Novo Mundo escrita por Kakaoli


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoinhas, segue mais um capítulo de NM, Espero que gostem.
SEJAM BEM VINDAS LEITORAS NOVAS,(BeccaC, kiki_cullen_va, Melissa Homero, FR, GiihLemes) espero que continuem até o final haha'
Pessoal, esse capítulo é dedicado a Anna Reed, ela que betou. Obrigada por ser minha beta sua linda ♥



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Com um sobressalto vertiginoso, Bella notou que não havia uma criatura alguma.

Aquela era ela. Absolutamente linda, sim, e tenebrosa tambem.

E concerteza, ela não era a mesma Bella de um tempo atrás, ela não era mais humana.

– O que eu sou? - Perguntou num sussurro entrecortado. Um monstro, você é um monstro, uma voz afirmava ecoando em sua cabeça.


(...)

Passos firmes ecoavam no corredor que só era iluminado por algumas tochas acesas. Três sombras eram refletidas na parede de tijolos antigos enquanto paravam em frente a um portão com correntes enferrujadas.

O homem mais alto e musculoso pegou do bolso um molho de chaves e abriu o portão, logo pararam em frente à outra porta que não abriria nem com o soco do vampiro mais forte. O mesmo homem escolheu outra chave e abriu a porta.

Andaram mais um pouco e se depararam com a terceira e última porta, mais grossa e forte que as demais, para poder proteger o que havia lá dentro.

Os três adentraram o enorme cômodo branco dividido em quatro partes. O primeiro era pertencente à Rosalie Romeny, a segunda a Isabella Petit , a terceira pertencia a Alice Breslucci, a quarta era o maior cômodo, usado para preparar a "bebida" especial que elas tinham que tomar uma vez há cada dez anos.

Cada um foi à parte em que pertenceu a sua amada e inspiraram fundo, embriagando-se com o cheiro ainda presente, por eles terem mantido aquele lugar fechado por tanto tempo. Mas agora não se importavam mais com isso, não ficariam preocupados se o delicioso cheiro sumisse, afinal, elas tinham voltado, não precisariam de mais nada que trouxesse um pouco de suas essências para os três.

O ruivo foi o último a sair da parte em que estavam os objetos de sua mulher. Ele seguiu até os irmãos, que estavam no quarto cômodo, já começando a preparar a bebida.

–Hey, Edward. - Chamou o mais alto, de nome Emmett, dando um largo sorriso para o irmão. Ele sempre fora o mais animado, porém, quando perdeu sua loura, seus belos sorrisos viraram algo raro. - É a "hora da colheita"

Edward, o ruivo, assentiu. Ele nunca gostou da "hora da colheita" - Termo esse criado por eles - mas era bom ter um motivo para fazer tudo de novo.

O ruivo caminhou elegantemente até os pequenos cofres embutidos nas paredes e abriu o do meio. Edward tirou de lá uma adaga de prata cravejada de jóias - um presente de uma década de casado - e algumas ervas. Seus irmãos, Emmett e Jasper - que era tão alto quanto ele e louro - já estavam em suas mesas preparando a bebida para suas amadas. Edward seguiu o exemplo e começou a trabalhar.

Um tempo depois, as ervas necessárias já estavam cortadas e misturadas, a pior parte estava por vir. "Por ela, eu faço tudo por ela" repetia, como um mantra, em sua cabeça.

Edward aproximou a adaga do seu pulso esquerdo. A lâmina afiada estava muito, muito quente, tinha que estar para conseguir cortar a pele gelada e dura como mármore. Um filete de sangue começou a escorrer e caiu no copo em que estavam às poucas ervas, enquanto Edward fechava os olhos, tentando conter a dor. Para isso, ele pensou em sua morena, a imagem do sorriso dela o deixava mais calmo. Ela estava mais bonita do que era em 1585, e ele que pensava que isso era impossível. O cabelo mais claro um ou dois tons, a pequena covinha que aparecia quando ela sorria ou fazia careta de dor, a pele macia e lisa, os olhos, ah... Os olhos, esses pareciam imutáveis, o mesmo tom de verde incrível que o fazia perder o fôlego.

Ele lembrava-se que adorava os dois tons de olhos que ela possui: O verde, que é o natural, e o alaranjado, que ela adquiri quando esta com fome e cinco horas depois de caçar. Ela fica incrivelmente linda com os dois.

–Hey mano, quer perder todo o sangue? - Edward foi arrancado bruscamente de seus pensamentos por Jasper, que olhava fixamente para a mão do irmão, o ruivo seguiu o olhar e notou que o copo já estava quase cheio. Ele, devagar, tirou a adaga do corte e lambeu o pulso para que sua ferida cicatrizasse. A bebida já estava pronta.

Do outro lado da mansão, a morena encarava a mulher na sua frente, esperando uma resposta. A mulher levantou as mãos, como que para conter qualquer reação ruim.

–O que eu sou? - Repetiu.

–Bella, eu não posso explicar agora, mas eu juro... - foi interrompida por uma Bella em fúria.

–NÃO! A ÚNICA COISA QUE VOCÊ ME FALOU ATÉ AGORA FOI: ESPERE CALMA, TENHA PACIÊNCIA, EXPLICO DEPOIS. - ela disse aumentando o tom de voz. -O PROBLEMA É QUE NÃO DÁ MAIS PARA AGUENTAR ISSO! É SOBRE MINHA VIDA QUE ESTAMOS FALANDO... SE É QUE EU TENHO VIDA. - Falou exasperadamente, depois sentou na cama e voltou a chorar. Ver aquele estranho líquido vermelho caindo de seus olhos deixava-a ainda mais triste.

Lembrar da cor que seus olhos estavam era desesperador.

Isabella não sabia mais quem era seu objetivo, o que faria dali em diante.

Sua própria vida era um mistério para ela. Bella desejava ser acordada por sua mãe, queria que Renée a abraçasse dizendo que foi só um terrível pesadelo. Mas, infelizmente, isso não aconteceria, e ela teria que saber lidar com a nova situação.

– Eu vou pegar algo para você beber querida, você precisa se acalmar - Bella apenas acenou positivamente com a cabeça e escutou Esme sair. Ela levantou da cama e foi ao banheiro.

A criatura magnífica ainda estava lá, no espelho, com as mesmas manchas vermelhas horrorosas no rosto, parecendo marcas de sangue. Os olhos alaranjados ficaram duros. Ela não era tão fútil quanto sua amiga Rose, mas havia uma época que adorava ver seu reflexo no espelho. Não adora mais. Embora ela esteja ainda mais bonita, os olhos alaranjados fora do padrão e as lágrimas de sangue deixavam-na entre a tristeza e a raiva. Aquela simplesmente não era ela.

Um barulho alto a fez virar a cabeça em direção a porta do banheiro, ela andou calmamente até o quarto e constatou que o barulho não vinha de lá, vinha de fora do quarto. Ela considerou ficar e esperar, mas aquele barulho estranho, ritmado, estava deixando-a ansiosa. Sua curiosidade venceu e ela saiu do quarto.

Sua idiota, uma voz na sua mente sussurrou, Volte já. Você pode se perder, além do mais, não é educado ficar andando por aí na casa dos outros. Ela simplesmente ignorou, a parte irracional da sua cabeça dizia para seguir em frente e descobrir que barulho era aquele, e Bella decidiu escutar essa parte.

Ela andou decididamente em direção ao som que a incomodava. Parte do se cérebro analisava tudo que ela via, os tijolos marrons contrastavam com o piso de mármore de um jeito belo. Era como estar em uma linha do tempo, você tinha coisas de épocas diferentes ao seu alcance. O corredor estilo medieval ainda tinha um pouco do século XXI, como as grandes e poderosas janelas, que davam vista para um lindo jardim, muito mais bonito do que pertencia a Maria Antonieta. Ela passou os dedos pelas paredes enquanto andava, para constatar se era real. Parecia um filme.

De repente, ela bateu em uma parede e quase foi parar no chão, mas algo segurou sua cintura e não a deixou cair. Ela abriu os olhos e encarou o tórax do homem a sua frente. O peitoral bem definido estava escondido sobre uma camisa branca, o pescoço longo carregava consigo um medalhão, os lábios finos estavam formando um sorriso torto completamente sexy e fazia com que as maçãs do rosto se elevassem, os olhos estavam entre o verde e o dourado e brilhavam, como uma criança contando para a mãe que acabara de ver o Papai Noel, e os cabelos eram bagunçados, num lindo tom de cobre. Aquele era o homem mais lindo que ela havia visto em toda sua vida. Logo ela escutou a voz dele, rouca e completamente hipnotizante, suas pernas bambearam, e se ela não estivesse na prisão maravilhosa que era os braços dele, com certeza tinha caído.

–O que está fazendo aqui, ma petite?*

*Ma petite: Minha pequena



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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Mereço reviews, recomendações? Ah, para deixar claro, eu moooorro de medo de fantasma, então leitoras fantasminhas, se vocês não querem que a autora morra de susto (drama aqui passa longe) comentem por favor*-*
Bessos
Erika Oliveira