveja quando viu sua amada nos braços de seu irmão, queria que ele mesmo que tivesse abraçando-a daquele jeito. E pra piorar a bagaça, Emmett já ia entregar que conheceu Bella em 1585.

– Emmett, nós estavamos decendo, indo ver Rose e Alice...

– Quer vir junto? - Bella completou, o grandalhão sorriu e fez um gesto afirmativo com a cabeça. Os três voltaram a andar. Edward continuava com a mão na base das costas de Bella, e, estranhamente, ela estava se sentindo feliz com o quase-contato. Emmett conversa com Bella e Edward apenas observava o rosta da sua pequena.

– Há quanto tempo você acordou?

– Tem umas duas horas. HÁ, tem como vocês me explicarem o que esta acontecendo? Esme ainda não me respondeu.

Os dois irmãos trocaram um olhar, seguido de uma careta.

– Aah não, porque não tem como me explicar?

– Nós queremos fazer isso com as três juntas, sabe, evitar de ficar repetindo a mesma coisa. - Disse Emmett, Bella assentiu, compreensiva. Os três, finalmente sairam do castelo/mansão. Bella observou o lindo jardim, lá tinha flores de todos os tipos, era incrivelmente lindo. Há uns 800 metros a frente começava uma sequencia de arvores, que provavelmente era uma floresta.

– Achei você querida. - Disse uma Esme esbaforida chegando perto dos três, Bella sorriu da forma em que a linda mulher se encontrava, a expressão preucupada cobria o seu rosto até se tornar em alívio quando viu a morena. - Você não sabe o quanto eu te procurei e...

Isabella parou de escutar quando viu um brilho atrás de Esme. Ela semicerrou os olhos, tentando ver o que o sol ofuscava, até que uma sobra tomou conta do lugar e ela consegui ver. Os olhos verde-alaranjados se arregalaram, logo depois encheram-se de água. Suas pernas ganharam vida própria e ela saiu correndo pelo campo verde.

– Allie, Rose. - gritou. As outras duas, que estavam passeando pelo campo levantaram a cabeça ao escutarem seus nomes ditos por aquela voz. Seus olhos, iguais aos da irmã, se arregalaram para depois encherem de água. Rosalie e Alice também saíram correndo em direção a irmã.

As três se chocaram, envolvendo-se num abraço caloroso, cheio de medo, saudade. Não importava onde estavam, mas se estivessem juntas, enfrentariam tudo de cabeça erguida. As três se completavam de uma maneira natural, a amizade que possuiam não deixava elas se separarem por muito tempo. Esse sentimento era a coisa mais especial que as três possuiam.

De longe, todos os moradores daquele lugar observavam o reencontro, emocionados, especialmente três rapazes.

Eles observaram aquela cena e sorriram. Como gostaria que aqueles olhares de carinho fosse direcionado a eles! Cada um sentia falta do olhar que a companheira depositava somente no seu parceiro. Mas não tinha problema, eles as reconquistariam, custe o que custar.

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*Déjà vu ou Déjà vi uma reação psicológica fazendo com que sejam transmitidas ideias de que já esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo . O termo é uma expressão da língua Francesa que significa, literalmente, já visto.

Fonte : Wikipédia